Fanfics Brasil - Capitulo 44 Nem sempre o amor pode está certo. 1º Temporada e 2º Temporada

Fanfic: Nem sempre o amor pode está certo. 1º Temporada e 2º Temporada | Tema: web novela


Capítulo: Capitulo 44

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Eu ri e os meninos o zoaram.


– faz lá pra gente carolzita, faz.


– ai menino, o que você não me pede sorrindo que eu faço chorando.


 


A Carol se levantou e foi pra cozinha fazer.


O Rapha estava tentando por música e não conseguia, me levantei e fui lá com ele.


– ta difícil aí?


– é, não entendo esses fios.


– pera, é assim – eu disse pegando os fios.


 


 Coloquei cada fio no seu lugar e a música tocou. Ele olhou pra mim rindo.


– que vergonha cara, não consigo nem encaixar os fios.


 


Eu ri.


– Rapha, você pode me emprestar alguma toalha? Eu não trouxe, nem queria por o short pra não molhar.


– tem sim, vem aqui.


 


Nós entramos e a Carol estava na cozinha fazendo os sanduíches, eu parei do lado direito dela. O Rapha abriu a geladeira e pegou um refrigerante. Logo o Lucas entrou na cozinha e parou do lado esquerdo da Carol.


– quer uma toalha amiga? – eu perguntei perto do ouvido dela.


– hurum.


– ta.


– vem Mabi – o Rapha me chamou.


– já volto amiga.


 


Eu fui atrás do Rapha, entramos no quarto dele e ele fechou a porta.


– Mabi, vou tomar um banho, pega aí nesse guarda roupas.


– vou pegar duas ta Rapha? A Carol também quer.


– tudo bem. Pega três e me trás uma aqui no banheiro, por favor – ele gritou de lá.


 


Eu peguei as toalhas, deixei um em cima da pia do banheiro pra ele e fiquei vendo as fotos do mural. Tinha foto dele pequenininho, coisa linda.


– Mabi, ta ai ainda?


– to Rapha. Vendo tuas fotos. Lindo lindo.


– ahhh eu ainda sou lindo.


– convencido – eu disse rindo.


 


Ele saiu do banheiro só de toalha. Meu deus me abana, que tentação. Ri sozinha do meu pensamento e voltei a olhar as fotos.


– não ri das fotos Mabi, pow! Então, essa foto aqui foi na colônia de férias, essa no carnaval, essa aqui eu tinha 3 anos...


 


Ficamos lá uns minutos e ele me contando as histórias das fotos. Eu ri bastante.


– vou sair Rapha, deixar você se trocar.


– ta. Encosta a porta pra mim – ele disse abrindo o guarda roupas.


– posso só perguntar uma coisa?


– claro.


– você ainda gosta da Karen?


 


Ele se assustou e riu.


– ficamos um dia desses... Nada demais – ele deu de ombros.


– sei... Ainda aquele lance da virgindade?


– é.


 


Ele sorriu. Sai e fui pra cozinha enrolada na toalha. O Lucas continuava no mesmo lugar. Apoiei-me no balcão de frente pra ele e fiquei olhando pra Carol.


– já amiga? – ela perguntou.


– hurum – eu sorri – tome – eu estiquei a toalha a ela.


– deixa lá na mesa, já pego, me deixa matar a fome desses meninos.


– deixa eu te ajudar.


 


 Peguei uns pães e fui arrumando pra ela. O Lucas só olhava.


– o que foi Lucas? Quer alguma coisa? – a Carol perguntou.


– nada, só olhando – ele sorriu.


– pra quem? – ela foi irônica.


– ninguém ué.


– sei... – ela deu um sorriso sacana.


 


O Rapha chegou à cozinha, só de short e cabelos molhados, super perfumado.


– hummmmm eita homem cheiroso, hein? – a Carol elogiou.


– tem que ser né.


 


Ele parou ao meu lado e passou o braço nos meus ombros. Eu olhei pra ele e ri por causa das fotos.


– ihh qual é Mabi? Gostou foi?


– ah Rapha não consigo esquecer aquelas fotos.


 


O Lucas fez cara feia e saiu voado da cozinha.


– o que deu nele? – o Rapha perguntou.


