Fanfic: Nem sempre o amor pode está certo. 1º Temporada e 2º Temporada | Tema: web novela

Ela era sexy. Não precisava se esforçar pra isso. Sua imagem falava por si só. Com sua proximidade meu corpo pediu o dela. Eu não respondi a ela, apenas desci do banquinho com urgência, passei meus braços pela sua cintura e a beijei. Um beijo com selvageria. Seus lábios eram macios e com volúpia. Permanecemos naquele beijo até darmos conta que as coisas ficaram mais quentes.

– quer sair daqui? – perguntei entre o beijo.

Confesso que estava com medo da resposta. Fiquei com receio de ela me achar apressado demais.

– claro – ela sorriu insinuante.

Mandei uma mensagem pro JP que estaria indo embora, mas acho que ele havia me visto. Logo ele mandou uma mensagem de volta “gostosa pra caralho. Onde você achou tudo isso?”. Não respondi, apenas ri. Entramos no meu carro e saí dirigindo.

– pra onde você quer ir? – perguntei.

– pra um lugar mais calmo.

– eu não conheço nada por aqui – respondi por não saber o que falar.

– então eu vou te ensinar o caminho de um lugar bacana aqui por perto – ela piscou.

Dirigi até onde ela indicou e realmente era bacana. Uma praçinha linda. Praticamente deserta. Havia alguns casais andando pela calçada, mas eram poucos. A iluminação era escassa e o clima era fresco. Descemos e fomos caminhando pelas calçadas. No centro e aos arredores havia umas árvores. Ela encostou–se em uma e me puxou pela mão sugerindo que eu fosse para perto dela. Já fui com as mãos em sua cintura.  Agarrei–a e nossos lábios já se colaram. Gostava do atrevimento dela. Às vezes me fazia lembrar a Mabi. Quando meu pensamento mudou de foco por lembra–se do beijo da Mabi, imediatamente parei de beijar Suzana.

– o que foi? – ela perguntou.

– hã, nada. Vamos continuar? – perguntei sorrindo de canto.

– foi você que parou.

Empurrei seu corpo contra a árvore e o meu contra o dela. Nossos corpos estavam tão colados quanto o seu vestido em seu corpo, que pude sentir sua excitação através de seus seios com bicos rígidos. O que eu mais gostei nela, foi que não tinha frescura. Não era como as meninas da época de escola que ficavam regulando beijo, mão aqui, mão ali e principalmente, sexo. Ela pôs suas mãos em minhas costas e arranhava–me com destreza. Em pouco tempo naquele amasso, eu já estava excitado. O beijo e a pegada dela me excitavam e sua imagem e perfume me atraiam. Ficamos a noite toda, madrugada a dentro nos beijando daquele jeito. Mas talvez fosse cedo demais para ir a outro lugar bem mais reservado. Passeamos um pouco pela praça, sentamos no banco e conversamos. Ela era uma pessoa legal. Falamos algumas coisas sobre nossas vidas, mas digamos que o papo não foi muito interessante. Definitivamente eu me sentia atraído por ela, apenas atraído. Fui deixá–la em casa por volta das 5 h da manhã e ela se despediu com um excitante beijo. Deixou–me com vontade de quero mais. Mas não era apenas eu que queria, ela também pareceu gostar de mim, pois me deu o número do seu celular. Sai dali e fui praticamente voando para casa. Se eu não tinha sexo, algo me esperava. Um chuveiro com água bem gelada. Só assim pra apagar meu fogo.

No dia seguinte acordei tarde e fui até a cozinha. A Tati cozinhava. Aliás, ela já havia cozinhado. Fez lasanha. O cheiro estava muito bom.

– oi Tati – falei me sentando a mesa.

– oi Bernardo. Boa tarde – ela disse com o humor um pouco melhor.

Ela virou–se para a pia e começou a lavar louça. Levantei–me e fui até ela.

– deixa isso que eu lavo – falei parado ao seu lado.

– não precisa. Eu sujei, eu limpo – ela disse seca.

– justamente. Você fez o almoço, então eu lavo a louça.

– eu cozinho porque gosto Bernardo. Não pense que eu cozinho pra você – ela disse rindo.

– não? – perguntei com ironia.

– você pensava isso? – ela perguntou surpresa.

– claro que não Tati – falei revirando os olhos.

– ah ta – ela riu – sai daqui, vai. Eu lavo essa louça e você lava o que sujarmos agora.

– ta certo – me dei por vencido.

Sentei–me na mesa e fiquei observando. Reparei que estava mais magra do que quando chegou.

– ta fazendo dieta Tati?

– hã... – ela franziu a testa – não.

– está magra...

– eu sou magra, Bernardo – ela disse rindo – acho que você nunca reparou...

– estou dizendo que está mais magra do que quando chegou – falei interrompendo–a.

– como assim? – perguntou confusa.

– sei lá. Cintura mais fina, sem barriga, mas as pernas estão parecendo mais torneadas – falei observando–a por inteiro. Ela corou imediatamente.

