Fanfic: Nem sempre o amor pode está certo. 1º Temporada e 2º Temporada | Tema: web novela

– Inicio da ligação –

– alô.

– oi marreco – era o André.

– não acredito – eu ri alto – como você tem meu número? Pegou na academia é?

– ué, você me deu o número e não queria que eu te ligasse?

– me esqueci disso, acredita? – lembrei–me de ter posto em seu celular em São Paulo ainda.

– tarde demais. Está arrependida? Se for problema eu não ligo mais.

– e ai vai continuar com essa novela mexicana ou vai dizer pra que ligou?

– grossa como sempre.

– Ih vai reclamar agora? Você me conheceu assim.

Eu me levantei e me afastei dos meninos, o Lucas me fuzilava com os olhos, quando ele ouviu academia já devia saber quem era.

– mas agora nos conhecemos melhor, nos vemos todos os dias, você podia ser mais docinha, né?!

– doce faz a glicose aumentar.

– meu deus... Que menina chata.

– vai ficar me xingando aí ou vai dizer o que você quer? Me ligou só pra me chamar de chata é? – eu disse rindo.

– ah eu queria ouvir tua voz – ele disse meloso e eu fiquei calada – deve ta linda toda vermelhinha.

– bobo – eu disse fazendo manha.

– então, você lembra que treina Boxe comigo?

– o que tem?

– o que tem não, o que não tem. Não tem dois dias você na academia.

– ah desculpa André, o clima tava tenso aqui, umas coisas.

– sei... Mas então, vamos sair hoje?

– pra onde? Porque nem to a fim, estamos aqui na calçada conversando.

– e vão morgar ai mesmo, nessa calçada?

– é, não sei – eu disse sem animo.

– tem uma luta de vale tudo aqui perto da minha casa. Quer ir?

– não tenho carro, lembra?

– eu te busco né sua Mané?! – ele me zoou.

– aiii não me chama assim não... – eu falei fazendo manha.

– mas é manhosa mesmo.

– você bem que gosta! – falei distraída.

– e como...

– André! – eu o advertir.

– calma menina. Eu posso passar aí pra pegar minha blusa pelo menos?

– cara, ate hoje eu esqueço tua blusa, todo dia eu penso em levá–la pra academia e esqueço.

– pois é, quero agora.

– ta precisando pra agora é?

– hurum.

– mentiroso.

– chata.

– abusado.

– mimadinha.

– irritante.

– linda.

– gostoso – eu disse sem pensar.

– ah já! Gostei, mas nem provou direito e já ta falando assim, imagine quando provar.

– ai André, não tenho tempo pra ti não – eu disse muito sem graça.

– me passa o endereço aí, vai.

– hum... sei não.

– Lucas ta ai, né?!

– ta.

– se acertaram depois daquele dia da academia? É por isso que você não quer sair comigo?

– não, não é isso. Ficamos hoje, mas não resolvemos nada, apenas estamos nos falando.

– então to indo aí.

– ta.

– Fim da ligação –

Voltei lá com o pessoal. Sentei ao lado do Fê e continuamos conversando.

– quem era? – a Deb perguntou.

– um amigo.

– o teu treinador? – o Lucas perguntou de cabeça baixa.

– hurum.

– então, vamos ficar morgando aqui é? – a Carol cortou o assunto.

– sei lá. Aonde vamos? Eu to MORRENDO de preguiça – o Caio disse e o Rapha concordou.

– vai sair com ele Mabi? – o Fê me perguntou baixinho.

– ele quer que eu vá ver uma luta com ele.

– e você vai?

– to querendo, vamos?

– ah nem gosto disso e acho que os meninos também não.

– problema é esse... Eu não queria ir sozinha, pro Lu não achar que eu to com o André.

– e não estão juntos?

– não...

– Mabi! – ele me repreendeu.

– não Lucas.

– meu nome é Felipe – ele disse rindo.

– desculpa – eu revirei os olhos sorrindo de canto de boca.

Continuamos conversando com todo mundo, até que o André parou lá em frente de casa. Desceu do carro e eu dei com a mão, ele veio em nossa direção, eu levantei e fui ao encontro dele, o cumprimentei com dois beijos nas bochechas.

– e ai, vai?

– não sei... – eu disse desconfiada.

– chamou o pessoal?

– só meu irmão, só ele não gosta dessas coisas, mas vamos lá com eles.

 Fomos até os meninos.

– gente, vocês se lembram do André?

– oi – todos responderam e se cumprimentaram.

