Fanfic: Nem sempre o amor pode está certo. 1º Temporada e 2º Temporada | Tema: web novela

– ANDRÉ NARRANDO –

Depois do campeonato eu e os caras da equipe pegaríamos o vôo no sábado de madrugada mesmo. Todos os dias em que eu estive em São Paulo evitei ao máximo ficar no mesmo lugar que a Luana. Conversei com o Pablo e expliquei–lhe a situação. Eu não pretendia mesmo voltar a namorá–la, já havia lhe mandando inúmeros SMS em resposta aos que ele me mandava pedindo pra ver–me ou reatar nosso namoro. Por mim, tentaria ter uma convivência pacifica, mas era difícil pra ela e acabou se tornando pra mim. Então preferi ficar distante mesmo. Eu estava no aeroporto, na fila de embarque, quando escuto alguém chamando meu nome. Olhei pra trás e era a Luana. Respirei fundo e contei até três. Sai da fila e fui de encontro a ela.

– o que você está fazendo aqui? – perguntei.

– vim pra conversar com você.

– eu não tenho nada pra falar contigo Luana – disse irritado.

– calma André. Eu preciso falar contigo, me escuta, por favor – ela dizia chorosa.

– 5 minutos Luana. Você tem 5 minutos – falei impaciente.

– eu só quero pedir outra chance – ela tentou segurar na minha mão, mas eu puxei – eu te amo André, muito e sei que você me ama também.

– só que eu não quero voltar pra você. Entende isso Luana – eu falava em tom baixo, mas sentia–me gritar.

– mas você me ama André – as lágrimas em seu rosto começaram a cair.

– e daí? Isso não significa nada pra mim.

– mas pra mim significa. Eu quero ficar com você.

– e eu não quero – falei virando–me de costas pra ela.

Ela me puxou pelo braço e voltei a olhá–la.

– já que você não quer morar aqui, eu vou pra BH com você – ela disse sorrindo, mas as lágrimas corriam em sua face – se você não quiser morar junto comigo, eu vou pra outro lugar. Transfiro a faculdade pra lá.

– Luana, por favor...

– André para com isso.

– engraçado como agora você aceita ir pra lá, você transfere a faculdade, você está disponível... – eu ri – Porque há uns anos atrás isso tudo era um problema pra você.

– eu não achei que você estivesse falando sério...

– Luana para, não quero mais. Você está fazendo papel de boba.

– e você está sendo egoísta! – ela disse um pouco alto.

– egoísta? – eu ri – depois de todas as formas que você me tratou e de tudo que eu aceitei pra poder ficar ao teu lado, você diz que eu estou sendo egoísta? Faça-me rir Luana.

Um dos caras da minha equipe fez sinal pra eu voltar pra fila que já iríamos embarcar.

– preciso ir – eu disse – fica bem, tá?

– não vou ficar bem sem você – ela abaixou a cabeça e começou a chorar com mais intensidade.

– mas você vai superar.

– depois daquela noite, achei que as coisas fossem se acertar – ela disse enxugando as próprias lágrimas – O que deu errado?

– não deu nada errado Luana. Só percebi que você não é mais o que eu quero pra mim.

– e quem você quer? O Pablo me confirmou que você e aquela pirralha haviam terminado.

– a MABI – dei ênfase ao nome – e eu terminamos sim. E eu estou bem sozinho.

– poxa André... Eu terminei com o Pablo pra ficar com você.

– é a vida, né?! Você quis os dois e ficou sem nenhum – respondi seco, me afastando.

Voltei pra fila e após uns minutos olhei pra trás. Ela já não estava mais ali. Peguei meu celular e mandei uma mensagem pra Mabi sobre o campeonato. Depois de uns segundos ela me respondeu “Com o prêmio que você ganhou quem vai me pagar vários sorvetes é você. E parabéns, com certeza você mereceu. E pra mim não importa se é 1º, 2º ou 3º, você sempre vai ser o melhor (:”. Eu sorri pela resposta e iria mandar outra sobre a Luana, mas achei melhor falar pessoalmente. Era incrível como ela conseguia me fazer tão bem. Esperava que o Lucas não implicasse com a nossa amizade, se eles estivessem juntos.

[Duas semanas depois...]

– MABI NARRANDO –

Já entravamos em dezembro e agora que a comissão de formatura havia decidido tudo sobre a colação e a festa. Meu rolo com o Lucas estava indo super bem. É, rolo, porque ele não havia me pedido em namoro. Acho que ele tinha problemas mesmo com isso quanto a mim, mas preferi não me estressar. Já estava feliz em estar com ele. O namoro dos outros casais também estava as mil maravilhas. Na semana da formatura eu e as meninas saímos pra comprar nossos vestidos. A Karen não iria formar porque estava no segundo ano ainda, mas iria pra formatura com o Rapha. Fomos ao shopping atrás de vestidos e cada uma escolheu e experimentou vários até encontrar o perfeito.

Pagamos e fomos tomar sorvete na praça de alimentação.

– Mabi, como ta o namoro com o Lucas? – a Deb me perguntou.

– que namoro amiga? – falei fazendo bico.

– terminaram Mabi? – a Carol me olhou assustada.

– não Carol, mas ele não me pediu em namoro. Acho que só estamos ficando sério mesmo – dei de ombros.

– ah... – a Carol disse desapontada – porque será?

– não sei meninas, mas nem quero pressioná–lo, sabe? Quando fizer um ano de ficada, ai eu converso com ele – eu disse balançando os ombros e todas elas riram.

