Fanfics Brasil - Capitulo 53 Nem sempre o amor pode está certo. 1º Temporada e 2º Temporada

Fanfic: Nem sempre o amor pode está certo. 1º Temporada e 2º Temporada | Tema: web novela


Capítulo: Capitulo 53

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Um tempo depois a clo subiu, me ajudou a chegar ao banheiro. Tomei banho, pus uma camisola e dormi. Nem quis acordar pra almoçar.


 


À noite o Fê e a Carol foram ao meu quarto e eu fiquei fingindo estar com sono. Eu queria era ficar sozinha.


 


Quarta feira eu não fui à aula. Eu estava com dor. Na verdade meu coração doía mais do que a minha perna ralada. Eu nem sentia mais nada. Mas me recusei ir pra escola. Meu pai, obvio, acreditou.


 


À noite eu me sentei na mesinha do PC para digitar a resenha do filme que passaram ontem. O Fê alugou o filme pra vermos em casa, já que ele também não assistiu. Ou melhor, não prestou atenção, ficou namorando a Carol no escurinho da sala. Dois sem vergonhas. Bateram na porta e eu mandei entrar. Olhei pra trás e era o André.


– oi princesa – ele pôs a cabeça na porta – cheguei. Tarde mais cheguei. Só sai agora da universidade.


– tudo bem meu príncipe encantado – eu abri um sorrisão.


 


Ele riu e entrou, se sentando logo em minha cama. Havia trazido um pote de sorvete de 2 litros e dois filmes.


– vamos ver? – ele disse me mostrando a capa.


– claro. Dê–me 3 minutinhos? – eu pedi e ele assentiu com a cabeça.


Terminei o que estava fazendo no notebook e me levantei. Peguei as muletas e fui até o guarda roupas. Peguei um vestidinho leve e de alcinha, uma calcinha e fui pro banheiro. Tomei meu banho, me vesti e sai do banheiro.


– to vendo que está bem melhor, né? – ele falou olhando minha perna.


– sim... Não vejo a hora de tirar essa bota. Infelizmente esses ralados demorarão pra sair, né?


– calma, a bota será tirada na segunda feira e os ralados sairão daqui uns dias – ele disse piscando.


– que bom – eu sorri e abri o pote de sorvete – você poderia pegar colher pra gente lá na cozinha? – eu pedi.


 


Ele desceu e eu aproveitei pra passar hidratante no corpo enquanto ele não estava pra encher–me o saco. Ele voltou e pôs o filme. Sentamos na cama, escorando na janela, estávamos um ao lado do outro, comendo sorvete direto do pote. Uma hora olhei pra trás e vi o Bernardo pela brecha da persiana. Ele estava no PC, de costas pra mim. No mesmo instante ele levou a mão na nuca e bagunçou o cabelo. Depois levantou sorrindo e parou na frente da janela falando ao celular. Ele não teria como me ver, uma vez que a persiana estava fechada. Fiquei o observando discretamente e suspirei em vê–lo sem camisa e com o cabelo todo bagunçado. Logo pensei: “tão bonito e tão cafajeste!”. Sorri ao pensar isso. O André me olhou curiosa, mas eu disse que não era nada. Voltamos a ver o filme até o Fê incomodar.


– o que fazem pessoas? – ele perguntou sério. Acho que se incomodava com a presença do André ali.


– vendo filme e você? – eu falei.


– jogando com a Carol – ele sorriu.


– venham ver conosco então – o André ofereceu e ele assentiu com a cabeça.


 


Voltaram e se jogaram na cama também. Não aceitaram sorvete. Ainda bem, sobraria mais pra mim. Ao longo do filme, que era uma comédia e conseqüentemente romântica, eles começaram a se beijar. Bem na nossa frente. Sacanagem! Tanto eu, quanto o André estávamos na seca há um tempo. Quer dizer... Fora as tentativas dele de me beijar, né? Ficamos um tanto constrangidos. Os dois não paravam de se pegar. Eu estava quase para mandá–los pro quarto do Fê de volta. O André me olhava e olhava para eles. Ora nós riamos, ora o André ficava incomodado. Eu sentia que ele estava assim. Quando acabou o filme o André pediu pra ir ao banheiro. E como de costume ele foi ao banheiro do corredor. Assim que ele saiu, eu cutuquei os dois.


