Fanfic: Nem sempre o amor pode está certo. 1º Temporada e 2º Temporada | Tema: web novela

Acordei mais cedo que o costume. Preparei café, fiz pão torrado com geléia, queijo, requeijão, suco de laranja, frutas... Enfim, preparei uma mesa repleta pra Tati. Ela acordou logo em seguida e foi para a cozinha de camisola. Esfregava os olhos ainda quando entrou. Parou ao ver a mesa e ficou me olhando.

– quem vem pro café? – ela perguntou.

– fiz pra você – falei sorrindo.

– nossa Bernardo, eu não como tanto assim – ela disse ao se sentar.

– ah, sei lá – dei de ombros – só queria te mostrar que eu me importo com você.

– me entupindo de comida? – ela disse com ironia.

– não foi essa minha intenção – eu ri.

Ela se serviu e começou a comer. Tomamos o café todo em silêncio. Eu buscava coragem dentro de mim para falar com ela, mas eu nunca achava que seria o momento certo. Depois que terminamos, ela lavou a louça, como de costume. Esperei encostando a porta da cozinha.

– o que foi Bernardo? – ela perguntou olhando pra trás.

– eu queria falar com você – eu disse.

– fala – ela voltou a virar–se para a pia.

– mas não dá pra ser assim.

– então como?

– ah, termina aí e passa aqui no meu quarto – falei apreensivo.

Ela virou para mim e me repreendeu com o olhar.

– por favor Tati. É importante – pedi.

– ok. Já vou lá.

Entrei no meu quarto e fiquei andando de um lado pro outro. Pensei em várias formas de falar, mas nada me vinha à cabeça. Poucos minutos depois ela bateu na porta e entrou.

– fala – ela disse entrando.

– senta ai – falei batendo para o meu lado na cama.

Ela sentou–se ao lado da cabeceira e eu me levantei. Eu estava nervoso e inquieto. Não conseguia escolher as palavras.

– fala Bernardo – ela pediu.

– então Tati. Sabe o que é? – fiz uma pausa – eu to gostando de uma garota...

– Suzana – ela sussurrou.

– não...

– vadia! – ela me interrompeu falando alto.

Levantou–se imediatamente e empurrou meu celular sobre meu peito.

– cafajeste! – disse com a voz fraca e saiu do quarto batendo a porta.

Fiquei sem entender o que tinha acontecido, até olhar meu celular. Havia outra mensagem da Suzana. De ontem ainda. “Meu irmão não vai estar em casa amanhã. Poderíamos ter outro dia delicioso como aquele”. Bufei quando vi a mensagem.

– puta que pariu! – exclamei.

Abri a porta e fui pro quarto da Tati. Bati na porta inúmeras vezes e ela não abria. Chamei seu nome e pedi que ela me ouvisse, mas foi em vão. Voltei pro meu quarto muito puto e me joguei na cama. Eu era muito burro. Muito! Não podia tirar a razão da Tatiana, mas também não podia culpar a Suzana. Ela não sabe de nada. Deitei na cama e tentei dormir. Consegui tirar um cochilo até depois do horário do almoço. Esquentei qualquer comida que havia na geladeira e voltei pro quarto. Deitei de novo pra dormir mais. Queria o dia passasse logo. Depois de rolar por vários minutos, meu celular tocou. Era o Fred.

– futebol na praçinha em 10 minutos – ele disse assim que atendi.

– to a fim não – falei.

– o que foi? – ele perguntou com tom de voz preocupado.

– briguei com a Tati, por causa da Suzana.

– puta merda, Bernardo! Quando você vai resolver essa situação, hein?!

– pois é Fred, não consigo resolver – falei cabisbaixo.

– uma bolinha vai te distrair. Vamos – ele disse.

– ok. Vou me trocar.

Levantei, pus um short, camisa, meia e tênis e desci. Fiquei jogando bola com o pessoal até escurecer. Voltamos pro apartamento em torno das 19 h. Entramos no elevador e eu e o Fred éramos os últimos a descer. O Fred morava no andar acima e o resto do pessoal era no debaixo. Assim que entrei na sala de casa, me deparei com um garoto sentado no sofá.

– oi – falei franzindo a testa.

– oi – ele sorriu.

– você, quem é?

– você é o irmão da Tatiana, né?! – ele disse.

– hã... Não. Você é...

– Beto – ele deu um sorriso – eu estava com ela na boate ontem quando você chegou.

– ah sim – falei me lembrando – e ta fazendo o que aqui? Esqueceu alguma coisa? – perguntei irritado.

– vim buscar a Tati. Ela me deu o celular dela ontem pra combinarmos de sair.

Sai dali sem nem escutar o que mais ele iria falar. Entrei no quarto dela sem nem bater. Ela estava arrumada. Linda. Super cheirosa. Quando abri a boca, ela me interrompeu.