Na quarta-feira à tarde o André me ligou.

– Inicio da ligação –

– oi dé – atendi feliz pela ligação.

– oi princesa.

– já voltou? – perguntei sorrindo.

– voltei domingo. As lutas terminaram e à tarde mesmo foi a premiação.

– Ah é... Meu segundo lugar – falei rindo – como foi?

– meu é? – ele riu.

– to brincando seu bobo – falei.

– então, você ta com o Lucas? – ele perguntou mudando de assunto de repente.

– to sim. Por quê?

– enfim, né? – ele riu sem graça – é que eu to precisando conversar com alguém. Você pode ir tomar um sorvete comigo?

– claro. Venha daqui a 20 minutos.

– beleza então. Beijos.

– Fim da ligação –

Desliguei o celular e liguei pro Lucas. Eu iria avisar só pra ele não ficar chateado.

– Inicio da ligação –

– oi amor – ele atendeu.

– oi Lu.

– ta tudo bem?

– ta sim, só pra te avisar que vou sair com André, ta? – falei com cautela.

– sair com o André? – ele perguntou confuso.

– é amor, ele ta querendo conversar sobre uns problemas... – falei triste.

– então ta, né?! – ele disse desanimado.

– Lucas, ele é só meu amigo e ele precisa de mim, ta?

– tudo bem... É só um tiquinho de precaução – ele disse manhoso.

– precaução é? – eu ri – é ciúmes mesmo.

– tanto faz como se chama – falou desinteressado – esse André é perigoso.

– nada a ver. Não confia em mim não é?

– confio, claro.

– ótimo! – fingir estar brava – vou tomar banho. Beijos.

– cuide-se então. Beijos.

– Fim da ligação –

Desliguei e fui tomar banho. Coloquei um short jeans e um top tomara que caia branco. Calcei uma havaiana e esperei pelo André. Logo meu pai me chamou no meu quarto.

– minha filha, seu namorado está aí.

– meu namorado? – perguntei franzindo a testa.

– o André.

– ah – eu ri – nós não somos mais namorado pai. Apenas amigos.

– não?! – ele me olhou torto – rápido assim?

– pois é... – pisquei pra ele – vou dá uma saída – o beijei no rosto e desci.

Entrei no carro e ele sorria pra mim.

– eu estava com saudades – ele disse me abraçando imediatamente.

– calma dé – eu ri e o abracei também.

– senti sua falta – ele falou ligando o carro.

– eu também. Tenho novidades pra você – falei contente.

– eu também tenho, mas não são legais – ele me olhou de lado – senti falta de alguém pra desabafar.

– então sou toda ouvidos.

Ele me contou toda a confusão com a Luana no caminho pra sorveteria. Quando chegamos lá e ele terminou de falar, contei da surpresa do Lucas.

– nossa... – ele exclamou – o rapaz está apaixonado mesmo.

– pois é... Mas você acredita que ele não me pediu em namoro ainda?!

– ah, mas deve pedir Mabi. Calma – ele deu de ombros.

– não to preocupada – falei tentando fingir indiferença.

– claro que não... E essa ruguinha aqui? – ele apontou pra minha testa e eu fiz bico – que bico lindo – ele apertou minhas bochechas e eu ri.

– não to acreditando que você fez aquilo com a Luana – falei ainda sem digerir a história.

– mas é sério – ele respirou fundo – não sei... Não dava mais, sabe? O sentimento continua, mas não é o mesmo.

– eu entendo. Com o Bernardo foi assim.

– então você entende... – ele riu – um relacionamento não é só amor, têm outros fatores também.

– concordo. Nem sempre o amor está certo – falei rindo e ele riu também.

Terminamos o sorvete e ele foi me deixar em casa. Já passava das 18 h. Assim que paramos na frente de casa, ele me olhou e riu.

– o que foi? – perguntei.

– acredita que eu senti falta até de alguém pra eu gastar meu dinheiro com comida – ele disse ainda rindo.

– opa – eu ri também – precisando... Eu estou sempre aqui – dei um sorriso grande e ele riu.

– não sei por que uma pirralha tão chata me faz tão bem – ele disse me olhando nos olhos.

– por que eu sou especial – eu disse me gabando.

– pior que é – ele concordou franzindo a testa – e os treinos?

– só volto quando você voltar.

– segunda feira já tem aula – ele me olhou de canto.

– eu to lá então, senhor – bati continência a ele de brincadeira.

– vou te esperar... E vê se vai vestida descente, viu?!

– mas eu me visto descentemente – falei quase boquiaberta por conta da acusação.

– to percebendo – ele disse olhando pro meu short e depois pro meu top.

– ei! – eu gritei – para de me olhar – falei pondo as mãos pra me cobrir.

– ta avisada – ele disse sério – não me responsabilizo nem por mim e nem pelos meus alunos – ele disse se divertindo.

– seu sem vergonha – o acusei balançando a cabeça negativamente enquanto ele ria – preciso entrar.

Dei–lhe um beijo no rosto e desci do carro, mas antes que eu fechasse a porta ele me chamou.

– ah! Depois me deixa ver as fotos da formatura? – ele pediu.

– claro – disse sorrindo.

– quero ver como você vai ficar gostosa nesse tal vestido – ele disse rindo.

– seu besta!

– pelo o que você descreveu do vestido, vai ficar lindo em você.

– eu sempre fico linda – falei me gabando.

– ta se achando a última bolacha do pacote, hein?! – ele disse balançando a cabeça negativamente.

– eu sou a segunda, lembra? – pisquei pra ele e entrei.