Fanfic: Nem sempre o amor pode está certo. 1º Temporada e 2º Temporada | Tema: web novela

– MABI NARRANDO –

– conversei com o Lucas – o Fê me disse em casa.

– e? – perguntei sem interesse.

– ele me contou o que houve.

– como assim? – perguntei assustada.

– falou sobre o sexo, o eu te amo, o namoro relâmpago – ele riu – a desconfiança sobre o André e a descoberta do Bernardo... – ele disse me olhando feio.

– me desculpa.

– pelo o que Fê? – eu perguntei assustada.

– você gostava dele, estava apaixonada e ele também pow... Eu deveria ter ajudado vocês. Sinto que eu poderia ter feito mais... E sem contar que nós... – ele me olhou com uma cara quem falava de sexo.

– ah Fê, para! Tudo o que eu fiz, foi porque eu quis. Eu que errei.

– mesmo assim...

– tarde demais pra se arrepender, não acha, seu sem vergonha? Na hora nem pensou nisso!

Ele apenas riu.

– e o André? – perguntou.

– o que tem?

– transou com ele não né?

– não, você acredita em mim, né?

– claro. Mas rolou uns beijos?

– ele me beijou uma vez e tentou outras cinco, mas não passou disso.

– certo. Pedi para o Lucas pensar...

– a respeito de que?

– vocês. Ou se acertam ou se largam de vez.

– que bom Fê – sorri pra ele – mas to cansada de esperar ele se decidir – fiz uma cara triste.

– ta falando sério? Achei que vocês se amassem.

– to começando a achar que só o amor não é suficiente... Assim como foi com o Pedro, com o Bê... O Lucas tem razão, esse negócio de se apaixonar dói.

– eu sinceramente não entendo o que acontece com vocês, viu?! – o Fê disse rindo debochadamente.

– já me acostumei com esse mundo confuso do Lucas – eu revirei os olhos – acho que agora vou seguir minha vida sem me importar com o que ele pensa ou faz...

– preciso repetir: ta falando sério? Achei que você o amasse.

– amo, mas não posso amar sozinha – dei um sorriso falso a ele – ele e a Mari se beijaram – eu disse fazendo uma careta.

– para de viajar Mabi, eles não tem nada...

– eu vi! – o interrompi falando em um tom mais alto – ninguém me contou, eu vi, foi no bebedor. Ele me viu e tentou me explicar, mas não tem o que explicar né?

– ele me disse que...

– me deixa sozinha Fê? Por favor, não quero mais falar dele – o interrompi.

– então vou sair, ta? To esperando a Carol ligar. Se precisar to no celular. Boa noite.

– pra você também.

Ele saiu do quarto e eu me deitei pra dormir. Quase 1 hora depois meu celular tocou, era o André.

– Inicio da Ligação –

– oi dé – atendi com a voz sonolenta.

– estava dormindo?

– deitada. E você, onde está?

– na faculdade ainda, estamos terminando de arrumar as coisas pra amostra.

– que massa, vai me levar pra ver, né?

– claro bobinha – ele riu – mas então, vou te deixar dormir, ta?

– ah, nem to com sono, apenas deitada. Vai demorar ai?

– não, por quê? Quer sair?

– ah... Queria uma companhia – eu disse tímida, depois de tanto tempo vendo–o diariamente, passar dois dias todo longe dele me deixou com saudades, mas era melhor não comentar.

– passo aí em 10 minutos, princesa encantada.

– Fim da ligação –

Sorri com o “princesa encantada”. Tomei um banho rápido e fui até o guarda roupas com dificuldade para pegar uma roupa. Pus um shortinho jeans curto, um pouco rasgado e desbotado, uma regatinha folgada, com as costas estilo nadador, cinza com listras amarelas florescente. Calcei uma banda de uma sandália, pus acessórios, perfume e sai. Cheguei ao pé da escada e lembrei que não conseguiria descer sozinha. Liguei pro Fê e ele disse que estava na calçada ainda, pedi para que viesse em casa. Assim que ele chegou ao pé da escada, me olhou e se pôs a rir.

– para Fê, me pega logo aqui – falei irritada.

– e vai pra onde, hein? Sabia que já são meia noite?

