Fanfic: Nem sempre o amor pode está certo. 1º Temporada e 2º Temporada | Tema: web novela

Ele ficou rindo e em seguida deu partida no carro e foi embora. Deixei minha bolsa no quarto e fui ao do Diego. Ele não estava. Fui ao do Felipe e ele também não estava. Voltei pro meu e liguei pra Carol.

– Início da ligação –

– oi marreco – ela atendeu.

– oi amiga. O Fê ta contigo?

– não, por quê?

– ah, nem o Fê e nem o Di estão aqui, achei que ele estava com você.

– será que eles saíram? Você não estava em casa não? – ela perguntou.

– acabei de chegar.

– de onde?

– eu tava com o André.

– hã? – ela perguntou assustada.

– saímos pra conversar. Ele está tão tristinho – falei em tom cabisbaixo.

– ow tadinho, por quê?

– ele deu um fora na Luana e disse que não quer mais saber dela.

– ai meu deus, uma perdição daquela sozinha... Dá até calor – ela disse séria e eu ri – amiga, isso não ta no viva voz não, né?

– não né Carol – falei rindo.

– mas então... O Lucas sabe que saíram?

– sabe. Ele chiou um pouco, mas está tranqüilo. Saímos apenas pra conversar, ele queria desabafar sobre os pais, o irmão e a Luana. Contar sobre a luta também.

– posso fazer uma pergunta em off?

– claro – respondi.

– é difícil resistir? – ela perguntou baixinho.

– sabe aquele teste de fidelidade? Então, hoje eu passei por um – falei baixinho também – parece que depois do campeonato, ele está mais gostoso ainda – ri no final e ela também – mas é só pra olhar. Eu amo o Lucas e não troco ele por ninguém.

– é amor mesmo amiga, porque entre o PV, o Bernardo e o André, o Lucas é mais feinho.

– para Carol! – eu gritei, mas ri – o Fê também não é lá essas coisas não.

– não cospe no prato que comeu.

– você também ta cuspindo. Já pegou o Lucas lembra? – falei zoando–a.

– cala a boca Mabi – ela disse rindo – me deixa desligar porque esse papo de você ter pego meu namorado e eu ter pego o seu, não ta me deixando legal.

– bobinha... – falei rindo – beijos.

– ei Mabi – ela chamou.

– oi.

– sua vaca, você também já pegou o namorado da Karen, né?

– e você pegou o da Débora. Vadia – falei rindo.

– é mesmo – ela disse triste.

– mas é muito abestada. Vou desligar, beijos.

– Fim da ligação –

Deitei na cama e peguei o notebook. Fiquei mexendo na internet quando ouvi vozes no corredor. Imaginei que o Felipe e o Diego haviam chegado. Terminei o que estava fazendo na internet e fui até o quarto dele. Assim que entrei, encontrei o Diego, o Lucas e o Rapha jogando vídeo game com o Felipe.

– onde é... – eu levei um susto e me calei – ah... Oi meninos – falei sem graça.

– oi – os três responderam menos o Lucas.

– oi amor. Não sabia que estava aí – ele me disse.

– acabei de chegar – respondi sorrindo.

– tava onde Mabi? – o Diego perguntou.

– tomando sorvete.

O Diego e o Felipe estavam sentados no chão com as costas escoradas na cama, o Rapha estava na cadeira do computador e o Lucas sentado na cama com as pernas dobradas em borboleta. Fui até a cama e sentei–me nela, perto dele.

– com as meninas? – o Rapha perguntou.

– não, com o André – respondi naturalmente.

Todos os três viraram–se pra mim com urgência e me encararam.

– o que foi? – perguntei achando estranho a situação.

– com o André? – o Felipe ergueu uma sobrancelha e olhou pro Lucas.

– eles são amigos – o Lucas falou com voz enjoada.

– hum... Eu acho que não teria essa calma toda – o Rapha disse.

– muito menos eu – o Felipe concordou.

– ow vocês. Dá pra parar de insinuar coisas. Só vão colocar minhoca na cabeça do Lucas – o Di disse bravo – se a Mabi está dizendo que eles são amigos, não tem porque o Lucas desconfiar.

