Fanfics Brasil - Capitulo 68 Nem sempre o amor pode está certo. 1º Temporada e 2º Temporada

Fanfic: Nem sempre o amor pode está certo. 1º Temporada e 2º Temporada | Tema: web novela


Capítulo: Capitulo 68

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– MABI NARRANDO –


 


Deixei o André no aeroporto e fui para casa. Minha cabeça estava a mil. Pensava em muita coisa ao mesmo tempo. O André tão próximo à Luana me preocupava muito. Eu sabia que ele não iria resistir a ela. Por mais que ele dissesse que não, eu sabia que iria acontecer. Eu sentia isso, sentia que nosso namoro não seria o mesmo depois dessa viagem. Do mesmo jeito que eu não resisti ao beijo do Lucas. Mesmo não o querendo de volta, eu não resistiria se ele fizesse de novo. E esse era o motivo de eu querer distância. Assim eu pensava do André e da Luana. Cheguei em casa e fui direto pro meu quarto. Troquei de roupa e fiquei deitada na cama e acabei adormecendo. Quando acordei já era de madrugada, me virei pro lado e só acordei no dia seguinte.


 


Tomei meu café com meu pai e a Marta e depois voltei pro quarto. Fiquei na internet até o almoço. Depois de comer, peguei o carro do André e fui até a locadora. Aluguei um filme romântico e voltei pra casa. Sentei-me na cama acompanhada de um pote de sorvete de creme com chocolate de 2 litros. Eu já havia olhado pro meu celular umas 5 vezes e o André nem ligou pra avisar se estava bem ou não. Meu orgulho também não me permitiu ligar. Vi o filme todo e chorei horrores. Assim que terminou fiquei deitada na cama e comecei a pensar no André e em seguida no Lucas. Após uns minutos o meu celular tocou. Olhei no visor desesperada e era o Lucas. Não acreditei. Deixei tocar até cair na caixa postal, mas não adiantou, ele ligou de novo. Resolvi atender.


 


– inicio da ligação –


 


– alô.


– Mabi, ta ocupada?


– não Lucas, pode falar.


– ah, não é nada demais. Só que eu to tentando falar com o Felipe e não consigo. Liguei ai pra tua casa e também não atenderam.


– hum, eu cheguei há pouco tempo, mas não sei do Felipe. Tentou no celular dele?


– sim, não atende.


– vou ver se ele ta no quarto dele – levantei e fui até lá – ele não ta aqui Lucas. Deve ta com a Carol.


– só se for. Mais tarde eu tento de novo. Obrigada Mabi.


– tem nada não. Se ele chegar eu peço pra ele te ligar. Tchau.


– ei Mabi.


– oi.


– porque você estava estranha hoje? – ele perguntou e eu fiquei em silêncio – se quiser falar, claro.


– bom... Problemas com o André.


– mas você está bem? – ele perguntou no mesmo tom calmo.


– sim, to sim. Obrigada por se preocupar – eu sorri.


– você sabe que eu me preocupo com você. E mesmo sabendo que eu não sou nada pra você, se precisar de mim, pode contar.


– eita Lucas, quem disse que você não é nada pra mim? Gosto bastante de você, viu?! E não é porque não estamos mais juntos, é que você não significa nada pra mim.


– eu não quis dizer isso – ele riu – eu quis dizer... – ele se calou – não sei, deixa pra lá.


– não, fala. Não entendi.


– ah, nada demais... Só quis dizer que você não iria me procurar se precisasse de alguma coisa, né? Eu seria a última pessoa que você iria pedir ajuda – ele riu e se calou – você parece querer distancia de mim.


– não é nada disso. É só que... – fiz uma pausa – é melhor assim Lucas.


– tudo bem, se você prefere assim – ele disse triste – diz pro Felipe que é urgente, ta?


– digo sim.


– beijo.


– beijos.


