Fanfic: Nem sempre o amor pode está certo. 1º Temporada e 2º Temporada | Tema: web novela
– MABI NARRANDO –
Sexta feira acordei desanimada. Esse lance com o Lucas me deixou sem animo até pro show. Mas eu precisava ir, iria ser muito bom curtir com meus amigos. Decidi me animar um pouco e fui procurar o Diego. Cheguei ao quarto dele e já havia saído pro cursinho. Ele realmente estava empenhado à passar nesses vestibular. Só não sei se o interesse era por ir morar sozinho e bem longe do pai ou se era pelo curso, que lhe daria a possibilidade de mexer com o que ele mais gosta: carros. Desci pra cozinho e só estava a Clotilde.
– bom dia Clo – eu disse me sentando à mesa.
– bom dia Beatriz. Quer comer o que no café?
– tem sorvete? – perguntei sorrindo.
– vou perguntar de novo – ela riu – quer comer o que de saudável no café?
– ahh Clo – eu ri – tudo bem, como pão com café mesmo.
Esquentei um pão com queijo no microondas e comi com um copão de café. Eu precisava muito de cafeína naquele dia. Sentia–me muito ansiosa pela viagem, pelo show e por ter quer ficar perto do Lucas. Não sei por que, mas sempre associei situações de ansiedade com adrenalina. Dava–me uma sensação melhor, eu ficava menos nervosa. E era isso que eu precisava hoje. Cafeína + Adrenalina. Olhei no relógio e ainda marcavam 9:30. Subi pra terminar minha mala e depois pus um short e um top, calcei meu tênis e fui até o clube correndo. No caminho de volta pra casa encontrei o Rapha saindo de casa de carro. Ele parou e buzinou. Atravessei correndo a rua e fui onde ele estava.
– oi amor – ele disse me abraçando.
– oi Raphinha – eu disse sorrindo.
– correndo a essa hora?
– tomei cafeína e preciso de adrenalina.
– adrenalina? Ah to indo na escola pegar minhas notas, quer compartilhar? – ele disse de um jeito engraçado e eu ri.
– nem fui ver as minhas – dei de ombros.
– como se você precisasse. Você e a Deb passaram direto, duas CDFs.
– a Carol também passou e ela não é CDF.
– eu sei que ela cola de vocês que o Felipe já me disse – ele disse rindo – vamos lá pegar as notas?
– ah, preciso de um banho – eu disse me olhando toda suada.
– quer que eu te espere na tua casa?
– se você não se importar – dei de ombros.
– até parece Mabi – ele revirou os olhos – entra ai.
Entrei no carro e fomos lá pra casa. Ele ficou na sala esperando e eu fui tomar banho. Vesti–me com um short jeans, um all star e uma blusa caída em um ombro.
– sou um cara de sorte mesmo – o Rapha disse quando eu desci.
– por quê? – franzi a testa.
– porque eu tenho a namorada e a melhor amiga mais lindas do mundo.
– besta – eu disse rindo.
Estávamos à caminho quando meu celular tocou, era o André.
– Inicio da ligação –
– oi dé.
– ufa! Você está viva – ele disse sério.
– o que foi?
– esqueci de ligar pra saber como você chegou naquele dia que saiu a pé daqui, fiquei preocupado.
– é né – eu ri – mas já se passaram dois dias André. Eu to viva.
– ow amorzinho, eu acabei dormindo depois que você saiu. Eu estava cansado do vôo e do hospital, me deitei pra ver TV e dormir. Acordei em cima da hora da prova.
– ah e a prova, como foi?
– passei. Sou inteligente, quase o melhor da turma – ele disse rindo.
– e porque não o melhor? – falei zoando.
– porque tem o resto da turma na frente – ele riu.
– você é um leso, sabia? Só tu pra me fazer rir dé – eu disse um pouco triste.
– por quê? O que foi princesa?
– o de sempre – eu disse olhando de canto pro Rapha. Ele estava com uma cara estranha.
– Lucas – ele disse com voz de nojo – quando eu voltar, você deixa eu acertar a cara dele?
– eu deixo – eu disse rindo – mas e o Pablo? Operou? Você ta em São Paulo, né?
