Fanfic: Em Nome Da Verdade Portiñon (FINALIZADA) | Tema: RBD

Anahí gostaria muito de saber qual seria o poder de Dulce. Que poder era aquele que a fazia agir como uma criança obediente, e emoções de uma menina descobrindo o primeiro amor. Quase uma adolescente.

A magia daquele toque durou apenas alguns segundos mais Any jamais se esqueceria dos olhos de Dulce nos seus, o magnetismo daqueles olhares, o encanto, que só foi quebrado no momento em que Dulce tirou a mão, percebendo que um guarda se aproximava por trás de Any.

Só aí a advogada voltou a si. No entanto demorou algum tempo para lembrar-se do motivo que a trouxera ao pátio do presídio.

Ficaram a detenta e o guarda a observarem à loira.

Até que ela falou:
-Ok... ok Dulce. Preciso falar com você sobre seu sobrinho.

Imediatamente os olhos doces e expressivos de Dulce, tornaram-se sombrios e ameaçadores:
-O que quer saber sobre ele?

- É filho de seu cunhado assassinado? O menino das fotos em sua cela? - Anahí tentou ignorar a repentina transformação de Dul, agindo naturalmente.

- É sim e daí? Esteve bisbilhotando minha cela Dra. ? - Perguntou Dulce mostrando-se muito irritada.
- Sim. Se você não colabora comigo, tenho que usar meus meios. - Agora Any era novamente a advogada petulante: - Ele vive com sua irmã não é?
- Fico me perguntando quantos outros "meios" você já usou comigo... Ou quanto ainda pretende usar. - Dul encarava Any de forma desafiadora.

Já Anahí sentiu-se acuada com o comentário, pois o guarda estava praticamente ao lado delas, podia ouvir tudo o que diziam.

- Não vou perder mais tempo aqui. Vou falar com sua irmã.

Any deu as costas a Dul e afastou-se. Porém podia sentir o olhar de Dulce ainda, então a ouviu dizer:
- Dra, não faça nada do que possa se arrepender, ok. - Any limitou-se a levantar a mão acenando um tchau, sem ao menos voltar-se a olhar Dulce.

Como dito Anahí procurou a irmã de Dulce, como advogada a loira não deixava barato.


Lara Espinosa atendeu a porta estranhando a mulher loira muito bem vestida a sua frente.


Era meio dia e Any pode perceber que chegara bem no momento em que a mulher preparava o almoço. Ela não era uma mulher feia, cabelos castanhos claros longos, que agora estavam presos num rabo de cavalo bem no alto da cabeça, olhos castanhos amendoados, tinha um corpo normal, mais aparentava ter bem mais do que 20 anos.


No momento em que Anahí se apresentou, ela demonstrou nítida impaciência:
- Advogada de defesa da Dulce? Não acredito que irão torturar novamente minha irmã e toda a família!?- Any ouviu o comentário da outra em silêncio, esta então fez sinal para que Any entrasse.

Era um pequeno apartamento num bairro próximo ao centro. Era pequeno mais muito organizado, assim como o da mãe de Lara. Any havia resolvido que falaria com Lara apenas após ter esclarecido todas as suas dúvidas com Dulce, mais devido as dificuldades em obter informações tanto com ela quanto com todo o resto da família, resolvera antecipar a conversa:

- Sei que esta não é uma situação nada agradável para você Sra...
- Me chame de Lara sim. Não me faça parecer uma idosa. - Ela era impaciente, enquanto Any se sentava no sofá azul marinho da sala, Lara foi apressada para a cozinha:

- Deixe-me tirar a carne do forno, já volto.

Any em silêncio ficou observando o ambiente, e então um estrondo vindo do quarto seguido de choro de criança, a assustaram.

Any levantou-se imediatamente, e viu Lara correr para o quarto de onde vinha o choro.

Ela quis seguir a mulher, preocupada, mais estacou ao ouvir voz masculina vinda do quarto:

- Eu avisei a ele, disse para que parasse de me chatear com aquele brinquedo idiota! -Ele parecia muito irritado, Anahí percebeu sussurros logo em seguida, e pode perceber que era Lara, comunicando a ele que tinham visita.

Situação nada agradável...

Anahí continuou onde estava atenta a tudo, o choro da criança imediatamente cessou, e logo surgiu o dono da voz. Um homem muito alto, usando terno e gravata, moreno. Não era bonito mais tinha boa aparência, no entanto assim que Any o olhou nos olhos pode perceber a frieza dele, e a cinta em sua cintura mal colocada denunciava o que havia acabado de acontecer:

- É a advogada da irmã da minha noiva? - Perguntou ele vindo em sua direção estendendo-lhe a mão, tentando disfarçar a irritação.

- Sou sim. Dra Anahí.

Any não viu o menino, Lara demorou a voltar pra sala, e quando o fez estava ainda mais irritada do que antes. Any foi breve com a mulher, o choro do menino não lhe saía da cabeça. Ela ficava se perguntando, o que teria feito ele de tão grave para merecer ter apanhado.
Não pode concentrar-se no que Lara dizia mais ela havia dito, basicamente tudo o que Any já havia lido em seu depoimento e o que Dulce e sua mãe haviam dito.

Ao final Any apenas agradeceu e deixou a casa.