– ow, parou a graça ai, ta? – disse brava – porque não ficaram no quarto de vocês em vez de virem se pegar aqui?


– foi mal Mabi – a Carol disse sem graça.


– Vazem – fiz sinal com a mão e eles se levantaram.


 


O Fê saiu na maior cara de pau e a Carol veio me abraçar.


– era só pra dar vontade pros dois, sua besta! Não entende nada mesmo – ela sussurrou no meu ouvido e saiu rindo.


 


Logo o André voltou e pôs o outro filme. Deitei-me na cama e ele ao meu lado. Lá pela metade do filme eu dormir. Ele me acordou em torno de meia noite e trinta. Ao despertar vi que havia dormido em seu peito, com o braço agarrando sua cintura.


– ops, desculpa André, nem percebi que estava em cima de você. – eu dizia enquanto passava a mão no rosto e ele ria já sentado na cama.


– tudo bem – ele ria – eu já vou, está tarde...


– ah, mas nem vimos o outro filme – eu disse zoando.


– outro dia eu alugo de novo, ta?


– hurum.


 


Ele me beijou no rosto, um pouco tímido e se levantou. Parou na porta e ficou me olhando.


– ta tudo bem com esse coraçãozinho? – ele perguntou.


– um dia melhora – eu sorri.


 


Ele mandou beijo e disse que não viria amanhã. Ele e a equipe dele iam revezar os dias na faculdade porque todos estavam cansando rápido e ainda tinha a semana seguinte. Eram 8 dias de feira. Virei pro lado e dormir.


 


O resto da semana passou e a cada dia ficava mais difícil ver o Lucas beijando a Mari na saída da escola. Aquilo me deixava de estomago embrulhado. Mesmo assim não conseguia sentir raiva dele. Só sentia ciúmes.


 


À noite eu preferia ficar em casa, vendo TV, filme, na internet, fazia de tudo pra não ver o Lucas na calçada. Minha intenção era esquecê–lo de vez.


 


Sábado à noite o André apareceu aqui em casa. Chamou-me pra ir lanchar. Tomei um banho, pus um short e uma blusa caída em um ombro, calcei uma sapatilha e fomos. No carro eu estava um pouco avoada, nem prestava atenção no que ele falava. Chegamos à praça e pedimos pizza. Estava tendo DJ lá, como quase todos os dias. Estava lotado, como sempre. Eu sabia que a galera estava lá porque o Fê me chamou pra ir.


– o que você tem? – o André perguntou.


– nada dé.


– ainda ta chateada pela briga com o Lucas?


– também...


– não quer me contar está havendo?


– ah... Ele disse que não esqueceria o que eu fiz e que não teríamos mais chances.


– será que não têm mais chance mesmo? – ele ergueu uma sobrancelha.


– acho que dessa vez foi pra sempre.


– vai que ele falou da boca pra fora... Sei lá.


– dessa vez é sério, ele está até namorando a Mari.


– sério? – o André disse engasgando.


– haram... Mas sabe o que me incomoda? Às vezes ele age como se ainda me quisesse, sabe? Só não quero ter falsas esperanças... Só preciso esquecê–lo.


– e será que não estaria na hora de você dar uma chance pra outra pessoa? – ele disse sério.


– hum... Quem sabe, né? – eu sorri torto – mas essa pessoa seria você? – fiz uma careta.


– porque não?


– resolveu dar uma chance pra outra pessoa também? – perguntei sorrindo.


– como assim?


– esquecer a Luana e tal...


– ah... – ele mudou a feição do rosto – já devia ter feito isso há muito tempo.


– você gosta dela, né?


– não, eu gosto de você – ele disse serio.


– não gosta não André – eu ri – você gosta dela.


– você gosta do Lucas?


– sim... – falei triste.


– só gosta?


– amo – dei de ombros.


– eu também – ele deu de ombros.


– você ama o Lucas? – perguntei pra descontrair.


– não sua bestinha – ele riu.


– mas é diferente dé. O Lucas não me quer, mas a Luana te quer.


– não, ela não me quer.


– se ela não te quisesse não ficaria atrás de ti o tempo todo.