 


– fim da ligação –


 


Desliguei o celular e me joguei na cama. Meus pensamentos saíram do André e da Luana e foram para o Lucas. Fiquei lá por quase uma hora pensando em tudo o que nós tínhamos passado. A saudade dele já me afligia, mas eu não conseguia tirá–lo da cabeça. Bateram na minha porta e eu mandei entrar. Olhei e era o Diego.


– oi.


– oi Di, entra.


 


Ele entrou e se sentou na cama, ficando ao meu lado.


– o que ta fazendo ai? Pensando?


– é – sorri fraco.


– parece tristinha. O que foi?


– nada – sorri novamente – mas me conta como foi lá com tua colega?


– ah, legal. Ela é uma pessoa interessante.


– interessante? – franzi a testa – esse não é o tipo de comentário que você faria.


– nem começa Mabi – ele riu – ela é legal. Gostei dela, até vamos sair de novo.


– perai, você não a levou pra cama, né? – perguntei assustada.


– não – ele revirou os olhos.


– você gostou mesmo da menina. Isso é raro – eu disse rindo.


– não enche – ele disse rindo – rolou uns beijos e só. Mas se continuarmos saindo, vai que rola, né?!


– que bom Di. Fico feliz por você.


– valeu – ele sorria que nem um bobo.


– a trate bem, viu?! E eu quero conhecer.


– claro. Marcaremos de sair com você e o André. Pode ser?


– se ainda houver eu e o André – fiz uma careta.


– terminaram? – ele perguntou assustado.


– não. É que ele viajou e vai ficar no apto do irmão, com aquela ex dele. Tenho certeza que ele vai me trair.


– se tem certeza porque não terminou? – ele perguntou assustado.


– porque ele disse que não vai rolar nada. Mas não confio nela.


– e é por isso que você está com essa carinha?


– também... Posso te contar duas coisas? Segredissimo, ta?


– não precisa nem pedir, né? – ele revirou os olhos – mas fala aí, vai.


– eu e o André estávamos trans... – me calei e olhei pro Di com vergonha.


– transando, eu sei que você não é mais virgem – ele disse me zoando.


– ai Di para! – eu ri – então, estávamos no banheiro dele, dentro do box, mas ai eu não sei porque eu pensei no Lucas – fiz uma careta – e da última vez em que transamos foi na casa do André, tomamos banho naquele banheiro e... Sei lá, pensar nele enquanto eu to com André não é legal. Ai eu parei e o André ficou sem entender nada. Senti–me chateada comigo mesma por isso.


– sinceramente Mabi? Isso estava demorando a acontecer. Você sabe que ainda quer o cara. Não adianta se enganar.


– pior que eu sei – fiz bico – hoje no restaurante trocamos alguns olhares e sorrisos. Ainda agora ele ligou procurando o Felipe e acabamos conversando um pouco, aí me deu saudades dele. Dos beijos, abraços, de ficar com ele, conversar... – fitei o teto e fiquei sorrindo enquanto me lembrava dele.


 


O Diego se levantou, falou algumas coisas que eu não ouvi. Na verdade eu não prestava atenção em nada do que ele fazia.


– alô Mabi – ele estalou os dedos na minha frente – acorda.


– to acordada Di – dei língua a ele.


– to vendo mesmo aí você viajando no Lucas – ele disse indo em direção à porta.


– não fala besteira Diego – falei me virando de lado e ficando de costas pra porta.


– eu falando besteira? – ele riu – besteira é você aí negando que ainda ama o Lucas – ele falou abrindo a porta pra sair – eu sei que você ama e você também sabe, não é?


– é Diego. É! – eu gritei – agora vaza daqui, me deixa seu chato – eu disse rindo.


– ama?


 


Vir–me–ei para a porta quando ouvi aquela voz. Era o Felipe e o Lucas. O Diego ainda segurava a maçaneta, estava atônito. Provavelmente o Felipe iria entrar no quarto quando o Diego ia sair. Sentei-me na cama e fiquei olhando pros dois. Eu não sabia o que falar. O Felipe também ficou sem ação. O Lucas entrou com tudo no quarto e parou na minha frente. Ele aparentava estar nervoso.


