Fanfic: Em Nome Da Verdade Portiñon (FINALIZADA) | Tema: RBD

O sol vinha forte, aqueçendo as calçadas e as ruas tornando o centro da cidade uma verdadeira estufa. Não havia sequer uma brisa. Passava da uma da tarde e Anahí já olhava para seu relógio no pulso esquerdo pela décima vez, estava extremamente atrazada para a reunião.
Demorara muito na escolha de seu trage para aquele que seria um dia muito especial para ela. Mais naquele momento arrependia-se de ter optado por uma saia tão justa, preta até os joelhos, que dificultava em seu tragéto. No entanto estava aliviada por estar usando uma camisa de tecido leve e na cor bége. O toc toc dos saltos pela calçada é que a irritava terrívelmente.

Caminhando agora a passos largos, a duas quadras do prédio onde trabalhava. Já arrependia-se de ter descido do taxi, em um engarrafamento a dez minutos atrás:
-Droga!- Esbravejou em voz alta consigo mesma.- Chegarei linda, toda suada na reunião.

Anahí Portillo Herrera era uma conceituada advogada. Formada a oito anos em uma das melhores Universidades de direito do mundo, ela era hoje uma das mais competentes advogadas do país . Apesar da idade, 28 anos.
Seu sussesso profissional foi instantaneo assim que se formou. Devido a seu estágio em no melhor escritório de advocacia da cidade, assim que teve o diploma nas mãos, já encaminhava-se para o alto escalão dos advogados.
Seguia a carreira dos pais, dos tios e dos primos. Todos eram advogados. Mais apenas Anahí estava a um passo de realizar o sonho que toda a família havia tido sem conseguir alcançá-lo.

Mesmo sendo uma profissional muito dedicada e empenhada em seus casos, pois jamais perdera um caso desde que começou a exerçer a profissão, ela ainda era uma esposa dedicada. Casada a 5 anos com Alfonso Herrera, 30 anos, também advogado.
Anahí considerava-se uma mulher realizada e feliz. Faltava apenas duas coisas: Tornar-se sócia da empresa e ter um filho.

As portas da sala principal de reuniões foram abertas repentinamente, interrompendo o discurso de Marcos Borges, o presidente da empresa. Era um senhor de meia idade, muito alto, loiro e olhos gélidos. Seu semblante era pesado pareçia sempre irritado, de mal humor.

Os outros componentes da extensa mesa imediatamente a olharam, alguns com ar de reprovação e outros contendo o riso.
-Vejo que a principal interessada nesta reunião resolveu apareçer!-Disse ele em explicito tom de cinismo.
-Desculpe sr...
-Sente-se sra Anahí, não percamos tempo,afinal, temos que trabalhar.

Imediatamente, ela se dirigiu a cadeira que estava reserva a ela.
Estava constrangida. Sentia o suor brotar em seu rosto, tentava controlar a respiração descompassada enquanto ouvia Marcos continuar seu discurso.
Ela não conseguia se concentrar no que ele dizia. So pensava no estado deplorável em que se encontrava. Cabelos loiros soltos totalmente em desalinho. Alguns fios colados ao rosto. Já podia sentir a maquiagem derretendo em seu rosto. Não houve tempo sequer de dar uma passada pelo banheiro. Estava mais de vinte minutos atrasada.

Mais então Anahí ouviu algo que a tirou de seus pensamentos. Marcos falava a seu respeito agora:
-...E pensando em inovar, em renovar na verdade essa que se tornou a maior e melhor "Indústria de Advogados do país" , convido vcs a darem boas vindas a nossa mais jovem acionista. -E voltando-se para mim ele concluiu:- Sra Anahí Portillo Herrera.

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-Um brinde a mulher maravilha da Empresa, Anahí!-Disse Alfonso, levantando a taça de champagne, gesto que foi repetido pelos familiares e amigos de Anahí que comunham a imensa mesa de jantar na residência dos Herrera.
Anahí ainda não podia acreditar em tudo o que havia aconteçido naquele dia, apesar do contra-tempo da reunião daquela manhã, o resto do dia havia sido tudo como ela sempre havia sonhado desde sua formatura.

Todos estavam felizes, compartilhando com ela toda aquela felicidade. Principalmente Sabrina, sua irmã mais jovem que também era sua melhor amiga. Ela havia sido a primeira a saber de sua promoção e obtido a função de espalhar a notícia aos demais familiares.

Mais tarde....

