Fanfic: Nem sempre o amor pode está certo. 1º Temporada e 2º Temporada | Tema: web novela

– MABI NARRANDO –

Na quinta à noite o André me buscou em casa pra irmos lanchar. Depois que comermos pizza, ele veio me deixar em casa. Já era tarde. Parou o carro na frente e não tinha ninguém próximo. Os meninos deveriam estar de cara nos livros por conta das provas de amanhã.

– preciso subir – eu disse fazendo bico.

– ah não – ele me puxou pela mão – vamos namorar mais um pouquinho – ele ficou fazendo manha.

– só um pouquinho dé. Amanhã tenho duas provas finais. Preciso descansar.

– se você quiser, eu posso te deixar mais relaxada – ele disse com malicia e beijou meu pescoço.

– opa, já gostei – falei sorrindo.

Ele pôs a mão na minha nuca e me beijou de forma cautelosa. Aos poucos aquele beijo foi ficando sedutor. Sua língua passava pela minha de forma suave e seus lábios davam leve sugadas na minha língua e lábios. Sua outra mão desceu até minhas pernas, que estavam descobertas pela mini saia jeans. Ele apertava minhas coxas e depois escorregava a mão para a parte interna delas, me proporcionando arrepios. Com pouco tempo eu já estava excitada.
– não faz isso comigo André – eu disse ofegante – você sabe que não pode ir pro meu quarto. Meu pai ta acordado.
– e quem disse que vamos sair daqui? – ele disse em meu ouvido e mordeu a ponta da minha orelha.

Eu o olhei e ele sorriu de lado, me deixando com mais tesão ainda. Sua mão parou em meu ombro e logo desceu a alça da minha blusa. Fez isso em ambos os lados e depois os beijou. Passei minha mão por dentro de sua blusa, acariciando todo seu abdômen e terminando na sua virilha. Já pude perceber o quão excitado ele estava. Com uma mão só, abri o zíper da sua bermuda e tirei seu pau pra fora. Ele sorriu entre o beijo. E tenho certeza que foi um sorriso safado. Afastei–me dele e sorri. Imediatamente ele desabotoou seu short e desceu um tanto, junto com a cueca. Abaixe–me e lhe fiz um sexo oral rápido. Logo depois voltamos a nos beijar. Sua mão desceu minha blusa, deixando–a engelhada na cintura. Ele abocanhou meus seios desnudos e brincou, passando sua língua neles, enquanto sua mão passeava por dentro da minha calcinha. Ele a pôs de lado e introduziu dois dedos em mim. Enquanto eu gemia, ele fazia movimentos circulares, intercalados com brincadeiras em meu clitóris. Após uns minutos eu mesma tirei minha calcinha, a jogando no chão do carro. Ele puxou a alavanca e afastou seu banco para trás, dando um espaço considerável do volante. Esticou sua mão e quando eu lhe dei a minha, ele me puxou. Passei para o banco do motorista, me sentando por cima dele. Ele subiu minha saia, que se juntou com a blusa em minha cintura. O contato do seu pau com a minha bct, me deixou enlouquecida. Ele pôs a camisinha e pediu pra que eu sentasse nele. Sentei–me, apoiando um joelho de cada lado do banco. Enquanto eu pulava em seu colo, ele beijava meu pescoço e apertava, intercaladamente, meus seios e bumbum. Inclinei meu corpo pra trás e escorei minhas costas no volante. De imediato ele desceu com a boca em meus seios. Dobrei as pernas pra cima e apoiei meus pés no banco. Com certa dificuldade eu me movimentava e por vezes rebolava em cima dele, que parecia delirar com aquela posição. Ele parou de me beijar e ficou apenas me observando enquanto acariciava meus seios com as mãos. Ficamos nos encarando durante o ato. Geralmente aquilo me constrangeria, mas o jeito safado que ele me olhava, apenas me deixava mais excitada. E quanto mais tesão eu tinha, mais eu rebolava e conseqüentemente mais alto ele gemia. Sua mão foi até meu clitóris e ele ficou fazendo movimentos circulares durante a penetração. Após uns minutos voltei a posição inicial, mas me virando de costas pra ele. Apoiei minhas mãos no volante e sentei em seu pau novamente. Ele agarrava minha cintura e fazia pressão para que eu subisse e descesse com mais força. Depois de alguns minutos, uma de suas mãos desceu até minha coxa e me fez abrir um pouco as pernas. Logo ele acariciou meu clitóris.