– to sim. Operou ontem. Foi tudo bem, a vesícula já não estava inflamada e não desceu nenhuma pedra pro pâncreas. Ele ta só de repouso, mas hoje à tarde tem alta. E à noite eu tenho luta.
– que bom pra ele. Alguém aí vai gravar a luta? Eu queria ver – fiz bico.
– vão filmar sim. Eu te dou a cópia pra você ficar me admirando, ta? Agora tenho que desligar.
– ta bom convencido. Beijos. Boa luta.
– obrigada meu amor. Beijos.
– Fim da ligação –
– André? – o Rapha perguntou.
– é. Ta em São Paulo – eu disse sorrindo.
– vocês não tinham terminado?
– e terminamos, mas somos amigos. Ele me faz tão bem – eu sorri bobo.
– hunf! – o Rapha bufou.
– o que foi Rapha?
– achei que eu fosse teu melhor amigo – ele disse fazendo bico – não gosto desse cara.
– oww Raphinha – apertei a bochecha dele – é que você tem que dar mais atenção pra Kaka agora.
– é... Um pouco, mas quando você precisar é só me falar. Eu escuto, dou conselhos e compro sorvete – ele disse sorrindo.
– coisa mais linda – dei um beijinho no rosto dele – mas porque não gosta do André?
– porque a Karen o acha lindo – ele revirou os olhos.
– que ciúmes besta – eu ri.
– aposto como o Lucas também não gosta dele.
– pior que não gosta mesmo. Ele ta com raiva de mim por causa do André.
– por quê?
Contei toda a história do André, o término, a briga com o Lucas e até a parte do Bernardo.
– pow Mabi, você tinha que aceitar a carona do Bernardo?
– ah Rapha. Eu estava muito chateada, minha cabeça doía demais, eu estava fora de mim, sabe? E depois que vocês começaram a namorar, eu fiquei um pouco de lado.
– não é bem assim – ele disse confuso e eu o olhei feio – ta, você tem um pouco de razão.
– total Rapha. Eu não converso com a Carol e com a Karen há várias semanas.
– é, eu e a Karen temos passado bastante tempo juntos – ele disse em um tom triste.
– mas não estou reprovando você, Rapha. Nem nenhum de vocês. Só que eu acabei me apegando ao André por estar sempre junto dele e na ausência dele, como ontem, me apareceu o Bê... Enfim, já fomos melhores amigos há uns anos atrás e ontem ele me deu bons conselhos, que só daria pra eu usar se o Lucas quisesse–me de volta, né? – fiz uma careta.
– esse Lucas é um idiota mesmo – ele disse balançando a cabeça negativamente – precisa de alguma ajuda minha?
– não Rapha. Obrigada – eu sorri em agradecimento – a Karen deu sorte, hein? Arrumou logo um bom partido como você – eu ri.
– não falei com meu amor hoje ainda – ele disse triste.
– owwwwww que fofo. Ela ta na aula?
– não. Saiu com a mãe dela pra comprar uma roupa pra ir pro show. Segundo ela, não tinha – ele revirou os olhos e eu ri.
– a mãe dela já sabe de vocês?
– sabe. Eu fui jantar lá. Levei flores pra sogra e um vinho pro sogro – ele disse sorrindo.
– que lindo Rapha – eu sorri – fico tão feliz por vocês. E o que eles disseram?
– ah, no inicio o pai dela me interrogou, comentou algumas vezes sobre o fato de eu ser 3 anos mais velho que ela. E também por eu ter carro. Perguntou se eu bebia, fumava, usava drogas – ele dizia se divertindo.
– sério? – eu ri – O tio é doido. E o que você disse?
– ah, só disse que não. Aceitei só uma tacinha de vinho e ele achou que eu nem bebia. Mas ainda bem que eu levei vinho, porque se eu tivesse levado vodka e ele me oferecesse, eu virava a garrafa ali mesmo.
Nós rimos.
– não acredito que ele perguntou se você usava drogas – eu me divertia.
– pois é. Ah, porque eu não falei dos conselhos sexuais. A mãe dela ficou falando sobre sexo só depois dos 18 anos, métodos de prevenção. Foi hilário. A Karen ficou da cor do cabelo dela – ele ria.
– Meu Deus – eu gargalhei – e o que você disse?