– é sério isso que eu ouvi Mabi? – ele perguntou.


– não Lucas. Era só brincadeira – eu disse rindo.


 


A expressão de esperança que havia no rosto dele se desfez. Olhei pra porta e o Diego balançava a cabeça negativamente. Logo ele saiu do quarto e o Felipe se aproximou da cama, parando ao lado do Lucas.


– vou deixar você dois aí conversando, depois eu volto – ele disse.


– mas eu não tenho nada pra falar com o Lucas – falei indo atrás do Felipe.


– não é sobre vocês, é sobre o hotel – ele disse já fechando a porta.


 


Voltei a ficar de frente ao Lucas, que me olhava ainda um pouco sem graça.


– diz – pedi.


– hã... Sabe o que é. Como a Karen e o Rapha estão namorando, então eles vão ficar juntos no mesmo quarto, daí só sobrou nós dois juntos – ele disse devagar, provavelmente com medo da minha reação.


– nós dois dormindo juntos por 2 dias? – perguntei assustada – não...


– é – ele colocou as mãos no bolso e deu de ombros.


– eu acho melhor não Lucas, vamos mudar, sei lá, pegaremos quartos de solteiros ou vamos trocar com os meninos, eu durmo com a Karen ou a Carol... – eu falava enquanto andava de um lado pro outro do quarto.


– eu já tentei tudo isso Mabi. O hotel não tem mais quartos e nenhum dos meninos quis abrir mão da namorada pra trocar comigo.


– e se eu falar com as meninas? – perguntei.


– é, você pode tentar, mas pede pra elas explicarem pros garotos. Não quero nenhum deles chateado comigo depois, ok?


– ta – eu sorri fraco.


– era só isso. Vou indo então


– ah ta. Então tchau – eu disse sem graça.


 


Ele caminhou até a porta e se virou pra mim depois de abri–la.


– ah... – ele murmurou – se nenhuma das meninas for trocar com você, não precisa se preocupar, ta? Eu deixo você sozinha no quarto e durmo no carro. Por mim não tem problema – ele deu de ombro.


– claro que não né Lucas?! Eu jamais faria isso – eu disse incrédula – que besteira. Se não der pra trocar, dormiremos juntos... Aliás, não sei nem pra que trocar. Você teria algum problema em dormir na mesma cama que eu?


– hã... Não – ele disse engasgando – você teria?


– não... – respondi cheia de duvidas – eu acho – sussurrei.


– eu... Hã... Olha... – ele tentava falar sem gaguejar.


– hã? – fiquei olhando–o confusa.


– Mabi, eu preciso ser sincero contigo. Você sabe que eu não te esqueci e que se você me desse outra chance, eu voltaria na hora contigo, então não iria ser muito fácil pra mim dormir ao teu lado, sabendo que você está ali, sentindo teu perfume e... – ele fez uma pausa e balançou a cabeça negativamente – eu não vou fazer nada contigo. Respeito minha namorada, respeito você e o teu namoro também. Mas a situação não iria ser legal pra mim – ele engoliu a seco a última frase.


– agora você entende porque eu estou te evitando? – perguntei.


– não... Achei que não gostasse mais de mim ou estivesse com raiva – ele deu de ombros.


– porque eu to tentando manter meu namoro, Lucas. E acho bom você fazer o mesmo. Não quero que a azeda saia magoada dessa relação ridícula de vocês.


– a minha relação é ridícula? – ele ficou surpreso e riu – e a sua?


– eu gosto do André – eu disse rude.


– eu também gosto da Mari – ele respondeu de imediato.


– g–gos–t–ta? – perguntei gaguejando.


– sim. Nosso namoro não é uma maravilha e eu não a amo, mas eu gosto dela.


– ah... Eu não sabia disso – eu disse sem graça. Pensava que ele nem gostava da azeda.