– ciúmes amor – a Carol disse.


– eu hein, era só o que faltava, não posso mais encostar-se a ti? – ele me olhou de cima.


– relaxa Rapha.


– vamos lá pra fora, já terminei aqui – a Carol chamou.


– Mabi, aquilo que eu te disse é segredo, ta? – o Rapha falou.


– claro – eu sorri.


 


Colocamos os sanduíches na mesa, o Rapha trouxe refrigerante e comemos. O Lucas me olhava de cara feia. O celular da Carol tocou, era a Karen. Elas conversaram e a Carol veio falar comigo.


– amiga, vamos lá na Kaka. Ela no pode sair hoje tadinha.


– borá – o Caio disse se levantando.


– deixa de graça rapaz – Rapha disse.


 


Levantei-me e pus minha roupa, a Carol já estava vestida. Despedi-me do Rapha e Caio, dei um beijo em cada um, fui lá com o Fê e o abracei.


– tchau amor, não bebe muito, hein? Daqui pra casa, viu?


– sim senhora mamãe.


 


Eu ri e me despedi do Lucas de onde eu estava mesmo, só dei com a mão.


– tchau meninos.


– tchau – ele sorriu sem graça.


 


Fomos andando pra Karen, a casa dela era próxima. Eu e a Carol conversávamos no caminho.


– o Lucas ficou puto, hein?


– com o que?


– você e o Rapha.


– não tem eu e o Rapha. Fui só pegar toalha e fiquei vendo umas fotos no mural, o Rapha tava tomando banho, nem estava comigo.


– eu sei amiga.


– então ta falando do que?


– eu sei, mas o Lucas não. Eu deveria ter ganho essa aposta já.


– não tem aposta nenhuma Carol – eu disse rudemente.


 


Fiquei de cara emburrada até a casa da Karen, não tocamos mais no assunto.


Voltamos pra casa de madrugada já. Caímos na cama e dormimos até sábado meio dia.


 


À tarde eu resolvi entrar na internet. Tinha o que? Meses que eu não entrava. Nem eu mesma lembrava. Abri e–mail, Facebook, twitter enfim. Fiquei um pouco lá e o Lucas ficou online. Eu não sei por que, mas foi automático, ele entrou e eu abri a janela de conversa dele. Quando me dei conta do que tinha feito, ri sozinha. Muito sem noção mesmo. Na mesma hora ele posto “Se ainda dói, é porque não consigo te esquecer. E o vento só me traz vestígios que lembram você...”. Resolvi falar com ele.


 


– Inicio da conversa –


 


Mabi ;) diz:


Oi Lu.


 


Ele demorou um tempo pra responder, apareceu que ele estava digitando uma mensagem, mas não enviava.


 


Lcs (: diz:


Oi.


 


Mabi ;) diz:


Tudo bom?


 


Lcs (: diz:


Sim e contigo?


 


Mabi ;) diz:


Bem.


 


Ficamos naquele vácuo por uns 15 minutos.


 


Lcs (: diz:


Se divertiram na Kaka ontem?


 


Mabi ;) diz:


Sim. A Carol passou a noite falando besteiras.


 


Lcs (: diz:


Carol é uma figura...


 


Mabi ;) diz:


É sim (:


Essa frase que você posto é...


 


Lcs (: diz:


Da música do Jorge e Mateus.


 


Mabi ;) diz:


Eu sei, eu adoro essa música.


 


Lcs (: diz:


Eu também, uma das minhas preferidas.


Já viu o anuncio do show deles?


 


Mabi ;) diz:


Sério?? Quando?


 


Lcs (: diz:


Não é aqui, é na cidade vizinha, a do sul. Daqui 6 semanas.


 


Mabi ;) diz:


Que tudo, quero ir. Quantos km daqui?


 


Lcs (: diz:


Parece que 100 km.


 


Mabi ;) diz:


Ah, pertinho. Da pra ir e voltar no mesmo dia, aliás, noite.


 


Lcs (: diz:


Sei não... Leva mais ou menos 1 h e meia até lá. Pra voltar ficar muito ruim.


 


Mabi ;) diz:


1 hora e meia com você dirigindo, né?


Eu faço na metade do tempo.


 


Lcs (: diz:


Você disse bem, DIRIGINDO e não VOANDO.


