Fanfic: Em Nome Da Verdade Portiñon (FINALIZADA) | Tema: RBD

Anahí não sabia qual reação ter diante da figura do marido a olhando de um jeito nunca presenciado antes.

- Será que eu não preciso de uma explicação Doutora? - Dizia Alfonso com uma cara completamente transformada pela raiva.
- Eu, eu avisei onde estava. e o que faz aqui? - Dizia a loira tentando parecer menos surpreso, não sabia bem o que dizer.

Dulce agora estava entendendo. Então este era o tal `maridinho` de Anahí. Mas não quis se meter, provavelmente só pioraria as coisas.

- Eu vim aqui ver de perto quem era a menina que você estava `cuidado`, não é mesmo babá Anahí? - Sua ironia era irritante.
- Ei! Eu não sou menina!
- Pera Dulce, deixa que o problema dele é comigo.

- Vamos conversar lá fora Alfonso! - Any saiu empurrando o marido para a porta do quarto de Dulce.

- Calma amor, deixa eu me despedir da ruivinha delinquente.
- Saí logo Poncho.

Any virou-se para Dulce , que observava tudo e disse:

- Eu já volto!


Dulce não estava acreditando que ele era daquele jeito. Pensava que pra Any casar com ele, Poncho fosse no mínimo educado. Fato que a ruiva havia odiado o tal marido de Anahí.

Do lado de fora do quarto.....


- Eu não acredito que você não foi pra casa pra cuidar dessa menina!
- Eu não quero saber da sua opinião Alfonso. - Any tentava manter o controle, desde que se casaram não tinham brigado assim.
- Então é assim? Vai trocar seu casamento por uma detenta?

- Não fala besteira Poncho! Eu não estou trocando ninguém! - Any colocava as mãos na cabeça. Talvez o seu casamento não fosse nada do que ela imaginava.
- Quer saber, eu vou embora! Você fica aí ou onde quiser! Quando voltar pra casa teremos uma conversa Dra.! E cuidado com a sua `cliente` ela já matou um! - Falava, alias gritava. A recepção do hospital podia escutar a discussão.

Anahí não respondeu, apenas virou-se encarando novamente a porta do quarto 206.

Girou a maçaneta e Dulce estava de pé, talvez esperando-a. Olharam-se.

E um abraço apertado uniu dois corações espantados, com medo, inseguros. Any tentou mas não conseguiu conter as lágrimas. Estava com medo. Com muito medo.

Dulce segurou a face já molhada pelas lágrimas de Any, a encarou suavemente. Deu-lhe um selinho demorado.

- Vai ficar tudo bem, calma Any.
- Tô com medo que ele te faça algo. Nunca o vi desse jeito. - Pondo as mãos sobre as mãos da ruiva.
- Você esqueceu que seguranças é o que não me faltam?
- Nem me lembre desta parte. Seu julgamento é daqui a 15 dias. Preciso soltar você. E ainda tem o Poncho..... Ele....
- Ei calma, não vamos falar disso. - Pondo o dedo indicador para que Any parasse de falar.
- Tá bom. Agora deite-se mocinha.

Enquanto Dulce estava deitada, Any a observava de sua poltrona. Não demorou muito para que o Dr. Fábio surgisse pedindo licença...

Dr. Fábio não demorou muito, afinal hospital público os médicos não podem se dar ao luxo de ficar cuidando apenas de um paciente.

Ele deu algumas instruções, disse que falou com o responsável da parte de enfermagem do presídio para que cuidassem de Dulce caso ocorresse algum problema.

Any juntamente com Dul ouvia tudo atentamente, quando ele se retirou:

- Viu ruivinha, vai ter cuidados especiais...
- Pois é, pelo menos isso serviu pra algo, vou ter gente aos meus pés.

Any apenas deu um tapinha de leve no braço de Dulce.

As duas queriam evitar falar da realidade. Estavam encarando aquele tempo juntas para se conhecerem de verdade, mas infelizmente ou felizmente a realidade sempre bate a porta da gente, as vezes em má hora.

O dia passou rápido para elas. Conversaram sobre coisas banais. Any contou de como foi difícil para ela se tornar advogada, no inicio queria ser atriz. Dulce estava evitando falar de algo relacionado ao crime, mas foi impossível não tocar no assunto:

- Eu amo criança. Você deve ter sido uma linda menininha.
- É eu sei, igual como você aquele menino da foto né?!
- Any, eu....
- Tudo bem... Se você não quer falar eu entendo. Mas assim vai ficar difícil a gente poder ter uma vida você não acha? - Falava tentando amenizar as coisas. Viu o quanto Dul ficou nervosa ao falar da criança.
- E você quer uma vida comigo já? Gente como eu estou poderosa.
- Ah vai, você entendeu ruiva.

E assim o dia terminava, Any estava cansada, precisava de um banho, mas não arredou o pé do lado de Dulce.

Dona Blanca e Lara vieram visitá-la. Mal falaram com Any, provavelmente já sabiam o que estava acontecendo.

Mais tarde ...

- Vai dormir agora sim! Deixa de ser teimosa! - Falava Any tentando convencer Dul a tomar a injeção para dormir, coisa que a enfermeira também tentava.
- Não adianta eu não quero dormir agora!
- Vamos Dona Dulce, amanhã a senhora já vai ter alta. Precisa sair daqui bem.
- Any, diz que eu não quero! Por favor!

Anahí revirou os olhos e conversou com a enfermeira que se ela não dormisse sem a injeção, mais tarde, ela a chamaria. Agradeceu pelo tratamento, afinal em nenhum momento houve `preconceito` por Dulce ser uma detenta ou algo do tipo.

Dulce com uma cara emburrada apenas observava as duas conversarem de longe.

Quando elas estavam se aproximando para voltarem a conversar, alguém bate a porta.

- Eita quarto movimentado ¬¬`

Era o guarda que estava na porta do quarto vigiando tudo.

- Er... Com licença, mas Doutora tem alguém querendo ver a senhora.
- Ei, eu que estou deitada com a barriga costurada e as visitas são pra ela? - Any sorria ao ver o jeito bobo de Dulce. Estava cada minuto mais encantada. Mas como tudo dura pouco. A realidade estava batendo a porta. E talvez pra ficar.