– e se ela me quisesse ela abriria mão do meu irmão pra ficar comigo.


– eu entendi isso, mas o que eu não entendi é porque você diz gostar de mim e depois diz que a ama.


– eu ainda amo a Luana. Mas eu gosto de você, se me desse uma chance... – ele fez uma careta.


– mas é muita cara de pau, né Andre?! Diz na minha frente que a ama outra, mas me quer, seu sem vergonha – eu dei um tapa nele e ficamos rindo.


– olha, estou sendo sincero contigo... – ele dizia rindo – mas acho que não vou esquecê–la tão fácil... Já se passaram anos e nada


– eu entendo muito bem disso. Só agora eu tenho plena convicção que não quero mais o Bernardo, mas eu ainda o amo.


– quanto tempo precisou pra você não querer mais?


– 4 anos – eu sorri torto.


– hum... Estou há quase 3 anos, falta pouco, hein?! – ele riu.


 


Após uns minutos a pizza chegou e começamos a comer. Quando terminamos, ele pagou e fomos embora. No caminho pro estacionamento eu vi o Lucas e a Mari. Adivinha? Se beijando. Eu juro por tudo que não é ciúmes, mas tenho impressão que eles não têm química. Não sei por que, mas sinto isso.


Chegamos lá em casa e ficamos um pouco sentados lá na frente conversando. Depois ele foi embora e eu subi.


 


Domingo passei o dia em casa. Nem queria ver ninguém. À noite o Fê foi me ver.


– o que foi pequena? – ele perguntou.


– nada. Pensando na vida – eu sorri.


– desde quando o Lucas é tua vida? – ele riu.


– besta – dei um tapa nele assim que se sentou na cama.


– o Lucas tava ontem com a Mari. Eles estavam ficando – ele disse triste.


– é, eu vi. Fui lanchar lá com o André.


– ah sim... Por isso está assim?


– Fê, o que você acha de eu dar uma chance pro André? – falei mudando de assunto.


– sem chances Mabi. Vai ficar com ele pensando no Lucas?


– não Felipe. Eu quero esquecer o Lucas, aliás, eu vou esquecer – eu disse tentando ser convincente.


– tem certeza? – ele ergueu uma sobrancelha.


– claro... Não estou nem aí pra ele – dei de ombros.


– e porque fica evitando–o?


– porque não dá pra esquecê–lo vendo–o se agarrar com a Mari na minha frente – falei fazendo careta.


– e vai esquecê–lo se agarrando com o André na frente dele?


– não vou fazer isso... – eu disse irritada – mas eu e o Lucas não temos chance de voltar, então vou ficar sofrendo por quê?


– faz o que você quiser Mabi, só depois não diga que eu não te avisei. E outra coisa, dá pra parar de ficar em depressão, trancada o dia todo aqui, toda vez que você e o Lucas terminarem? E dessa vez nem pense em fugir pra São Paulo que eu não vou deixar – ele saiu do quarto irritado e bateu a porta.


 


Fiquei bufando de raiva. Vir-me-ei e dormi.


 


Segunda não fui pra aula, eu iria ao médico com meu pai e o André. Chegamos lá e o tal doutor não me deixou tirar a bota. Disse que não estava 100% bom, então eu teria que ficar até a minha próxima avaliação, fim dessa semana. Sai de lá mais triste ainda. Voltei pra casa e me deitei na cama com um pote de sorvete. O André havia voltado pro estagio e meu pai fora trabalhar. Comi tanto sorvete que acabei adormecendo. Acordei com o Fê me chamando.


– ow gorda... – ele me sacudia.


– o que é Felipe? – acordei mal humorada.


– porque ainda está com esse pé imobilizado? – ele olhou assustado.


– o médico não me liberou – falei com raiva.


– até quando?


– não sei... No final da semana eu tenho outra consulta.


– ah sim... O Lucas perguntou por ti hoje.


– quero que ele se exploda – falei rudemente e pus o travesseiro na cara.


– é muito amor mesmo... – o Fê saiu do quarto rindo.


 


Liguei pra Carol e ela iria à tarde lá pra casa me passar o que teve na aula.


Passamos a tarde juntas, eu copiei a matéria, depois ficamos conversando.