 


Mabi ;) diz:


Ahhhahaha medroso.


 


Lcs (: diz:


Precavido, é diferente.


Quem voa é avião e lá no céu.


 


Mabi ;) diz:


Ahh hahahahaha tudo bem Lu.


Os guris vão querer beber, tem isso também.


 


Lcs (: diz:


Sim. Você inclusive.


 


Mabi ;) diz:


Você não?


 


Lcs (: diz:


Não tanto quanto vocês.


 


Mabi ;) diz:


Certinho *_*


 


Lcs (: diz:


Vocês que são errados (:


 


Mabi ;) diz:


Aff me ofendi agora hehehe (:


 


Lcs (: diz:


Relaxa.


 


Mabi ;) diz:


Posso te pedir uma coisa?


 


Lcs (: diz:


Sim. Você sabe que sim.


 


Mabi ;) diz:


Poderíamos ser amigos? Ontem o clima estava um pouco chato lá no Rapha.


 


Ele demorou um pouco pra responder.


 


 Lcs (: diz:


Ok.


 


Mabi ;) diz:


Algum problema?


 


Lcs (: diz:


Não, você está certa, já que teremos que conviver que seja em paz.


Só não me peça pra falar com o Bernardo.


 


Mabi ;) diz:


Certo.


 


Lcs (: diz:


Mas na próxima vez não fica com o Rapha na minha frente não, ta?


 


Mabi ;) diz:


Não fiquei.


 


Lcs (: diz:


É, mas vocês foram pro quarto...


 


Mabi ;) diz:


Você não ta achando que nós...


 


Lcs (: diz:


Não... Não sei. Rolou alguma coisa além da ficada?


 


Mabi ;) diz:


Não rolou nada Lucas. Fui só pegar toalha e ficamos conversando sobre a Karen.


 


Lcs (: diz:


Tudo bem. Desculpa. Acho que ainda me incomodo com essas coisas, mas vai passar.


 


Mabi ;) diz:


Ta. Vou indo. Bjs.


 


Lcs (: diz:


Bjs.


 


– Fim da conversa –


 


Lá pelas 19 horas o Fê foi deixar a Carol, eu já sabia o que ia rolar ali, nem fui com eles. Fiquei vendo seriado na Sky e meu celular tocou, era o André.


 


– Inicio da ligação –


 


– oi dé.


– adorei o apelido – ele riu.


– ahh desculpa, tenho mania de chamar os meninos aqui por diminutivo dos nomes.


– tudo bem, não estou reclamando, me chame do que você quiser.


– bobo!


– assim não né, que seja pelo menos um apelido bonitinho.


 


Eu ri alto.


 


– besta!


– ok, deixa dé mesmo.


– ai ai, só você mesmo, hein? E ai, o que tem pra hoje?


– tem eu – ele disse rindo.


– qual minha outra opção? – eu fui irônica.


– ha ha ha engraçadinha.


– to brincando. O que devo a hora dessa ligação?


– posso ir aí?


– ai André, porque você ainda pede? Claro que pode, né?


– opa, to indo.


– beijos.


 


– Fim da ligação –


 


Minutos depois o André chegou lá em casa. Bateu no meu quarto.
– posso?
– deve – eu disse sorrindo.
– ta sorridente hoje, o que houve?
– nada.
– hum? – ele insistiu.
– vi o Lucas ontem. Na casa do Rapha. E hoje conversamos pelo face.
– ah! Explicado.
– o que?
– tanta felicidade, eu sabia que não era por me ver – ele disse triste.
– owwww... Vem cá bicudo, vem.

Eu o abracei, depois dei um beijinho na bochecha dele. Ele sorriu torto pra mim.
– mas e ai?
– o que?
– o lulu, o que rolou?
– nada! Ele ficou me encarando, mas não falou comigo. Hoje conversamos sobre um show que vai rolar na cidade do sul, e ele deu uma crisezinha de ciúmes por conta do Rapha.
– dã! Mulher é besta mesmo. Só porque falou com o cara. Afff!
– deixe de onda marreco – eu disse e ele riu – o que vamos ver hoje?
– ah, nem trouxe nada, vamos sair pra comprar comida e alugar filme, ou se quiser lanchemos em algum lugar. Topas?
– topo, topo, porque não? – eu disse indo em direção ao meu guarda roupas.
– ta felizinha demais. Isso ta me dando nojo, eca!
– ah dé, vaza! Vou me trocar.