– segura um pouco. Quero fazer uma coisa no final – ele sussurrou no meu ouvido.

Parei de pular em seu colo e apenas rebolava em cima dele, o fazendo delirar. Ele colou seu corpo em minhas costas e a beijou. Meu corpo se arrepiou todo.

– vira pra mim – ele disse em meu ouvido.

Sentei de frente a ele novamente e apoiei os joelhos no banco. Ele agarrou em minha cintura e pediu pra eu me mover suave. Nosso corpo começou a se movimentar em um ritmo compassado. Era devagar, mas gostoso. Uma sensação que eu nunca havia experimentado. Ele me olhava nos olhos enquanto mexíamos nosso quadril na mesma sintonia e a lentidão com que ele me penetrava inexplicavelmente me proporcionou um delicioso orgasmo. Ele teve o seu em seguida. Terminamos arfando. O beijei calmamente e depois apoiei minha cabeça em seu ombro.

– como você faz isso? – perguntei.

– segredo – ele disse rindo.

– e porque me olhava tanto?

– queria poder ver o prazer estampado em seu rosto – ele disse sorrindo com malicia.

– sem vergonha.

Eu lhe dei um tapa, depois o abracei e em seguida dei–lhe um beijo bem gostoso. Sai de cima dele e me recompus já sentada em meu banco. Ele também se ajeitou. Despedimos-nos e eu entrei em casa. Fui direto pro meu quarto. Joguei–me na cama e me pus a pensar nele. Eu realmente gostava do André e o sexo com ele era incrível, mas era incrível como meus pensamentos sempre se voltavam para o Lucas. Se ele não tivesse me feito sofrer tanto dessa última vez, eu até aceitar tentar de novo, pela 15ª vez ou mais, já até perdi as contas de quantas reconciliações nós tivemos.

– oi meu amor – o Diego disse abrindo uma fresta na porta.

– oi Di. Entra – falei ainda deitada na cama.

– chegou agora? – ele disse sentando–se ao meu lado.

– sim, fui comer pizza com o André.

– ah sim...

– e você vai pra onde arrumado assim? – eu disse levantando e me sentando ao seu lado.

– sair com uma gatinha do cursinho. A ruiva gostosa me deu um fora mesmo – ele fez bico.

– a Karen te cortou, foi? – eu disse rindo.

– é, ela não ta namorando aquele garoto lá? – eu assenti com a cabeça – ai ela veio me dizer que não ia mais rolar entre a gente e tal... – ele fez bico de novo.

– tadinho Di – fiz carinho na nuca dele.

– não gosto desses teus amigos. Primeiro você me troca por esse André, depois a Carol pelo Felipe e agora a Karen pelo Raphael. Fala sério...

– maldade, né?! Você é muito mais gostoso – e disse mordendo a bochecha dele.

– ai Mabi. Isso doeu – ele reclamou.

– desculpa – fiz bico imitando ele.

Ele fez cara feia e eu me ajoelhei na cama e o abracei por trás. Dei uma cheirada no seu pescoço e depois um beijo que o fez arrepiar.

– se as desculpas forem assim sempre, você pode me morder mais vezes – ele brincou.

– tarado. Sai – eu me levantei e desci da cama.

– você que me provoca – ele riu.

– então, vai levar a menina onde?

– estamos querendo ir à um barzinho.

– legal...

Vir-me–ei de costas a ele para trocar de roupa. Fica de calcinha e sutiã na frente do Diego não era problema. Fui até meu guarda roupas e peguei um baby doll. Ainda de costas pra ele, desabotoei a saia e o zíper enquanto ele contava sobre as pessoas do cursinho. Quando comecei a descer a saia, o Diego parou de falar. Vir-me-ei a ele

– o que foi? – perguntei.

