Fanfic: Nem sempre o amor pode está certo. 1º Temporada e 2º Temporada | Tema: web novela

– LUCAS NARRANDO –

– ow Lucas, vai lá ajudar a Mabi – o Rapha jogou um travesseiro em mim.

– é mesmo. Ela não vai consegui trazer tudo sozinha – o Felipe disse rindo.

– parou! – falei bravo – vou lá ajudá–la, mas vocês parem de brincadeirinha aí, viu?! Não rola mais nada entre nós dois – eu disse sério e me levantei. Os moleques ficaram me olhando um pouco assustados.

Desci as escadas e a encontrei na cozinha.

– hã, oi – eu disse me escorando no balcão.

– ah, oi Lucas – ela sorriu.

– vim só ajudar a levar as coisas.

– realmente eu não conseguiria levar tudo de uma vez.

– pois é. Deixa que eu levo o biscoito e o refrigerante.

– ta, só preciso alcançar os biscoitos naquela estante – ela tentava pegar um pacote que estava no armário que era mais alto que ela.

– deixa que eu pego pra ti – me aproximei, ficando atrás dela.

– não precisa – ela falou alcançando o saco.

Assim que ela puxou, eu puxei também e várias coisas caíram do armário em cima de nós. Caímos no chão e ficamos rindo. Quando acabou graça apenas nos encaramos por alguns segundos. Eu quebrei o silêncio.

– vai pro show? – perguntei.

– vou, mas nem falei com as meninas ainda. Esqueci–me.

– não se preocupa, eu fico no carro, já disse – eu disse sorrindo de canto.

– nada a vê isso Lu.

– Lu – eu ri – estava com saudades disso – eu abaixei a cabeça e continuei sorrindo.

– faz tempo que não te chamo assim né? – ela disse sorrindo também.

– é. Pode parecer besteira, mas eu sinto falta disso.

– não é besteira – ela disse – eu também sinto falta de... Hã... Você – ela hesitou em falar e abaixou a cabeça quando disse.

– achei que você nem gostasse mais da minha companhia. Você tem me evitado tanto – falei triste.

– tenho meus motivos Lucas. Não é por sua causa exatamente, é por mim que eu faço isso. Mas eu prefiro não ter que explicar. Ok?

– certo – sorri torto – mas que faz falta, faz.

– eu sinto falta do tempo que passávamos juntos, das brincadeiras, das leseiras, de eu tentar de ensinar as coisas e você nem prestar atenção – ela riu.

– é que é difícil prestar atenção com você me ensinando. Acabo me concentrando em você e não no que você fala – eu disse na maior cara de pau.

– que sem vergonha – ela me olhou pasmada e eu ri.

– só estou sendo sincero – dei de ombros.

– sincero até demais – ela riu.

– falando em sinceridade, eu também sinto falta de ficar com você – falei abaixando o olhar. Eu estava com vergonha de falar aquelas coisas pra ela, mas parecia uma necessidade falar aquilo.

– do beijo, do toque, da respiração, da pele... – ela disse sorrindo e desviou o olhar.

Olhei–a surpreendido. Não esperava ela me falar aquelas coisas.

– o que foi? – ela perguntou surpresa com a minha reação – você não queria a verdade? Então eu também sinto falta – ela disse me olhando nos olhos agora.

– Mabi, eu... Hã... – engoli a seco e fiquei travado – deixa pra lá – balancei a cabeça negativamente.

– fala – ela pediu.

– não. Você já disse inúmeras vezes que me quer afastado, então não vou ser chato e ficar insistindo. Vou respeitar a tua decisão e o teu namoro – eu disse sério.

– pois é. Tem o André – ela falou parecendo sem graça.

– e se não tivesse? – perguntei franzindo a testa – existiríamos nós dois?

– se não tivesse... – ela fez uma pausa – estaria tudo do mesmo jeito Lucas. Eu te magoei, você me magoou. O André e a Mari não tem nada a vê com isso.

– se eu não tivesse namorado a Mari nós estaríamos juntos. Aquele dia eu te dispensei porque já estava com ela.

– não, você me dispensou porque quis. Se realmente gostasse de mim teria me aceitado de volta – ela falou ríspida.

