Fanfic: Em Nome Da Verdade Portiñon (FINALIZADA) | Tema: RBD
Encontrou Marcos na sala do diretor João Pedro, falavam sobre Dulce e seu comportamento nesses três anos no presídio:
- Ela é uma mulher enigmática. Sempre observando em silêncio. As outras a procuram sempre. É a mais popular eu diria, talvez por ser tão bonita. Mais o fato é que quando ela está de bom humor, agrada até mesmo a mim. É doce, sabe conversar. Mais a maioria das vezes, Deus do céu, ela é o cão!
Anahí ficou na porta ouvindo, então falou:
- Ela voltou pra cela agora?
- Acho que foi para o banho de sol. Está na hora.
- Bem, não temos mais nada o que fazer aqui Anahí. Acho melhor voltarmos quando ela estiver um "doce". - Disse Marcos num tom de cinismo irritante.
- Pode ir Dr. Ainda vou insistir um pouco mais com ela.
- Faça como achar melhor. Até mais tarde.
Anahí esperou que Marcos deixasse a sala e então se aproximou do Diretor:
- Será que posso visitar a cela onde ela fica?
- Mais ela não está lá agora Doutora
- Sei disso. Quero ver apenas, quem sabe eu não encontre uma luz para este caso.
Ela caminhou por um corredor, onde havia várias e várias celas, dentro delas havia beliches, roupas penduradas em varais improvisados, era uma bagunça. E para sua surpresa a cela de Dulce era a mais organizada. As duas camas beliche estavam organizadas. As roupas penduradas, mais o varal eram paralelos à parede, não estava desleixado:
- Onde ela dorme? - Perguntou Any curiosa.
- Na cama de cima. Em baixo é a detenta Joana.
- Por que Joana está aqui? Qual o crime?
- Prostituição.
Anahí ficou em silêncio, queria não pensar, mais seu subconsciente a levou a imaginar se Joana seria bonita e atraente. "Por que quero saber isso?" Perguntou-se intimamente.
Anahí subiu até a cama de Dulce, e por mais que tentasse era impossível não sentir seu cheiro naquele lençol desbotado. Ela não entendia o motivo de tantas sensações diferentes desde que conhecera sua `cliente`.
Então algo lhe chamou a atenção.
Haviam fotos coladas na parede ao lado de seu travesseiro. Fotos de uma criança, na primeira havia um bebê, em seguida o mesmo bebê uma pouco maior e na última, com mais ou menos três anos.
Anahí supôs ser a mesma criança pelos traços marcantes, os olhos bonitos, os cabelos e o sorriso cativante, que formavam covinhas adoráveis na bochecha rosada.
- Quem é esta criança?
-Não sei. - Disse o diretor
O carcereiro, que estava acompanhando Anahí e o Diretor apressou-se em dizer:
- É o sobrinho dela. Ela ama este menino. Venera essas fotos.
Anahí deixou a cela intrigada com aquela foto. Provavelmente era o filho de Valmir, que constava no dossiê do processo. Onde dizia que ele havia deixado um filho de apenas três anos.
Ela precisava falar com Dulce novamente. E o mais rápido possível.
Acompanhou o Diretor João Pedro até o pátio. Ficou parada do lado de fora.
O pátio era todo cercado de tela. Lá havia quadras de esportes onde algumas garotas jogavam basquete, outras conversavam. E algumas faziam musculação, em aparelhos improvisados, e ali estava Dulce, deitada sobre uma base de madeira levantando peso, ao lado dela havia algumas mulheres conversando com ela, ela apenas acenava com a cabeça. De onde estava Dulce não podia ver Any então o Diretor falou:
- Quer que eu a chame?
- Não. Deixe-a terminar seus exercícios. Não vou atrapalhar
- Mas eu não posso ficar aqui Dra. Tenho muito trabalho e...
- Tudo bem. Posso ficar aqui, sem a sua presença, sem problemas.
- Mandarei um guarda ficar aqui com você. Por garantia.
- Obrigada Diretor.
Quando ele saiu, Anahí pode observar mais atentamente a mulher logo adiante fazendo musculação. Dulce agora tinha os cabelos presos num rabo de cavalo. Usava o mesmo uniforme azul, que parecia estar todo molhado de suor.
Então Any começou a caminhar lentamente paralela a tela, sem tirar os olhos de Dulce. Algo nela a hipnotizava.