– então ta, né?! – o Felipe falou ainda duvidando.

– vocês não confiam na namorada de vocês? Porque eu confio na minha – o Lucas disse e os meninos se calaram, engolindo a seco.

Eu sorri pra eles que viraram a cara. O Lucas me abraçou e ficamos só assistindo os meninos jogarem.

Na quinta à noite estava eu, Lucas, Fê, Rapha e Karen sentados na calçada de sempre. O Caio e a Deb haviam ido ao cinema e a Carol não pode vir pra cá. Falávamos com empolgação do baile. Os meninos queriam beber todas e nós dançar até de manhã, como sempre.

– Felipe me faz um favor? – o Lucas pediu – vê se não vai beber muito e dá vexame – ele falou em um tom engraçado e todos riram.

– ah e nem deixa Carol beber – eu pedi – estragou nossa noite, aquela crise na viagem.

– e pior que no outro dia eles nem se lembram de nada, só nós – a Karen disse rindo.

Continuamos conversando quando um carro se aproximou de nós e estacionou. Eu já conhecia o carro, sabia quem era. Bastava apenas saber o que essa pessoa queria. Ele desceu e andou até nós.

– e aí! – ele disse – boa noite – deu um sorriso.

– oi Pedro – falei.

– o que você quer PV? – o Lucas perguntou.

Todos olhavam pra ele, curioso. Ele tinha um envelope nas mãos.

– sexta feira vocês vazaram cedo e não tempo de entregar – ele esticou o envelope pra mim.

Levantei–me e fui até perto dele. Abri o envelope e tinham nove convites para uma festa.

– o que é isso? – perguntei.

– nossa turma estava organizando uma festa pra depois do baile da escola. Lembram? – ele olhou pro Rapha e pro Fê.

– eu já tinha esquecido – o Fê bateu com a mão na testa – conseguiram arrecadar o resto da grana?

– eu e o Leo completamos o que faltava – ele disse sorridente.

– afff – revirei os olhos.

– o que foi Mabi? – ele perguntou me olhando.

– dá pra parar de exibir o teu dinheiro Pedro? Isso me dá nojo – falei insinuando nojo.

Ele apenas deu um sorriso de canto. Eu dei uma olhada nos ingressos e reconheci o endereço.

– vai ser na tua casa? – perguntei espantada.

– vai sim – ele disse sorridente – o bom é que você já conhece todos os cômodos, né? – ele piscou.

– então, isso são os ingressos? – perguntei pra mudar de assunto.

– é. Tem nove aí. Era um pra cada aluno, mas eu trouxe dois a mais. Um pra ruivinha, porque o Rapha havia pedido e um pro namorado legal da Mabi – ele sorriu pro Lucas, que virou a cara.

– não estou mais com ele – falei revirando os olhos.

– hum... Que pena. Está solteira então? – ele perguntou com malicia.

– não começa Pedro – falei impaciente – eu dou o outro ingresso pro Diego, ok?

– tanto faz – ele disse sorrindo.

– valeu por trazer aqui – agradeci.

– de nada – ele sorriu – mas então, já que não está mais com o cara legal lá, poderia ir dormir lá em casa depois pra festa, né? – ele perguntou.

– Pedro deixa de ser idiota.

– porque não?

– porque eu to com o Lucas.

– estão namorando? – ele ergueu as sobrancelhas.

Olhei pro Lucas que não disse nada. Olhei pro Pedro novamente.

– já entregou os convites, então tchau – eu disse brava.

– ué, só perguntei isso por que vocês só vivem de rolo – o PV disse cinicamente.

– teu nariz já ta bom? Porque se tiver, eu posso quebrar outra coisa – o Lucas disse sorrindo cínico.

– Lucas! Para você também – eu disse olhando pra ele – tchau Pedro – dei ênfase ao “tchau”.

Voltei para ao lado do Lucas novamente e percebi que o Pedro me olhava. Antes de sentar olhei pra ele e fiz cara de tédio.

– ta olhando o que Pedro? – perguntei.

– continua gostosa, hein Mabi? – ele me disse olhando da cabeça aos pés.