– então você também não gosta realmente de mim, porque não abriu mão do André quando eu pedi pra voltar – falei ríspido também.

– mas abri mão do Bernardo e você me destratou por isso – ela retrucou.

– você me enganou com ele Mabi – eu disse rindo. Estava começando a ficar nervoso.

– sinceramente Lucas? Nós não tínhamos nada. Você nunca me pediu em namoro, nunca me assumiu pra ninguém, nunca me propôs algo sério. Qual o teu problema comigo? Você fez isso até com a Nat, mas não comigo.

– nós tínhamos um sentimento Mabi – falei mais alto – eu te amava, queria ficar contigo, mas era muito difícil pra mim ficar com uma menina que tem vários outros caras em cima. Eu me sentia inseguro. Olha pro André. O cara é mais velho, faz faculdade, é maduro, parece te dar tudo o que você quer... Como eu vou competir com um cara desses?

– competir Lucas? Eu não sou um prêmio – ela respondeu – e realmente, o André é até mais do que uma garota precisa. Ele é um sonho. Mas pra mim, tem uma diferença entre vocês dois que me fez optar por você na época e que ainda me faz balançar – ela se calou.

Ela estava muito nervosa. Arfava e gesticulava com as mãos.

– que diferença? – perguntei com calma.

– não vale a pena dizer – ela falou se levantando.

– diz – pedi mais uma vez.

Ela abriu a porta da geladeira pra pegar o refrigerante. Eu me levantei e me aproximei dela. Assim que ela se virou de frente, eu a imprensei entre meu corpo e a porta da geladeira.

– dá pra deixar de ser criança – falei sério.

– você que é imaturo – ela resmungou.

– certo então – falei com raiva – seja feliz com o maduro do André.

Continuei parado na frente dela. Estávamos nos encarando. Ela respirava pesado enquanto me olhava.

– vai querer salada de frutas ainda? – ela perguntou quebrando o silêncio.

– perdi a fome. Obrigada – eu disse seco.

– tudo bem – ela sorriu fraco.

Eu não retribuí o sorriso, apenas continuei a olhando. Nossos corpos ainda estavam quase encostados. Resolvi subir pro quarto do Felipe. Assim que me afastei ela me segurou pela mão.

– Lucas.

– oi – virei–me a ela.

– é... – hesitou em falar – é que eu nunca vou amá–lo como eu te amo – ela sorriu de leve.

– e ele nunca vai te amar como eu te amo – falei sério, mas sem esboçar nenhuma reação e ela ficou calada – porque você gosta de brincar comigo? – perguntei.

– não to brincando com você, só estou confusa.

– e o que precisa pra resolver essa confusão? – perguntei impaciente.

– eu tenho medo de você me deixar como fez da última vez – ela disse olhando pra baixo.

– você vai fazer outra burrada daquela como fez comigo e com o Bernardo?

– não.

– você me ama? – perguntei.

– até demais – ela sorriu.

– então eu não vou te deixar – eu sorri.

– e você me ama?

– seria obvio se não fosse evidente – eu disse rindo.

– acha que podemos ficar juntos? – ela perguntou.

– farei o possível, mas se resolve primeiro com o André, ta?

Dei–lhe um sorriso e ela retribuiu. De repente ela se aproximou de mim e me beijou. Totalmente de surpresa. Demorei alguns segundos pra assimilar, mas retribuí assim que foi possível. Meu corpo foi acompanhando o dela até o banquinho que havia na cozinha. Encostei–me nele e me sentei, ela sentou–se no meu colo, de frente a mim, passando as pernas uma para cada lado do meu corpo. Seus braços se penduravam em meu pescoço e os meus a agarravam pela cintura. Ela tirou o meu boné e seus dedos se enroscaram em meus cabelos. O beijo que sempre começava doce, a essa altura estava quente. Apertei mais sua cintura e a puxei pra mim. E como sempre estávamos fazendo a coisa de forma errada, mas a última pessoa com que eu me preocupava naquele momento era com o André. Quando nos faltou o ar, nos afastamos. Olhei–a e ela sorria pra mim. O sorriso mais lindo do mundo. Ficamos nos olhando sem jeito.