– então, tem uma luta lá perto de casa, tão a fim de ir?

– luta? – o Caio fez careta.

– é, um campeonato de luta livre.

Eles se olharam e ninguém disse nada.

– você vai Mabi? – a Deb perguntou.

– eu com certeza vou. Iria até pro inferno só pra sair de casa – a Carol disse.

– ah gente, não sei, vocês não gostam né?! – eu fiz manha.

– eu vou – o Lucas disse pra espanto de todos.

– beleza, Lucas, né?! – o André disse fingindo não se lembrar do nome dele.

O Lucas disse olhando pra cara do André pra ver a reação dele, depois apoiou os cotovelos nas pernas e ficou de cabeça baixa brincando com o boné.

Os outros meninos ficaram em dúvidas.

– olha, o campeonato é ilegal...

– ilegal? – eu perguntei interrompendo–o.

– sim...

– eu vou, eu vou, eu vou – eu disse pulando.

Todos ficaram rindo de mim.

– oferecida – o André disse virando os olhos – então... Como eu estava dizendo Mabi, não é daqueles que vocês vêem na TV. O bicho pega mesmo, tem aposta em dinheiro, mulheres de biquíni na arena, sangue no chão, as lutas não têm regras, rola bebida, drogas... O que tiver de ilegal, ali tem.

– opa, vamos então – o Caio e o Rapha disseram juntos.

– se eles vão, vou também – o Fê disse rindo dos meninos.

– achei que você fosse por mim – Carol cerrou os olhos pra ele que sorriu torto – Karen, Deb? – a Carol fez manha.

– ta, vamos né?! – elas disseram.

– você vai mesmo né Mabi? – a Carol perguntou.

– mas é claro que ela vai, nem se não quisesse ela iria.

– obvio que eu vou né? Não perco essas lutas por NADA – eu disse empolgada.

– ainda bem que não ficou de frescurinha. Se não eu te carregaria no colo até lá – o André disse olhando malicioso mim.

– cara, uma luta ilegal. Que emoção. To em estado de choque ainda – eu disse indo pra casa.

Todos riram e as meninas vieram atrás de mim.

– avisa logo pra polícia Mabi – o André disse bravo.

Eu mandei beijinho pra ele.

– então, espero vocês aqui na frente. Vão se trocar? – o André perguntou.

Todos concordaram e os meninos foram saindo. Eu e as meninas subimos pro meu quarto e a Karen foi pra casa. O Fê chamou o André pra esperar lá na sala de casa. Abri meu guarda roupas e ficamos experimentando os modelitos. O Caio abriu a porta e perguntou se estávamos prontas.

– claro que não né Caio – a Carol disse brava.

– ah achei que vocês não iam se trocar.

– ta doido? Nem banho tomamos ainda – a Deb disse rindo.

– puta merda! – o Fê gritou – são mais 3 horas esperando.

– quer que a gente vá urubuzada é? Temos que ficar lindas e gostosas – a Carol brincou.

– mas vocês já são lindas e gostosas – o Caio disse com cara de safado.

Nós os expulsamos de lá e voltamos a nos vestir.

– ei, vocês vão por roupa da Mabi é? – o Fê perguntou.

– hurum – elas disseram.

– ow delicia. Vocês poderiam por algo curto e colado? Adoro roupas assim – o Caio gritou.

As meninas abriram a porta e jogaram almofadas neles, que correram.

Fui tomar banho e depois que sai a Deb foi.

– vocês ficaram? – a Carol me perguntou enquanto a Deb tava no banheiro.

– eu e quem? – eu perguntei surpresa.

– o André, claro!

– porque você acha que eu fiquei com ele?

– porque ele é um gato, gostoso e não ia deixar você passar ilesa.

– hã?? – eu me fiz de surpresa.

– diz logo marreco – quantos beijos vocês deram? Passaram a noite juntos? – ela insistiu.

– ta... Rolou uns beijos, mas nenhum foi concluído.

– sua safadaaaaa – ela me empurrou de brincadeira – como foi?

– ahh uma vez foi birra pra fazer ciúmes pra ex dele.

– e as outras vezes sua sem vergonha?

– ele tentou me beijar e eu não quis, ai só rolou selinho. Nada demais.

– e como ele beija?

– os 3 segundos de beijo que eu dei nele foram bons... – fui irônica – mas não é melhor do que do L...

– do Lucas... – ela falou junto comigo fazendo voz enjoada.

– ahh Carol. Porque eu não esqueço esse menino hein?!