– a Deb e o Caio estão tão juntinhos ultimamente. Maior fofura os dois – ela disse sorrindo.


– só a Kaká que não se resolve com o Rapha, né?


– pois é... Aquele Raphael é pilantra. Ele não quer assumir a Karen por nada... Estranho isso.


– ele tem os motivos dele Carol.


– e você sabe esses motivos, né? – ela me cutucou.


– pois é, eu sei... Mas não posso fazer nada – falei fazendo bico.


– o Lucas estava hoje com a azeda lá na quadra. Você viu?


– não... A última vez em que entrei no ginásio foi pra conversar com ele, há 2 semanas atrás. Depois disso não fui mais lá.


– pelo visto você não tem mais reconciliação, né?


– pois é, é o preço que se paga, né? – fiz uma careta.


– engraçado que ele te enrolou durante meses. E não tem nem três semanas que ele ta ficando com a azeda e eles já estão namorando – ela dizia rindo – aposto que foi ela quem o pediu de namoro. Ele é frouxo demais pra isso.


– ai Carol – eu disse rindo – mas acho que você tem razão. Ei, me dá uma opinião?


– diga amor.


– o que você acha de eu dar uma chance pro André?


– acho bom... Já ta na hora de ficar com alguém mais maduro, né?


– não sei... Ele é tão enrolado com a Luana, tenho medo de magoar também por conta disso. E depois, vai que ele só quer me pegar? O que eu faço?


– esteja disponível amiga. Aquele homem me dar calor – ela disse se abanando – Ah se ele tivesse aparecido na minha vida, em vez da sua... Já tinha feito estrago com ele – ela disse rindo.


– safada! – dei um tapa nela.


 


Continuamos deitadas lá falando da vida alheia até dar a hora de ela ir namorar. Tomei banho, desci pra jantar e fiquei vendo filme com a Marta.


 


Terça e quarta feira eu fui pra aula sem animação nenhuma. O André só me ligou, nem passou aqui. Estava ocupado com a tal feira na faculdade.


 


Na quarta à noite o André veio aqui. Já passava das 22 horas quando ele me ligou dizendo estar lá na frente. Mandei–o subir.


– oi – ele entrou sorrindo.


– oi dé – retribui ao sorriso.


– e esse sorriso lindo?


– é por te ver. Estava com saudades.


– ta falando sério? – ele perguntou desconfiado.


– é sim... Por quê?


– ah sei lá... Achei que pudesse ter se acertado com o Lucas... – ele deu de ombros.


– nem nos falamos mais – eu fiz uma careta – e nem quero falar.


 


O celular dele começou a tocar e ele atendeu e desligou.


– pode falar com a Luana, André. Eu não me importo – eu disse revirando os olhos.


– não to mais a fim de falar com ela. Talvez se eu ignorar, ela me deixe em paz, né?


– é isso aí. Projeto de final de ano: esquecer a Luana – eu disse rindo e ele riu também.


– e o seu é de esquecer o Lucas?


– também – eu disse sorrindo. Claro que não seria fácil, mas quem sabe enganando os outros, eu me enganaria, né?


 


Ele se sentou na cama ao meu lado e ficou me olhando.


– quer ajuda? – ele perguntou.


– hã? Com que?


– esquecer o Lucas – ele disse sério.


– não gosto quando você me olha sério – falei tentando fugir do assunto.


– por quê?


– porque parece que você não está brincando.


– e eu não estou – ele sorriu.


 


Bateram na porta. Era meu pai.


– oi minha florzinha. Ainda acordada?


– pois é. Estávamos vendo um filme – eu menti.


– oi André – meu pai o cumprimentou.


– oi seu Roberto.


– eu tenho uma surpresa pra você – meu pai disse a mim.


– sério pai? O que é? – fiquei eufórica.


– amanhã você saberá. Agora vá dormir.


– vou nada, quero saber agora. O Sr. Sabe que eu não vou dormir ansiosa.


– ta... – ele fez uma careta – daqui a pouco eu venho te falar.


 


Ele saiu do quarto e eu me deitei. O André deitou ao meu lado com o cotovelo apoiado na cama e ficou me olhando. Após uns 2 minutos, me senti incomodada por ele ainda me olhar.