Agora nesta área as detentas já podiam vê-la, e muitas delas começaram a olhá-la assoviavam e faziam brincadeiras. Anahí usava um tahier preto, e por baixo usava uma camisa branca. Os cabelos estavam presos, não se sentia atraente, mais os olhares de muitas mulheres a fez sentir-se nua. Então ela parou repentinamente, ao perceber que Dulce vinha em sua direção.
Parou bem a sua frente, apenas a tela as separava.
Olhou-se por alguns instantes antes de Anahí dizer quebrando o silêncio:
- Posso falar com você um minuto? - Perguntou um pouco excitante, via as veias no pescoço de Dulce pulsando descompassado, o uniforme suado colado no corpo definido dela devido aos exercícios que fazia antes.
- Onde está seu guarda-costas? - Perguntou Dulce provocando bem ao seu estilo.
- Não diga bobagens Dulce, ele só queria ajudar você. Olha, vamos parar com as brigas e...
- Senti saudades de você Any. - Disse Dulce repentinamente olhando nos olhos claros de Anahí.
Ela desviou o olhar imediatamente, temendo entregar-se, admitir que também sentira muito a falta dela.
- Olhe pra mim. Por favor - Anahí obedeceu.
- Senti muito a sua falta. - Elas se olhavam de uma forma tão intensa que Anahí temia respirar e quebrar a magia daquele momento.
- Dulce eu... Eu não posso eu... eu estou trabalhando, pare de...
- Não estou fazendo nada, estou apenas querendo que saiba, o quanto senti sua falta.
Então Dulce colocou uma das mãos na tela, fazendo seus dedos atravessarem as fendas da mesma. Suplicou:
- Toque-me Any. Deixe-me sentir sua pele.
- Está louca isto sim. Não farei isto.
- Toque meus dedos, é só isto o que eu quero, por favor. - Sua voz era um sussurro.
Anahí olhava para aqueles olhos suplicantes, que agora não eram sombra dos que antes ameaçavam a ela e a seu chefe.
Dulce estava toda suada, a roupa colada ao corpo. Any fechou os olhos na tentativa de não imaginar o corpo de Dulce sob aquelas roupas.
“Pare com isto Anahí Portillo, você não gosta de mulher!".
Mas ao abrir os olhos percebeu que sua mão já estava espalmada na tela, e seus dedos entrelaçavam os dedos dela.
Desesperada Anahí olhou ao redor temendo que algum guarda surpreendesse o ato de carinho duvidoso da advogada.
Mas mesmo este temor não a deixou tirar a mão dali, as pontas dos dedos se tocavam numa carícia que causava arrepios por todo o corpo de Any. O que não era difícil de acreditar que ocorresse o mesmo com Dul.
E ficaram por alguns segundos intermináveis naquele toque limitado, porém cheio de emoções, emoções estas que a advogada agora queria muito decifrar.
Autor(a): Miaagron
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Anahí gostaria muito de saber qual seria o poder de Dulce. Que poder era aquele que a fazia agir como uma criança obediente, e emoções de uma menina descobrindo o primeiro amor. Quase uma adolescente. A magia daquele toque durou apenas alguns segundos mais Any jamais se esqueceria dos olhos de Dulce nos seus, o magnetismo daqueles olhares, o enca ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 23
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tryciarg89 Postado em 11/08/2024 - 09:12:07
Ameiii essa fic,muito linda
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raphaportiñon Postado em 03/04/2021 - 09:23:52
Uau... Que perfeição de web. Curtinha e tão bem escrita... Sensacional ver meu Portiñon ser conduzido assim numa história tão envolvente. Tô apaixonada aqui a cada capítulo. Por favor, escreva mais Portiñon pq vc tem o dom. Maravilhoso!!
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maralopes Postado em 05/06/2014 - 15:28:26
amei a web e sim perfeição define tudo bjaum
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vverg Postado em 15/01/2014 - 23:28:49
Meus parabéns!!!!!! Li e adorei a fic... =)
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Valesca Postado em 14/11/2013 - 18:00:54
fic perfeita parabéns
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maanualves Postado em 14/11/2013 - 00:02:24
Eu sou Vondy, mas comecei a ler a web sem prestar atenção que era Portiñon e gostei muito da história, muito bem escrita, a escritora está de parabéns! Adorei :D
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angelr Postado em 12/11/2013 - 16:20:47
Ai perfeita continue postando estou ansiosa para os proximos acontecimentos
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Valesca Postado em 12/11/2013 - 15:26:13
posta mais curiosa
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maanualves Postado em 12/11/2013 - 11:29:29
Posta mais, amando, muito bem bolada essa web *-*
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Valesca Postado em 08/11/2013 - 00:47:55
Posta sua web é a melhor que já li posta mais