– isso significa que você ainda gosta de mim?


– isso o que? – me virei e perguntei.


– esse ciúme todo – ele sorriu.


 


Não respondi. Revirei os olhos e bufei em sinal de impaciência.


– hein? – ele insistiu.


– Lucas, entende uma coisa. Eu to cansada dessa nossa relação. É complicada demais. Eu sei que no inicio eu errei feio e to pagando por isso, mas não dá mais.


– não dá ou você não quer mais?


– os dois – abaixei a cabeça – você não confia em mim. Se eu ficar com você, serão quatro pessoas que sairão magoadas. A Mari e o André, e conseguintemente eu e você.


– porque eu e você?


– porque você não esqueceu e nem vai esquecer toda aquela historia do Bernardo. E agora vai implicar mais ainda com o André. Você não acredita em mim, não confia, tira conclusões precipitadas... E o pior de tudo é que só me dá valor quando eu estou com outra pessoa. Você está atrapalhando minha vida Lucas. Ta me deixando mal. Já pensou nisso? – falei choramingando.


 


Ele ficou perplexo por alguns instantes. Olhava-me enquanto mexia com o boné pra frente e pra trás. Finalmente tudo que estava engasgado em minha garganta iria saindo aos poucos. Eu ainda gostava dele. Amava–o do mesmo jeitinho. Só que não dava mais pra deixá–lo brincar com meus sentimentos. Só eu sabia quanto doía depois. Após algum tempo ele quebrou o silêncio.


– desculpa Mabi... Não imaginei que eu estivesse te fazendo tão mal. Eu vou... Hã... Vou te deixar em paz. Ok? É só que... Eu queria tentar te esquecer. Sei que foi burrice e precipitação com a Mari, mas imaginei que eu fosse conseguir. Só não imaginava que seria tão difícil tudo isso.


– realmente é difícil esquecer uma pessoa... Essa foi a minha segunda tentativa com você – sorri de lado.


– não to falando só de te esquecer. É difícil não te ter quando eu quero, não pode ter beijar, não ter teu corpo junto ao meu, não poder te ligar ou ate mesmo conversar contigo, te ver linda e não poder elogiar, te ver chorar e não poder te consolar, principalmente te ver beijando o André... – ele sorriu de nervoso – tudo isso está sendo difícil pra mim.


– Lucas, eu...


– mas sabe o que é mais difícil? – ele me interrompeu – fingir que eu não te quero mais.


 


Dessa vez eu não sabia o que falar. Fiquei ali o ouvindo falar àquelas coisas que me deixavam cada vez mais arrependida de ter dito o que eu disse na boate a ele. Eu não iria deixar de gostar dele. Não agora.


– acho que assim que teremos que fazer. Fingiremos que não queremos mais o outro – eu disse sorrindo amarelo.


– então você mentiu quando disse que não me amava mais? – ele perguntou esperançoso.


– menti Lucas. Eu menti.


 


Os olhos dele se encheram de lágrimas. Os meus também. Ficamos nos encarando até meu celular tocar. O olhei em cima da cama e no visor aparecia o nome do André.


– preciso atender – eu disse.


– André? – ele perguntou.


– sim.


– tudo bem. Se você quer assim, assim será. Que seja feliz com ele – ele disse engolindo a seco.


– certo. Prefiro assim. E Já que você gosta da Mari, dê mais valor ao seu namoro.


 


Ele respirou fundo e abaixou a cabeça. Dei–lhe as costas e peguei meu celular em cima da cama.


 


– inicio da ligação –


 


– alô – falei com a voz tremula.


– alô, Mabi?


– oi dé – eu disse olhando pra porta enquanto o Lucas ainda me olhava.


– ow princesa, nem deu pra te ligar, meu celular descarregou e eu passei a noite no hospital.


– hum, como ta o Pablo?


– melhorando, mas ainda com muitas dores.