– o que foi dé? – perguntei.


– já pensou?


– no que?


– no que eu te pedi ontem.


– você não pediu nada. Só roubou um pedaço da minha pizza de quatro queijos – eu falei rindo.


– te pedi uma chance – ele disse sério.


 


Eu fiquei sem graça pela seriedade que ele falou.


– ah dé... Você sabe que eu amo o Lucas e eu sei que você ama a Luana. Vamos nos enganar?


– você quer continuar atrás do Lucas?


– não.


– então... – ele ergueu uma sobrancelha.


– O que você quer comigo?


– o que você quiser me oferecer.


– o que eu tenho pra te oferecer é um coração partido – eu falei fazendo drama.


– posso tentar consertar?


– ah André! Para de falar essas coisas... Fico envergonhada – eu falei escondendo o rosto com as mãos.


– e aí... O que você acha?


– eu acho que você quer me pegar, só isso – eu dei de ombros.


– eita... Ta me chamando de moleque? Sou desses não Mabi, eu hein?!


– desculpa, não quis dizer isso.


– tudo bem... – ele fez uma careta e ficou me olhando.


 


Eu estava deitada de barriga pra cima e ele ao meu lado, de frente pra mim. Ficamos uns minutos naquele silêncio.


– porque ta me olhando? – perguntei.


– posso te beijar? – ele perguntou na maior cara de pau.


– hã? – o olhei assustada e comecei a rir – você é doido.


 – ué! Toda vez que eu tento te beijar você se afasta e dá uma desculpa. Ou não pode, ou por causa do Lucas, ou não quer, ou faz manhã, ou... – ele dizia olhando pra cima, como se estivesse se lembrando das desculpas que eu dava – achei que se pedisse seria mais fácil – ele me olhou e sorriu.


– leso – eu disse ainda rindo e ele foi se levantando da cama. Quando ele se sentou de costa pra mim, eu respondi – beija ué – dei de ombros.


 


Ele virou-se pra trás com rapidez e me olhou assustado.


– ta falando sério?


– to – falei sorrindo.


– então era simples assim? – ele me perguntou com os olhos arregalados – porque não pensei nisso antes, hein?!


 


Eu ri enquanto ele se aproximava de mim. Deitou ao meu lado já vindo com o rosto na direção ao meu. Pôs uma mão em minha cintura e acariciou a lateral da mesma. Podíamos sentir a respiração do outro. Era quente, assim como os olhares dele pra mim. Faziam-me arder por dentro. O que eu sentia por ele era pura atração. Confundia-me às vezes com o que eu senti pelo Bernardo, a única diferença era que eu amava o Bernardo. De certa forma eu o amava e não o queria. Com o André eu sabia que não era paixão, nem amor, talvez fosse apenas a força gravitacional agindo. Sabe massa? Corpos se atraindo? Essas coisas de física. Aliás, deveria ser química, que era o havia entre nós dois. Antes que ele pudesse encostar seus lábios nos meus, ele sussurrou.


– tem certeza?


– não... – respondi sem nem saber o que eu falava. Mas não pude terminar meu raciocínio, quanto mais a frase.


 


Fui subitamente interrompida quando ele pôs a sua boca em meu pescoço, beijando–o. Sentir um frio na espinha e um arrepio tomando conta por todo meu corpo. Respirei fundo tentando me concentrar no que acontecia. Era impossível. Ele me fazia perder o foco. Logo foi subindo o beijo em direção ao meu queixo e depois à minha boca. Encostou nossos lábios com delicadeza e calma, me lembrando o beijo do Lucas. Não sei se foi por me lembrar dele ou por querer muito o beijo do André, mas logo ao toque de nossos lábios, com imediata urgência abri um pouco meus lábios dando passagem para sua língua, que se enroscou a minha em uma sintonia perfeita. Parecia tudo ensaiado, como se estivéssemos feito isso a vida toda. Vez ou outra ele mordia meus lábios e soltava–os olhando pra mim, enquanto apertava minha cintura com leveza e ao mesmo tempo desejo. Sim, ele queria me matar do coração. Como conseguia ser tão... Tão... Mas tão irresistível daquele jeito? Fomos parando o beijo quando nos faltou ar. Ele mordeu minha bochecha e depois beijou meu pescoço novamente. Cessei aquilo o abraçando forte, eu já tinha ido até o meu limite. Após aquilo as coisas ficariam muito perigosas. Quando nossos lábios se separaram, eu não tive coragem de olhar em sua cara. Nunca tive vergonha de algum menino, mas dessa vez ela não me faltou.