– leve a chave porque eu não vou dormir em casa – ela disse parando em minha frente – ah, acabei de lembrar que você também não – disse de forma irônica e saiu do quarto.

Ouvi quando a porta da sala se fechou. Eu não acreditava no que havia visto. Aquela não era a Tatiana que eu conhecia. Fiquei bolado com a idéia de ela dormir fora de casa. Fui pro meu quarto e logo a Suzana me ligou.

– oi – falei sem interesse.

– oi Bernardo. Recebeu minha mensagem?

– sim. Mas não to me sentindo muito bem hoje. Vamos deixar pra outro dia?

– ah Bê... Estou com saudades – ela disse manhosa, me deixando todo arrepiado.

– poxa Suzana, é que amanhã é segunda feira e tem aula...

– tudo bem então... – ela disse e desligou em seguida.

Eu não havia entendido qual a dela. A Suzana não era o tipo de garota que recebe um não. Fui até a cozinha comer alguma coisa. Fiz misto e comi com coca–cola. Depois vi uns 15 minutos de televisão quando percebi que eu precisava de um banho. Antes de eu entrar no banheiro, o Fred me mandou um SMS. “to indo aí”. Mesmo assim entrei no banho. Fiquei de molho embaixo do chuveiro por longos minutos. Ouvi a campainha tocar, mas nem liguei. Tocou novamente de forma insistente. Mandei o Fred pra puta que pariu, mentalmente, enrolei–me na toalha e fui até lá. Só podia ser o zoando desse animal. Ele e o JP sempre faziam isso. Quando abri a porta, me deparei com a Suzana. Ela vestia um micro vestido, super colado no corpo e um salto alto.

– cheguei na hora do banho – ela disse com a voz sensual – que delicia.

Imediatamente um volume subiu por debaixo da minha toalha. Eu não conseguia tirar os olhos dela. Estava mais gostosa do que qualquer uma das vezes em que eu a vi. O elevador se abriu e o Fred apareceu. Ele ficou parado olhando–a, boquiaberto. Olhei pra ele, mas ele se quer me viu.

– você não vai me convidar pra entrar? – ela perguntou.

– claro – eu disse despertando de suas curvas – me desculpa – sorri sem graça.

Olhei pro Fred e ele havia entrado no elevador. Mas logo ele saiu, deu mais uma olhada pra Suzana e entrou de novo. Fechei a porta e ela ficou olhando o apto.

– eu disse que era pequeno – falei sem jeito.

– eu não me importo – ela deu de ombro e se virou de frente a mim.

Mordeu só a ponta do dedo e ficou me olhando. Depois pôs o dedo em meus lábios e foi descendo pelo meu pescoço, tórax, barriga, até chegar à minha toalha.

– tem alguém em casa? – ela perguntou.

– não.

Ela segurou na barra da toalha e a puxou.

– então acho que preciso de um banho – ela disse provocante e foi entrando no meu quarto.

Fiquei pelado em pleno corredor do meu apto. Corri atrás dela, que já havia tirado o vestido e estava apenas de calcinha. Digamos que vê–la naquele estado e resistir, não seria uma coisa tão justa. Acho que a única pessoa que faria isso seria o Lucas. Fui até a Suzana e a agarrei com urgência, beijando–a. Ela segurou em meu cabelo e fomos andando para o meu banheiro. Tirei sua calcinha com rapidez e entramos embaixo do chuveiro. Minhas mãos percorreram todo o corpo dela e minha boca explorou cada centímetro da sua. Beijei seu pescoço, seios e barriga. Ela me puxou com brutalidade e me encostou a parede do banheiro. Sua boca foi imediatamente para meu pescoço. Ela dava fortes chupadas, que com certeza deixaria marcas. Mas quem se importava com isso agora? Eu que não seria, estava bom demais. Agarrei em sua cintura enquanto ela passava seus lábios em meu pescoço. Logo depois desci minhas mãos para seu bumbum e os apertei com vontade. Ela foi beijando meu tórax, depois a barriga, até chegar ao meu pau. Toda vez que eu achava que a Suzana não podia ser melhor, eu me surpreendia mais. Perfeito era pouco para dizer sobre o sexo oral que ela fez. Segurei–me o maior tempo possível, mas logo gozei. Terminamos o banho normalmente e fomos pro quarto. Deitamo–nos e ficamos conversando.

– cadê tua amiguinha? Saiu? – ela perguntou enquanto brincava com meu cabelo.

– é – falei seco.

– hum... Ela não vai se chatear por eu estar aqui?

– tanto faz – respondi com indiferença.

– sei... Você havia me dito que não queria me trazer aqui por achar que ela ficaria desconfortável...

– ah Suzana – falei impaciente – vamos deixar esse assunto pra lá?

– tudo bem – ela deu de ombros – é impressão minha ou você está chateado com algo?

– ah, tem umas coisas aí me irritando, mas é coisa minha.

– não quer conversar?

– não – falei de forma rude.

– hum, tudo bem – ela disse um pouco chateada.