– você está sem calcinha? – ele perguntou me olhando assustado.

Olhei pra baixo e eu tinha me esquecido de vestir. Aliás, tinha esquecido no carro do André.

– hã... É... – corei e fiquei sem saber o que falar.

– comer pizza, né? Sei... – ele riu – deixa eu ir antes que eu caia em tentação – ele me olhou da cabeça aos pés – to pensando em levar minha coleguinha pra pizzaria.

Ele saiu do quarto rindo. Tirei a roupa, pus uma calcinha e meu baby doll. Deitei–me e dormi.

Na sexta feira tivemos as últimas provas. Terminaria às 10:30. Quando o sinal bateu, toda a escola estava liberada e os corredores, cantina e o pátio estavam lotados de alunos. A semana seguinte seria só para pegar as notas. Combinamos de todos irem almoçar juntos. Todos concordaram com o restaurante e fomos. Ao chegar, pegamos uma mesa grande e cada um sentou de casal, menos eu. A Carol com o Fê, a Deb e o Caio, o Rapha e a Karen, o Lucas e a Mari. Eu sentei ao lado da Karen e da Carol e de frente ao Lucas, por pura coincidência. Fizemos o pedido e continuamos a conversar.

– cadê teu namorado Mabi? – a azeda me perguntou.

– essa hora ele está trabalhando – eu disse sorrindo torto pra ela – deve sair daqui uns 20 minutos.

– liga pra ele vim almoçar conosco.

– deixa ela Mari, que saco – o Lucas disse irritado.

– ow Lucas, só que é chato ela ficar sobrando aqui – ela respondeu a ele.

– não é chato não querida, eu estou com minhas amigas, meus amigos, meu irmão... Porque seria chato?

– tudo bem então, eu só quis ajudar.

– obrigada pela preocupação – eu disse cínica – mas daqui a pouco eu ligo.

– fala pra ele passar aqui depois do estágio – a Carol disse cortando o diálogo nada agradável.

– ow eu vi o hotel lá da cidade do sul. Ta tudo em combinado, deixei reservado quatro quartos de casais, certo? – o Fê falou.

– você vai Lucas? – a Mari perguntou.

– vou sim Mari – ele respondeu sério.

– poxa, nem pensou naquilo? – ela perguntou encostando a cabeça no ombro dele.

– o que? – o Caio perguntou indiscreto.

– ah, é que eu não gosto desse tipo de música, ai queria que o Lucas ficasse comigo no final de semana – ela respondeu.

– pow, mas já até compramos os ingressos – o Caio disse constrangido pelo comentário dela.

– vende amor – a Mari disse dando de ombros.

Todos nós a olhamos, mas ninguém falou nada.

– Carol, você já percebeu que a azeda ta mais melosa com o Lucas hoje? – cochichei no ouvido dela.

– já sim... Essa garota é um nojo. Pra mim só se faz de santa – ela respondeu.

Nós rimos e depois disfarçamos falando de outra coisa. Após 15 minutos liguei pro André e passei o endereço pra ele. Em 10 minutos ele chegou.

– boa tarde – ele disse cumprimentando à todos – oi princesa – parou atrás de mim e assim que me virei, deu–me um selinho.

A Karen afastou sua cadeira e ele se sentou ao meu lado. Os meninos continuaram a conversar sobre o show enquanto o Lucas me olhava fixamente. Vi a Mari dando uns cutucões nele, mas ele parecia nem se importar. Na verdade parecia estar sem paciência para ela. Eu tentava disfarçar, mas não estava resistindo muito aos olhares do Lucas. Vez ou outra eu retribuía o olhar e os sorrisos. A Carol me cutucou pra chamar minha atenção.

– eu sei que você ama o Lucas, mas não esquece que ele ta com a namorada e você com essa delicia ai do teu lado – ela sussurrou em meu ouvido.

Sorri torto pra ela e me virei de frente para o André a fim de tentar ignorar o sorriso do Lucas.