– ah, fiz média. Disse que concordava com eles, que a Karen era muito nova e precisava esperar o tempo certo – ele dizia rindo – mas deu–me vontade de responder: Sr. e Sra. Soares se vocês soubessem a quanto tempo eu não faço sexo, vocês não estariam dando esses conselhos malditos pra Karen.
Eu ri alto.
– a Karen deve ter ficado puta.
– ficou mesmo. Ela estava tão nervosa que tomou 3 taças de vinho.
– nossa! Ela não ficou bêbada não? Ela é super fraca pra bebida.
– ficou bem legal, mas foi bom. A noite terminou mais animada – eu pisquei.
– hã? – o olhei surpresa – vocês já...?
– não. Mas acho que não vai demorar muito. Depois que ela descobriu o orgasmo em nossas brincadeiras, acho que ela ta mudando o conceito dos 18 anos – ele riu.
– que safados vocês – eu ri.
O celular dele tocou e interrompeu o papo. Era o Lucas, falando que a professora de história havia chegado pra dar as notas do projeto. Assim que chegamos à escola, as turmas estavam reunidas. Fiquei ao lado do Rapha e do Felipe, que estava com a Carol. Recebemos a nota, combinamos o horário pra sair e fomos embora. Eu voltei com o Fê e a Carol, porque o Rapha ia pegar a Karen no trabalho da mãe dela.
– amiga e o Lucas? Como estão? – a Carol perguntou.
– ah Carol... Não estamos – eu disse em duvidas.
– de novo? – o Fê perguntou.
– é. O fofoqueiro do Caio não disse nada de quarta à noite não? – perguntei e eles se olharam.
– sobre você aparecer com o Bernardo? – a Carol perguntou.
– é.
– contou. Eles viram vocês no carro do Bê – a Carol comentou.
– mas não disseram o motivo.
– não – eles se entreolharam novamente.
– o Bê só me deu uma carona pra casa e como eu estava um pouco mal pelo Lucas, ficamos conversando um pouco. Não tem nada demais. Vocês fantasiam muito.
– ah Mabi, convenhamos, né? Depois do que ele aprontou... – o Fê disse bravo.
– ele ta tentando se redimir Felipe. Vocês que não dão nenhuma chance pra ele – eu disse irritada.
– Você esquece muito rápido as coisas Mabi – a Carol disse.
– vocês que guardam mágoas demais. Ele nem fez nada pra vocês. Fez pra mim e pro Lucas.
– mas somos amigos de vocês. Não achamos legal o que ele fez e ele não merece nossa amizade – ela disse rancorosa.
– nossa Carol! Ele já ta sofrendo pra caramba sozinho, está arrependido, não precisa de mais pessoas pra deixar ele pra baixo.
– vai defender ele agora? – o Fê disse me olhando pelo retrovisor.
– ah Felipe! Esquece vai – virei o rosto e fui olhando pela janela – só que guardar rancor não leva a nada.
– e perdoar um erro desses também não – ele respondeu.
– espero que nenhum de vocês erre feio um dia. Porque se errar e passar pelo o que ele ta passando, eu vou estar lá pra relembrar essa conversa a vocês.
Eles se entreolharam e a Carol virou pra trás pra me olhar. Fingi que nem a vi tentando falar comigo e fiquei olhando pela janela. Tudo bem que o Bernardo errou muito, fez uma tremenda cagada. Mas tratá–lo dessa forma não me deixava bem. Chegamos em casa e eu fui direto pro meu quarto. Terminei de arrumar tudo e desci minha mala até a sala e fui almoçar. Na mesa a Carol e o Felipe me olhavam estranho. Eu apenas ignorava. Comi toda a comida em silêncio. Estavam na mesa apenas a Marta e eles dois, meu pai não havia chegado. A Marta perguntava empolgada sobre a viagem e o Felipe respondia.
– licença – pedi assim que terminei o que tinha no prato.
– Mabi, posso falar contigo? – a Carol pediu.
– claro – eu disse pondo o prato na pia.
Subi pro meu quarto e ela veio atrás.
– desculpa amiga – ela me abraçou.
– tudo bem Carol. Só acho que ele não merece ser excluído dessa forma. Acredito que todo o sofrimento que ele tem passado, já foi o suficiente para ele aprender com seus erros.
– eu entendo. Mas deixa passar mais um tempinho. Os meninos ainda estão chateados – ela deu de ombros.
