Fanfics Brasil - Capitulo 76 Nem sempre o amor pode está certo. 1º Temporada e 2º Temporada

Fanfic: Nem sempre o amor pode está certo. 1º Temporada e 2º Temporada | Tema: web novela


Capítulo: Capitulo 76

32 visualizações Denunciar


Começou a tocar uma música que eu adorava, mas não me lembrava quem cantava. Virei o banquinho de frente pro palco e de costas pro Lucas.


– vou ver, ta? Adoro essa música – avisei a ele que concordou com a cabeça.


 


Em poucos segundos ele se aproximou por trás de mim e me abraçou.


– isso pode? – ele perguntou em meu ouvido.


– haram – concordei fechando os olhos e respirando fundo.


 


O seu perfume já havia invadido o meu olfato. Suas mãos se enlaçaram em volta de minha cintura e seu queixo se acomodou em meu ombro. Eu sentia em meu pescoço sua respiração quente e quase ofegante, que fazia movimentar de leve alguns fios de meu cabelo. Ele puxou seu banquinho pra mais perto de mim e colou nossos corpos. Senti um arrepio na espinha, que deixou minhas mãos geladas e meu coração acelerado. Pra disfarçar meu nervosismo, comecei a canta a música na segunda parte.


– “Diga que eu sou seu bem me quer. Seu anjo, sua fada, o que você quiser...


 


Ele pôs sua boca em meu ouvido e cantou baixinho.


“Fala, no meu ouvido bem baixinho que me ama e me leva de uma vez pra sua cama. Me dá uma noite de prazer, Eu topo tudo com você... ♪”


 


Se a intenção dele era me deixar doida, ele estava conseguindo. Fechei os olhos e respirei fundo. Eu precisaria de muito alto controle pra não me entregar naquele momento. Minha vontade era virar e dar–lhe um beijão. Por questão de segundos repensei nesse papo de ir devagar... Pois se ele queria apressar as coisas, seu objetivo estava se concluindo. Eu estava pra cair na dele. Virei apenas meu rosto pra ele e de imediato os lábios dele se encontraram com os meus. Praticamente no mesmo instante que alguém o cutucou.
– gente, não quero atrapalhar, mas galera já está indo – era o Rapha.

Levantei-me em um impulso e fui indo na frente, sem falar nada. O Lucas ficou lá com o Rapha e não estava com a cara muito boa. Encontrei o pessoal já na calçada a nossa espera.
– vamos Mabi? – o Fê disse – já são meia noite e trinta.
– claro – sorri pra disfarçar.

Fui indo na frente com a Carol e entramos no carro. Em seguida entraram o Fê e o Lucas. Olhei pra ele e sorri. Ele sentou–se mais próximo de mim e segurou na minha mão.
– eles estão de brincadeira, né? – ele sussurrou pra mim.
– quem? – perguntei confusa.
– o pessoal... Não nos deixam um minuto sozinhos – ele resmungou e eu ri do jeito dele.
– acho que combinaram – falei ainda rindo.


 


Até chegar a boate ele foi fazendo carinho em minha mão. Não falei mais nada pois queria ver até onde iria essa mudança e se ele teria coragem de chegar em mim, como a Carol me contou que ele disse. Um pouco depois ele entrelaçou os seus dedos com os meus e ficamos literalmente de mãos dadas. Virei o rosto pra ele e nossos olhares se encontraram. Ficamos sorrindo que nem bobos.
– gente, vamos? – a Carol falou assim que desceu do carro.

Desci em seguida e encontramos a Karen e a Deb. Essa boate foi indicada pela recepcionista do hotel. Segundo ela, é a boate mais lotada e animada da região. E realmente era. Só a frente da boate estava bombando. Eu e a meninas fomos na frente pra comprar ingresso. A fila estava enorme, mas ficamos lá. Os meninos foram estacionar os carros. Um cara que estava lá na porta começou a nos olhar. Na verdade ele parecia encarar a Carol. Após um tempo, ele nos chamou com o dedo. Olhamos estranho pra ele, a Karen e a Deb não quiseram ir, mas eu e a Carol fomos até ele. Era bonito e bem vestido.
– boa noite – ele sorriu de lado.
– boa noite – respondemos juntas.
– sozinhas gatas?
– hã... Não – a Carol disse – nossos namorados foram estacionar o carro.
– que pena – ele fez bico, e que biquinho – não são daqui, né?
– não, como sabe? – perguntei.
– não temos tanta beleza assim nessa região – ele disse me secando de cima a baixo e depois fez o mesmo na Carol.
– ah... – murmurei sem graça.
– agora, você nos dá licença se não vamos perder a vez na fila – eu disse.


