Fanfic: Em Nome Da Verdade Portiñon (FINALIZADA) | Tema: RBD

Já de olhos fechados, Dulce puxou Anahí pra cima, já que esta ainda permanecia na posição de joelhos, Any tocou sua face com ternura...

Testas coladas, olhos fechados, mãos agora entrelaçadas... Momento marcante para ambas, mas que tinha que ser interrompido....


O guarda bate a porta avisando que o tempo da `conversa` estava terminando, e que Dulce teria que voltar pra sua cela.

- E agora? - Perguntou Dulce abrindo os olhos e encarando Anahí.
- Eu tenho que ir. O seu julgamento é daqui a duas semanas eu tenho muita coisa pra investigar. - Seu semblante foi ficando triste, sabia que Dulce poderia ter outra `crise` e pensar que ela esta tentando se aproveitar da situação.
- Você está me ouvindo Dulce?

Enquanto Any falava Dulce já estava se vestindo. Apenas balançou a cabeça afirmando que estava escutando.

Anahí se aproximou dela, e a tocou na cintura falando próximo ao seu ouvido:

- Quero te tirar daqui. Quem sabe a gente...
- A gente o que Doutora? Você vai voltar pro seu maridinho. E eu? Eu não vou sair daqui. - Any ignorou aquele jeito rude de Dulce e continuou a dizer:
- Eu farei de tudo pra te tirar daqui. Mesmo sem a sua vontade.
- É melhor você se arrumar, porque eu já estou saindo.

Anahí então se vestiu. Enquanto Dulce apenas olhava para o vazio.

Any sentia que Dul gostava dela, mas que não se permitia gostar. Medo talvez. Medo este que Any também tinha. E como tinha. Mas não queria, nem iria pensar nisto agora.

Passou por Dulce, chamou o guarda, e antes que ele abrisse a porta, deu um selinho roubado em sua cliente e disse:

- Vou conseguir.

E saiu, passando pelo guarda o mais rápido que pode. Seus olhos lacrimejavam. A insegurança estava tomando conta dela, mas ela seria forte o bastante para conseguir.

Enquanto isso, o guarda segurava o braço de Dulce a guiando até sua cela. Esta apenas sorriu timidamente, ao lembrar que Anahí esteve em sua cela.

Anahí seguiu para casa. Era sábado. Iria ler novamente o processo de Dulce, estudar o caso, mesmo que fosse preciso virar a noite, encontraria uma saída para este mistério.

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Dulce sentou na sua cama. Pegou a foto do menino que tanto gostava. Apertou contra o peito e chorou. Chorou como há tempos não fazia. Encolheu-se no cochão. A imagem de Anahí não lhe saia da cabeça.

Enxugou lágrimas teimosas, e cheirou seu uniforme, adormecendo logo em seguida.

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Any viu que o carro de Poncho não estava na garagem. Agradeceu por isso. Entrou em casa, tirou os sapatos, subiu as escadas lentamente. O dia mal não havia começado e as emoções já foram avassaladoras. A fome estava começando a bater, afinal a caminho do restaurante em que ia almoçar desviou o caminho para o presídio. Tomou um banho rápido. De blusa de alcinha branca e short amarelo, desceu secando os cabelos ate a cozinha.

Any comeu um sanduíche rápido. Pegou um copo de suco e foi até o escritório de sua casa. Sentou-se na cadeira giratória e abriu seu arquivo no computador. Sempre tinha o hábito de ter tudo em casa. No caso de urgência, seria bem útil.

Bebia seu suco devagar, enquanto lia atenciosamente o processo de Dulce Maria. Estava começando a ligar pontos que antes eram insignificantes. Talvez as coisas não fossem tão difíceis. Ela só tinha que entender onde o tal menino da foto se encaixava nisto tudo.

Mais algumas horas se passaram, e Any continuava a ler e pensar, e repensar o processo. Até que seu celular tocou. Ela atendeu rapidamente estranhando o número.

- O que??????? Eu não acredito! - disse completamente surpresa.

- Eu estou tentando entrar em contato com a família dela Dra. Anahí, mas nenhum dos telefones que temos foi útil.
- Eu... Eu vou pra aí. Onde ela está? - dizia aflita
- Ela está no hospital da cidade, próximo ao centro. Temos pronto-socorro aqui, mas como o estado dela parecia grave preferimos levá-la ao hospital do centro.
- Eu não acredito nisso. Estou indo para lá. Vou avisar a família, nem que tenha que ir até a casa deles.
- Obrigada Dra. Anahí! Quando chegar ao hospital, procure um de meus homens. O Carlos, ele vai lhe ajudar, avisarei da sua chegada.

Anahí nem se despediu, largou tudo que tinha em mãos e seguiu para o quarto trocar de roupa.

Quando já estava entrando no carro, por causa da pressa esqueceu-se de pegar os telefones da família de Dulce, voltou praticamente correndo ao escritório, imprimiu uma página com os telefones e endereços, fez tudo praticamente voando.

Não queria perder nenhum minuto precioso. Mas ela precisava de ajuda. Com seu marido não poderia contar. Mas quem? Quem poderia ajudá-la?