– que bom. Espero que fique bom logo – sorri falso e olhei pra porta, o Lucas já havia saído.


– e como você está? – ele perguntou.


– bem e você?


– bem mesmo? Sua voz ta estranha... Estava chorando?


– não. Claro que não – sorri – e a Luana? Pentelhando muito?


– ah não. Nem a vi. Quando cheguei ao hospital ela já tinha ido pra casa dela.


– você quer dizer pra casa do Pablo, né? – falei rindo.


– não. Pra dela mesmo. Eles... Hã... Terminaram – ele falou pausadamente.


– como terminaram? – perguntei atônita – ela fez isso por quê?


– o Pablo me disse que não dava mais. Ele a traia demais e ela não merecia...


– claro que merecia, ela fazia pior – eu o interrompi. Ele ficou em silêncio – desculpa dé, não quis dizer isso.


– tudo bem. Legal da parte dela ainda ajudá–lo, dizendo ele que estão se dando bem como amigos.


– sempre foram mais amigos do que namorados – falei com voz de nojo.


– mas você está impossível hoje, hein?! – ele disse um pouco irritado.


– foi mal, mas só falei a verdade. Pra mim ela só ta ajudando o Pablo pra ficar perto de você.


– Mabi, eu to cansado, com sono, preciso comer e descansar. Amanhã a gente se fala, certo?


– tudo bem. Beijos.


– beijo.


 


– fim da ligação –


 


Era só o que me faltava. A Luana e o André sem empecilho nenhum. Porque eu era um nada pra ela e ele parecia um idiota defendendo dela. Já havia escurecido, fui comer alguma coisa e dormir.


 


– LUCAS NARRANDO –


 


Desci as escadas voando, minha vontade era de sair de perto daquela garota. Não sei exatamente o que eu sentia, mas minha raiva estava exaltada. Ela devia estar querendo brincar com a minha cara, me fazer sofrer, alguma coisa do tipo. Não era possível alguém tão teimoso assim. Passei pelo Diego que estava no sofá da sala vendo filme e esbarrei no Felipe vindo da cozinha.


– ow apressadinho. Resolveram?


– já. Ela vai falar com as meninas, se nenhuma quiser trocar, eu durmo no carro – eu disse furioso.


– no carro? – o Felipe perguntou assustado – deixa de drama Lucas. Eu vou falar com a Mabi, vocês estão exagerando – ele disse indo em direção à escada.


– não Felipe, tudo bem. Não tem problema pra mim. To achando melhor ir com meu carro sozinho e dormir em outro hotel.


– aí você ta exagerando Lucas. Vocês dois já são grandinhos demais pra saber que não podem ficar juntos e que cada um tem compromisso com outra pessoa – ele disse furioso.


– eu sei que vocês não querem minha opinião, mas eu concordo com o Felipe – o Diego disse – os dois estão fazendo tempestade em como d’água.


– é fácil pra vocês falarem. Duvido se o Felipe iria conseguir dormir junto com a Carol se estivessem separados – eu falei.


– pow Lucas, eu achava pelo menos que vocês pudessem se resolver. Ou ficam juntos ou viram amigos. Esse clima ta chato pra caramba – o Felipe disse irritado – vou lá falar com ela.


– você não vai não Diego? – perguntei.


– ah não. Tem cursinho sexta e sábado. To muito a fim de passar nesse vestibular.


 


Alguns minutos depois o Felipe desceu.


– perdi a paciência com os dois, falow? Quero que vocês se ferrem! Dois cú doce – ele disse bravo e se jogou no sofá.


– o que foi Felipe? – o Diego perguntou.


– Mabi cheia de frescura lá. Dizendo que não sente mais nada pelo Lucas, mas não pode ficar no mesmo quarto que ele e não quer explicar o por que. Velho, é simples, vocês tem namorado e namorada, é só não se encostar. É difícil isso? – ele falava quase gritando.


 


Logo em seguida a Mabi desceu.


– Felipe, cuida da tua vida, ta? – ela disse rude.


