Fanfic: Nem sempre o amor pode está certo. 1º Temporada e 2º Temporada | Tema: web novela

 – LUCAS NARRANDO –

Fiquei de cara com o selinho que ela deu no André, depois ela vem-me dizer que são só amigos. Aff... Emburrei a cara mesmo. Logo o André começou a reclamar dela.

– mas que filha da mãe essa Mabi – ele disse com raiva.

– bem vindo ao clube amigo – eu dei um tapinha no ombro dele.

– você não tem vontade de esganá–la não Lucas?

– não – eu disse sorrindo.

– Nem às vezes?

– às vezes sim, dá vontade de dar umas boas palmadas.

– palmadas eu deixo pra dar na cama, essas horas eu quero é esganá–la mesmo.

– vocês já... – eu pensei alto, mas nem terminei a frase.

– não não, só amigos mesmo. Ela é apaixonada por um cara aí, não sei quem é, mas ela passou todos os dias em São Paulo me falando do tal dono de um sorriso encantador. Tu sabes quem é?

– não – eu menti.

– bom, ele é um cara de sorte, né?! Pena ele não querê–la.

– é verdade.

– é um frouxo – o André me instigava.

– pois é.

– hein, mas me diz, já que vocês são amigos, você acha que ela ficaria comigo?

– ah não sei – eu disse puto já – Mas vamos lá atrás dela?

– vamos sim...

Nós saímos andando procurando a Mabi e a encontramos conversando com uns lutadores. Eu que já estava puto, fiquei mais ainda. Não bastava ela se vestir daquele jeito, ainda era simpática com todo mundo.

– MABI NARRANDO –

Eu estava lá conversando com uns lutadores, querendo dicas de onde eles treinavam, como era a rotina, os treinos e etc, e chega o Lucas e o André. Tenho até medo desses dois juntos.

– e ai, beleza? – o André disse cumprimentando–os.

Todos o cumprimentaram, eles já se conheciam.

– oi Mabi. Ta fazendo o que aqui? Você luta? – ele disse cínico.

– sim, luto Boxe, tem até uns vídeos meus no youtube, procura lá – eu disse mais cínica ainda – Mas to me informando aqui com os rapazes sobre luta livre, queria praticar.

– você é linda demais pra apanhar minha flor – um dos lutadores me disse.

O André riu.

– e quem disse que eu vou apanhar? – eu ergui uma sobrancelha.

Quem riu agora foi o Lucas.

– nocaute amigão? – o Lucas disse pro cara.

– pode crer. Se você bater tão bem quanto responde, você ta feita hein?! – o cara disse.

– ela é bem mal criada – o André completou.

– e vocês estão me perseguindo por quê? Sai de ré vocês dois – eu disse saindo de perto deles.

Eles ficaram se olhando com cara de bunda. Fui atrás das meninas. A Deb estava ficando com o Caio e o Rapha tava com uma morena. A Carol eu não preciso nem falar né? No maior amasso no sofá com o Fê. De repente achei a Karen vagando pela casa e bebendo.

– sozinha amiga? – eu perguntei.

– to fugindo de um carinha ali.

– mais já? Mal chegamos.

– ele beija ruim – ela fez careta e eu ri.

– e o Rapha? – eu perguntei.

– pegando outras – ela fez careta de novo – e o Lucas?

– com o André.

Ela me olhou assustada.

– WTF?

– é Kaka, esse mundo está perdido. Mas sabe que eu tenho até medo do que possa sair dali, amizade é que não é.

– vamos beber e dançar muito amiga, temos que esquecer esses homens.

Eu ri e saímos lá pra onde o pessoal estava dançando e ficamos dançando juntas por quase 1 hora. Quando eu estava cansada sai da pista e avistei o Lucas e o André encostados em um balcão no jardim, era o bar e eles estavam bebendo. Que medo. Fui lá.

Entrei no meio dos dois e me inclinei sobre o balcão. O Lucas me olhava assustado e o André olhava pra minha bunda, obviamente.

– uma ice, por favor – eu pedi do barman.

Ele me entregou e eu perguntei.

– precisa pagar? – era obvio que precisava.