– PV, eu to sendo muito paciente com você... – o Lucas disse se levantando e o segurei no braço.

– o PV, os ingressos estão entregues. Valeu – o Rapha se intrometeu.

– boa noite – o Fê falou.

– boa noite – o Pedro disse e se afastou sorrindo cinicamente.

Ele entrou no carro e dirigiu até onde estávamos. Desceu o vidro e pôs a cabeça pra fora.

– vai pra minha festa? – ele perguntou a mim.

– não – falei alto.

– poxa Mabi, vou ter mesmo que ir para aquele baile idiota da escola só pra ver o quão gostosa você vai ficar naquele vestidinho que te vi comprando no shopping?

O Lucas se levantou e puxou o PV pela gola da camisa na janela do carro.

– ei ow... – o PV reclamou.

– você ta de palhaçada com a minha cara? – o Lucas perguntou.

– Lucas, para – eu pedi, tirando as mãos dele da blusa do Pedro – se manda – falei pro Pedro – porque eu devia deixar o Lucas quebrar outra coisa tua.

Ele fechou o vidro e saiu arrancando com o carro. Eu revirei os olhos e o Lucas bufou.

– ainda me pede pra ter paciência com um cara desses Mabi? – o Lucas disse se sentando no banco.

– só não quero ver você brigando de novo Lucas – me sentei também.

– o Lucas, se acalma aí, ele faz só pra te provocar – o Rapha disse.

– é Lucas. Lá na escola ele nem fala com a Mabi. Isso foi só porque você está perto – a Karen disse.

Ele ficou olhando pra gente enquanto respirava pesado.

– eu não vou pra essa festa – ele disse.

– tudo bem, não vamos – eu concordei.

Ele me deu um selinho e depois ficou tudo bem.

No dia na formatura, eu e a meninas fomos ao salão fazer cabelo, unhas, maquiagem, sobrancelha, depilação. O de praxe. Eu estava super feliz porque minha mãe e o Rodolfo haviam vindo pra formatura. Eu passei a manhã com eles e à tarde fui com as meninas pro salão. Ficamos conversando enquanto esperávamos para terminar o penteado.

– estou tão feliz por vocês, mas tão triste porque ano que vem vou estar sozinha na escola – a Karen falou triste.

– ow amiga, não fica assim. Você conhecerá outras pessoas – eu disse a abraçando.

– mas não serão como vocês – ela disse chorosa.

– sempre estaremos juntas – a Carol se levantou e a abraçou também.

Todas sentaram e a Deb foi chamada pra terminar o penteado. Ficamos na sala de espera lendo revista enquanto aguardávamos. Após alguns minutos em silêncio a Karen nos chamou.

– tenho uma coisa pra falar – ela disse baixinho e eu e a Carol a olhamos – decidi fazer “aquilo” com o Rapha.

– sexo? – a Carol perguntou indiscretamente.

– é Carol! – ela sussurrou.

– sério? Que lindo – falei com os olhos brilhando. O Rapha ia ficar super feliz.

– é... Já tenho confiança suficiente nele e me sinto preparada – ela deu de ombros.

– aposto que você não está é agüentando mais – a Carol brincou.

– ai Carol, ela já está com vergonha e você ainda fica zoando – eu falei brava.

– ta – a Carol revirou os olhos – desculpa...

– sem problemas – a Karen disse sorrindo.

– e ele sabe da tua decisão? – perguntei.

– não. Eu pedi pra irmos pra um lugar legal pra passarmos a noite, disse que queria dormir com ele. E ele deve imaginar que é dormir mesmo, como na viagem que não fizemos nada, apenas dormimos agarradinhos – ela disse sorrindo.

– precisa de ajuda pra alguma coisa? – a Carol perguntou.

– não... – ela disse em dúvidas – acho que não.

– nem em posições e o que fazer? – a Carol insistiu.

– Carol! – falei – a Karen não precisa aprender o kama sutra na primeira vez dela.