– com foi a prova? – ele perguntou.

– muito boa. Acho que até tirei 10 – falei sorrindo.

– estava relaxada? – ele perguntou com ironia.

– muito – eu ri – tanto que esqueci minha calcinha no seu carro – sussurrei próximo ao ouvido dele.

– eu vi – ele sorriu – quer ir lá buscar? – ele disse em meu ouvido. Bem pertinho.

Sorri sem graça e fiquei toda arrepiada.

– e o show? Combinaram tudo já? – ele perguntou.

– sim. Hotel, ingressos, carros... Tudo ok já.

– você promete se comportar nesse show? – ele pediu.

– claro dé. Mas vou sentir tua falta lá – falei manhosa.

– eu também vou sentir tua falta em São Paulo.

– falando nisso, você promete se comportar lá? – eu pedi.

– você sabe que sim – ele sorriu.

– fica longe da Luana, ta?

– a manterei bem longe. Certo?

– hurum – eu disse sorrindo.

Ele me segurou no rosto e me beijou rapidamente. Retribuí o beijo que durou em torno de 1 minuto. Quando cessado, ele beijou meu rosto e se aproximou de meu ouvido.

– cadê a parte em que você promete ficar longe do Lucas? – sussurrou.

– nem precisa pedir – falei sem jeito.

– tudo bem, eu confio em você.

– eu também confio em você, só não confio na Luana – eu disse tentando tirar o foco de mim.

Só de pensar que eu beijei o Lucas na boate e não contei pro André, minha consciência pesava. De repente o celular do André tocou. Ele olhou no visor e desligou. Devia ser a Luana. Depois de 1 minuto tocou de novo, ele olhou, atendeu e logo depois do alô, pediu licença já indo lá pra fora. Voltou após um tempo. A comida já estava servida e todos comiam. Ele parecia preocupado.

– o que foi dé? – perguntei.

– era a Luana. Ligou do telefone do Pablo, disse que o meu irmão ta internado. Teve uma crise, passou muito mal e foi hospitalizado. Sabe aquelas dores que ele tinha?

– sei.

– era pedra na vesícula, mas está muito inflamada, então ele ta sendo medicado há 3 dias e depois vai repetir os exames pra se operar.

– nossa, e agora?

– é uma cirurgia rápida e simples, mas ele tem que ter alguma ajuda lá – ele dizia preocupado.

– teus pais não vão pra lá?

– claro que não – ele revirou os olhos – eles não estão nem ai. Eu vou ter que ir pra lá.

– e as provas na faculdade?

– vou ter só uma na quarta. Eu pego o vôo hoje e volto na terça à noite pra fazer a prova de manhã e em seguida eu vou de novo. As lutas começam quinta.

– poxa dé... – fiz bico – espero que o Pablo fique bem.

– eu também.

Começamos a comer. Ele estava com o pensamento longe, assim como eu. Mas agora pensava na Luana. Eu sei que é egoísmo, mas algo me incomodava nessa viagem. A verdade era que quem me incomodava era a Luana. Entre meus pensamentos olhei pra frente e meu olhar encontrou–se com o do Lucas. Ele sorriu pra mim.

– ta tudo bem? – ele gesticulou sem emitir nenhum som.

Eu apenas balancei a cabeça em sinal de mais ou menos e depois retribuí ao sorriso que ele me dera. Sorriso que tanto me encantou. A Mari se levantou e o chamou. Os dois saíram sem dizer nada. Passaram um tempo lá fora e depois só ela voltou. Demorou mais um tempo e o Rapha se levantou, provavelmente fora atrás do Lucas e bem depois o Caio.

– LUCAS NARRANDO –

Estávamos comendo quando a Mari me chamou lá fora.

– o que foi Mari? – perguntei.

– para Lucas, poxa... – ela reclamou.

– parar com o que?

– de olhar pra ela, de sorrir pra ela. Caramba Lucas! Eu to do teu lado, o namorado dela ta na tua frente... – ela dizia chorosa.