– para de besteira – disse tímida – acho que deve ser por conta das caminhadas – ela deu de ombros.

– que caminhadas? – franzi a testa.

– eu to indo andando pra universidade – ela disse de forma natural.

– ta doida Tatiana? – falei surpreso. Quase gritando.

– o que tem demais Bernardo?

– andando? É longe pacas pow. De carro eu demoro a chegar lá.

– é um pouco. Levo quase 2 horas pra chegar – ela deu de ombros.

– porque não vai comigo? – perguntei – suas aulas são no mesmo bloco que o meu.

– não quero incomodar – ela disse timidamente.

– até parece que você incomoda né?! – revirei os olhos – somos amigos. Não somos?

– é.

Ela deu um sorriso leve enquanto enxugava as últimas louças. Levantei–me e fui ao lado dela.

– eu quero que sejamos amigos. Tudo bem? – falei olhando–a – o que você precisar, pode contar comigo, ta?

– ta. Se você quer assim – ela deu de ombros.

– então vamos juntos todos os dias. Certo?

– certo – ela disse encarando a pia.

Abracei–a de lado e beijei sua testa. Logo ela ficou envergonhada e afastou–se.

– a lasanha já ta pronta – pegou o refratário no forno e pôs na mesa.

– que bom – falei confuso com a reação dela.

Sentamos a mesa e comemos. A lasanha estava simplesmente deliciosa. Repeti três vezes.

– parece que você estava passando fome – ela comentou rindo.

– é que você cozinha muito bem.

– obrigada – ela sorriu de uma forma que eu nunca havia visto. Como se demonstrasse felicidade.

Fiquei observando seu sorriso. Era lindo. Tão lindo quanto o da Mabi. Ela continuou a me olhar e sorrir. Retribuí ao sorriso e ela abaixou o rosto, de forma tímida.

– porque você nunca namorou Tati? – perguntei curioso.

– namorar? Ah... – ela pareceu surpresa – sei lá – deu de ombros.

– nunca achou ninguém que merecesse?

– não é bem isso... Sei lá. Já me magoei muito com uma pessoa. Não quero mais sofrer daquele jeito.

– mas não é porque um cara te magoou que todos vão fazer isso.

– mesmo assim. Quando gosto de alguém, nunca dá certo.

– pode ser porque ele não é o certo pra você – falei sério – não acha? – ergui as sobrancelhas.

– eu só gosto das pessoas que não devo – ela me disse com semblante sério.

Ficamos em silêncio em torno de 4 minutos. Em meus pensamentos rondava a idéia de ela ter alguém. Talvez isso explicasse o fato de ela não gostar de ficar perto de mim. Se seriamos amigos, acho que eu poderia saber. Resolvi perguntar.

– e você gosta de alguém no momento?

– eu? – ela disse engasgando–se – porque perguntou isso? Hã, quer dizer, de onde você tirou isso, Bernardo? – ela falou confusa.

– sei lá – balancei os ombros – foi só uma pergunta. Não tem ninguém?

– ah, não. Não – ela disse sorrindo – não tenho ninguém.

Mais uma vez fiquei olhando pro seu sorriso. De alguma forma me enfeitiçava.

– é que você é tão linda – falei olhando–a feito um bobo – não sei como está sozinha.

– eu, hã, eu... – ela se levantou e começou a tirar as louças da mesa e por na pia – eu tenho que estudar.

– hã? – perguntei estranhando.

Ela começou a lavar a louça que eu disse que lavaria. Levantei–me também e fui até ela.

– eu disse que lavaria isso, lembra? – falei parando atrás dela.

– tudo bem, eu faço.

– nada disso. Eu lavo.

– porque você quer tanto lavar, hein?! – ela perguntou.

Pus meu braço por cima de seu ombro e puxei o prato de suas mãos. Ela virou–se de frente a mim e trombamos. Nossos corpos ficaram praticamente colados. Eu podia sentir sua respiração perto de mim. Olhei em seus olhos e não conseguia pensar em mais nada. Falei a primeira besteira que veio em minha cabeça.

– porque eu adoro lavar louça.

– adora? – ela perguntou franzindo a testa e depois sorriu novamente.

– não sorri assim pra mim – sussurrei totalmente hipnotizado pelo seu sorriso.

– por quê? – ela perguntou em tom confuso, mas com aquele insistente sorriso nos lábios.

Aproximei–me mais dela a fim de beijá–la. Não sei explicar exatamente o que aconteceu, mas algo em mim fazia desejá–la. Assim que cheguei perto de sua boca, ela afastou–se com rapidez e correu para o seu quarto. Ouvi apenas a porta trancando.

Sentei–me a mesa, confuso e fiquei pensando porque ela fugirá. Talvez não gostasse de mim, ou não queria se envolver com ninguém mesmo. Meus pensamentos fugiram ao tocar da campainha. Corri para atender e era o Fred.