– porque você ta apaixonada por ele. Você já se tocou disso ou quer que eu desenhe?

– ah já me toquei sim, mas às vezes ele não ta nem ai pra mim.

– não é isso que parece.

– como assim?

– ah Mabi, vocês são dois abestados. Quer que eu ponha vocês pra se falarem?

– não Carol, não gosto disso, deixa que eu resolvo minhas coisas sozinha.

– ta ta, não ta mais aqui quem falou. Continua sofrendo aí feito besta. Você e ele, duas cabeças duras.

Ela foi se vestir e eu fui procurar algo no guarda roupa. A Deb chegou então não nos falamos mais. Pus um shortinho jeans claro, frouxinho e curto, uma blusa branca, mostrando um ombro e folgadinha, mostrava um pouco da minha barriga e calcei uma sapatilha. Fiquei me olhando no espelho, não sabia se usava aquela roupa ou não. A Carol estava com uma calça jeans super colada e cintura baixa, com uma baby look curtinha, a Karen de saia jeans e uma frente única e a Deb de calça jeans e blusinha colada.

– o que acham? – eu perguntei.

– gostosa – a Carol disse.

Eu ri e fui atrás do Fê. Entrei no quarto dele já perguntando.

– Fê, o que acha? Adorei essa blusinha que a mamãe me deu...

– ta perfeita, se melhorar estraga – o André disse me olhando da cabeça aos pés.

O Lucas só me olhava, não sabia o que dizer.

– ain gente, desculpa, não sabia que vocês estavam aí – eu disse sem graça.

– vai deixar teu namorado doidinho hoje, hein?! – o André provocou.

– eu não tenho namorado André – falei brava.

– que pena né...

Eu olhei feio pra ele que começou a rir pra mim.

– ficaria mais bonita se sorrisse – ele continuou.

– com você me perturbando fica difícil.

– ela tem o sorriso lindo, né Lucas?

– é, é o mais lindo que eu já vi na vida – ele disse sem graça.

– então, essa menina conquista o mundo sorrindo, só ela que não se tocou disso ainda. – o André falou enquanto saia do quarto.

Ficamos eu e o Lucas, estávamos nos olhando em silêncio, até eu quebrar o clima tenso.

– essa roupa ta boa?

– boa ta você – ele disse abaixando a cabeça.

Eu ri e corei.

– você ta vermelha.

– você também.

Nós rimos.

– então, vocês iam sair juntos? – ele perguntou.

– eu e quem?

– o André.

– não. Ele veio aqui pra chamar a galera. Somo apenas amigos mesmo, já te falei isso né?

– acho que sim, nem lembro se já perguntei – e ele sorriu.

– ele se tornou um bom amigo.

– vocês têm estado muito juntos...

– é que ele me ajudou muito lá em São Paulo.

– você foi fazer o que lá mesmo, até hoje você não me disse.

– minha mãe...

– a verdade Mabi – ele me interrompeu.

Eu fiquei calada. Sentei-me na cama ao lado dele e fiquei pensativa.

– te esquecer – eu sussurrei e olhei pra ele.

– hum... E conseguiu?

– não – eu disse e dei um sorriso de desabafo.

– O André também descobriu como seu sorriso é lindo, não canso de dizer isso.

– obrigada – eu me levantei e fui indo em direção à porta, até que parei – e você?

– eu o que?

– me esqueceu nesse tempo em que eu fiquei fora?

– não, se não, eu não teria lhe beijado várias vezes depois que você voltou. E nem feito aquelas coisas... – ele disse sorrindo timidamente.

– homens não precisam de sentimentos pra beijar. Né não?

– eu não sou assim. Não com você. Nunca vou lhe beijar sem sentimentos.

– hum... Mas mesmo assim...

– não dá pra parar de pensar em você.

– por quê?

– não sei, me disseram que é assim quando estamos apaixonados.

Eu sorri sem graça.

– está vermelha de novo – ele disse.

– você me deixa sem graça.

– por quê? Não fiz nada, além de dizer a verdade.

– acho que eu não esperava por isso. Achei que você já estivesse me esquecido.

– eu nunca vou te esquecer – ele deu um sorriso – ainda mais depois da nossa última noite.

– não faz isso.

– não to fazendo nada.

– ta sorrindo, foi isso que me conquistou em você.

Ficamos nos olhando por uns segundos e eu fechei a porta e desci. Os meninos estavam na sala, sentei ao lado do André que falou no meu ouvido.

– e aí, o Lucas?

