Fanfic: Nem sempre o amor pode está certo. 1º Temporada e 2º Temporada | Tema: web novela

– LUCAS NARRANDO –

A Mabi acabou pegando no sono do jeito que estava, sentada com a cabeça no vidro da janela. O Felipe passou por um buraco e ela bateu a cabeça no vidro.

– ai! – ela resmungou de olhos fechados ainda.

– machucou? – perguntei, passando a mão em sua cabeça.

– ahn... – ela murmurou e voltou a encostar-se ao vidro.

– deita aqui – eu disse baixinho e a puxei pelo ombro.

Ela se quer, acordou. Encostou–se em meu ombro e eu passei o braço pelas suas costas. O Felipe me olhou pelo retrovisor e sorriu. Retribuí o sorriso e fiquei a olhá–la tão perto de mim. Alguns minutos depois ela se mexeu e pôs seu rosto mais próximo do meu. Permaneci constantemente arrepiado pela sua respiração quente em meu pescoço. Quando eu virava o rosto para observá–la, os nossos lábios quase se encontravam. Comecei a lembrar–me do nosso último beijo. Nem fazia tanto tempo assim, mas parecia–me uma eternidade. O desejo de beijá–la me deixava mais nervoso. Afastei–me pro canto do banco e a coloquei deitada em minha coxa. Deitando–a no banco com as pernas engelhadas. Fiquei acariciando seus cabelos enquanto a olhava.

– posso fazer uma observação? – a Carol pediu pra mim.

– claro – dei de ombros.

– só pelo teu olhar, se ver o tanto que você é apaixonado por ela – ela disse com ternura.

– é verdade – eu sorri – tento esconder, fugir, me enganar, mas não adianta. Não sei o que ela faz que me deixa tão apaixonado assim.

– ela também é apaixonada por você – a Carol continuou.

– às vezes não parece.

– deve ser porque ela também tenta esconder, fugir, se enganar – ela disse me imitando e rindo.

– deve ser mesmo – fiz uma pausa – vocês acham que eu deveria pedir pra ficar com ela no show?

– claro – o Felipe respondeu.

– e porque não? Já ficaram tantas vezes – a Carol disse.

– estou falando em esquecer o passado. O que o Bernardo fez, o que a Natasha fez, o lance dela com o André... Tudo. E dar uma nova chance a gente?

– isso é um passo muito importante – a Carol sorriu de orelha a orelha.

– meu menininho ta crescendo – o Felipe brincou fazendo drama – ele já toma as decisões sozinhos.

– se fode Felipe – falei rindo – eu só andei pensando bem em uns conselhos que me deram.

– quem te deu conselho? – o Felipe perguntou curioso.

– o Bernardo – falei com receio.

Os dois se viraram pra trás e me olharam com os olhos arregalados.

– o Bernardo? – repetiram juntos.

– ei Felipe, olha a direção aí – eu reclamei.

– to prestando atenção, mas conta que papo é esse aí.

– é. Ele me procurou e me deu um sermão. Fiquei pensando no que ele disse e realmente ele está certo.

– o que ele disse? – Carol perguntou mais curiosa ainda.

– que eu preciso crescer. Ter atitudes mais maduras. Que a Mabi não vai ficar me esperando muito tempo e mesmo que ela me ame, vai procurar alguém mais maduro como fez com o André.

– concordo – Carol disse – o que mais ele disse?

– ele disse muitas coisas, não lembro exatamente, mas o que mais me deixou intrigado foi que ele disse que a Mabi não confia em mim. Sério isso?

– é Lucas – a Carol disse desconfiada – ela tem medo que você a deixe por qualquer briga. Como já fez algumas vezes, né?

– e que convenhamos, é uma atitude super infantil. Não custa nada conversar e esclarecer – o Felipe falou – vocês brigam sem nem conversar, depois param de se falar e se separam do nada.

– realmente – falei pensativo – acho que o Bernardo tem toda razão. Eu preciso de coragem pra chegar nela e falar o que eu quero. Por tudo em pratos limpos.

– também acho – a Carol concordou – e parar com esse ciúme bobo que você tem.

– é, acho que eu preciso mudar por ela – eu disse afagando seus cabelos – e ela também precisa.

– isso aí! – o Felipe sorriu pra mim pelo retrovisor – ela não tem mais o André e o Bernardo te entregou para cuidá–la. Então a viagem está aí pra isso. Aproveite.

– vou pensar em algo em como resolvermos isso – eu sorri.

