Fanfic: Em Nome Da Verdade Portiñon (FINALIZADA) | Tema: RBD

Anahí acordou com o barulho das vozes da enfermeira e de Dulce:

- Eu já estou bem! Posso andar sozinha. - Dizia Dul indo ao banheiro.
- Mas tenha cuidado com os pontos moça.

- Ok, ok!


Any apenas se curvou para ver a imagem da ruiva desaparecer no banheiro. Levantou-se, ajeitou a roupa, que já estava amassada. Serviu um café que estava no balcão do quarto.

A enfermeira notou que o clima estava meio pesado. Preferiu retirar-se e voltar apenas para dar as ultimas instruções a Dulce.

Dulce saiu do banheiro e viu Any em pé, olhando séria em sua direção. A realidade, muitas vezes já citada, havia chegado. Ela era de novo a dententa, e Any, a advogada.

Any apenas aproximou-se da ruiva e disse tocando-lhe os ombros.

- Eu vou conseguir. Mesmo sem a sua ajuda.
- Eu sei que vai.

As duas olhavam-se intensamente. Suas bocas iam se aproximando. Seria esta uma despedida? Nem isso elas tiveram tempo de ter.

Apenas um selinho demorado foi trocado. Pois Carlos, seguido do médico,o Dr. Fábio, bateram a porta para informar que a hora de voltar estava chegando....

Any apenas disse:

- Só um minuto, ela está se trocando!

A loira acariciou a face de Dul com o polegar, e disse:

- Cuide-se!

Em seguida deu passagem a entrada dos dois homens. Pegou sua bolsa. Deu uma última olhada em Dulce, e saiu. Saiu em busca de respostas. Respostas para um mistério que ainda iria tirar o sono das duas.

A pressa da loira foi tão grande que nem viu a lágrima solitária que decorada o rosto pálido de Dulce.

Anahí tinha tanta coisa para fazer. Tanto o que pesquisar investigar. Nossa sua vida estava realmente uma bagunça. Mas isto ela pensaria depois, havia posto na cabeça que resolveria este caso. Nem que descobrisse que Dulce era culpada. Ela iria até o fim. Mas antes, apenas uma pessoa ela precisava conversar. E isto não poderia ser adiado. Poncho.

Enquanto isso, ainda no hospital, quando já estava saindo Dulce viu alguém de longe. Tentava ver melhor, mas os policiais a levaram com rapidez, ela mal pode ter certeza de quem estava vendo. Mas o coração da gente não se engana, era quem Dulce pensava. E isto apenas a deixou com mais medo. Temia pela sua vida e a da criança. E pior, temia pela vida de Any.

Dulce entrou no carro da polícia temerosa. Não queria olhar para trás e confirmar a pessoa que ela estava suspeitando ser, vigiando seus passos.

Foi até o presídio completamente imóvel. O medo ás vezes também pega os mais fortes.

Já Anahí chegava a casa, viu o carro de Alfonso na garagem, e foi impossível não sentir aquele frio na barriga. Aquela insegurança. Lembrou-se que era preciso ser forte, sempre havia sido em tudo na sua vida.


"Então que seja feita a vontade de Deus.." Pensou Any.

Poncho estava sentado no sofá vendo o noticiário da manhã, afinal ainda era cedo. Apenas olhou para Any de relance e disse:

- Resolveu voltar para casa?

- Poncho não seja criança! Eu estava no hospital com uma cliente, foi um atentado! Eu tinha que estar lá pra investigar!
- E desde quando investigar, dá direito de ser babá?! Convenhamos Anahí, tem algo nesta história que você está me escondendo!
- Pare com isto Alfonso! Chega, é o meu trabalho! E por acaso o seu também, ao invés de me dar apoio, você me critica. - Disse Any jogando a bolsa sobre a mesa de centro da sala de TV.
- Você pegou este caso porque quis! Você sabe que é causa perdida!
- É? Então é este o problema não é? Não acredita que eu seja capaz de conseguir.
- Não inverta as coisas Anahí Portillo!
- Vou te provar Alfonso Herrera! Mas esteja certo que o nosso casamento não será o mesmo, nunca mais!