 


Logo a Karen e a Deb se aproximaram.
– oi – ele as olhou também, mas com muito menos interesse do que olhará pra Carol – estão na fila pra que?
– comprar ingresso – a Karen falou seca.
– quantos querem? – ele perguntou.

Nessa hora os meninos chegaram. Cada um abraçou sua namorada por trás, menos o Lucas, que parou ao meu lado.
– boa noite – o cara disse tentando ser simpático.
– e aí? – o Fê fez um toque com as mãos.
– sou promoter daqui e estava ajudando as gatinhas de vocês – ele piscou.
– valeu aí, mas elas não precisam de ajuda não – o Rapha disse bravo.
– calma aí Rapha – o Lucas falou pacifico – sou Lucas – ele estendeu a mão.
– sou Fábio – ele sorriu – quantos ingressos querem? 8?
– é – o Caio disse olhando de canto pro Lucas – mas vamos pra fila.
– e levar quase 1 hora pra entrar? – ele riu – que isso. Vocês vieram de outra cidade, pra que perder tempo em uma fila? – ele piscou e entrou na boate.
– vocês, hein?! – eu falei cruzando os braços.
– não vem dá uma de trouxa não Mabi, o cara ta secando vocês na maior cara de pau – o Rapha disse emburrado.
– eita nervosinho – eu o zoei.
– concordo com a Mabi, vocês estão estressadinhos hoje, hein?! – a Carol falou.
– realmente – a Karen deu o braço a torcer – ele continuou a oferecer ajuda mesmo quando dissemos que tínhamos namorado.
– pronto – o Fábio disse – oito ingressos, por conta da casa, vai – ele balançou os ombros.


 


Todos agradeceram e entramos.


– ta vendo – a Carol olhou feio pros meninos – ele também quer comer vocês, por isso deu–lhes ingressos grátis.


– foi mal. Erramos com o cara – o Fê revirou os olhos.


 


Achamos uma mesa e sentamos, mas aos poucos os casais foram se dissipando. Quando dei por mim, só havia eu e o Lucas na mesa. Ele puxou o baquinho e sentou bem ao meu lado.


– qual a pergunta que você iria me fazer no quarto? – ele disse no meu ouvido.


– ah... Eu iria perguntar por que mudou assim tão rápido.


– porque não quero te perder de novo.


– mereço mesmo isso? – perguntei confusa.


– a mudança não é só pra você. É pra mim também.


– se sente melhor desse jeito?


– me sinto mais confiante – ele deu de ombros.


– eu também – eu sorri – me sinto mais segura ao teu lado.


– e eu me sinto bem mais feliz – ele sorriu também.


 


O DJ mudou a música e começou a tocar “like a G6”. As meninas adoram aquela música e todas as músicas dos “The Cataracs”. Logo as vi correndo pra nossa mesa.


– vem, vem – elas me puxavam pela mão.


 


Fomos pra pista de dança e nos pusemos a dançar conforme a música que tocava. Tocou vários hits do momento e depois funk. A Carol nem gosta, né? Era a mais animada. Ela rebolava, mexia e descia até o chão. Claro que devia ter muita bebida no corpo dela, estava solta demais. Pela cara do Felipe na mesa, ele não estava muito satisfeito. Na parte VIP podíamos ver o Fábio. Ele observava a Carol com muita atenção.


– Carol, maneira aí – eu disse no ouvido dela.


– o que foi Mabi? To só dançando – ela disse.


– é que o Fê ta puto ali – apontei com a cabeça.


– por quê? – ela perguntou indignada.


– acho que por ele – indiquei a área VIP em cima.


 


Ela olhou pra cima e o Fábio sorriu.


– não to nem aí pra ele – ela deu de ombros – meu namorado ta ali e eu não to fazendo nada de errado.


– está certo – deixei pra lá e fui dançar perto da Karen.