– certo – eu sorri.
Deitei–me na cama e continuamos a conversar sobre outras coisas. Quando foi em torno das 15 horas o Felipe foi nos avisar que os meninos já estavam vindo pra cá. Eu nem havia tomado banho depois da escola. Corri pro chuveiro e a Carol desceu com o Fê. Pus um shortinho jeans e um tomara que caia bege. Prendi meu cabelo com um rabo de cavalo bem alto e calcei uma rasteirinha. Enquanto passava uma maquiagem leve, fiquei pensando na luta do André. Eu estava morrendo de vontade de ver. Nunca o vi em um combate, apenas nos treinos. Se não houvesse essa viagem, com certeza eu pediria do papai pra ir pra São Paulo com o André. Fiquei pensando em como ele se sairia na luta e acabei me distraindo. Peguei–me pensando nele durante os treinos. Não necessariamente no treino, mas no seu corpo. Como conseguia ser tão lindo? Tão gostoso? Tão sedutor? Tão tudo? Pensando assim, eu acho que não queria ir pra São Paulo com ele não. Lembrei–me das minhas noites com ele e o quão bom ele era de beijo, pegada e na cama, não necessariamente apenas na cama. Porque existe amor? Eu poderia ser tão feliz com o André sem esse lance de amar. Aliás, porque eu fui amar outro? Outro garoto tão complexo e infantil? Essas coisas do coração... Ri dos meus pensamentos e me desvinculei deles. Pensar no André só me dava calafrios e era melhor eu afastar esses pensamentos. Seremos apenas bons amigos. E eu conseguiria resistir, tinha fé que sim. Pensei no Lucas e meu coração acelerou involuntariamente no mesmo momento e um sorri se formou em meus lábios. Ele podia ser infantil, mas eu não tinha como não amar aquele sorriso. Foi difícil tomar a decisão entre os dois. Abrir mão de um pra ficar com o outro. Pois apesar de eu amar o Lucas, nenhum me satisfazia do jeito que o André fazia. Tudo era muito intenso. Enquanto tudo no Lucas era mais emoção, carinho, amor. Meus pensamentos nos dois fugiram quando a Carol bateu na porta do quarto.
– Mabi, vamos – ela gritou.
– to indo – respondi.
Assim que cheguei à sala todos gritaram.
– AEEEEE!!!!
– o que foi, hein?! – perguntei confusa.
– como sempre só faltava você – o Caio disse.
– ah, nem me avisaram que vocês estavam aqui – dei de ombros – então fui me vestir com calma.
– pois parece que se vestiu bem rápido. Esqueceu de por metade da roupa – o Diego disse sério.
– deixa de ser chato – eu falei rindo e me sentei no colo dele, que estava no sofá.
– já que estamos todos aqui, vamos, né? – o Rapha disse.
– falta o Lucas gente... – a Deb comentou.
– ele me disse que estava vindo – o Felipe falou – vou ligar de novo.
Ele se afastou e ligou pro Lucas. Dois minutos depois voltou.
– ele foi abastecer o carro. Acho que continua com a idéia de ir sozinho – ele disse negando com a cabeça.
– meu deus, parece criança – o Rapha comentou.
– pra que ele quer ir sozinho? – a Karen perguntou.
– porque ele não quer dormir comigo no mesmo quarto, vai dormir no carro – eu disse em um tom triste.
– que besteira – o Caio comentou.
Demorou um tempo e o Lucas chegou. Tocou a campainha e o Fê abriu o portão. Assim que ele entrou, o vi com a mala em mãos.
– ué, não pulou o muro como de costume? – a Karen ergueu uma sobrancelha.
– também te atrapalham na casa do Rapha? – perguntei surpresa por ela saber disso.
– sempre amiga – ela disse fazendo careta – no melhor do amasso eles entram pela cozinha.
– já fizeram isso comigo também. Acostumei–me a ser interrompida por esses três – a Deb disse se referindo ao Rapha, Lucas e Felipe.
– sempre faziam isso conosco, né Lucas? – comentei toda empolgada e nem me toquei do que havia dito.
– é – ele disse surpreso – mesmo assim foram bons tempos, né? – ele sorriu mais animado pra mim.
– é – sorri sem jeito percebendo que estava corada.
