Fanfic: Nem sempre o amor pode está certo. 1º Temporada e 2º Temporada | Tema: web novela

– Inicio da ligação –

– sua bicha mal comida, sabia que ainda é de madrugada?
– calma graçinha, já são quase 1 da tarde, levanta logo Mané! – o caio disse me zoando – esqueceu dos jogos de PS2?
– ahhhh – eu disse me deitando na cama de novo – esqueci essa jaca.
– pois é cinderela, acorda logo porque as 13:00 em ponto nós estaremos aí.
– mas não era a cinderela que dormia, acho que era a bela adormecida – eu disse em dúvida.
– deixa de bichisseeeeee Felipe, e eu lá sei quem dormia. Te fode cara.

– Fim da ligação –

Desliguei e continuei a dormir. Uns minutos depois minha mãe entra no meu quarto me dizendo que os meninos estavam lá fora. Desci puto, eu tava na maior ressaca, fui de cuca samba canção mesmo.


– MABI NARRANDO –

O interfone tocou e a marta atendeu, disse que eram os amigos do Fê. Ela subiu para chamá–lo e saiu dizendo que ia pra casa da irmã dela. Eu me levantei e fui pega um iogurte na cozinha, quando voltei pra sala me joguei deitada no sofá e tava toda lambuzada de iogurte.
O Caio e o Rapha entraram e sentaram no sofá.
– ow delicia – disse o caio em um tom malicioso.
– quer? – eu ofereci o potinho do iogurte pra ele.
– do potinho não, quero de outro lugar – ele com um sorriso malicioso.
– besta! – eu ri e joguei uma almofada nele.
– morfando ai Mabi? – perguntou o Rapha.
– cozinhando Rapha, com esse que calor infernal.
– se quiser eu te esfrio baby – o caio disse zoando.

O Lucas e o Bernardo entraram depois e sentaram no sofá de frente pra mim.
– bom dia – eu disse meio seca por causa do Bernardo.
– bom dia – ele respondeu.
– oi lindinha... Cadê o viadinho do Felipe? – perguntou o Lucas.
– sei não lindinho, ele tava desmaiado na cama dele – eu disse fazendo careta pra zoar ele. Ele sorriu pra mim e naquela hora eu vi um dos sorrisos mais lindos da minha vida.

– Mané lindinho e lindinha aê suas putas, parem de dá em cima da minha irmã – o Felipe disse descendo as escadas só de cueca samba canção e se jogou no sofá ao meu lado – bom dia minha princesa – disse me dando um beijo na bochecha e deitando no meu colo.
– bom dia meu príncipe – eu disse e em seguida passei o dedo no potinho e lambi os dedos e os lábios pra limpar o iogurte na boca.
– puta merda! – o caio gritou – assim eu tenho um orgasmo.
– Gama não, Caio, eu só gosto dos sarados, né não Rapha? – o Fê disse zoando.
– sai daí Felipe! To falando da Mabi.
– o que tem eu? – eu perguntei assustada.
– Mabi, tu ta zoando com a minha cara né?! – ele falou fazendo cara de pidão.

Nessa hora os meninos todos riram.
– Porra, vocês madrugaram hoje hein?! Nem comi nada, tem almoço Mabi? – Fê perguntou.
– tem lasanha que a tua mãe fez, ela deu folga pra Clotilde e decidiu cozinhar, mas nem o papai chegou e nem tu acordou então nós comemos e ela saiu, disse que pra casa da tua tia Marília.
– então vamos almoçar galera? – disse o Rapha.