 


Depois de uma hora e meia dançando, as meninas foram procurar seus namorados. Olhei pra mesa e o Lucas não estava lá. Fui até o bar, me sentei e pedi um Martini. Virei o banquinho de frente pra pista e fiquei apenas observando, olhando para todos os cantos. À minha esquerda percebi um grupo de três meninos que me olhavam. Os observei um pouco e percebi que um me encarava. Virei o banquinho de costa a eles a fim de demonstrar que eu não estaria interessada. Mesmo assim não adiantou, um deles veio até mim. Ele chegou por trás de mim e pôs a mão em meu ombro.


– oi – ele disse.


– oi – eu falei sem interesse.


– tudo bem?


– tudo – respondi sem nem perguntar “e você?”.


– você é da cidade?


– não, vim da cidade vizinha – falei olhando pra pista e avistei o Lucas do lado direito. Sorri pra ele que retribuiu.


– você está sozinha? – o cara perguntou.


– não.


– veio com quem?


– minhas amigas, os namorados delas, meu irmão... – falei olhando de novo pra onde o Lucas estava e ele havia sumido.


– procurando alguém gata? – ele olhou pra mesma direção que a minha.


– sim, estou procurando...


– até que fim amor – o Lucas chegou ao meu lado e me deu um beijo de língua na frente do garoto


– oi amor – eu disse após o beijo. A atitude dele me surpreendeu, mas confesso que adorei. Olhei pra ele sorrindo – estava te procurando.


– e aí, Lucas, prazer – ele me abraçou pro trás e esticou a mão pro garoto – namorado dela.


– ah oi Lucas... Eu só estava... – o garoto começou a falar atrapalhado.


– quase não acho o banheiro, grande aqui, né? – ele disse pro cara.


– é sim... Então eu vou indo. Prazer – sorriu sem graça e saiu.


 


O garoto voltou lá pros amigos que ficaram zoando ele. Eu e o Lucas rimos.


– é só eu me afastar que aparece urubu, né? – ele disse me olhando feio.


– não fiz nada – falei erguendo as mãos.


– fez sim, está linda – ele me deu um beijo no pescoço enquanto ainda estávamos abraçados.


– cadê o pessoal? – perguntei tentando disfarça o arrepio que me deu.


– o Caio está dançando com a Deb por ali, o Rapha estava pegando a Karen naquele escuro – ele apontou – e a Carol e o Felipe estão discutindo lá na mesa.


– discutindo? – perguntei assustada – o que houve?


– não entendi muito bem, mas parece que o Felipe ta dizendo que a Carol estava dançando pra se exibir pro tal promoter e eles brigaram, aí está cada um pra um lado enchendo a cara. Eu tentei fazer o Felipe parar de beber, mas ele ta irredutível.


– nossa... Felipe ta um saco, hein?! Quer ser dono da Carol – falei irritada – vou lá com eles... – falei me afastando dele.


– nada disso. Eles não são problemas seu – ele disse me segurando pela mão – esquece, vai. Vem aqui comigo – ele me puxou pro outro lado da pista.


 


Levou–me até o escuro onde o Rapha a Karen estavam antes. Era um canto em baixo da escada da área VIP. Realmente ninguém veria nada ali. Ele me encostou a parede e pôs as mãos em minha cintura. Seu rosto estava bem próximo ao meu.


– se você não quiser, pode parar, ok? – ele falou e eu concordei com a cabeça.


 


Naquele momento não me importava mais nada. Limites eu não tinha mais nenhum, ele poderia fazer o quisesse de mim que eu não ligava. Meu olhar se fixou em seus lábios e me senti hipnotizada pela sua boca rosada e seu sorriso encantador. Ele agarrou minha cintura com mais firmeza e me puxou para mais perto. Fechei os olhos, desejando que seus lábios tocassem os meus.


Assim que senti seu beijo, um fogo se espalhou em mim. Sem pensar muito, agarrei em sua nuca como se não quisesse que ele se afastasse mais. Sua língua dançava dentro de minha boca em um ritmo suave, me ocasionando sensações de excitação quando ela se encontrava com a minha. Tirei o seu boné e o pus em minha cabeça. Entrelacei os dedos nos seus cabelos, puxando sua cabeça para mais perto da minha. Aquele era um momento que eu não queria que acabasse nunca. Suas mãos subiam pelas minhas costas nuas pelo decote da blusa, fazendo–me arrepiar e depois desceram até meu quadril. Sua língua saiu da minha boca e contornou meus lábios, em seguida deu algumas mordidas e por fim leve chupadas em meu lábio inferior. Meu corpo já tinha entrado em curto circuito. Nunca havia experimentado sensações tão boas em apenas um beijo. Suas mãos saíram do meu quadril e escorregaram até meu bumbum. Ele o acariciou e depois puxou de encontro com a sua pelve. Já pude perceber sua excitação. Sorri entre o beijo com essa percepção e ele notou.