 


Ele saiu do quarto e eu fui procurar uma roupa. Tava muito calor. Vesti um vestido que havia ganho da minha mãe. Ele era tomara que caia, tinha um top colado e do busto o tecido caia no corpo, era folgadinho, verde escuro com detalhes dourados e terminava um pouco acima do meio da coxa. Calcei uma rasteirinha e desci, o André estava lá na calçada junto com os meninos. Vi o Lucas de longe e fiquei receosa, mas fui.
– boa noite crianças – eu disse olhando pro Caio.
– porque você me olha, hein? – ele fez bico.
– porque você é o mais menininho aqui – eu disse zoando.
– nem venha Mabi, o virgem aqui é o Lucas.

Os meninos riram, até o próprio Lucas riu, mas não disse nada.
– já? Vamos? – o André me chamou.
– hurum – eu sorri.
– vão sair? – o Rapha perguntou.
– não, só pegar uns filmes e comprar umas besteiras – eu respondi.
– vai assistir filme com a família de novo André? – o Fê perguntou.
– com a sua? – o André perguntou confuso.
– é, o pai da Mabi te adorou. Minha mãe também, ela ficou encantada por você – Fê disse fazendo cara de nojo, brincando.
– minha mãe também quando o conheceu em São Paulo, ficou apaixonada por ele. Bando de cegos – eu o zoei.
– que nada Mabi, tua mãe que não te agüentava mais encalhada naquele quarto – ele riu – eu só tirei a princesa do castelo.
– e me levou pras trevas – eu disse rindo.


– como é aquele lance das princesas lá que tu me contou?
– ah não, de novo não. Não lembra não é? Eita memória, viu? – eu disse dando um tapinha na cabeça dele.
– eu estava bêbado, foi mal.
– bêbado? Você tava muitooooooooo bêbado – falei quase cantando a frase.
– o que você fizeram bêbados, hein? Não ficaram mais à vontade não né? – o Caio sempre zoando.

Eu dei língua pro Caio.
– bobinha, nem sabe brincar – ele deu de ombros.
– mas então André, já conquistou o sogrinho e a sogrinha – o Rapha falou.
– os dois otários aqui matando por causa dela – ele apontou pra casa do Bê e pro Lucas – e tu chegou e em menos de 2 meses já conquistou até a família – o Caio disse sem noção.

Ninguém conseguiu segurar o riso, até o André e o Lucas riram. O Caio fala muita besteira mesmo. Na verdade eu queria matá–lo.
– ai como vocês são bobos, hein?! – eu disse – somos só amigos – eu olhei disfarçado pro Lucas e ele desviou o olhar.
– temos nada não Caio. Somos amigos – André insistiu.
– então ta! Mas se quiser ter algo, já tem 50% a favor, que é a família.
– só que os outros 50% que são os sentimentos dela, pertencem a outra pessoa – André respondeu de imediato.
– ai gente, já deu esse papo aí. Deixem a vida amorosa que eu não tenho em paz – eu disse séria – vamos André – sai puxando–o pelo braço.


 


Entramos no carro e fomos ao supermercado. Quando estávamos fazendo as compras ele parou e ficou me olhando.
– o que foi?
– você esqueceu o short? – ele perguntou sério.
– que short? – perguntei olhando pra mim mesma.
– você veio só de blusa, não tinha reparado.
– abestado! Isso é um vestido – eu disse dando um tapa leve no braço dele.
– desse tamanho? – ele me olhou assustado.
– se fossem nas meninas você iria adorar né?
– na Karen e na Carol sim, a Deb é muito magrinha.
– e em mim você implica, né?
– claro, não é nenhuma delas que está comigo e nem é com elas que eu vou assistir filme hoje, usando isso ainda – ele me olhou dos pés à cabeça.
– Me erra André – eu sai andando pra outro corredor.