– ta doida Mari? Eu só perguntei se ela estava bem, nada demais – eu disse impaciente.

– ela ta com o namorado dela do lado. Deixa que ele cuide dela.

– você me chamou aqui pra isso? – perguntei incrédulo.

– foi – ela cruzou os braços.

– não to acreditando nisso... – eu ri – para com essas coisas Mari, isso ta chato.

– nossa Lucas. Nosso namoro ta chato? – ela perguntou assustada.

– sinceramente? Ta!

– poxa... Achei que depois de ontem... – ela nem terminou a frase.

– você achou que transando comigo as coisas fossem melhorar? – perguntei baixinho.

– achei que você fosse gostar mais de mim – ela deu de ombros, sem jeito.

Respirei fundo antes de falar algo. Aproximei-me dela carinhosamente.

– olha Mari, eu não quero que você faça as coisas para me agradar. Quero que você faça só quando tiver vontade. Não vai ser com sexo que nosso namoro vai melhorar e nem eu vou gostar mais de você. Na verdade eu também pensei que pudesse melhorar, mas não sei se dá.

– eu percebi isso... Acho que não somos compatíveis – ela disse – mas eu gosto tanto de você Lucas...

– mas quando só um gosta, não é suficiente – falei passando a mão no rosto dela.

– eu vou entrar. To com fome – ela disse rápido e entrou correndo.

Bufei e me sentei no capô do meu carro, no estacionamento. Eu precisava terminar com ela, mas sem magoá–la. Ela percebeu que eu não to satisfeito com o namoro e fugiu. Terminar vai ser quase impossível. Após um tempo o Rapha apareceu lá fora.

– o que foi dessa vez? – ele perguntou.

– ciúmes da Mabi – eu disse revirando os olhos.

– o de sempre então – ele riu – e o show?

– o que tem? – perguntei.

– oras, a Karen e eu vamos ficar no mesmo quarto do hotel.

– e daí? – perguntei despreocupado.

– e daí que a Karen ia ficar com a Mabi. Agora quem vai ter que dormir com ela é você.

– ah não Rapha, não faz isso comigo não, velho – eu disse choroso. Nem havia me lembrado disso – troca comigo pow...

– hã? – ele gargalhou – claro que não né Lucas.

– então eu vou trocar por dois quartos de solteiros. Pronto. Resolvido.

– não tem como trocar. As reservas foram feitas e nós depositamos um sinal já.

– vocês pagaram e nem me avisaram?

– depois a gente vai fazer o rateio, relaxa! – ele piscou pra mim.

– tudo bem então, eu vou alugar um quarto pra mim e pago o quarto pra Mabi, sem problemas.

– não tem mais quartos Lucas – ele disse rindo – o hotel ta cheio.

– ah não Rapha. Sacanagem de vocês pow – eu disse desesperado – então dorme comigo e deixa a Kaka com a Mabi.

– tu é leso, é? Trocar a Karen pra dormir contigo? – ele riu – não sou viadinho que nem tu não Lucas.

– puta merda! Eu não vou consegui só dormir ao lado dela. Rapha você não tem noção do que é o cheiro dessa menina... – eu disse rindo.

– imagino que seja difícil... Mas ai em vez de eu dormir de conchinha com a Karen, vou ter que dormir assim contigo? Fala sério Lucas. Deixa de bixisse. Controla esses hormônios que eu achei que você nem tivesse.

– posso te contar uma coisa? – eu pedi.

– você não revelando que é gay, por mim tudo bem – ele falou sério e depois riu.

– te fode Raphael! – falei dando um soco no seu ombro e ele riu – é sério... Eu to querendo terminar com a Mari. Não to agüentando mais...

– termine então – ele deu de ombros – Ela vai ter que entender pow. Você não pode ficar com ela por obrigação.

– só que ontem a irmã dela veio conversar comigo e disse que me viu beijando a Mabi na boate.

– puta merda! Fudeu Lucas...

– literalmente, porque ontem eu transei com ela – falei fechando os olhos.