– não fui eu, foi você – ele disse terminando o beijo.


 


Enquanto mordia meu lábio inferior, ele me olhava nos olhos. Eu podia perceber a felicidade dele pelo seu olhar.


– você tem certeza do que você quer? – perguntei.


– é a única coisa que eu quero, você.


 


Sorri de orelha a orelha com a declaração que ele havia dado. Ele retribuiu ao sorriso e em seguida me beijou novamente. Entreguei–me outra vez àquele beijo delicioso. O Lucas poderia mudar suas atitudes, mas a pegada suave e o beijo doce não mudaram. Posteriormente sua língua quente entrou em contato com a pele fria do meu pescoço. Ele passava a língua devagar e dava leves beijinhos. Um calafrio subiu pelas minhas costas e cada parte do meu corpo tremia de excitação. Desci minhas mãos pela sua barriga e terminei segurando no cós da calça. O puxei pra junto de mim e ele emitiu um som abafado no final.


– não faz isso comigo – ele disse arfando enquanto mordia minha orelha.


– não to fazendo nada – falei rindo.


– enfim achei vocês – a Carol disse se metendo entre nossos corpos e nos separando.


– o que foi agora Carolina? – o Lucas falou revirando os olhos.


– Lucas vai dar um jeito no teu amigo vai – ela dizia enrolado e chorando.


– aconteceu alguma coisa Carol? – perguntei preocupada.


– esse idiota ta me dizendo coisas ridículas. Não quero ir com ele pra casa – ela gritou chorando e me abraçou.


 


Olhei pro Lucas que pôs uma mão na cabeça e respirou com impaciência. Eu também respirei fundo.


– paciência – eu sussurrei pra ele – vamos Carol – sai puxando–a pela mão parar irmos até a mesa – você não vem Lucas?


– espera aí – ele me puxou pela outra mão.


 


Virei para olhá–lo e pedi que a Carol fosse na frente.


– o que foi? – perguntei.


 


Ele olhou pra baixo, indicando a sua calça. Era evidente sua excitação. Olhei e ri.


– a Carol me paga, viu?! – ele falou rindo.


– deixa que eu te pago mais tarde – falei com malicia e pisquei pra ele – te espero daqui a pouco lá na mesa.


 


Cheguei lá e eles estavam brigando de novo. Conversei a Deb e ela me explicou o que tinha havido. Era mesmo o que o Lucas tinha me contado.


– vamos embora Mabi? – o Rapha falou com voz de decepção.


– vou chamar o Lucas.


– falando em Lucas, você ficou com ele amiga? – a Karen perguntou baixinho pra mim.


– é... Aconteceu, né?! – falei sem jeito – como você sabe?


– seus lábios estão vermelhos e tem marcas no seu pescoço – ela disse se divertindo.


 


Eu ri e me afastei. Fui até ele e falei no seu ouvido.


– tudo calmo ai por baixo?


– tranqüilo – ele sorriu.


– vamos então, porque a Carol ta chorando e o Fê ta estressado – falei puxando–o pela mão.


 


Ele não se mexeu. Quando olhei pra trás, ele me puxou pela cintura e deu–me um beijo no pescoço. Virei de frente a ele sorrindo, ele pôs as duas mãos em meu rosto e me beijou com muita doçura. Terminamos de testa colada sorrindo para o outro.


– melhor irmos, eles estão pra se matar – comentei.


 


Fomos andando até a mesa e a coisa havia piorado. Eles discutiam alto. Olhei pra Karen que fez cara de dó pra mim. Fomos até a Carol e a puxamos para o estacionamento. O Lucas foi dirigindo o carro e eu a Karen fomos no banco de trás com a Carol. O Fê foi com o Rapha, Caio e Deb. Chegamos ao hotel e subimos pro quarto deles. Os meninos saíram e ficou só eu e o Lucas com eles dois.


– e ai, qual foi? – perguntei brava.


– a Carolina que ficou se exibindo pra aquele promoter na minha cara – o Fê falou com dificuldade.


– eu Felipe? – ela berrou – eu só estava dançando como faço em todas as festas.


– você não dança daquele jeito não – ele balançou a cabeça negativamente.