Encontramos–nos no caixa, ele pagou e saímos.
– quero um sorvete – eu pedi.
– eu também quero.
– então paga pra mim? - pedi.
– porque eu? – ele disse parando no caminho.
– porque você que me sustenta, oras – parei em sua frente.
– eu? – ele riu – o Lucas que te pega e eu que pago?


– o Lucas não me pega, para com isso – falei triste e me virei de costa pra ele, fui caminhando em direção ao carro.
– desculpa Mabi, falei sem querer – ele veio andando atrás de mim.
– ta tudo bem André, não fiquei chateada não.

Ele pôs a mão em meu ombro me fazendo parar.
– eu pago sorvete pra você, vem.

virei e dei um sorriso fraco.
– obrigada.
– mas só essa vez, não vou te sustentar não, viu?! – ele ergueu a sobrancelha.
– quem mandou ser maior de idade e já trabalhar – dei de ombros.

Ele riu e eu dei língua pra ele. Compramos sorvete, self serv, fiz logo um copão com várias bolas, deu quase R$10,00. Ele comprou um da Kibon, napolitano, aquele copo de 500 ml.
– comilona.

Eu ri.
– devia nem ter pago. Vou mandar a conta pro teu pai.
– manda que ele paga – falei dando de ombros.
– mando mesmo, você ta me falindo, vou juntar todas as notas ficais e dar a ele.

Eu fingi que nem ouvi. Liguei o som do carro um pouco alto pra não escutá-lo. Ele revirou os olhos e continuou a dirigir. Chegamos ao condomínio e eu tinha tomado todo o sorvete.
– gulosa.

Eu sorri e comecei a lamber o copo do sorvete.
– meu deus, ainda quer mais?
– se tivesse...


 


Entramos, colocamos as coisas na cozinha e fomos pra sala com meu pai e a Marta. O André os cumprimentou e pôs os filmes lá em cima pro papai escolher. Fui até a cozinha e vi o copo do sorvete dele fechado no freeze, peguei e abri, deu umas 3 colheradas, ele chegou à cozinha e me pegou no ato.
– meu deus Mabi! Para de comer – ele disse alto.
– ai dé, assim tu me assusta – falei me virando pra ele e pondo a mão do peito.
– sua monstrinha!

Eu ri dele e depois lambuzei o seu nariz de sorvete.
– oras, sua...

Eu saí correndo pela cozinha e ele atrás de mim, a Marta ouviu nós dois rindo e só gritou lá da sala.
– crianças, não quebrem nada da minha cozinha. Pelo amor de Deus, cuidado.

Continuei correndo e parei perto do balcão, cansada.
– pera – eu disse ofegante.
– eu disse pra treinar mais respiração. Teimosa – ele disse parando ao meu lado.
– você também está cansado.

Ele meteu a mão no copo e jogou um monte sorvete no meu cabelo, escorrendo na minha cara e vestido.
– André! – eu gritei – seu abestadinho.
– ué, a vingança não é doce? – ele disse erguendo uma sobrancelha.
– mas os frutos são amargos.
– pelo menos é gelado – ele disse rindo e se afastou de mim.
– ah seu sem vergonha – fiz uma cara maliciosa pra ele.


 


Sai correndo atrás dele, que correu pra sala.


– os dois fora agora – a Marta gritou – vão quebrar meus vasos.

Nós paramos e olhamos pra ela e pro meu pai, que estavam sério.
– desculpa – pedimos juntos.

Saímos pra cozinha quietinhos, assim que chegou lá, eu balancei o copo e espirrou sorvete no André, ele olhou pra mim e fez uma cara fingindo surpresa e ele cerrou os olhos pra mim. Sai da cozinha andando rápido enquanto em vinha atrás, abri a porta da sala e corri lá pra varadinha, então voltamos a correr. Eu peguei mais um pouco de sorvete e joguei na blusa dele, ele pegou o que sobrou na blusa e passou nas minhas costas e eu joguei na cara dele.
Quando cansei encostei-me ao muro e fiquei respirando ofegante. Ele veio se aproximando de mim pedindo com a mão o pote de sorvete, eu me virei e fugi pelo portão, correndo pela rua. Ele veio atrás, eu passei pelos meninos correndo, que não entenderam nada. O André me alcançou e me abraçou por trás.
– vamos fujona.