Todos riram e concordaram. Fomos pra cozinha, eu me abaixei pra tirar a lasanha do forno e os meninos ficaram me olhando.
– vocês não tem mulher em casa não é?! – disse o Fê bravo.
– igual a essa com certeza não! – disse o caio.
– nem mulher tu tem, quanto mais igual à Mabi – disse o Bê pro Caio e todos riram.
– tu não ta com pouca roupa hoje não Mabi? – o Fê me perguntou me olhando de lado.
– ah, não me amola Felipe, meu pai é outro – eu disse irônica.
– tomaaaaaaaaaaaa – os meninos gritaram enquanto comiam.
– mereceu essa, Felipe. Perdeu a oportunidade de ficar calado – disse o Lucas.
– e eu achando que era o único premiado... – disse o Bê.
– afff não me encham vocês também, vamos logo – o Fê disse irritado.

Comemos e eu fui lavar a louça, enquanto os meninos subiam pro quarto do Felipe. Alguém chegou por trás de mim na pia e falou perto do meu ouvido.
– Mabi...

– oi – eu me virei e dei de cara com o Rapha.
– quer ajuda? – ele perguntou com um sorriso lindo no rosto.
– você quer lavar, enxugar ou guardar a louça? – eu perguntei sorrindo pra ele.
– na verdade eu queria era ficar com você – ele disse encostando-se a mim.

Nessa hora o Bernardo entrou na cozinha.
– ow Rapha, os guris estão esperando lá em cima.
– daqui a pouco eu vou – o Rapha disse olhando pra trás.
– borá logo, o jogo já começou.

Nisso o Rapha se afastou de mim.
– mais tarde a gente conversa – disse baixinho pra mim com um sorriso no rosto.

Ele passou pelo Bê e deu dois tapinhas no ombro dele.
– você disse que não se importaria – falou e saiu subindo as escadas.
– vai me vigiar agora? – eu perguntei pro Bê.
– porque você faz isso se tem namorado?
– porque você se importa?
– por que... Por que... Não sei por que, mas não gosto – ele disse meio que saber o que responder.
– como assim? – eu perguntei sem entender nada.
– eu vou jogar – ele falou e subiu correndo.

Limpei tudo e fui pro quarto do Fê. Entrei e os meninos estavam jogando.
– eu quero jogar – eu disse me deitando na cama.
– e eu quero que você ponha uma roupa – o Felipe disse me pegando no colo e me carregando até o meu quarto.
– chato! – eu disse.

Saímos do quarto dele e entramos no meu.
– pow Mabi, já não basta os moleques ficarem te secando todo dia, ai tu ainda põe esse micro short e esse top. Porque não fica logo só de calcinha e sutiã?
– hum... Eu posso? – eu falei zombando dele.
– é sério, não gosto desses viadinhos falando que tu é gostosa, linda, tesão, sei lá mais o que.
– oxi, eles nunca me falaram nada disso.
– na sua frente não né?!
– hum, entendi, desculpa, mas é que tava calor e eu tava em casa sozinha... Enfim, vou trocar, não precisa ficar emburrado.

– não to emburrado, acho que eu tenho ciúmes de ti com os meninos – ele disse sorrindo sem graça.
– ihhhh ciúmes, é?! Não basta o Diego e o Pedro, agora você – eu o zoei.
– nada a ver, é ciúmes de irmão mesmo... De ver os amigos falando coisas da sua “irmã” – ele fez aspas com as mãos – que vocês também comentam sobre outras mulheres, é estranho. Mas vou jogar.
– espera Fê – eu o chamei – o Lucas tem namorada?
– não, somos todos pegadores e ele encalhado, por quê? Ta interessada?
– ah, acho ele uma graça – eu sorri.

Ele saiu e me deu um beijo. Achei muito fofo os ciúmes de irmão dele.
Nem troquei de roupa, sentei no PC e fiquei lá a tarde toda, quando anoiteceu tomei meu banho, pus um roupão e fui lá no quarto do Felipe, os meninos ainda estavam jogando PS2 e no maior bate boca.
– Fê... – eu disse manhosa.
– ow meu deus, que coisa mais gostosa, chama caio assim, chama gata – o caio disse fazendo bico.