– claro que danço Felipe. Não é Mabi?


– ah... Carol, você realmente estava um pouco fora dos limites – falei com receio – mas não vi você em momento algum se exibindo pra ninguém. Ouviu Felipe? – falei brava com ele.


– vai ficar defendendo ela Mabi? – ele disse boquiaberto com o que eu havia dito.


– vamos Mabi, eles estão de cabeça quente – o Lucas disse me segurando pela mão.


– é melhor mesmo – falei seca.


 


Nessa hora a Carol correu pro banheiro e vomitou. Olhei pro Lucas que revirou os olhos e respirou fundo. O Felipe se levantou pra ir atrás dela, mas ela o expulsou de lá. Entrei e fiquei segurando o seu cabelo. Depois ela foi cambaleando até o quarto e deitou na cama. O Felipe estava na poltrona só de short.


– vamos tomar um banho Carol – falei calma com ela – eu te ajudo, borá?


– não amiga, quero dormir, to tonta – ela estava deitada de conchinha com as mãos na barriga.


– mas o banho vai te ajudar, ta? – eu disse e ela concordou com a cabeça – vou tirar essa roupa e volto.


– tirar o que? – o Felipe falou me olhando – está quase sem roupa já – ele balançou a cabeça negativamente – e o Lucas ainda deixa... É muito frouxo mesmo.


 


Eu olhei feio pra ele e bufei. Olhei pro Lucas, que estava parado com as mãos nos bolsos e balançava a cabeça negativamente.


– deixa Mabi, ele está bêbado. Não adianta discutir – o Lucas falou.


– olha aqui Felipe – aproxime–me dele e lhe apontei o dedo – o Lucas não tem que deixar nada porque ele não manda na minha vida. Muito menos no que eu visto ou deixo de vestir. Se a Carol te dá liberdade pra isso, ela é uma boba. E o que você fez hoje foi ridículo. Você está menosprezando a sua namorada, vulgarizando–a. Ela apenas estava dançando conosco, tudo bem que estava mais solta, mas você sabe que ela já havia bebido no bar. Mas daí ficar falando que ela estava se insinuando pra outro cara? – fiz uma cara de nojo – é desrespeito demais.


 


Ele ficou me olhando um pouco abobado, acho que percebendo a idiotice que fez.


– Mabi, eu... – ele começou a dizer.


– não quero saber Felipe. Já estragou minha noite, não vai estragar o resto da madrugada não – o interrompi.


 


O Lucas olhou pro Felipe como se dissesse “está vendo?”. E saiu atrás de mim. A Carol havia dormido e eu não iria voltar para lhe dar banho. Entrei no quarto, calada. Eu estava muito puta com o Felipe. Tirei meu sapato e meu short, peguei uma toalha e fui para o banheiro. Tirei o resto da roupa e entrei na banheira. Encostei a cabeça, fechei os olhos e fiquei pensando no beijo do Lucas na boate. Ouvi a porta se abrindo, imaginei que fosse ele. Mas passaram alguns minutos e nada. Abri os olhos e ele estava sentado no pequeno balcão de mármore onde fica a pia, me olhando.


– oi – falei tranqüila.


– oi – ele sorriu.


– o que foi? – perguntei confusa. Não sabia por que ele me olhava.


– estou apenas a te observar – ele deu de ombros.


– por quê? – perguntei rindo.


– porque você é linda – ele sorriu e abaixou a cabeça, olhando para os dedos das mãos.


 


Eu sorri também.


– quer tomar banho? – perguntei.


– se você deixar – ele disse animado.


– não to falando disso – eu ri – to perguntando e você quer que eu saia pra você tomar banho.


– ahhhh – ele exclamou – achei que era um convite – ele sorriu e ficou me encarando.


– sorrindo desse jeito, poderia até ser – eu falei distraída.


 


Ele desceu da pia e tirou a blusa.


– ei, eu não deixei – falei fingindo estar brava.


– não to nem ai – ele falou rindo.


 


Tirou o short e entrou de cueca no lado oposto da banheira.


– abusado! – fiz bico – eu deveria te expulsar daqui.


 


Ele apenas riu. Pegou meu pé e pôs em cima do seu peito, me fazendo uma massagem em seguida. Assim que seus dedos amassaram delicadamente meu pé, senti uma sensação deliciosa.


– ainda quer que eu saia? – ele disse erguendo uma sobrancelha.


– não para... – falei em tom calmo.