– eu sei e não vou morgar sozinha aqui, né?

Ele me pegou no colo e me levou até a porta da frente de casa.

– está bom aqui. Obrigada – dei um beijinho no seu rosto.

– vem aqui com os meninos – ele me chamou abrindo a porta e o portão pra mim seguidamente.

Fomos até onde estavam o Caio, Rapha e Lucas. Cheguei lá cansada por conta das muletas e me sentei no banquinho entre o Fê e o Lucas, como de costume.

– oi de novo – eu sorri.

– vai pra onde Mabi? – o Caio perguntou me olhando arrumada.

– sai oras e vocês?

– eu to esperando a Carol me ligar. Ô menina que demora pra se arrumar. Íamos comer alguma coisa e depois dá uma volta por ai... Mas pelo visto não vai dar de comer mais nada – o Felipe disse um pouco irritado.

Assim que ele terminou de falar, o celular tocou, era ela dizendo que estava pronta.

– até que fim Carolina. To passando ai, beijos – ele disse irritado.

– não briga com ela – eu falei fingindo estar brava.

Ele cumprimentou os meninos com um toque de mão e um beijo em meu rosto. Pegou seu carro e saiu.

– e vocês? – olhei pros três.

– ah... Acho que vamos ficar por aqui, né? – o Rapha disse – talvez comprar alguma coisa pra comer, sei não.

– vamos logo no supermercado Rapha? – o Caio perguntou – o Lucas espera aqui e faz companhia pra Mabi – ele sorriu pro Rapha e eu entendi que eles queriam nos deixar sozinhos. 

Olhei pro Lucas de canto de olho e ele fez o mesmo. Os meninos se levantaram e vieram me dar um beijo. Nessa hora escutei o som do carro do André. Ele estacionou perto de onde estávamos e desceu em seguida.

– demorei? – perguntou parando ao lado do banco.

– não – eu disse sorrindo ao vê–lo.

– é melhor irmos os três juntos – o Lucas disse seco se levantando sem falar com o André.

– e ai André – o Caio e o Rapha o cumprimentaram com um toque de mãos.

– beleza? E ai Lucas, tudo bom? – ele perguntou enquanto o Lucas estava parado de costa pra gente.

Ele apenas respondeu com um gesto de ok com a mão, nem se virou pra olhar–nos. Eu me levantei e fiquei ao lado do André apoiada nas muletas.

– Vão sair? – ao André perguntou aos meninos pra disfarçar.

– nada demais, comer alguma coisa por ai – o Caio respondeu – e vocês?

– dar uma volta. Levar a gatinha aqui pra passear – ele me abraçou e deu um beijo na testa – vocês não querem ir juntos?

Eles se entreolharam, o Lucas virou de frente pra gente e se antecipou na resposta.

– não obrigado – sorriu cínico.

– ah que isso Lucas... Vamos lá – o André sorriu.

– é Lucas, vamos lá – o Caio pediu.

Todos nós ficamos olhando pra ele esperando uma resposta.

– tudo bem, vamos – ele revirou os olhos e caminhou pra perto de nós.

Entrei no banco da frente do carro do André e os três atrás. Eu liguei o som e fiquei procurando uma rádio boa pra escutar. Não achei nenhuma, então peguei o case no porta luvas, mas não achava um cd que eu queria.

– Dé cadê o cd do Jorge e Mateus?

– não sei princesinha, vê se não está ai na lateral. Os meninos pegaram o carro pra sair hoje à tarde e buscar umas paradas, eles devem ter tirado do som.

– droga! Não acredito que você perdeu meu cd preferido – fiz bico.

– quem mandou deixar aqui – ele deu de ombros.

Pus as mãos na lateral ao meu lado e não achei então me estiquei pra procurar ao lado do André, passei meu corpo pela frente dele, me inclinando pra procurar o cd. Como eu estava de costas pra ele, ele deu um beijo no meu pescoço.

– ain André... – resmunguei – achei o cd.

Voltei pro meu banco enquanto o André ria cinicamente. Pus no tocador e me escorei no banco. Chegamos a uma lanchonete que não conhecíamos.

– é muito bom aqui. Conhecem? – o André perguntou.

– não – eles responderam em coro.