Os meninos riram e o Fê jogou um travesseiro no caio.
– oi amor – o Felipe disse.
– que horas vamos no Pedro pegar o carro?
– deixa só acabar aqui.

Eles ficaram jogando até umas 8 da noite e depois o caio foi pra casa comer.
– Vamos lá? – o Fê chamou o Bê, o Rapha, o Lucas e eu.

Eu pedi pra dirigir, ele hesitou um pouco, mas deixou. Fomos pra casa do Pedro.
– porra, dá pra ir mais devagar Mabi? – disse o Lucas assustado.

Eu ri e pedi desculpas, diminui a velocidade.
– isso porque foi o Lucas que pediu, se fosse eu, ela acelerava mais – o Bê disse.

Nessa hora meu celular tocou e eu pus no viva voz.

– Inicio da ligação –

– oi Di.
– Baby, baby, baby owwww – o Diego cantando justin bieber.
– mais é lindo demais cantando – eu falei rindo.
– sou lindo de qualquer jeito – ele disse se gabando.
– ta no viva voz e o Felipe, o Rapha, o Bernardo e o Lucas estão concordando – eu ri e os meninos também.
– aff eu cantando aqui e tu nem pra me falar né?! – disse fingindo está brigando comigo – falai rapaziada! – ele disse pros meninos.
– iae... – todos responderam.
– amor, só pra saber se posso te pegar ai pra gente ir na IBN.
– to dirigindo Di, to indo na casa do Pedro pegar um carro.
– ah, então passa aqui depois pra gente ir lá.
– vai abastecer e o que mais? – eu perguntei.
– pegar os passes com Red, aliás, ele quer te ver.
– oxi, por quê? – nessa hora eu vi a expressão do Bê mudar.
– ele disse que você prometeu algo pra ele e até hoje não cumpriu.
– ahhhh não acredito que ele lembra – eu disse mais aliviada porque sabia que era coisa besta. Eu já tinha ficado com o Red algumas vezes e ele é lindo, mas acabamos ficando amigos mesmo, ele dificilmente dava em cima de mim, só às vezes rolava um beijinho porque ele é gato demais.
– ihhh o que é, hein?!
– ele quer a carol, mas ela não quer porque a Débora também quer ele, entende?!
– afffff vocês que são mulheres que se entendam. Bjs, te espero.

– Fim da ligação –

– nenhuma dessas ai me quer não – disse o Rapha zoando.

Todos rimos. Chegamos a casa do Pedro e os meninos estavam espantados com o tamanho da casa. Parei no portão, falei com o segurança que eu já conhecia e entramos. Fui na mesinha, abri e peguei uma chave. Chamei os guris e entramos na garagem, eles olhavam alucinado para os carros. Enrolamos um pouco, falamos dos carros e logo em seguida eu os chamei.
– alguém vem comigo ou vão todos com o Felipe? – eu perguntei entrando no civic prata.
– eu vou – disse o Rapha vindo na minha direção.

– não, deixa que eu vou – disse o Bernardo já entrando no carro.
– ok – eu dei de ombros e o Rapha ficou parado lá com muita raiva.

Entramos no carro e o Bê só falava sobre carros, foi uma conversa tranqüila.

– FELIPE NARRANDO –

Nós entramos no carro e o Rapha foi atrás com a cara fechada.
– iae, qual foi sua bicha? – eu perguntei a ele.
– to ficando puto com o Bernardo cara.
– por quê? – O Lucas perguntou.
– porra, essa é a segunda vez que eu tento ficar com a Mabi e ele fode tudo.
– ihhh eu acho que ele ainda é gosta dela – eu disse.
– gosta não, aquilo é amor – o Lucas disse – basta saber se é recíproco.
– pois é, eu falei com ele, ele me garantiu que não ficaria chateado, que não gosta dela, mas ta sempre atrapalhando.
– agora era só o que faltava, o Bernardo querer tomar conta da vida da Mabi, já não bastasse o PV enchendo ela – eu disse.
– pois é, e ontem ele tava ficando com a Mel dentro do carro na frente da casa dela – disse o Lucas.
– não to entendendo qual a do Bernardo, mas não to nem aí, hoje eu fico com ela – o Rapha disse se encostando na janela do carro.
– bicho, nem me fale, sei que é tua irmãzinha Felipe, mas eu pegaria ela fácil, fácil – o Lucas falou rindo maliciosamente.