– pense mesmo Lucas. Porque eu duvido que você fique com ela nessa viagem – a Carol disse.

– com ele a chantagem emocional não funciona. Eu já tentei – o Felipe disse a Carol.

– o que? – perguntei confuso.

– nada – eles disseram sorrindo.

Encostei–me à janela e me pus a pensar em algo pra surpreendê–la. Acho que gastei todas as minhas idéias as dando para meus amigos conseguirem namoradas. E agora eu não conseguia pensar em nada. Após quase duas horas de estrada, o Felipe parou o carro atrás do Rapha. Parece que havíamos chegado. Acordei a Mabi e descemos.

– onde é o hotel? – o Rapha perguntou ao Felipe.

– tenho aqui – ele tirou um papel do bolso e viram o endereço.

– já chegamos? – a Mabi perguntou se aproximando de mim e da Carol.

– estamos na entrada da cidade – a Carol falou apontando pro arco de boas vindas – apesar de não dar pra ver – nós rimos. Estava tudo escuro.

– que horas tem Lucas? – ela perguntou com ma voz roca de sono.

– 19:10 – eu respondi.

– nossa! Eu chegaria aqui no máximo às 18 h aqui – ela reclamou cruzando os braços.

– então que bom que o Felipe veio dirigindo, porque eu queria todos vivos – o Rapha disse se divertindo.

– lesinho – ela falou a ele.

– to brincando amor – ele andou até ela e a abraçou.

– ow, quem está agarrando meu namorado, hein?! – a Karen desceu do carro fingindo estar brava.

– ele quem me agarrou amiga – a Mabi foi até ela e a abraçou.

– mas é muito fingida – o Rapha falou fazendo careta e nós rimos.

– podemos ir pro hotel então? – a Karen disse puxando o Rapha pela mão – Mabi vai arrumar um namorado pra ti, porque esse é meu – ela disse brincando.

– vamos mesmo porque eu sobrei aqui – a Mabi disse olhando pros dois abraçados e fazendo bico.

– porque quer, né Lucas? – a Carol piscou.

– afff – a Mabi revirou os olhos e entrou no carro.

Fomos também e entramos. Os dois dirigiram até o hotel e descemos para tirar as malas. Cada um havia levado uma bolsa grande. Fomos até o saguão e os meninos foram guardar os carros. Falamos com a recepcionista e pegamos as chaves dos quartos. Subimos conversando e rindo. Estavam todos animados.

– deixa que eu levo tua mala – eu disse a ela.

– não precisa. Eu levo – ela deu de ombros.

– faço questão – eu falei sorridente e ela entregou–me a bolsa.

– obrigada – ela sorriu pra mim.

– e se eu segurar as duas bolsas, você vai lá e a agarra? – o Felipe disse pertinho de mim.

– e a sorte que eu não tenho – falei brincando.

– e aquele lance de coragem e tal? – ele ergueu uma sobrancelha.

– pode ser mais tarde? – fiz uma cara de dó.

– frouxo – ele me deu um empurrão com o ombro e riu. Eu fiz uma careta.

Quando chegamos ao elevador, entramos de 4 em 4. A mesma divisão dos carros.

– pra onde vamos? – a Mabi perguntou.

– qualquer balada – o Felipe deu de ombros.

– ah não Fê. Quero ir a uma boate boa e não em qualquer porcaria – a Carol reclamou.

– ow amor, eu quis dizer que qualquer lugar fica bom com você perto de mim – ele largou as bolsas e a agarrou.

– ow gente, meu namorado não é lindo? – ela disse sorrindo pra gente e em seguida eles se beijaram.

– afff – eu e a Mabi bufamos juntos.

Enquanto eles se beijavam, eu e ela disfarçávamos olhando pro cantos.

– que andar é? – ela perguntou de mim.

– acho que o 5º. Por quê?

– porque já estou com nojo desses dois – ela fez uma careta e depois riu.

– ahhh... Beijo não é nojento – respondi rindo também.

– o deles é.

– mas o meu não – falei de imediato.

– hã – ela corou e sorriu sem jeito – eu sei, não é mesmo não. É bom – ela falou e abaixou a cabeça.

– o seu também. É ótimo – respondi.

O elevador parou e saímos do elevador. Os outros estavam parados no corredor conversando.

– cadê o Fê e a Carol? – a Deb perguntou.

– ah, vou chamar – eu disse e fui até o elevador – ow vocês aí – gritei da porta.