Any respirou fundo, não sabia de onde estava vindo tanta força para enfrentar o marido. Resolveu sair da sala, ir tomar um banho demorado. Precisava muito disso.

- Anahí! Volte aqui!

Ela apenas subiu as escadas, e nem se deu ao trabalho de responder Poncho. Aquilo estava se tornando insuportável. Ela não o amava, e isto estava cada vez mais claro para Any.

Tomou um banho de cerca de uma hora. Lavou-se com lentidão. Estava preparando o corpo e a mente para o desgaste que viria a seguir. Assim que saiu do banho, enrolada na toalha, pegou o telefone sem fio do criado mudo, e discou o número de Ucker.

Mas... O que ela não sabia. É que alguém também a escutava.

Depois de um... Dois... Três... Quatro...Toques...

- Ucker! Aleluia! Porque demora tanto pra atender?!
- Eu estava dormindo né chefa! Ainda são sete e meia da manhã. O meu horário na empresa é só ás nove.
- É, desculpa. Mas eu preciso da sua ajuda, me fale, o que conseguiu descobrir sobre Sara? - Falava Any enquanto enxugava os cabelos na toalha.

Do outro lado da linha, Poncho ouvia tudo atentamente. Pensou " Sara? Quem é essa?"

- Sim Dra., Olha é muito provável que tenha sido tudo uma armação. Era dia de visitas certo? Alguém da segurança também deixou passar a faca que a provável visita de Sara a entregou para executar o serviço.
- Então se trata de algo muito bem armado, certo?
- Isso Any, descobri que logo após o horário de visitas terminarem após cerca de meia-hora, as detentas ficaram em observação justamente para ser feita vistoria nas celas, foi nesse momento em que Dulce foi ferida. Ao juntar-se com as outras presas.
- E o nome da tal visita Ucker?
- Eu vou trabalhar nisto hoje. Você sabe a burocracia com que essas coisas são. Cadeia, não é fácil.

- Eu sei Ucker, mas você pode pedir ajuda ao diretor, ele se mostrou muito atencioso comigo. Chama-se Pedro. Diga que trabalha pra mim, garanto que ele vai ajudar.
- Pelo visto temos mesmo alguém empenhada em inocentar Dulce, não é Any?
- Claro, é a minha carreira Christopher!
- Você sabe do que estou falando loirinha....


Neste momento Poncho estava atencioso, tanto que deixou escapar um barulho ao derrubar o controle da Tv.

Any escutou obviamente na linha, mas preferiu deixar que ele ouvisse a conversa.

- Eu vou desligar Ucker, você sabe, precisamos trabalhar.
- Tudo bem, mas no escritório você não me escapa.
- Pode deixar!

Despediram-se e Any desligou. Ficou séria por um instante. Sabia que agora tinha um "inimigo" dentro de casa.

Anahi vestiu-se rapidamente, escolheu um conjunto social preto. Desceu as escadas, mirou Poncho ainda assistindo Tv.

Apenas foi a cozinha bebeu um suco, e saiu não dirigiu nenhuma palavra ao marido. Não iria perder seu tempo discutindo com ele. Não mesmo. Tempo precioso.

Chegando a empresa, sentou-se em sua poltrona giratória, com o processo de Dulce nas mãos. Lembrou-se como um estalo de algo.

Tinha que ligar para Maite. A mesma havia lhe telefonado no hospital, mas não pode atender.

Primeiro pediu que chamassem Ucker a sua sala, para poder falar com os dois ao mesmo tempo.

Quando Ucker chegou, ela apenas pediu que se sentasse.

- Pra quem vai ligar Any?
- Espere. É para Maite, sabe a advogada anterior do caso da Dulce.
- Eu sei sim, a do cabelo preto.
- Isso.

Discando o número de Maite, esta atendeu prontamente:

- Any! Finalmente!
- Nossa, era tão sério o que queria falar comigo?!
- Se você quer ganhar o caso da Dulce, é superimportante.
- Então, venha ao meu escritório. Melhor ser pessoalmente.
- Ótimo então! Que horas posso estar aí?
- Venha assim que puder.
- Então Até já Any.
- Mai!
- Oi...
- Obrigada!