Os meninos o olharam assustados, ele não fazia esses tipos de comentários. Era mais na dele.
– dois manes vocês, se ficarem com ela eu nem quero saber, finjam que nada aconteceu. Ah e vê se não se apaixonem, lembra que ele namora o PV, hein?! Ele mata vocês se souber.
– mas eu morro feliz – o Lucas disse rindo.
– morremos – o Rapha completou.

– MABI NARRANDO –

Fomos o caminho todo falando apenas de carro, até que o Bernardo mudou de assunto.
– Me desculpa – ele pediu sincero.
– de novo, né?! – eu virei os olhos.
– eu sei que já pedi inúmeras desculpas, mas eu não canso de pedir.
– e nem de errar – eu disse levantando as sobrancelhas.
– foi mal.

Ficamos em silêncio por uns minutos e ele voltou a quebrá–lo.
– e o PV?
– o que tem?
– nada – ele disse dando de ombros.
– e a Mel?
– o que tem?
– nada – eu disse séria e ele riu, eu ri também e continuei – o que você tem com a Mel?
– a Mel? Nada – ele disse dando de ombro.
– sei... Mas pra ela parece que tem alguma coisa.
– mas não tem Mabi. Ela só não desgruda do meu pé – ele disse se irritando.
– então vocês ficam?
– sim, quer dizer, às vezes, sei lá, ela é indiferente pra mim – ele disse.
– e porque fica com ela?
– e porque você namora o PV se não gosta dele?
– quem disse que eu não gosto?
– não acredito até hoje que eu te perdi pra aquele otário – ele disse olhando pra janela.
– você não pode perder algo que você não tinha Bernardo.
– se os meninos tivessem aqui, eles iam dizer que eu poderia ter dormido sem essa também – ele disse rindo e eu ri também.
– desculpa, falei sem pensar – eu fiquei sem graça.
– to acostumado a falar sem pensar também, te entendo – ele disse olhando nos meus olhos.

Por uns segundos eu me perdi naqueles olhos azuis. Quando voltei a si, ele estava falando algumas coisas que eu não prestei atenção.
– desculpa, eu tava distraída, o que foi? – eu disse sem graça.
– ah nada.
– diz.
– eu só tinha perguntado por que você disse que eu não tinha você.
– porque você tinha me traído e não tínhamos mais nada quando eu fiquei com o Pedro, ao contrário de você eu nunca te traí.
– Mabi eu sei que você nem quer saber mais disso, mas eu não te traí. Eu estava em casa e a Mel tocou a campainha, minha mãe deixou ela entrar e ela foi direto pro meu quarto, chegou lá ela ficou falando umas asneiras e simplesmente me beijou.
– eu vi vocês se beijando pela janela – eu disse triste.
– eu acho que ela armou tudo, porque depois ela foi embora e só voltou a falar comigo 1 mês depois, você já tinha até ido embora.
– bom, já passou né?! O que importa é que vocês estão juntos até hoje e eu to com o Pedro.

– não estamos juntos, depois disso tudo ela começou a me persegui e querer ficar comigo, estamos nesse rolo a quase 3 anos, mas não gosto dela – ele disse dando de ombros.
– se não gostasse não estaria com ela – eu disse irônica estacionando na frente do prédio do Diego, o Bê não disse mais nada, eu abri a porta e falei – espera aí?
– vou lá com os guris.