Já haviam feito amor pela segunda vez, quanto Alfonso deixou o corpo de Anahí e foi até banheiro animadamente. Adorava fazer amor com ela, sabia que ela não era muito de sexo, mais quando algo a deixava muito satisfeita no trabalho, ela demonstrava isto na cama e Alfonso, também chamado por alguns de Poncho, sentia-se muito satisfeito e feliz nesses momentos:
-Querida, amanhã quero que compareça ao fórum a tarde, ok! Quero que veja minha atuação, vou condenar aquele idiota e quero que esteja presente. - Ele falava alto do cômodo onde estava para se fazer ouvir.
-Claro que irei querido. Amanhã meu dia será dedicado a você. Só a noite estudarei um caso importante e...
-Vai ver como aquele sujeito tem cara de culpado, sabe, mais não é apenas isto eu tenho todas as provas para enquadrá-lo e...- Alfonso era um bom marido, mais tinha o habito de não dar ouvidos a mulher. Raramente Any era realmente ouvida por ele, mais já estava acostumada a isto. Ao menos ele a tratava bem.
Ele ainda falava e ela aos poucos foi deixando-se embalar pelas palavras que ficavam cada vez mais longe e acabou dormindo.

Assim que os primeiros raios de sol surgiram em seu quarto, Anahí abriu os olhos esticando preguiçosamente o corpo ainda nu. Perçebeu que Poncho já havia saído.
Então ela levantou-se animadamente e partiu para a execução de seu ritual matinal. Vestir roupas de física, prender os cabelos, tomar um suco de laranja e correr no parque ecológico do bairro, que ficava a uma quadra de sua casa.
Aquela manhã estava particularmente linda, ela não cansava de repetir a si mesma todo o instante a seguinte frase: "Sou sócia, sou sócia, sou sócia". Isso fazia com que um lindo sorriso se estampasse em seu rosto.

Passou toda a manhã descansando, das emoções do dia anterior. Então a tarde dirigiu-se ao fórum. Alfonso estava tão agitado que ao menos havia se lembrado de que convidá-la para amoçar, mais a isto ela também estava acostumada.

Ela havia chegado cedo, a audiência de Alfonso começaria em meia hora. Então ela resolvel circular por ali, local que também fazia parte de sua vida. Então, um rosto conheçido lhe chamou a atenção no corredor:
-Maite!-Chamou ela à mulher morena que caminhava rapidamente, ela voltou-se com uma expressão irritada no olhar. Imediatamente Anahí se arrependeu de te-la chamado.
-Oi.-Foi o que ela disse, simplesmente.
-Algo errado amiga?-Perguntou, percebendo a tensão da outra. Maite era uma de suas melhores amigas da faculdade. Jamais haviam perdido contato.

Ela então parou em frente a Any com os braços cheios de documentos pastas e livros nas mãos.:
-Acabei de perder um caso.-Disse ela tristememte.
-Poxa Mai. Que pena. - Anahí nunca sabia o que dizer num momento desses, pois ainda não sabia qual era a sensação que se sentia num momento desses, e nem queria saber.
-Aquela...aquela idiota! Deus, como fui estúpida em aceitar este caso!- Ela agora estava visívelmente irritada.
-Acalme-se Mai, venha, sente-se aqui e me conte o que houve.

Após alguns minutos de conversa Anahí soube que Maite havia aceito um caso muito complicado de uma mulher acusada de homicídio. Ela fazia sua defesa, mais já era a sugunda vez que seu caso era julgado e ela havia sido condenada:
-Da primeira vez foi o dr Orestes que a defendeu. E assim como eu perdeu é claro.
-Mais por que está tão irritada com essa moça?
-Porque ela praticamente confessou o crime. É como se ela passasse todo o processo empenhada em sair dessa situação, ajudando nas investigações por mais provas. Mais quando estamos nos encaminhando pro final, ela simplesmente só faz atrapalhar, e no julgamento então! Deus, eu não sei o que essa Dulce tem na cabeça.
-Mais como assim?
-O Orestes já havia me altertado. Ela fez a mesma coisa com ele. Parece uma...armadilha, pra levar o nome do advogado de defesa pra lama!
-Imagina Mai, essa moça foi condenada a 20 anos e já esta a...3 anos não é isto? Ela não...
-Está dizendo que foi incompetência minha, ou do Orestes?-Disse ela elevando a voz.

-Não Mai imagina! É que...
-Quer saber de uma coisa Any, me deixa em paz! Você sempre foi assim, sempre se achando a melhor. Faça o seguinte, pegue este caso...e ganhe!
-Olha Maite, não pode descarregar em mim suas frustrações profissionais. Não sou a juíza, ok!- Agora ela conseguia irritar Anahí que neste momento já não sentia mais pena da amiga.
-Realmente Any, onde estou com a cabeça. Casos complicados não são pro seu bico. Com você ficam apenas os casos ganhos. É bom pra imagem da empresa que você trabalha!-Então antes que Any pudesse elaborar uma resposta, ela saiu.
No entanto ela deixou uma pasta sobre o banco. Ela sentou-se novamente e a pegou.
Era um dossiê. Dossiê de Dulce María Saviñón .