– se você me der teu telefone, fica por isso mesmo – ele disse.

– meu telefone por duas então? – eu disse levantando a garrafinha. Precisava garantir uma pra Karen, né?!

Ele foi e pegou outra.

– anota aí – eu disse alto o suficiente pros meninos ouvirem – 8134–9870.

Ele anotou na mão e eu fui saindo. O André me puxou pelo braço.

– esse número é meu, engraçadinha.

O cara ligou na hora, o André sentiu vibrando e tirou do bolso o aparelho, eu pus a bebida no balcão, peguei da mão dele o celular e atendi na frente do barman pra ele achar que era meu.

– duvidou de mim? – eu falei.

– claro que não – ele disse e desligou.

Pus o celular no bolso do André e sai com as ices na mão. Bebemos e ficamos dançando. Chegaram dois caras na gente, acho que eram lutadores, porque um estava sem camisa, tinha tatuagens e tal. Começaram a dançar conosco, eu dançava com eles, mas não dava bola. Os meninos só olhavam de longe. Um deles já estava beijando a Karen e o outro logo me segurou na cintura e eu me aproximei mais dele.

– ta vendo aqueles dois ali? – disse no ouvido dele e olhou pros meninos.

– hum?

– um é meu namorado e outro meu amante, então acho que não seria boa idéia nós dois juntos.

Ele riu e se afastou de mim, continuamos dançando, só que ele nem tentou nada. O DJ anunciou outra luta, eu fui correndo lá pra perto do ringue. Fiquei olhando fascinada. O Lucas chegou a meu lado.

– porque você gosta disso? – ele perguntou.

– não sei.

– como não sabe?

– tem coisas que não tem como explicar, entende?

– é, eu entendo sentimentos inexplicáveis.

Eu sorri pra ele porque sabia que ele falava de nós dois.

– não faz isso – ele disse chegando perto do meu ouvido.

– o que? Não to fazendo nada – eu não entendi.

Ele se aproximou mais e ficou na minha frente, bem pertinho.

– ta sorrindo, foi isso que me conquistou em você.

– ei, eu disse isso primeiro.

– roubei a frase, foi mal – ele disse cínico.

– e ainda assume! Cara de pau você – eu disse rindo.

– posso roubar outra coisa também?

– o que? – eu perguntei.

Ele não respondeu, se aproximou mais ainda. Nossos lábios estavam a um centímetro de um beijo até que o gongo da luta tocou e eu me assustei. Nós nos afastamos e demos uma gargalhada. O Fê chegou em seguida nos chamando. Fomos lá pra fora encontrar o pessoal.

– atrapalhamos algo? – o André irônico sempre.

– hurum – eu disse triste.

– sério? Foi mal Mabi – ele disse com ar de arrependido.

– a luta tava ótima – depois sorri.

– cínica! – ele disse irritado.

Entramos nos carros, da mesma forma em que estávamos antes e fomos comer. Paramos na praça da luz, procuramos uma mesa e fizemos o pedido.

– quero x–salada – a Carol pediu.

– eu também – a Deb falou.

– quem mais? – a Carol perguntou.

Todos pediram a mesma coisa.

– eu quero x–tudo – eu disse.

O André me olhou.

– por isso que ta gorda – ele foi irônico.

Eu dei língua pra ele e os meninos riram.

– vai querer mesmo amiga? Vou lá pedir.

– não Carol, pede um x–salada mesmo – eu disse olhando feio pro André.

– pede sem pão, queijo, presunto, ovo e carne – ele me zoou.

– aff ai vem só a salada! – eu reclamei.

– ta ficando esperta, hein? – ele piscou pra mim.

– ain! Quer que eu viva de luz não? – falei irritada.

– não adianta treinar e comer feito um porquinho.

Todos estavam olhando pra nós dois discutindo.

– e ai, to com fome, vão pedir? – o Rapha perguntou.

– Mabi, ele ta te zoando, você não precisa de dieta não – a Karen disse – quem precisa aqui sou eu.

– ela precisa sim Karen, se quer lutar, precisa de alimentação correta. E você ta ótima, não precisa de dieta não, ta gostosa assim.