Desci e fui lá com o Diego. Toquei a campainha e ele abriu a porta, estava em casa sozinho, e só vestia um short.
– ow delicia – eu disse assim que ele abriu a porta.
– todo seu – ele me zoou – entra meu amor – ele disse me puxando pela mão.
– ah não, não posso demorar, se veste rápido, os meninos estão lá em baixo esperando.
– to nem aí, deixa esses manes lá esperando, vem comigo.

Ele saiu me puxando pela mão até chegar ao quarto dele, encostou a porta e me deitou na cama.
– eu tava com saudades sua – ele falava enquanto beijava meu pescoço.

Eu já estava toda arrepiada, ele sabia o que fazer pra me seduzir, já me conhecia há muito tempo e até melhor do que meu próprio namorado. Não conseguia resistir a ele mesmo sabendo que tudo aquilo era errado.
– Di, deixa isso pra depois, vamos – eu disse empurrando–o.
– como assim? – ele me olhou com cara de dúvida – você nunca recusou, ta com peso na consciência pelo Pedro?
– não... Quer dizer, não é isso, é que os meninos estão esperando a gente e eu também ainda quero me arrumar, já são 21:30 – eu comecei a dá um monte de desculpas, mas eu mesma não sabia porque eu não o queria naquele momento.
– hum... Beleza – ele saiu e foi pro banheiro.
– ow Di espera, vai ficar chateado?
– não, imagina meu amor, não tenho motivos pra isso, mas posso ir pelo menos posso tomar meu banho? – ele disse fazendo careta.
– ah – eu ri – pode seu bobinho.

Ele havia saído do banho e estava de cueca, mas enrolado na toalha, na frente do espelho, já tinha penteado o cabelo e estava escovando os dentes. Eu cheguei pro trás dele e o abracei.

– nem venha me tentar... Agora vou me fazer de difícil – ele disse enquanto lavava a escova de dentes.
– bobo – eu disse rindo.

Ele se virou e ficou olhando nos meus olhos. Eu ainda estava abraçando–o pela cintura.
– O que se passa nesses olhos da cor do oceano? – ele falou enquanto acariciava meu rosto.
– sinto sua falta – eu disse triste, porque apesar de tudo o Diego era meu melhor amigo.
– mas eu estou sempre aqui, se você precisar de mim pra conversar, pra passear, pra sair, pra pedir conselhos... – ele disse enquanto segurava meu rosto com as duas mãos – pra beijar, pra transar, qualquer coisa, é só me ligar que eu apareço – ele falou olhando desconfiado pro teto – só não me liga pra te ajudar a estudar porque eu não gosto, tu sabe.

Eu ri e o beijei na boca. Um beijo bem suave e ele retribuiu ainda com as mãos no meu rosto.
– Diegooooooo, talitaaaa, alguém em casa? – era a mãe do Diego gritando.

Nós nos afastamos rapidamente e ele foi pro quarto dele, eu fiquei no banheiro.
– oi mãe.
– meu filho tem uns amigos seus aí fora lhe esperando.

Nesse momento eu dei descarga, para fingir está usando o banheiro e sair enxugando as mãos.
– oi tia, tudo bem com a senhora?
– tudo sim minha linda, e você como está na casa do seu pai?
– ahh, sobrevivendo né, ele nunca ta lá, nem a mulher dele, mas já me acostumei com isso. A mamãe também nunca tava, parecia que a gente vivia só com o Rodolfo.
– o Rodolfo é maravilhoso, sempre foi um bom pai pro Diego – ela disse.

Eles se separaram amigavelmente, pois diziam que o amor entre eles havia acabado. Ela se casou novamente e tinha uma filha de 10 anos, a Talita, mas eu não tinha intimidade com ela, a achava muito mimada. Continuei conversando com ela, fomos na cozinha, bebi um suco, só pensando que os meninos estariam bufando de raiva lá em baixo. Descemos e o Diego foi pegar o carro na garagem.
– vamos embora cambada – eu disse chamando os meninos.
– demorou hein?! – o Felipe disse desconfiado.