– acho que os meninos estão esperando por isso, né?! – falei levantando o pacote de biscoitos.

– é, estão – ela desceu do meu colo – vou levar lá – pegou o saco e o refri e se virou pra sair.

Levantei–me e comecei a guardar as coisas que haviam caído. Terminei e me sentei no balcão da pia. Um celular tocou em cima da mesa da cozinha e eu nem hesitei em atender. Peguei sem nem olhar o nome no visor.

– Inicio Da Ligação –

– Alô.

– alô. Mabi? – a pessoa do outro lado perguntou.

– espera só um pouco que ela já vem. Deixou o celular aqui – respondi.

– quem fala?

– é o Lucas.

– Lucas? – perguntou assustado – hã, é o André.

– ah André – eu disse constrangido – é que a Mabi deixou o celular na cozinha e ta no quarto do Felipe. Eu estava aqui em baixo comendo e atendi sem nem ver quem era – me expliquei.

– ah sim. Então, pede pra ela me ligar?

– claro, peço sim – falei tentando ser simpático.

– falow – ele disse desligando em seguida.

– Fim da ligação –

Permaneci sentado no balcão e fiquei segurando o celular dela nas mãos. De repente ela apareceu na cozinha.

– Lucas – me chamou e eu a olhei.

– oi.

– os meninos estão te chamando – ela disse sorrindo.

– ta, vou lá – fui andando até ela e lhe entreguei o celular – o André ligou.

Ela me olhou assustada.

– não falei nada. Só que você havia esquecido o celular na cozinha e eu atendi sem saber de quem era, ou coisa do tipo – franzi a testa tentando me lembrar.

– tudo bem, vou retornar.

– certo então – eu falei sério e passei por ela pra subir.

– Lucas – ela me chamou.

– oi – eu disse me virando.

– o que foi? Ficou estranho de repente.

– ah – cocei a nuca com receio de falar – é que quando você falou no André, voltei pra realidade. Você ainda é dele – falei triste.

– eu vou resolver isso – ela disse se aproximando de mim.

– promete? – pedi.

– promete que não vai me deixar? – ela perguntou.

– nunca mais – a segurei no rosto e lhe dei um beijo.

Assim que paramos o beijo eu subi e ela foi pra cozinha. Voltei pro quarto com os meninos. Entrei e sentei onde eu estava.

– demoraram, hein?! – o Rapha me zoou.

– me façam um favor? – eu pedi sério – não estraguem minha noite – depois pisquei.

Os meninos se entreolharam e depois me olharam juntos. Eu caí na risada um tempo depois.

– o que foi que rolou lá na cozinha? – o Felipe perguntou.

– nada – dei de ombros – vou pra casa, to morrendo de sono.

Eles não falaram nada. Cruzei com ela no corredor.

– já vai? – ela perguntou.

– vou, to morrendo de sono.

– então ta – ela sorriu – você não contou nada pros meninos não né?

– não. Melhor eles nem saberem disso – eu comentei.

– também acho, porque vai que o linguarudo do Caio fala perto do André e...

– você vai conversar com ele quando? – eu a interrompi.

– assim que der – ela deu de ombros.

– poxa Mabi, eu achei que você tivesse levado a sério o que conversamos na cozinha – eu disse chateado.

– e levei Lucas – ela disse imediatamente – mas eu não queria magoar o André. Ele sempre foi legal comigo, se preocupou e tal. E ele chega hoje e já vai embora na quinta. Ele ta com problemas com o irmão e...

– ta Mabi. Ta – eu disse andando – você se preocupa em não magoá–lo, mas não está nem aí se eu vou me magoar ou não, né?

– não é isso Lucas – ela tentou se explicar.

– claro que não é – eu ri – eu já esperei tanto tempo, já corri atrás de ti tantas vezes, porque não agüentar mais um pouco, né? – eu disse saindo.

Nem fiquei pra ouvir o que ela iria dizer. Desci as escadas rapidamente e fui pra casa. 

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mahri: kkk mana nem ta curtinho eu posto é mt u-u kkk