– a minha vida já ta muito bem resolvida – ele disse.


– então se preocupa em mantê–la assim e deixa a minha em paz – disse a ele – Lucas, não precisa mais se preocupar, não vou mais pro show – ela disse a mim – pode ficar com o quarto.


– claro que não Mabi. Você tava doida pra ir pra esse show. Fica com o quarto que eu dou um jeito. Eu não vou, pronto! – eu respondi.


– fala sério – o Felipe revirou os olhos.


– então nenhum dos dois vai mais, ok? – o Diego disse sorrindo – resolvido. Posso ver meu filme em paz?


 


Olhamos-nos e nenhum de nós dois falamos nada. Meu celular tocou, atendi e era a Mari pedindo pra passar lá. Despedi-me dos três e fui pra casa dela. Assim que cheguei lá ela logo me puxou pro quarto.


– calma Mari. O que foi? – perguntei impaciente.


– shiu... – ela murmurou.


 


Trancou a porta do quarto e me empurrou na cama.


– ou, o que é isso Mari? – perguntei rindo.


– fala baixo – ela pediu e se deitou ao meu lado.


– por quê? O que foi?


– meus pais estão no quarto – ela disse e me beijou em seguida.


– como é? – eu sussurrei, interrompendo o beijo.


– o que foi Lucas?


– você quer transar com os teus pais em casa? Ta louca é? – eu disse me levantando.


– eles não vão saber. Vem – ela me puxou pela mão.


– calma – eu ri – eles sabem que eu to aqui?


– não, por isso faz silêncio.


– eles me matam se me acharem aqui. Tua irmã quase me fuzilou com o olhar naquela vez...


– tudo bem Lucas, eu me entendo com eles depois. O máximo que acontece é um castigo – ela deu de ombros enquanto tirava sua camisa.


– Mari, para – eu pedi descendo a blusa dela de volta– teus pais não deixam nem você ficar até meia noite na rua, vão já aceitar que eu fique aqui. Não quero problemas nem pra você e nem pra mim.


 


Ela se sentou na cama bufando e cruzou os braços.


– você quer mesmo isso? – perguntei parando agachado em sua frente.


– quero – ela disse desconfiada. Eu continuei olhando pra ela que ficava cada vez mais constrangida – ta Lucas, eu não quero tanto assim, só que achei que você quisesse... – ela disse tímida.


– ah Mari, não faz isso cara – sentei ao lado dela na cama – eu já te pedi pra fazer só o que você quiser...


– mas é que a Mabi e Carol são tão legais, espontâneas, todo mundo gosta delas... Imagino que elas também devem ser boas de cama, né?! – ela falava desconfiada.


– e o que isso tem a vê com o nosso namoro Mari? – perguntei sem entender nada.


– fiquei sabendo que você já ficou com a Carol e também namorou a Mabi... Achei que pudesse gostar mais de mim por isso.


 


Eu ri. Não acreditava no que eu tinha acabado de falar.


– Mari, de onde você tirou isso?


– ah Lucas, não sei mais o que fazer pra te agradar, pra você gostar mais de mim, pra você me tratar melhor.


– e como você quer que eu te trate Mari? Eu te trato mal por acaso? – perguntei com ironia.


– não, mas eu queria me tratasse como a Mabi.


– e como eu a trato? Porque eu não vejo diferença nenhuma...


– teus olhos brilham por ela, o teu sorriso só abre quando ela ta por perto, você é doce, é preocupado, se importa com ela e tudo o que faz é preocupado com o que ela vai achar. Qualquer um percebe isso Lucas. E é demais pra mim ver meu namorado correndo atrás da ex – ela disse chorando.


– calma Mari – eu a abracei – você ta exagerando – eu disse tentando acalmá-la. No fundo eu sabia que era verdade, mas não imaginava que era tudo tão evidente.


– me responde uma coisa? De verdade – ela pediu com os olhos cheios d’água ainda e eu assenti com a cabeça – você não gosta de mim, né?