– desculpa – falei quando percebi como a tratei – não queria ser grosso... Mas é coisa só minha, ta?

– não tem nada a ver comigo? – ela perguntou erguendo as sobrancelhas.

– não, não... – menti.

– então ta, vamos aproveitar que estamos juntos – Suzana falou deitando–se por cima de mim.

Imediatamente ela me beijou e ficamos nos pegando mais um pouco até as coisas esquentarem. Beijei seus seios e lhe fiz sexo oral rápido. Ela fez o mesmo em mim e me pôs a camisinha. Sentou–se no meu pau e se movimentou de forma sensual. Suzana era o que qualquer homem precisava na cama. Enquanto transávamos eu me perguntava por que não conseguia me apaixonar por ela. Todos os meus problemas se resolveriam se eu gostasse da Suzana e não da Tati. Mas sempre era assim. Eu gostava da mais complicada. Como aconteceu com a Mel e a Mabi. Trocamos de posição mais algumas vezes e logo eu fiquei por cima da Suzana. Todo e qualquer pensamento saiu de minha cabeça quando a olhei. Ela me olhava com malicia. Seus olhos claros brilhavam e sua boca rosada me convidava para ir além. Imediatamente beijei–lhe, aumentando o ritmo dos meus movimentos. Automaticamente ela passou a gemer mais alto, o que foi me dando mais tesão. Passei a beijar seu pescoço, ouvindo seu gemido próximo ao meu ouvido. Quando senti seu orgasmo, de imediato tive o meu. Beijei–a por mais uns segundos e cai ao seu lado arfando. Descansamos um pouco, tomamos um banho e fomos comer.

Assim que Tatiana saiu do apartamento Beto, ela já sentia uma ponta de arrependimento. Não sabia bem porque havia beijado o garoto na noite anterior, muito menos porque havia aceitado sair com ele hoje. Aliás, sabia sim, estava bêbada. Mas hoje só saiu com ele para fazer raiva a Bernardo. O garoto dirigiu até uma lanchonete onde iriam comer pizza. Desceram e sentaram–se em uma mesa. Conversaram um pouco sobre o que faziam, onde estudavam, o que estudavam, de onde eram, idade, gostos musicais e outros assuntos padrões. Pediram a pizza, comeram e saíram dali.

– você quer pra onde? – ele perguntou enquanto dirigia.

– se você não se importa, gostaria de ir pra casa. Não estou me sentindo muito bem – Tati disse com uma cara péssima.

– ah... Tudo bem – o rapaz disse decepcionado.

Ele dirigiu até o apto de Tati e parou na frente ao prédio. Os dois desceram e ele a segurou pelo braço.

– então, podemos sair na semana que vem? – ele perguntou.

– ah, não sei. Se eu não tiver nada pra estudar... Eu te ligo, ta? – ela disse fazendo careta.

– certo – ele disse sem graça percebendo que ela não estava a fim.

Deram–lhe dois beijos no rosto e Tatiana entrou no prédio. Como havia dito para Bernardo que passaria a noite fora, não queria dar a entender para o rapaz que sua noite havia sido um fracasso. O que de fato havia sido. Dirigiu–se para o apartamento das meninas. Tocou a campainha e Liane atendeu.

– oi Tati – ela sorriu – vai sair? – perguntou ao olhar a garota arrumada.

– na verdade eu já estou voltando – ela disse sem graça – posso dormir aqui hoje?

– hã, claro. Mas o que houve? – Liane perguntou dando passagem para Tati adentrar a casa.

Foram direto para o quarto que ela dividia com Raquel. Ela estava deitada assistindo televisão.

– o que foi Tati? – Raquel perguntou imediatamente quando a menina entrou.

– sabe aquele cara que ficou dando em cima de mim na boate ontem? – Tatiana disse jogando–se na cama.

– sei – ambas concordaram.

– então... Ele me ligou chamando pra sair ontem à tarde. Eu estava irritada porque vi uma mensagem daquela tal Suzana no celular do Bernardo e de raiva aceitei sair com o cara.

– não acredito que você fez isso Tati – Liane dizia inconformada – que besteira.

– continua – pediu Raquel.

– e aí que o encontro foi um fracasso. Não gostei dele e ele percebeu – ela falava chateada, os olhos estavam cheios de lágrimas – pedi pra ele vim me deixar em casa, mas não posso subir porque não quero que o Bernardo saiba que foi tudo ruim.

– ai Tati, deixa de besteira! – Liane disse.

– besteira nada Li. Fica quieta – Raquel disse abraçando a amiga – o Bernardo também tem que se tocar que essa Suzana não presta pra ele. Ele ficou com ciúmes quando te viu com o carinha?

– hurum – Tati disse querendo chorar – ele ficou indignado – ela deu um meio sorriso – mas essa hora deve estar se divertindo na cama com a Suzana.

As amigas conversaram por mais uma hora e depois foram dormir.

[...]