– hã? – o Felipe olhou assustado parando o beijo – e aí, deu certo?

– o que? – perguntei.

– vocês não se empolgaram e se beijaram não? – a Carol perguntou.

– não, lesados – revirei os olhos.

Voltamos pro corredor e ficamos em frente aos quartos, cada casal foi entrando em um. Eu olhei pra Mabi e ela sorriu sem graça.

– vamos? – ela perguntou.

– claro.

Abri a porta e entramos. Só havia uma cama, de casal, uma poltrona, TV, um frigobar e uma mesinha. O banheiro era bonito, mas básico. Eu pus nossas malas ao lado da mesinha e fiquei olhando–a. Ela se jogou na cama e ficou pulando .

– é boa? – perguntei.

– ow se é – ela disse sorrindo – experimenta.

Fui até ela e me joguei na cama. Realmente era uma delicia. Super macia. Deitamo–nos um ao lado do outro e ficamos fitando o teto.

– e aí, vai dormir aqui ou no carro? – ela perguntou em tom irônico.

– se você deixar, eu durmo aqui – dei de ombros.

– eu que tenho deixar, é? – ela perguntou sorrindo maleficamente.

– é. Afinal você que não queria dormir comigo.

– por mim – ela deu de ombros – você pagou, tem direito a metade do quarto.

– certo – eu disse um pouco desanimado.

Ela levantou–se da cama e foi para o banheiro. Eu continuei lá pensando no que fazer pra surpreendê–la. De repente ela deu um grito. Levantei correndo e fui até onde ela estava.

– o que foi Mabi? – perguntei assustado.

– eles têm uma banheira – ela olhava boquiaberta para uma banheira que havia no banheiro.

– ah sim – eu ri – alugamos as suítes mais caras. Aliás, os meninos alugaram.

– é maravilhosa – ela olhava com os olhos brilhantes – esses meninos são espertinhos, hein?!

– por quê? – perguntei sem entender.

– oras porque Lucas, o que você acha que eles vão querer fazer na banheira?

– relaxar? – perguntei com duvidas.

Ela riu alto.

– nossa Lucas, como você é inocente. Obvio que eles vão querer “brincar” aí dentro com as meninas, né? – fiz aspas com os dedos.

– ahhhhh – exclamei – entendi. Nem saquei, porque a Deb e a Karen são virgens, né?

– são virgens, mas não são puras – ela me olhou com tédio e eu ri – mas você tem razão. Eles vão estar bem relaxados depois de usar a banheira – ele disse rindo.

– você vai querer usar? – perguntei e ela me olhou assustada – calma... To falando sozinha, tomar um banho e tal, sei lá – balancei os ombros.

– ah sim. Vou – ela disse olhando pro chuveiro. Foi lá e ligou – nossa que água quente. E está um calor horrível.

– muda pra água fria. Ali ow – apontei onde tinha.

– quem tomar banho primeiro, muda.

– certo – sorri e ela retribuiu.

– nossa, a diária deve ter sido cara. Esse quarto é bem bacana.

– é foi... Mas eles insistiram. Tive que concordar e pagar.

– e eu que vou pagar por algo que nem sabia o valor – ela saiu andando pro quarto.

– você não vai pagar – fui atrás dela e parei logo atrás.

– como assim não vou? – ela se virou de frente a mim.

– já paguei sua parte – eu disse pondo as mãos nos bolsos.

– não precisa fazer isso Lucas – ela disse surpresa – eu posso rachar o quarto com você.

– pra mim não tem problema – dei de ombros.

– pois quando nós formos sair daqui, eu vou lhe dar a minha parte. Não é justo.

– eu não vou aceitar seu dinheiro – falei sorrindo.

– então eu lhe pago de outra forma. Te dou um presente, um lanche, sorvete... Eu pago a sua saída hoje. Ok?

– o que eu quero não tem dinheiro nenhum que pague – eu disse sério.

– e o que é?

– você.

Ela permaneceu imóvel em minha frente. Sua boca estava aberta, mas as palavras não saiam. Aparentemente ela estava bem assustada.

– Lucas... Ér... – ela sorriu, mas a interrompi antes de continuar.

– eu sei que fiz errado te julgando naquele dia do fato do Bernardo. Eu deveria ter te escutado e conversado com você, não ter tratado daquela forma. Talvez eu nem mereça essa chance que eu vou te pedir, já que eu sempre fui imaturo e infantil, mas acho que já estou pronto pra te mostrar que eu quero mudar, amadurecer, crescer, ou qualquer coisa pra poder te merecer de volta.