– claro que gosto Mari.


– mas não o suficiente pra continuar namorando comigo, né?


 


Eu não respondi, porque eu não queria ter que responder aquilo pra ela. Realmente eu gostava dela, mas não exatamente como homem e mulher. Achei que pudesse, mas não consegui.


– não – respondi de cabeça baixa.


– e porque continua comigo? É legal me enganar? – ela perguntou brava.


– não é isso Mari. Eu achei que com o tempo pudesse gostar mais de você – eu disse cabisbaixo – não queria te magoar.


– você está me magoando mais me enganando desse jeito.


– quer terminar então? – perguntei.


– não que eu queira, mas é preciso. Você não esqueceu aquela garota e nem vai fazer isso tão cedo – ela disse com rancor na voz.


– você tem razão. Mas ela ta feliz com o namorado dela – dei de ombros.


– então fica sozinho, pelo menos você não magoa ninguém – ela me olhou de canto de olho.


– é melhor mesmo – concordei sorrindo de leve.


 


Levantei–me e lhe dei um beijo na testa.


– fica bem, ta? – eu pedi.


– ah Lucas, é só o fim de um namoro, não vou morrer não – ela disse sorrindo.


 


Retribuí o sorriso e fui pra casa. Eu sei que ela ficou triste, mas foi melhor assim. Sentia–me mais aliviado apesar de saber que isso não traria a Mabi de volta. Pelo menos eu não magoaria mais ninguém. Iria ficar sozinho até estar preparado pra encontrar outra pessoa. 



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Autor(a): raquel_gomes

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 60



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  • sharonvondy60 Postado em 13/11/2013 - 07:05:01

    A web Ja acabou Mahri '-' . acho que ela vai respostar em Cilada, Vc vai voltar a acompanhar ?

  • sharonvondy60 Postado em 13/11/2013 - 07:02:03

    Awn Ameiii o FiNal muito Lindo me emocionei ate por tudo ter acabado bem T..T Saudades agora "-"

  • mahri Postado em 12/11/2013 - 14:42:25

    Ela começou a postar cilada,mas perdeu os capítulos aí começou essa web,só que ela ta demorando mt pra acabar

  • sharonvondy60 Postado em 12/11/2013 - 14:29:43

    Cilada . essa Web ta aqui No site ? Menina Vc Sumiu, Vc ta bem pelo menos ? #volta logo.

  • mahri Postado em 10/11/2013 - 02:09:59

    Ei tava lendo a web cilada,só que não consegui ver o final pq deletaram, tem como vc me dizer se a Bah e o Rick ficao juntos?

  • sharonvondy60 Postado em 08/11/2013 - 05:01:44

    Hum, Ta CompLicada a historia Hein : /

  • mahri Postado em 07/11/2013 - 23:48:15

    Nosso Amor e Ódio Eterno... Vício

  • sharonvondy60 Postado em 07/11/2013 - 12:48:11

    Mahri : Kkkk... eu to lendo pela 2 Vez. Realmente a primeira Vez deles Foi Awnn Perfeita ? verdade o liu e um best Mesmo. Quem diria que o mateus ficaria com a beth ? eu gostei . pensei que a paula ficasse com um dos irmaos da larissa . e Eu pensava que o lucio era drogado, mas ja desconfiava que ele lutava por ai mesmo tbb . Ahhh

  • mahri Postado em 06/11/2013 - 00:45:46

    Sharonvondy60: não eu não tenho webs. Eu já li pela 3 vez terminei hj,eu amo o cap da 1 vez deles;não tem como não se apaixona pela web e não amar o Lúcio,fiquei com pena do Alex em relação ao filho,mas ele mereceu. Adoro o Liu um super amigo ele eu tbm adorava as cantadas baratas do Martins kkkkkk

  • sharonvondy60 Postado em 05/11/2013 - 15:05:08

    mahri : Voce tem Webs ?


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