Ele carregou no ombro dele e me levou, eu tentava sair, batia nas costas dele, mas ele não soltava.
– André, minha calcinha, ta aparecendo – eu gritava.
– to nem aí.

Paramos lá com os meninos.
– o que é isso? – o Lucas perguntou franzindo a testa.
– essa jamanta fugiu.
– ei, jamanta não – eu reclamei.
– ta mais pra porquinha – o Caio disse.
– oinc oinc! – eu fiz.
– eita que aí tem bacon, hein?! – o Felipe bagunçou.

Os meninos riram e o André me pôs no chão.
– obrigada por fazer com que todos vissem minha calcinha – falei braba pra ele.
– quem manda usar essa blusa sem short.
– isso é um vestido seu leso! – falei mais irritada.
– calcinha verdinha combina muito bem com a tua pele – o Caio disse, me irritando mais ainda.


 


Como eu ainda estava com o copo de sorvete, totalmente derretido na mão. Aproveitei que o André estava distraído e virei um pouco no cabelo dele e corri.
– sua... Volta aqui Mabi – ele disse correndo atrás de mim.

Voltamos pra casa, corri direto pra cozinha, ele me alcançou e me agarrou por trás
– me larga – eu gritei.
– MABI VOCÊS AINDA ESTÃO NISSO? – a Marta gritou da sala.
– shiuuuu! – ele fez no meu ouvido.
– não me enche – falei baixinho pra ele.

Ele foi andando pra trás me segurando contra o corpo dele ainda. Ele encostou-me a pia, pegou um corpo e pôs água do bebedouro.
– quer? – me ofereceu depois de beber um pouco.
– quero que você me largue – eu disse irritada.
– nunca! – ele sussurrou no meu ouvido me fazendo arrepiar.
– h-hã... Pa-r-ra André – eu disse gaguejando.
– ih, ficou arrepiada por quê? – ele falou novamente em me ouvido.
– idiota – eu falei rispidamente.

Ele ficou calado e de repente virou o resto da água em mim, gelada.
– Ai André – eu gemi me tremendo todinha.


 


Ele me largou e ficou rindo. Parei de frente pra ele.
– agora eu que te pego – falei cerrando os dentes.

Ele não se mexeu, ficou parado me olhando.
– vem – ele me chamou com cara de sem vergonha.

Eu parei cara a cara com ele enquanto me encarava.
– vai correr não? – eu perguntei erguendo uma sobrancelha.
– de você não.

Ele então se moveu e se aproximou mais de mim. Ficamos super próximos, dava pra sentir a respiração ofegante dele, estávamos cansados. Ele ficou me olhando nos olhos e pôs a mão no meu rosto, escorregando pra minha nuca.
– André melhor não... – eu sussurrei.

Ele não disse nada e ignorou o que eu havia dito, apenas encostou a sua boca na minha, mas antes que ele iniciasse um beijo, eu me afastei. Ele percebeu que eu não queria.
– desculpa Mabi – falava nervoso.
– tudo bem dé. Eu só não to pronta... Hã... Pra outra pessoa – eu disse sem graça – Me desculpe você.
– que isso, eu que confundi as coisas – ele falava sem jeito.
– eu... Eu... É que... – eu não sabia o que falar.
– você não esqueceu o Lucas – ele disse olhando pra cima.


 


Eu nem respondi, apenas respirei em forma de alivio.
– eu não queria te chatear, mas... – eu comecei a falar.
– ta tudo bem Mabi, não to chateado. Se você quiser um dia, vou está aqui.
– melhor não André, meu coração bobo demora pra esquecer as pessoas – eu disse em tom de choro.
– eu disse que iria esperar e não que eu ia ficar encalhado – ele disse rindo e quebrando o clima tenso.
– seu sem vergonha – eu ri.

Peguei o pote do sorvete, que estava liquido.
– falando sério, agora é melhor você correr – ameacei jogar o liquido nele.