Encostei a cabeça no peito do Diego a fim de me esconder.
– que cena fofa – o Di sussurrou em meu ouvido sorrindo – você está da cor do cabelo da Karen.
– para Di – revirei os olhos.
– fizeram as pazes? – ele perguntou baixinho.
– como você sabe que brigamos? – ergui uma sobrancelha.
– vocês sempre brigam – ele mordeu minha bochecha e eu reclamei – espero que voltem reconciliados dessa viagem.
– não viaja Di. Ele nem ta olhando na minha cara.
Ele olhou pro Lucas e voltou a me olhar.
– ta mesmo não. Acho que ele ta olhando pras tuas pernas – ele disse rindo.
Olhei pro Lucas e realmente ele olhava para minhas pernas cruzadas sobre o colo do Diego. Assim que me viu o olhando, desviou o olhar pros meninos sem nem disfarçar. Olhei pro Diego de boca aberta e ele piscou pra mim.
– ainda duvido que não vá rolar nada nessa viagem.
– não vou esperar por nada. Não quero me decepcionar – dei de ombros.
– se ele não quiser, tem eu querendo aqui, viu?! – ele disse no meu ouvido e mordeu a ponta da minha orelha.
Arrepie–me toda e no pulo sai do colo do Diego. Todos me olharam.
– o que foi Mabi? – o Caio perguntou.
– nada não Caio, acho que tinha um bicho por aqui – falei sem graça.
Olhei pro Diego e ele segurava o riso. Sai de perto dele e me sentei no sofá grande ao lado da Karen. O Felipe que estava parado em minha frente me olhou feio, balançando a cabeça negativamente. De repente ele pegou um travesseiro na poltrona e jogou no Diego que levou um susto.
– que isso? – a Carol perguntou também se assustando.
– matando o bicho – o Fê disse com sarcasmo e ele e o Diego trocaram sorrisos falsos.
– o que estamos esperando? – perguntei pra mudar de assunto.
– teu pai pediu pra esperamos por ele – a Carol disse.
– o que ele quer? – perguntei confusa.
– dá alguns conselhos – o Fê disse revirando os olhos.
Continuamos conversando até meu pai chegar.
– então crianças, eu só queria alertar vocês sobre os perigos... – meu pai começou falando.
– crianças, Roberto? Me tira dessa – o Fê disse.
– pai, por favor – eu disse baixinho, sorrindo falso – não me mate de vergonha.
– como eu iria começar a dizer – ele continuou a falar – tomem cuidado na estrada, com as ultrapassagens, curvas, chuva...
– ta pai, sabemos – eu sorri sem graça.
– trocaram o óleo do carro? Verificaram pneus? Documentos do carro? Step?
– ta tudo certo. Verificamos tudo – o Felipe disse cortando o assunto.
– está certo então – meu pai sorriu satisfeito – boa viagem.
Levantamo–nos rapidamente e fomos pegando as malas.
– não bebam muito, não aceitem nada de estranho e...
– usem camisinha – o Felipe e o Caio responderam juntos, interrompendo meu pai, que os olhou estranho.
– eu ia dizer pra não fazerem sexo. Ouviu Mabi? – meu pai falou alto.
Todos riram, obvio.
– tudo bem pai. Não vou com essa intenção – dei de ombros. Eu não tinha companhia mesmo.
Guardamos as malas nos carros, inclusive a do Lucas, que acabou cedendo e concordou em ir com o Felipe. Ele foi deixar o carro em sua garagem enquanto o esperávamos em frente de sua casa. O Caio e a Deb foram no carro do Rapha, mais a Karen. O Felipe iria dirigindo seu próprio carro, com a Carol na frente e eu teria que dividir o banco de trás com o Lucas.
– feliz Mabi? – o Fê perguntou sorrindo.
– com o que? – revirei os olhos fingindo não saber do que se tratava.
– você e o Lucas juntinho ai atrás – ele piscou me olhando pelo retrovisor.
– me erra Felipe – falei emburrando a cara.
– ta doida pra agarrar o Lucas e não sabe como – a Carol debochou de mim.
– claro que sei – falei de imediato, depois me toquei do que havia dito – quer dizer, não to doida não – falei balançando a cabeça negativamente.
– ta vendo. Confessou – o Fê disse rindo.