Terminei de falar e seus olhos estavam vermelhos e cheios de lágrimas. Ficamos nos olhando por alguns minutos, até ela vir e me abraçar. Retribuí ao abraço imediatamente.

– e eu mereço outra chance? – ela perguntou e meu ouvido.

– nosso amor merece – eu respondi.

– e essa mudança? Também mereço?

– se você não merece, eu mereço. Amadurecer é sempre bom, né?

– mas não é fácil – ela disse me soltando.

– quem falou que amar é fácil? – respondi com outra pergunta.

Nesse momento bateram na porta. Ela se afastou sorrindo e foi lá. Era a Carol.

– gente, vamos nos reunir lá no quarto do Caio pra decidirmos pra onde ir hoje – ela entrou falando.

– certo – respondemos juntos.

– estamos esperando, hein?! Não demorem – ela disse saindo.

A Mabi nem fechou a porta. Virou–se pra mim.

– vamos logo? – ela se virou pra sair.

– espera – eu a puxei pelo braço e seu corpo voltou, chocando–se ao meu – não sem isso.

Imediatamente segurei em sua nuca e a beijei com muita vontade. Ela retribuiu pondo os braços em meu pescoço e entrelaçando com força as mãos em meus cabelos. Minha mão escorregou pela sua costa e pousou em sua cintura. Puxei seu corpo contra o meu e com o pé fechei a porta. Meus braços deram a volta em sua cintura quase a deixando sem ar. Caminhamos até a cama enquanto nos beijávamos enlouquecidamente. Empurrei–a de leve para a cama e ela caiu deitando–se apoiada com os cotovelos no colchão. Fiquei olhando pra ela que sorriu com malicia. Retribuí sorrindo de canto. E me deitei por cima dela.

– esse teu sorriso me enlouquece – ela disse.

– deixa eu te mostrar algo que vai te fazer enlouquecer – falei puxando seu lábio inferior.

– hum – ela murmurou sorrindo – não sei o que te deram, mas o efeito que está fazendo é bom – ela riu.

Meu corpo caiu sobre o dela e nossos lábios se encontraram. Minha língua buscava espaço em sua boca enquanto brincava com a sua, mexendo–se de forma suave. Nossos corpos se encaixaram e minha mão acariciou a lateral de sua coxa despida pelo pequeno short jeans. Ela sorriu entre o beijo e eu aumentei o ritmo, colocando mais pegada. Se eu me deixasse levar pelo momento, sexo naquele momento seria inevitável. Só a sensação de tê–la novamente me deixou excitado. Pus as mãos em seus quadris e pressionei–os junto com os meus ao mesmo tempo em que desci meus beijos para o seu pescoço. Assim que ela emitiu um gemido suave, ouvimos um estrondo na porta. Separamos nossos corpos com o susto e ficamos nos olhando. Após uns segundos caímos na risada. Levantei–me e fui até a porta.

– e aí, estamos querendo sair hoje ainda – o Caio disse enfezado – só falta vocês lá pra reuniãozinha. Está maior confusão, cada um quer ir pra um lugar – ele saiu falando pelo corredor.

Olhei pra Mabi deitada na cama sorrindo.

– vamos então? – ela disse.

– tem certeza? Não precisamos nem sair desse hotel hoje – eu disse com cara de piedade.

– ah não. Quero me divertir – ela disse se aproximando – mas se eu fosse você, esperaria um pouco aqui – ela disse olhando pro meu short. Eu estava excitado.

– a culpa foi sua – falei.

– minha não, foi da cama, me deitei lá só porque é uma delicia – ela comentou na maior cara de pau.

– delicia é você – eu disse a puxando para os meus braços.

– mas ta ficando safado! – ela me acusou.

– eu? – me fiz de indignado – imagina – pisquei pra ela.

– sei... Bora logo, pensa na Natasha e abaixa esse pinto antes que o Caio volte aqui de novo – ela disse indo em direção ao corredor – antes de sair quero voltar pra melhor coisa daquele quarto.

– eu? – perguntei encostado à porta.

– não engraçadinho. A cama – ela disse sorrindo e eu corri atrás dela.

– quando experimentarmos a banheira, você mudará de opinião – eu disse sorrindo.

– experimentarmos? – ela me olhou surpresa.

– é – pisquei pra ela quando paramos na porta do quarto do Caio.