A Karen corou de vergonha.

– ou não meche com a Karen não – o Rapha reclamou bravo.

– calma Rapha, foi só um elogio – o André respondeu rindo.

A Karen olhou feio pro Rapha.

– me erra Raphael – ela sussurrou brava.

– amiga vamos lá pedir, agora eu quero um x–tudo aloprado com um refri de 3 litros – eu fiz careta pro André.

Fomos fazer o pedido e ficamos conversando.

– amiga, quero dormir com o Fê hoje, posso?

– claro né Carol, acho que vocês namorados, então você precisa me pedir?

– ah, mas onde? Lá em casa não rola e nem na sua...

– lá em casa até dá, mas se a Marta aparecer no meu quarto e você não tiver lá, ela vai brigar, né? Acho que ela pensa que o filho dela é virgem.

– é... – ela riu alto – mas e agora?

– o chama pra um motel – eu sugeri.

– mas você vai pra casa com quem? Ele não vai te largar aqui...

– com o André. Eu vou falar com o Fê, ta? Ai sugiro pra ele deixar os meninos e depois te pegar conosco, pode ser?

– pode, por isso que eu te amo amiga – ela disse me abraçando.

Voltamos pra mesa.

– Fê, vem aqui comigo? – eu o chamei.

Nós afastamos do pessoal.

– que foi Mabi?

– a Carol quer passar a noite no motel contigo hoje.

– UOU... Calma, não se dá essa noticia assim maninha, acho que já to até excitado – ele riu.

– até parece que vocês não transaram antes, seu besta! – dei um tapinha nele – É que ela veio falar comigo, porque acha que você não vai querer sair com ela e me deixar aqui.

– pior que é, eu não vou te largar sozinha aqui e o pessoal também. Como vai todo mundo pra casa?

– bom... Eu posso ir com o André, os meninos eu não sei.

– vamos ver então...

Voltamos lá com os meninos. Comemos, ficamos conversando, até que o Felipe chamou a Carol pra sair. O pessoal ficou zoando e eles foram embora.

Continuamos lá, pagamos e fomos passear pela praça. A Deb e o Caio se afastaram e o Rapha puxou a Karen pra outro canto, ela foi reclamando. Fiquei com o Lucas e o André. Situação tensa! Sentamos em um banco e ficamos os três conversando.

– você é muito chato André.

– sou nada. Você é minha atleta, tenho que te manter na linha.

– você é meu treinador só na academia, fora não é.

– eita grossa! Não falo mais nada.

– Lucas, você acha que eu to gorda?

– claro que não né Mabi, você ta linda assim – o Lucas disse sorrindo.

– ai que bom de ouvir isso – eu também sorri.

– eu mereço! – André disse bufando.

– vai atrás da Débora, ela é super magra. Do jeito que você gosta.

– eu não gosto de magrela. Gosto de mulher que nem você.

Eu corei.

– então porque fica me enchendo?

– porque você precisa de preparação física pra lutar, não adianta passar duas horas na academia e depois comer um x–tudo com coca–cola.

– olha, vou dá uma volta pra vocês se resolverem – o Lucas disse levantando.

– não Lucas, fica ai, vamos parar – o André disse.

– é bom mesmo – eu disse brava.

– Mabi e aquele cara? – o André perguntou.

– que cara?

– o que você ta apaixonada.

Eu olhei feio pra ele e dei um beliscão.

– o que tem? – perguntei olhando pro outro lado.

– já falou com ele?

– já – falei seca.

– estão juntos?

– não.

– por quê?

– você é muito chato André.

– diz logo.

O Lucas estava sentado do meu lado e ficava só olhando de canto de olho.

– não sei, não nos resolvemos.

– que cara trouxa. Ah se eu tivesse a oportunidade... – ele disse sorrindo.

– pois é – eu disse sem graça.

– eu tenho alguma chance com você?

Eu arregalei os olhos pro André, não acreditava que ele estava fazendo aquilo. Fiquei calada.

– e ai Mabi? Tenho?

– não enche André.

– ué! O cara não te quer, eu quero – ele disse me abraçando.