Claro!

Christopher!

Foi isto que fez, enquanto tirava o carro da garagem, estava no celular ligando para Ucker, este demorou em atender. Mas quando atendeu foi rápido e entendeu todas as instruções passadas por Anahí. Ele era eficiente. E isto ela não poderia negar. Mesmo estando fora do horário de serviço. Ucker se prontificou a ajudar sua chefa.

Enquanto Anahí dirigia até o centro da cidade. Ucker ligava para os familiares de Dulce.

Ucker não quis comentar nada, mas já estava notando um interesse por parte da advogada em sua cliente. Mas como funcionário discreto, não se manifestava.

Anahí estacionou o carro próximo ao hospital, seguiu o resto do percurso a pé. Estava nervosa. Não sabia direito o que tinha acontecido com Dulce. Pelo que entendeu uma das presas a havia ferido.

Mas por qual motivo? Pelo que tinha podido observar, Dulce era respeitada entre as detentas. Era mais um lado que podia ter haver com o caso misterioso de Dul. E se fosse Anahí descobrirá.

Mas não agora. Esta pensava apenas em como poderia estar Dulce.

Entrando no hospital, Any foi direto a recepção disse seu nome, e a mulher lhe disse onde encontrar Carlos, o policial que a iria ajudar.

Foi andando devagar, vendo várias pessoas na fila de espera, em estados lamentáveis. Afinal era um hospital público, atendimento deixava a desejar.

Avistou o policial, apresentou-se:

- Oi, sou Doutora Anahí, cuido do caso de Dulce Maria. - apertando a mão dele
- Olá, o Diretor Pedro me avisou sobre você, venha sente-se preciso te informar de como tudo aconteceu.
- Mas antes pode me dizer como ela está? - sentando-se junto a Carlos
- Eu só sei que ela não está nada bem.

- Como assim nada bem?
- A detenta que a feriu se chamava Sara, não sei muita coisa sobre ela, se elas já haviam tido alguma intriga, acho que a Dra vai ter que descobrir isto sem a minha ajuda agora. Mas sobre o estado da Dulce, ela foi ferida na barriga, perdeu muito sangue.

A expressão de Anahí era séria. Não queria transparecer a dor que estava sentindo. Queria chorar. Sim chorar. Ela o que ela mais queria. Não queria pensar em nada apenas chorar. Mas não poderia fazer isto ali, na frente do policial. Segurou-se. Conteve suas emoções.

Ucker ligara para avisar que a mãe e a irmã de Dulce, estavam a caminho do hospital.

Enquanto Any conversava com Carlos, A mãe e irmã de Dulce se juntaram a eles, após alguns minutos um médico se aproximou dos quatro e se apresentou:

- Boa tarde, sou o médico que esta cuidando de Dulce, Daniel - deu um beijo no rosto de Anahí e de Blanca e Lara.
- Então. Quais as notícias? Como ela está? - Disse Any apreensiva
- Ela teve que fazer uma pequena cirurgia, mas nada de grave. Ela perdeu bastante sangue, talvez ela precise de uma transfusão.
- Mas ela está bem? - perguntou Blanca, que já havia chorado no ombro da outra filha desde que estava no hospital.
- Acalme-se senhora. Vamos ver como ela reage, está bem?

- Quando poderei ver minha filha doutor?
- Precisamos analisar o quadro dela. Não temos posição sobre seu estado agora. Aguarde por favor. Talvez seja melhor ir para casa, e voltar à noite.

O médico se despediu e foi em direção ao quarto de Dulce, Any apenas observou onde ele entrara. Estava intrigada. Iria investigar Sara para descobrir o motivo disto tudo. Poderia ser a chave do mistério. Ou apenas uma briga.

Ucker chegou logo após o médico ter saído. Percebeu Any pensativa, cumprimento a todos e aproximou-se de sua chefa.

- Tá tudo bem Dra?
- Está tudo indo Ucker. Preciso de você.
- De mim? Diga no que posso te ajudar? - aproximou-se mais da loira para melhor ouví-la
- Preciso que investigue a detenta que feriu Dulce, quero saber tudo sobre ela, de onde veio, porque estava lá, qual o motivo de ter feito isto a Dulce, ok? Quero que descubra tudo! - Anahí segurou as mãos do rapaz, e o olhou suplicante -
- Por favor, descubra tudo que puder.
- Claro Chefa! Pode deixar comigo. - Ele apertou as mãos de Any e lhe deu um abraço, talvez isto fosse o que ela precisava naquele momento.
- Obrigada Ucker. Você tem se mostrado um grande amigo.
- É por ela né?
- Por ela o que? - confusa com a pergunta
- Pela Dulce, que você vem suspirando esses dias.

- Resolve tudo pra mim Ucker. Depois conversamos.
- Você pode dizer o que for, mas pra mim está claro. - levantando-se foi conversar com Carlos em particular no refeitório do hospital, tentaria arrancar o que conseguisse do policial.

Enquanto isso Daniel voltava com notícias, trazia consigo uma prancheta, provavelmente de anotações.

Todos se levantaram diante de sua chegada.