– fica com ele na viagem, vai Mabi – a Carol fez cara de piedade.
– nada a vê gente – cruzei os braços e fiz bico – ele ta com raiva de mim.
– ta nada – o Fê respondeu – e se ele quiser?
– ele não quer – dei de ombros.
– você que não quer admitir que o quer e põe a culpa no menino.
– nada disso – falei já brava.
– tudo bem Felipe – a Carol deu de ombros – se fosse eu, agarraria ele nessa viagem e o deixaria mais apaixonado por mim, mas a Mabi...
– ela não tem coragem – o Fê falou – o orgulho fala mais alto.
– tenho coragem sim – eu respondi – se eu quiser, eu fico com ele nesse carro mesmo – eu disse enfezada.
– até parece, você não é mulher pra isso – o Felipe provocou.
– claro que sou.
– então duvido que você o beije aqui – a Carol disse.
– parem de me provocar. Eu sei que vocês querem me fazer chantagem emocional, mas eu não vou cair nessa.
– nessa qual? – o Lucas disse abrindo a porta.
– nada Lucas – eu disse sem graça. Meu coração havia acelerado e eu me tremia de nervoso pela presença dele.
Ele sentou e seguimos viagem. O Rapha dirigia na frente com o resto do pessoal. E o Fê o seguia.
– Lucas, você não concorda que a Mabi é orgulhosa demais? – o Fê perguntou.
– é sim – ele disse me olhando de canto.
– sou não – eu respondi fazendo bico.
Eles continuaram lá falando o quão orgulhosa eu era, mas sem tocar no assunto de beijá–lo. Encostei–me ao vidro da janela e acabei pegando no sono.
Autor(a): raquel_gomes
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+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
– LUCAS NARRANDO – A Mabi acabou pegando no sono do jeito que estava, sentada com a cabeça no vidro da janela. O Felipe passou por um buraco e ela bateu a cabeça no vidro. – ai! – ela resmungou de olhos fechados ainda. – machucou? – perguntei, passando a mão em sua cabeça. – ahn... – ela ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 60
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sharonvondy60 Postado em 13/11/2013 - 07:05:01
A web Ja acabou Mahri '-' . acho que ela vai respostar em Cilada, Vc vai voltar a acompanhar ?
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sharonvondy60 Postado em 13/11/2013 - 07:02:03
Awn Ameiii o FiNal muito Lindo me emocionei ate por tudo ter acabado bem T..T Saudades agora "-"
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mahri Postado em 12/11/2013 - 14:42:25
Ela começou a postar cilada,mas perdeu os capítulos aí começou essa web,só que ela ta demorando mt pra acabar
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sharonvondy60 Postado em 12/11/2013 - 14:29:43
Cilada . essa Web ta aqui No site ? Menina Vc Sumiu, Vc ta bem pelo menos ? #volta logo.
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mahri Postado em 10/11/2013 - 02:09:59
Ei tava lendo a web cilada,só que não consegui ver o final pq deletaram, tem como vc me dizer se a Bah e o Rick ficao juntos?
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sharonvondy60 Postado em 08/11/2013 - 05:01:44
Hum, Ta CompLicada a historia Hein : /
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mahri Postado em 07/11/2013 - 23:48:15
Nosso Amor e Ódio Eterno... Vício
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sharonvondy60 Postado em 07/11/2013 - 12:48:11
Mahri : Kkkk... eu to lendo pela 2 Vez. Realmente a primeira Vez deles Foi Awnn Perfeita ? verdade o liu e um best Mesmo. Quem diria que o mateus ficaria com a beth ? eu gostei . pensei que a paula ficasse com um dos irmaos da larissa . e Eu pensava que o lucio era drogado, mas ja desconfiava que ele lutava por ai mesmo tbb . Ahhh
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mahri Postado em 06/11/2013 - 00:45:46
Sharonvondy60: não eu não tenho webs. Eu já li pela 3 vez terminei hj,eu amo o cap da 1 vez deles;não tem como não se apaixona pela web e não amar o Lúcio,fiquei com pena do Alex em relação ao filho,mas ele mereceu. Adoro o Liu um super amigo ele eu tbm adorava as cantadas baratas do Martins kkkkkk
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sharonvondy60 Postado em 05/11/2013 - 15:05:08
mahri : Voce tem Webs ?