– sai André. Vê se me esquece – eu levantei e sai andando com ódio.

Ele ficou lá rindo e o Lucas quieto.

Fiquei andando sozinha pela praça, pensando.

Depois de uns minutos meu celular tocou, era o André, me chamando pra ir embora. Voltei pro estacionamento e os encontrei no carro.

– cadê o Felipe? Voltou não? – o Caio perguntou.

– não, ele não vai voltar, sabe? – eu disse rindo.

– ahhh danadinhos eles – a Deb riu.

Ficamos resolvendo como voltar pra casa. O André iria dirigindo, atrás foi o Caio com a Deb no colo, o Rapha com a Karen no colo e o Lucas sozinho.

– vai entrar não Mabi? – o André perguntou.

– quero dirigir.

– não inventa.

– eu quero.

– deixa de coisa, entra logo.

– as chaves – pedi esticando a mão.

Ele não deu e eu entrei emburrada.

– fica linda fazendo bico – ele disse apertando minha bochecha.

– sai André.

– eita garota difícil!

– não fale comigo – eu disse furiosa.

– só falta querer não me ver mais.

– e não quero.

– e vai treinar com quem?

– eu mudo pra noite – eu disse dando língua.

– eu também – ele sorriu.

– você não pode, tem aula.

– ué! Eu troco o horário das aulas. Faculdade não é escola não sua bobinha, eu tenho opções de horário.

– ahhhhh taaa adulto! – eu gritei ironicamente.

– não era marreco?

– se mata André! – eu o fuzilei com os olhos.

– você faz faculdade de que André? – o Rapha perguntou.

– fisioterapia.

– pow bacana. Pretende se especializar em que?

– quero trabalhar com fisioterapia em atletas. Eu estagio em uma clinica de recuperação de atletas.

– esse negócio de fisioterapia pega muita mulher? Porque aperta aqui, acolá, faz massagem e tal – o Caio perguntou cheio de malicia.

– Caio! – a Deb o advertiu.

Os meninos riram lá atrás.

– não é bem assim – ele riu – Homem ou mulher o procedimento é o mesmo, tenho que ser profissional.

– ah vá! Diz aí se você nunca pegou uma mulher gostosona assim que nem se concentrar você conseguiu – o Rapha zoou.

– só a Mabi – ele disse me olhando e rindo.

Os meninos riram. Eu fiquei mais puta ainda. Liguei o som e me encostei no banco.

– fica assim não emburradinha, depois que deixarmos o pessoal em casa eu te deixo pegar no carro.

– mas eu vou ficar em casa também.

– quer dar uma volta não?

– não!

– grossa!

– não começa.

– bonitinha – ele disse passando a mão no meu cabelo.

Eu não respondi, apenas virei o rosto pro lado e fiquei curtindo a música. Dei uma olhada de relance pelo retrovisor de fora do carro e o Lucas estava com a cabeça encostada no vidro, de cara fechada. Se o André queria deixar ele puto, estava conseguindo. Só não sei a troco de que. Deixamos a Deb em casa, e fomos pro condomínio, deixamos cada um em sua casa, quando chegou a vez do Lucas, o André pediu pra ele esperar.

– quer dá uma volta conosco? – o André perguntou.

– não, valeu – o Lucas disse seco.

– eu também não vou André – eu disse.

– ahhh vocês! Deixe de coisa, borá logo!

– to a fim não André – eu disse brava.

O Lucas desceu do carro e o André saiu atrás dele. Eu fiquei dentro do carro e logo eles voltaram.

– LUCAS NARRANDO –

Desci do carro e o André veio junto.

– pow Lucas, borá?

– dá não André, vou ficar segurando vela não – eu disse sério.

– que Mané vela, ela não me quer não. Fico só zoando com ela.

– e pra que eu vou? Aproveita que ela ta só e vê se ela topa ficar contigo – eu estava furioso.

– eu deixei todos em casa pra gente não ficar de vela. Vamos, compramos bebida e comida e vamos lá pra casa, topa?

Eu pensei um pouco e decidi ir, realmente era melhor eu ficar por perto, pelo menos ficar eles não iriam. Voltamos pro carro.