 


Eu havia fechado meus olhos e encostado a cabeça na borda da banheira. Ele massageou um pé e sem seguida o outro. Depois que ele terminou, beijou a lateral do meu pé e foi subindo pelo tornozelo, panturrilha e assim foi indo até meu joelho. Eu apenas o observava sorrindo. Mordeu a parte interna da minha coxa que me fez arrepiar. Sua mão deslizou por dentro da minha coxa até minha virilha. Ele fez o mesmo com a outra e eu suspirei forte. Fechei os olhos por alguns segundos e quando abri, ele me olhava com cara de safado. Posteriormente sentou–se no mesmo lugar e me puxou pela mão. Fui ao encontro dele sentando–me em seu colo, com uma perna em cada lado seu. Pus as mãos em seu pescoço e ficamos apenas nos olhando.


– eu não acredito que estou aqui com você – eu disse sorrindo.


– por quê? – ele perguntou confuso.


– não esperava que fossemos ficar juntos novamente... Havia tanto empecilhos – eu disse balançando os ombros.


 


Ele pôs as duas mãos em minha nuca e me puxou pra mais perto.


– acho que isso é passado, né? – ele falou e eu concordei com a cabeça – acho que agora teremos que nos preocupar com outras coisas...


– outras coisas? – perguntei com cara de dúvidas.


– é... Por exemplo: onde vamos transar primeiro? Banheira, cama, poltrona...? – ele falava enquanto passava os lábios pelo meu rosto. Seu hálito quente me provocou sensações de estremecimento.


 


Eu ri do jeito safado dele, mas ele não ligou. Imediatamente me puxou para um beijo. Delicioso, por sinal. Do jeito que só ele sabe fazer. Calmo e doce, porém provocante. Ele desceu as mãos pelas minhas costas e parou em quadril, puxando–me para cima do seu pau, que já estava ereto.


– onde esse Lucas estava, hein?! – perguntei arfando após o beijo.


– escondido por vergonha de você me achar um safado – ele disse fazendo cara de coitado.


– então nem pense em se esconder de novo, viu?!


 


Pus o dedo indicador em cima de seus lábios e contornei–os. Quando completei a volta ele mordeu meu dedo e eu ri. Aproximei–me dele e o beijei deixando meu corpo cair sobre o dele. Após o beijo escorreguei para o seu lado e ficando deitada em seu peitoral enquanto ele acariciava meu braço. Fiquei passando os dedos na sua barriga por uns instantes e o percebi arrepiar. Desci os dedos até o cós da sua cueca e fiquei brincando de puxar e soltar. Ele me olhou com malicia e eu mordi o lábio inferior.


– acho que está na hora de ir pra cama, né?! – ele falou beijando o topo da minha testa.


– já quer dormir? – perguntei desanimada.


– falei ir pra cama, não necessariamente pra dormir – ele piscou pra mim.


– gostei – sorri e me levantei.


 


Puxei a toalha e sai da banheira pra me enxugar. Ele fez o mesmo. Saímos do banheiro juntos, abraçados. Ele apagou a luz e ligou os dois abajures que havia nas cabeceiras. O clima ficou mais romântico a meia luz. Deitei–me enrolada na toalha e ele fez o mesmo. Ficamos por baixo do edredom, um de frente pro outro, nos beijando. Nossas pernas estavam entrelaçadas e nossos corpos tão colados que podíamos nos aquecer. Tudo estava perfeito, nada podia estragar aquele momento. Bom, pelo menos era o que eu achava. Bateram na porta. Aliás, quase arrombaram.


– aí, de novo não – o Lucas reclamou.


– quem será? – eu disse jogando meu corpo na cama.


– você não vai lá abrir, né? – ele pediu com carinha de dó.


– vou...


– ah não amor, fica aqui – ele pediu me dando vários selinhos. Foi quase impossível sair dos braços dele, mas fui ver quem era depois de bateram mais forte na porta.


 


Abri a porta e a Carol já veio me abraçando.


– amiga, deixa eu dormir aqui? – ela pedia.


– calma Carol. O que foi? – perguntei olhando pro Lucas que estava deitado na cama revirando os olhos.


– não quero as desculpas do Felipe. Ele está enchendo meu saco – ela falava chorando.


 


Levei–a até a cama e a sentei lá.


– quer alguma coisa? – perguntei.


– dormir aqui – ela pediu novamente.