As duas riram e mudamos de assunto em seguida. Em casa eu pus meu vestido e fiquei esperando meu pai e a Marta. Por cima da roupa pus um casaco porque estava um pouco frio lá fora. Sentei na sala e eles apareceram em seguida, junto com o Felipe. Fomos todos juntos e eu encontrei minha mãe e o Rodolfo lá no auditório. A organização da escola estava nos colocando por ordem alfabética para entrarmos, enquanto não iríamos pra fila, toda galera ficou conversando lá fora. O Lucas não havia chegado ainda. Um pouco antes de entramos eu tirei o casaco e deixei com minha mãe. Assim que voltei com pessoal, os meninos me olharam dos pés à cabeça.

– o que foi? – perguntei assustada.

– precisa ser tão curto? – o Fê perguntou.

– começou – revirei os olhos.

– que nada, ta linda Mabi – o Rapha disse.

– ta gostosa – o Caio falou rindo.

– obrigada Caiozito – eu dei um giro.

– eu vou contar pra Débora – o Felipe disse de mau humor.

– ta horrorosa! – o caio disse de imediato – sua indecente! – ele me falou sério e todos riram.

Assim que terminamos de rir a Deb e a Carol chegaram. Os meninos olharam-nas encantados.

– amor, você está linda – o Fê disse – mas também ta curto né? – ele olhou pras pernas.

– também te amo Fê – a Carol disse sorridente.

– e minha mulher ta parecendo uma princesa – o Caio disse beijando a Deb.

– que lindos – eu e a Carol falamos.

– a Karen também ta linda – o Rapha falou se gabando – ela ta lá dentro com meus pais – falou orgulhoso.

– gente, e o Lucas? – perguntei.

– não chegou – o Fê disse.

– onde ele está?

– deve ta se arrumando – o Caio deu de ombros.

– mas os pais dele sempre são pontuais... Estranho – falei pensativa.

Chamaram–nos para entrar. Quando sentamos nas cadeiras reservadas, percebi que os pais dele estavam sentados lá, mas ele não estava no auditório. Fiquei cismada com isso e quase nem prestei atenção no discurso do diretor. Assim que começaram a chamar os nomes pra entregar os diplomas, o Lucas chegou. Estava afobado. Sentou–se e apenas me deu um sorriso. Depois que terminou a colação encontramos a família e fomos pro baile da escola. Iria ser em uma casa de festas da cidade. Chegamos lá e sentamos a mesa reservada. Teve toda a cerimônia inicial, coquetéis sem álcool e depois o jantar. Só depois colocaram as músicas. As meninas eram as mais animadas. Puxaram–me pra dançar e fomos pra pista. Eu não estava tão empolgada por conta da ausência do Lucas, desde que saímos do auditório não havia o visto. Na pista encontrei os meninos. Fui em direção ao Felipe e o abracei querendo chorar.

– Fê, cadê o Lucas, hein?! – perguntei manhosa.

– ele já está vindo Mabi, se acalma – ele disse tranqüilo.

– como você sabe? – perguntei desconfiada.

– ele me ligou assim que chegamos. Disse que teve que passar em outro lugar antes.

– hum... – murmurei.

– vamos dançar? – o Rapha me puxou e ficamos dançando forró.

Além de não gostar do ritmo, eu não tinha clima pra dançar. Pedi licença pro Rapha e fui pra mesa. Antes passei na mesa dos pais do Lucas.

– boa noite – eu disse tentando ser simpática.

– oi querida. Você está linda – a mãe dele me disse.

– obrigada tia – eu sorri – então, a senhora sabe do Lucas?

– não minha filha. Ele está no carro dele. Disse que não viria conosco porque tinha umas coisas pra resolver com os amigos dele – ela deu de ombros.

– ah sim, obrigada – sorri e me afastei.

Fui pra mesa com meus pais bufando. Eles estavam em um bate papo animado, o que me deixou um pouco mais contente. Todos eles nunca tinham se dado tão bem. Estava meu pai com a Marta e minha mãe com o Rodolfo. O pai do Felipe não veio. Sentei e fiquei absorta em meus pensamentos. Após alguns minutos alguém se aproximou e me deu um beijo no ombro. Percebi que meus pais ficaram olhando. Pelo perfume eu já sabia que era o Lucas. Olhei pra trás e o vi.

– quer dançar? – ele esticou a mão pra mim, sorrindo.