Ele correu e eu fui atrás. Ficamos correndo em círculos pela cozinha, só parei de correr quando esbarrei no balcão e derramei sorvete no chão. Levei maior queda e ele ficou rindo de mim. Aproximou–se e me deu a mão pra levantar, mas em vez disso eu o puxei e ele caiu sobre mim. Ficamos rindo uns instantes, ele então relaxou o corpo e deitou no chão, deitei com a cabeça sobre o seu peito e ficamos um pouco assim. Levantei o queixo pra olhar pra ele e nossos olhares se encontraram. Aconteceu igual a quando estávamos na festa do Pablo há semanas atrás. Rolou o mesmo, digamos que, clima.
– vai demorar? – ele perguntou.
– o que?
– você esquecê-lo?


 


Eu não respondi nada, engoli a seco a sua pergunta e me apoiei em uma mão pra me levantar, mas ele pôs a mão no meu rosto e avançou pra perto de mim, me roubando um beijo. No momento eu fiquei surpresa e não consegui retribuí. Mas precisou de segundos para que aquele beijo tomasse conta de mim. Era suave e gostoso. Nossas línguas se encontraram e eu senti um arrepio por toda minha espinha. Afastei-me rapidamente e fiquei o olhando assustada. Não sei por que, mas aquela sensação me apavorou. Ele me olhou e sorriu de canto de boca. O silêncio reinava ali, então decidi me levantar. Assim que me apoiei em minhas pernas sentir uma dor imensa e cai no chão novamente.
– ai André, ai, ta doendo... – eu gemi alto.

Ele percebeu que era sério e se aproximou de mim.
– o que foi? – ele perguntou nervoso.
– meu pé. Dói muito.
– calma, me deixa ver.

Ele mexeu, olhou, apertou. E disse pra eu ficar ali, foi chamar meu pai. Depois eles voltaram.
– olha Mabi ta inchando essa parte do tornozelo, parece que não quebrou, mas precisamos ir a um hospital.
– dá pra ela tomar um banho pelo menos? Vocês estão imundos – o meu pai perguntou.
– dá sim seu Roberto – ele sorriu.
– vou chamar o Felipe pra ele te emprestar uma blusa – a Marta falou.



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Autor(a): raquel_gomes

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 60



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  • sharonvondy60 Postado em 13/11/2013 - 07:05:01

    A web Ja acabou Mahri '-' . acho que ela vai respostar em Cilada, Vc vai voltar a acompanhar ?

  • sharonvondy60 Postado em 13/11/2013 - 07:02:03

    Awn Ameiii o FiNal muito Lindo me emocionei ate por tudo ter acabado bem T..T Saudades agora "-"

  • mahri Postado em 12/11/2013 - 14:42:25

    Ela começou a postar cilada,mas perdeu os capítulos aí começou essa web,só que ela ta demorando mt pra acabar

  • sharonvondy60 Postado em 12/11/2013 - 14:29:43

    Cilada . essa Web ta aqui No site ? Menina Vc Sumiu, Vc ta bem pelo menos ? #volta logo.

  • mahri Postado em 10/11/2013 - 02:09:59

    Ei tava lendo a web cilada,só que não consegui ver o final pq deletaram, tem como vc me dizer se a Bah e o Rick ficao juntos?

  • sharonvondy60 Postado em 08/11/2013 - 05:01:44

    Hum, Ta CompLicada a historia Hein : /

  • mahri Postado em 07/11/2013 - 23:48:15

    Nosso Amor e Ódio Eterno... Vício

  • sharonvondy60 Postado em 07/11/2013 - 12:48:11

    Mahri : Kkkk... eu to lendo pela 2 Vez. Realmente a primeira Vez deles Foi Awnn Perfeita ? verdade o liu e um best Mesmo. Quem diria que o mateus ficaria com a beth ? eu gostei . pensei que a paula ficasse com um dos irmaos da larissa . e Eu pensava que o lucio era drogado, mas ja desconfiava que ele lutava por ai mesmo tbb . Ahhh

  • mahri Postado em 06/11/2013 - 00:45:46

    Sharonvondy60: não eu não tenho webs. Eu já li pela 3 vez terminei hj,eu amo o cap da 1 vez deles;não tem como não se apaixona pela web e não amar o Lúcio,fiquei com pena do Alex em relação ao filho,mas ele mereceu. Adoro o Liu um super amigo ele eu tbm adorava as cantadas baratas do Martins kkkkkk

  • sharonvondy60 Postado em 05/11/2013 - 15:05:08

    mahri : Voce tem Webs ?


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