 


Olhei pro Lucas que estava de olhos fechados e respirava pesado. Eu entendia o lado dele, mas também não poderia deixar minha amiga sozinha. Após uns minutos o Felipe apareceu lá.


– o que foi agora Felipe? – o Lucas perguntou.


– ela não quer conversar comigo – ele dizia choroso.


– sai daqui Felipe – Carol gritou.


– Felipe, ela ainda ta bêbada. Deixa pra amanhã, ta? – sussurrei pra ele.


– então ta... Vamos amor? – ele a chamou.


– vou dormir aqui – ela respondeu.


– Mabi... Desculpa. Estraguei a noite de vocês, né? – o Fê falou e eu concordei com a cabeça.


 


Ele saiu do quarto e o Lucas fez um gesto pra eu ir lá pra fora. Fomos pro corredor, só de toalha, e fechamos a porta pra Carol não ouvir.


– poxa Mabi... – ele falou olhando pra baixo.


– ow Lu, a culpa não é minha – tentei me explicar – não fica chateado comigo, por favor.


– Mabi, a Carol só está bêbada. Um banho, água e cama resolveriam o problema. Ela não precisa dormir contigo. E eu durmo onde?


– com o Felipe – dei de ombros.


– nossa... – ele riu – ta certo... – ele se virou e saindo andando.


– Lucas – o chamei. Ele olhou pra mim – vai ficar chateado comigo?


– não Mabi. Só que em nenhuma briga que tivemos, atrapalhamos alguns dos três casais. E agora... – ele riu – parece até combinado. É brincadeira, viu?! – saiu andando.


 


Fui pro meu quarto e a Carol já havia dormido. Vesti uma calcinha e uma camisola e deitei ao seu lado. Acordei pela manhã e a Carol ainda dormia. Tomei banho, vesti–me e desci para o café da manhã. No restaurante do hotel estavam Rapha, Felipe e Lucas, sentados a uma mesa. Pareciam já ter terminado de comer. Havia umas meninas no balcão se servindo e não paravam de olhar pra mesa deles. Eles olhavam disfarçadamente pra meninas também e falavam entre si, rindo. Passei por eles sem nem olhá–los. Fiquei olhando as opções que tinham para o café e observando– as. Enquanto me servia, as ouvi cochichar sobre os meninos. Depois sentei na cadeira vaga na mesa deles.


– bom dia – o Lucas falou.


– bom dia – respondi séria.


 


Levantei–me novamente, pois havia me esquecido de pegar chocolate quente pra beber. Uma delas foi até mim.


– oi – ela disse sorrindo.


– oi – respondi sendo simpática, mas na verdade eu queria pular no pescoço da piriguete.


– então, você conhece aqueles três meninos né?


– conheço sim – falei olhando pra eles e sorrindo.


– você sabe se eles têm namorada?


– tem sim. Por quê?


– ah... – falou um tanto desapontada – É que quando chegamos, eles ficaram olhando – ela riu e eu sorri falso – mas qual deles que tem? – ela perguntou.


– os três.


– poxa, que pena... São tão gatinhos – ela disse fazendo cara triste.


– eu também acho – sorri falsamente – por isso eu namoro os três.


– você namora os três? – ela me olhou espantada.


– é que eles são tão ruins, sabe? – fiz uma careta – tanto de pegada, quanto na cama – pus o dedo indicador na boca como se pedisse segredo.


– ah sim... – ela fez cara de quem entendeu.


– um supre o outro, entende? – falei séria e ela só acenou com a cabeça.


– então deixa pra lá – ela deu de ombros e foi se sentar.


 


Peguei meu achocolatado e voltei pra mesa.


– ta tudo bem? – o Rapha perguntou olhando pros meninos.


– ta sim. Havia esquecido meu chocolate quente – eu disse sorrindo.


– e o que ela queria? – o Felipe perguntou.


– por quê? Está interessado é? – perguntei de imediato e de forma rude.


– calma – ele riu – só pra saber, porque elas não paravam de olhar pra cá.


– sei... – os olhei desconfiados – elas só queriam saber se o pão de queijo era bom – falei na cara de pau.


– pão de queijo? – o Rapha perguntou franzindo a sobrancelha.


– é – respondi sorrindo – por quê?


– é que acho que elas pensaram que ficamos interessados – o Lucas respondeu


– e estavam? – perguntei enquanto mordia meu pão de queijo.