– ahh fui esperar o Diego se arrumar, escova dente e um monte de coisas... Borá logo – eu disse não querendo dar trela.

Fui no carro do Pedro com o Bê e os meninos no carro do Fê como antes e o Diego atrás da gente no carro dele. Ai meu celular tocou, era o Di.

– Início da ligação –

– Mabi, vai pra casa se arrumar, avisa pros meninos. A Carol me ligou dizendo que a Débora ta na casa dela e elas já estão quase prontas, eu fiquei de ir pegá–las lá, a gente se encontra na calçada da casa do Bernardo, pode ser?
– por mim tudo bem Di, mas o Red vai esperar? Eu quero abastecer e por no carro do Fê também.
– já liguei pra ele, ele me disse que vai ficar até 1 da manhã na oficina da IBN arrumando uns carros pro racha. Dá tranqüilo. Bjs.
– ta, bjs.

– Fim da ligação –

Liguei pro Fê e todos nós seguimos pra nossas casas. O Bê não falava quase nada dessa vez, só perguntava sobre minha antiga escola. Chegamos em casa, cada um foi pra sua pra se arrumar. Tomei um banho demorado, sequei meu cabelo, me maquiei, pus uma saia preta justa e cintura alta, com uma blusa de cetim rosa clarinho por dentro da saia, o top era de amarrar no pescoço, deixando minha costa nua e calcei uma ankle boot preta.
O Fê bateu na porta depois de quase 1:30 h que eu estava me arrumando. Eu estava passando perfume e ele entrou.
– U–A–U! – ele disse boquiaberto.
– deixa de graça Fê, vamos, já é quase meia noite e ainda temos que ir à IBN – eu disse puxando ele pelo braço.
– ta, os meninos já estão lá na calçada do Bernardo.

Descemos, quando estávamos chegando perto dos meninos meu celular toca, era o Pedro, parei pra atender e o Felipe me esperou.

– Início da ligação –

– alô.
– oi meu bebezinho – o Pedro disse bem carinhoso.
– ah, oi Pedro.
– eita desânimo... Está com saudades não é?
– to sim amor, to morrendo de saudades de você – eu disse desconfiada.
– to ligando rapidinho, já vamos embarcar, só queria ouvir tua voz. Te amo, bjs.
– ah já? Bjs então.

– Fim da ligação –

Nessa hora o Diego parou na frente de casa e buzinou. Ele e as meninas desceram e foram lá comigo. Abraçamos-nos e os levei lá com os meninos. Os apresentei formalmente porque de vista todos já se conheciam do colégio.
– ainda ta com calor Mabi? – o Bê disse em tom irônico.
– não Bernardo, por quê? Não entendi a piada.
– ta quase sem roupa – ele disse me olhando nos olhos.

Mais uma vez eu me perdi naquele olhar, na verdade eu se quer sabia o que responder.
– vocês estão namorando Bernardo? – o Diego perguntou em tom irônico pra quebrar o clima tenso.
– não Diego, tu sabe que o namorado dela é outro – o Bê disse irritado.
– se é outro então porque você está se incomodando com o que ela veste?
– Bernardo tu perde a oportunidade de ficar calado mesmo hein ?! – disse o Lucas.

O clima ficou tenso, o Bê me olhava de uma forma que eu não sabia explicar se era ódio ou amor, enquanto o Diego o fuzilava com os olhos.
– Ok, vamos gente? Vocês sabem que é longe – a Carol disse puxando a mim e o Diego.
– é, vamos – eu disse ainda olhando pro Bernardo – vai comigo Carol?
– claro amiga.

Saímos em direção ao carro, o Di foi com a Débora e o Fê levou o Bê, Caio, Lucas e Rapha.