– ele disse que ainda é apaixonado por mim, que não me esqueceu e nunca vai me esquecer, que meu sorriso é lindo, mas não voltamos e nem rolou nada.

– ow menino frouxo, hein?!

Eu nem respondi, o Lucas logo desceu, depois a Carol e a Deb.

– vocês estão lindas – o André disse pras duas.

A Deb ficou sem graça e a Carol agradeceu.

– ei, não fale isso da minha namorada não – o Fê disse brincando.

– e também não fale assim da Deb não – o Caio brincou também.

– então desculpa, mas elas são lindas, vocês não concordam?

– deixa de coisa Felipe, pode me chamar do que você quiser lindinho – a Carol disse pro André e todos rimos.

– toma Felipe – o André zoou – vamos indo então. Borá gatinha – ele disse me puxando.

– ei não me chame assim não, tenho nome.

– ih, fiquei na sua aí porque aqui você não tem nenhum guri pra te defender, então eu te chamo como eu quiser.

O Lucas fez uma cara de quem não gostou, mas também não disse nada.

O Caio, Rapha e Lucas foram com o Fê. Eu e as meninas fomos com o André.

Chegamos ao local, era uma casa de gente bem rica. Um casarão na verdade. O André se identificou e entramos. Tinha muita gente, muita mulher gostosona com pouca roupa, homens sarados sem camisa, muita bebida e drogas também, na área de trás da casa tinha um ringue, pessoas em volta, dois caras lutando e muito sangue no chão. No início as meninas ficaram assustadas, mas foram se soltando aos poucos. Os meninos foram logo pegar bebida e dar uma paquerada. Elas foram dar uma volta e ver os caras sarados. Exceto pela Carol e o Fê que estavam juntinhos. Muito fofos. Eu fiquei parada vendo a briga que rolava e o André ficou do meu lado. Ele me puxou pra um canto onde veríamos melhor. Fiquei lá fascinada, nem falava nada.

– ta gostando? – o André perguntou.

– hurum... – eu respondi sem nem olhá–lo.

Ele riu e continuamos assistindo. O Lucas chegou perto e parou do meu outro lado. Ele me olhava e olhava pra frente, eu nem piscava. Ele olhou pro André.

– qual foi aí?

– ela ta hipnotizada – o André disse.

– eu quero – eu disse anda olhando pro ringue.

– o que? Os lutadores? – o André perguntou rindo.

– lutar? Não inventa Mabi – o Lucas disse.

– eu quero aprender, quero lutar o que eles lutam.

– não, nem pense... – o André disse.

– eu quero, me treina André? Por favor.

– Mabi, porque tu não consegue fazer coisa de mulher, hein?! É menos perigoso – o Lucas disse.

– eu faço coisas de mulher sim.

– porque você não vai brincar de Barbie? – o André debochou de mim.

– afff vocês são terríveis.

– não adianta André, se ela põe na cabeça e ninguém tira – o Lucas disse.

– e eu to achando que o Boxe só não é o suficiente, to precisando malhar mais – eu disse.

– ta ótima assim – André disse me olhando dos pés à cabeça.

 Eu fiz uma careta e sai de perto deles. O Lucas ficou olhando sério pra ele.

– ela é sempre geniosa assim? – o André perguntou.

– sempre.

– adoro mulher assim.

Lucas o olhou de lado.

– ih qual foi? Vamos ali, deixa eu te apresentar umas gatinhas – o André saiu puxando o Lucas.

Eu fiquei só olhando muito puta.

Ele apresentou umas piriguetes pro Lucas que só disse oi e ficou na dele lá.

Eu cheguei lá e me apresentei na maior cara de pau.

– algumas de vocês lutam? – eu perguntei irônica.

– não... – todas as 4 responderam confusas.

– ah ta! Eu estava em dúvidas se lutavam ou estavam aqui atrás de lutador.

Elas se olharam e me olharam com cara de nojo. O Lucas riu e o André fez uma cara de “WTF” pra mim.

– ah, eles não lutam não ta? Também estão aqui atrás de lutador – eu pisquei e sai.

As meninas riram e saíram de perto deles. O André veio atrás de mim e me puxou pelo braço, ele me olhava furioso, eu fiquei receosa, mas não quis dar bandeira. Em seguida o Lucas apareceu.

– e ai, vai me bater? – eu disse séria.

Ele só me olhava com raiva, sem falar nada e sem me largar. Aproximei-me dele e dei um selinho, sorri e sai andando. Até me esqueci que o Lucas estava ali.

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André (ja ia me esquecendo de mostrar ele ksks)