Eu o olhei com semblante sério. Fiquei irritada pela cara de pau dele. Levantei–me e sai andando furiosa pela pista de dançar. Ele correu atrás de mim, esbarrando nas pessoas e me alcançou. Segurou–me pelo braço e virou–me de frente a ele.

– o que foi amor? – ele perguntou confuso.

– você some a noite toda, não liga, não avisa, não me explica nada, mente pros teus pais e quer que tudo esteja bem Lucas? 

– mas Mabi, eu fui...

– não quero saber Lucas – falei rude e sai andando.

Ele veio atrás, me parou ficando na minha frente, impedindo–me de andar. Paramos no meio da pista, no meio da galera, que dançava animada. Quase não escutávamos um ao outro. Eu vi os meninos se aproximando com as meninas. Elas também não entendiam nada.

– antes preciso dizer que você está muito linda – ele me olhou com os olhos brilhando – perfeita.

– perfeita... Perfeita... – resmunguei – estou quase pra borrar minha maquiagem por sua causa.

– porque amor? – ele disse se aproximando de mim.

– onde você estava Lucas? – perguntei quase gritando

Ele não respondeu, apenas tirou uma caixinha do bolso e pôs em minha frente. Fiquei olhando pra caixinha e depois olhei pra ele com cara de dúvidas.

– você não entendeu ainda? – ele perguntou no meu ouvido.

Eu apenas balancei os ombros como se dissesse “não sei”.

– você acredita que demoraram quase 15 dias pra fazer isso e só ficou pronto hoje? Fiz o cara abrir a joalheria à noite pra eu poder pegar, por isso me atrasei tanto – ele explicou.

– isso é... – eu apontei pra caixinha e ele sacudiu a cabeça concordando.

Antes que eu completasse a frase, pararam a música e a multidão se aproximou. Um silêncio se instalou no salão onde só podíamos ouvir cochichos. O Lucas então se ajoelhou na minha frente. Meus olhos encheram de lágrimas. As meninas se derretiam, menos a Carol que é uma insensível. E os meninos, claro, já deviam saber de tudo.

– se chorar eu não dou – ele disse brincando.

– seu leso – falei enxugando as lágrimas que caíram – é o que eu to pensando?

– não sei... Abre. Pode ser um carro, um Playstation, uma moto, uma TV de 42 polegadas... Há tantas possibilidades – ele balançou os ombros.

Eu ri e peguei a caixinha. Eram duas alianças prateadas. Lindas. Fiquei mais emocionada por que eu nunca havia usado aliança. Tive namoros longos, mas nenhum nunca foi tão romântico quanto o Lucas. Fiquei boba olhando–as. 

– quer namorar comigo? – ele perguntou quase que com dúvidas.

– hurum – eu murmurei balançando a cabeça e chorando – quer por agora? – perguntei olhando pras alianças.

– posso me levantar antes? Meu joelho está doendo – ele reclamou.

Eu o segurei pela gola da camisa social e o puxei. Ele se levantou já colando os lábios nos meus. Demos um beijo apaixonado enquanto todos no salão comentavam. A música voltou a tocar e fomos pra mesa. O pessoal veio todo junto.

– acho bom vocês não arrumarem outra namorada porque minha idéias românticas se esgotaram, ta? – o Lucas disse pros meninos.

– acho bom mesmo – a Carol bufou.

Meu pai ficou me olhando de mãos dadas com o Lucas, então eu tratei logo de oficializar tudo.

– pai – eu o chamei e ele me olhou – meu novo namorado – eu disse feliz.

– sério? – meu pai perguntou.

– claro pai – falei sorrindo e mostrando a aliança.

O Lucas ficou roxo de vergonha. Meu pai o cumprimentou e depois a minha mãe. A Marta nos olhou e sorriu.

– só tenham juízos, crianças – ela sorriu.

Eu e o Lucas ficamos constrangidos, pois com certeza ela se referia a situação em que ela nos pegou na sala lá de casa. Voltamos pra pista e dançamos até perto das 3 h da manhã. A Karen e o Rapha já haviam sumido. Eu e a Carol imaginamos onde eles estariam agora.