– ah cara... Você não fez isso – ele me deu um soco no ombros e eu assenti com a cabeça – sério? – ele riu – você ta com a corda no pescoço e cada vez mais empurrando a cadeira. Uma hora você vai se enforcar e aí não tem volta com a Mabi. Usou camisinha pelo menos?

– claro, né?! Não sou doido não.

– e ai, o que foi? – o Caio perguntou se aproximando.

– nada demais pow – respondi.

– estresse com a Mari?

– é...

– Lucas, porque você ainda está com essa menina, hein?! É obvio que você não gosta dela – ele disse.

– sei lá Caio... To pensando mesmo em terminar.

– só que ele comeu a menina – o Rapha disse repentinamente.

– pow Rapha. Fala não mew – eu disse chateado.

– sério Lucas? – o Caio riu – caralho, ferrou agora. Se terminar vai magoar a menina – ele falou serio agora e por incrível que pareça, ele tinha razão.

– e ainda ferra a chance de voltar com a Mabi – o Rapha falou.

– e você acha que ela vai deixar o André pra fica contigo? – o Caio perguntou irônico.

– acho que não – eu disse cabisbaixo – o que tu acha Caio?

– rapaz... Esse tal André aí ta com tudo. Acho que ela não o larga por ti não, mas se eles terminarem por algum motivo, quem sabe. E quanto a transar com a Mari e a Mabi saber, acho que não tem problema, porque eu a ouvi dizendo que dormiu na casa do André – ele deu de ombros.

– dormiu ou transou? – perguntei curioso.

– os dois, garotão... Você acha que ele ia deixar passar? – o Caio disse se divertindo.

– é né – eu disse sem interesse nenhum – falando em dormir... – olhei pro Rapha que revirou os olhos – ow Caio, troca de quarto de hotel comigo? Dorme comigo e deixa a Mabi dormir com a Deb.

– ta doidão Lucas? – ele disse assustado – eu lá durmo com macho – ele riu – não perco a oportunidade de passar à noite com a Deb de jeito nenhum.

– nem eu de dormir com a Karen – o Rapha disse logo.

– dormir literalmente, né?! – o Caio o zoou – namorada virgem é foda – ele riu.

– você e a Deb já transaram por acaso? – o Rapha perguntou com sarcasmo ao Caio.

– não, mas... – ele nem completou a frase.

– tua namorada também é virgem, ow garanhão – ele deu um soco no ombro do Caio.

– estão os dois na seca... – o Lucas riu e desceu do capô do carro – não custava nada trocarem comigo, não vão comer ninguém mesmo.

– quem disse que não? – o Caio disse erguendo uma sobrancelha – a Deb que me aguarde – sorriu com malicia – ela não vai resistir a mim.

Nós rimos dele que ficou sério.

– ihh... – resmungou.

– e eu vou me divertir de outro jeito com a Karen – o Rapha piscou pra mim.

– afff... Só me resta dormir com ela, né?! Tudo bem, dúvido também que ela vá querer – dei de ombros.

– acho que pra ela não teria problema, ela não parece estar com os hormônios à flor da pele igual a você – o Rapha me cutucou.

– não enche Raphael – falei zangado.

– ei Lucas, aproveitando que estamos aqui entre amigos e tal – o Caio disse sorrindo – como foi com a Mari, hein?!

– não vou falar Caio – eu disse cerrando os olhos.

– é, diz ai Lucas – o Rapha pediu também.

– gente... Fala sério – eu revirei os olhos e bufei, eles continuaram me olhando – taaaaaa – gritei – foi chato e monótono – falei baixinho – ela é muito tímida. Não dá – balancei a cabeça negativamente.

Eles se olharam e riram.

– vai ficar amarrado na menina e o sexo ainda é ruim – o Caio me zoou e o Rapha riu.

– tipo boneca inflável? – o Rapha falou se divertindo.

– pelo menos minha namorada faz sexo – eu ergui uma sobrancelha e voltei pra dentro do restaurante.

Eles ficaram se olhando com cara de tacho. Acho que não gostaram da brincadeira.