– nossa! Foi tão bom assim que você não quer mais me largar? – ele perguntou zombando de mim.


– estou com vergonha.


– de mim? Se manque Mabi. Desde quando você é disso? – ele falou me zoando.


– ah dé, conseguiu me deixar mais constrangida – falei o olhando agora. Ele sorria pra mim.


– hã... Quanto a isso... Ér... – ele passou a mão pelo cabelo em sinal de nervosismo – eu me empolguei né? Mas sabe o que foi...


– não precisa explicar – eu dei um meio sorriso o interrompendo.


– tudo bem então. Até porque eu não saberia explicar.


– eu sei, sem vergonhice não se explica – eu falei rindo.


– desejo não se explica... E nem se guarda – ele falou e me beijou de novo.


 


Permanecemos deitados, conversando, nos beijando por 1 hora ainda. Estava tudo perfeito se não fosse por uma coisa. Meu pensamento continuava no Lucas. Piscava os olhos várias vezes tentando tirá–lo do pensamento, mas o que me fez afastá–lo foi a batida na porta do meu quarto. O André se sentou na cama e eu me pus ao seu lado, me recompondo. Meu pai pôs a cabeça na fresta da porta e disse pra eu fechar os olhos. Assim o fiz. Questão de 3 segundos sentir aquele perfume penetrando em meu quarto. Dei Um salto da cama antes mesmo de abrir os olhos e gritei seu nome. 


 



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Autor(a): raquel_gomes

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 60



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  • sharonvondy60 Postado em 13/11/2013 - 07:05:01

    A web Ja acabou Mahri '-' . acho que ela vai respostar em Cilada, Vc vai voltar a acompanhar ?

  • sharonvondy60 Postado em 13/11/2013 - 07:02:03

    Awn Ameiii o FiNal muito Lindo me emocionei ate por tudo ter acabado bem T..T Saudades agora "-"

  • mahri Postado em 12/11/2013 - 14:42:25

    Ela começou a postar cilada,mas perdeu os capítulos aí começou essa web,só que ela ta demorando mt pra acabar

  • sharonvondy60 Postado em 12/11/2013 - 14:29:43

    Cilada . essa Web ta aqui No site ? Menina Vc Sumiu, Vc ta bem pelo menos ? #volta logo.

  • mahri Postado em 10/11/2013 - 02:09:59

    Ei tava lendo a web cilada,só que não consegui ver o final pq deletaram, tem como vc me dizer se a Bah e o Rick ficao juntos?

  • sharonvondy60 Postado em 08/11/2013 - 05:01:44

    Hum, Ta CompLicada a historia Hein : /

  • mahri Postado em 07/11/2013 - 23:48:15

    Nosso Amor e Ódio Eterno... Vício

  • sharonvondy60 Postado em 07/11/2013 - 12:48:11

    Mahri : Kkkk... eu to lendo pela 2 Vez. Realmente a primeira Vez deles Foi Awnn Perfeita ? verdade o liu e um best Mesmo. Quem diria que o mateus ficaria com a beth ? eu gostei . pensei que a paula ficasse com um dos irmaos da larissa . e Eu pensava que o lucio era drogado, mas ja desconfiava que ele lutava por ai mesmo tbb . Ahhh

  • mahri Postado em 06/11/2013 - 00:45:46

    Sharonvondy60: não eu não tenho webs. Eu já li pela 3 vez terminei hj,eu amo o cap da 1 vez deles;não tem como não se apaixona pela web e não amar o Lúcio,fiquei com pena do Alex em relação ao filho,mas ele mereceu. Adoro o Liu um super amigo ele eu tbm adorava as cantadas baratas do Martins kkkkkk

  • sharonvondy60 Postado em 05/11/2013 - 15:05:08

    mahri : Voce tem Webs ?


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