– e você ainda pergunta Mabi – o Felipe disse fazendo careta – nós só olhamos porque aquela de azul está com um pedaço do vestido preso na calcinha.


 


Olhei pra mesa delas e era verdade. Um lado do vestido estava mais curto que o outro e mostrava uma parte no bumbum dela. Olhei pra eles séria, mas não agüentei e cai na risada. Eles riram comigo.


– achei que estivessem trocando as meninas por elas – eu disse fazendo bico.
– até parece, né Mabi?
– a coisa mais difícil que eu fiz na minha vida foi conquistar a Karen e vou perdê–la assim? – o Rapha falou.
– digo o mesmo... – o Fê falou – apesar de achar que a Carol não quer nem me ver – ele falou triste.
– eu preciso me explicar? – o Lucas falou sorrindo e os meninos nos olharam desconfiados, mas não falaram nada.
– dormiram bem? – Fê perguntou em seguida.
– sim, a Carol passou a noite toda falando. Acho que ela estava sonhando – eu ri – ela ficava pedindo desculpas do Felipe – revirei os olhos rindo.
– sério? Será que ela não ta com raiva? – ele perguntou esperançoso.
– sei lá, acho que não – respondi – mas e vocês dormiram bem?
– tirando a vez que o Felipe vomitou e eu tive que ir ajudar e a outra vez que ele me agarrou por trás, foi tudo bem – o Lucas disse sério.

Eu e o Rapha ficamos rindo deles.
– ah pow, to acostumado já a dormir com a Carol e de conchinha – o Fê se explicou.
– e eu pareço muito com a Carolina, né? – o Lucas falou bravo.


 



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): raquel_gomes

Este autor(a) escreve mais 2 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
Prévia do próximo capítulo

Logo em seguida a Carol desceu com a Karen. Cada uma sentou ao lado do namorado e tomaram café. Realmente a Carol não se lembrava de nada da noite anterior e o casal já estavam no maior Love. Por último chegou a Deb com o Caio e comeram também. Depois do café fomos dar uma volta no centro da cidade e almoçamos por lá me ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 60



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • sharonvondy60 Postado em 13/11/2013 - 07:05:01

    A web Ja acabou Mahri '-' . acho que ela vai respostar em Cilada, Vc vai voltar a acompanhar ?

  • sharonvondy60 Postado em 13/11/2013 - 07:02:03

    Awn Ameiii o FiNal muito Lindo me emocionei ate por tudo ter acabado bem T..T Saudades agora "-"

  • mahri Postado em 12/11/2013 - 14:42:25

    Ela começou a postar cilada,mas perdeu os capítulos aí começou essa web,só que ela ta demorando mt pra acabar

  • sharonvondy60 Postado em 12/11/2013 - 14:29:43

    Cilada . essa Web ta aqui No site ? Menina Vc Sumiu, Vc ta bem pelo menos ? #volta logo.

  • mahri Postado em 10/11/2013 - 02:09:59

    Ei tava lendo a web cilada,só que não consegui ver o final pq deletaram, tem como vc me dizer se a Bah e o Rick ficao juntos?

  • sharonvondy60 Postado em 08/11/2013 - 05:01:44

    Hum, Ta CompLicada a historia Hein : /

  • mahri Postado em 07/11/2013 - 23:48:15

    Nosso Amor e Ódio Eterno... Vício

  • sharonvondy60 Postado em 07/11/2013 - 12:48:11

    Mahri : Kkkk... eu to lendo pela 2 Vez. Realmente a primeira Vez deles Foi Awnn Perfeita ? verdade o liu e um best Mesmo. Quem diria que o mateus ficaria com a beth ? eu gostei . pensei que a paula ficasse com um dos irmaos da larissa . e Eu pensava que o lucio era drogado, mas ja desconfiava que ele lutava por ai mesmo tbb . Ahhh

  • mahri Postado em 06/11/2013 - 00:45:46

    Sharonvondy60: não eu não tenho webs. Eu já li pela 3 vez terminei hj,eu amo o cap da 1 vez deles;não tem como não se apaixona pela web e não amar o Lúcio,fiquei com pena do Alex em relação ao filho,mas ele mereceu. Adoro o Liu um super amigo ele eu tbm adorava as cantadas baratas do Martins kkkkkk

  • sharonvondy60 Postado em 05/11/2013 - 15:05:08

    mahri : Voce tem Webs ?


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.




Nossas redes sociais