Fanfic: Em Nome Da Verdade Portiñon (FINALIZADA) | Tema: RBD

Quando Anahí colocou o telefone no gancho, pode ver o entusiasmo de Ucker.

- Então quer dizer que vamos viver quase um romance policial aqui?
- A parte policial sim, mas o romance não sei de onde tira essas coisa Christopher.... - Falava Any agora mirando os papéis em sua mesa.
- E quem disse que esses olhos azuis aprenderam a mentir?
- Eu... Aí Ucker! Pará né!
- Anahí Portillo, não desista, nem se esconda dos seus sentimentos verdadeiros, tá?
- Christopher Uckermann Vamos trabalhar? - Mudando de assunto, claro, não iria confessar ao amigo isso agora. Precisava ter certeza de tudo. Até da inocência de Dulce.

Cerca de meia hora foi ocupada por eles revendo alguns artigos do processo criminal de Dulce...

Até que a secretária avisa da chegada de Maite. Esta tinha em mãos uma pasta, provavelmente de documentos, vestia uma roupa simples, devia estar vindo de casa.

Any pediu que sentasse ao lado de Ucker, para conversarem.

- Quanto tempo não é?

- É sim Any, eu sei que andei sumida. Te abandonei sozinha no caso. Não te dei nenhuma instrução... E...
- Não que isso Mai, sem ressentimentos!
- Então... Só que há alguns dias eu soube de algo que pode te ajudar. Eu tinha contratado um detetive para vigiar a irmã de Dulce, isto quando eu ainda cuidava do caso, eu sei que isso é invasão de privacidade, mas eu tinha algo dentro de mim que me dizia que ela tinha algo haver com o crime.
- E... Descobriu algo Maite? - Perguntou Ucker, que até então se mantenha calado.
- Espera Ucker, a deixe falar. - Disse Anahí séria, pegou uma de suas canetas e mantendo o hábito mordeu-a escutando tudo atentamente.
- Então... Ele me disse que a Lara, e o noivo dela, eles tem encontros, digamos, "sinistros" com alguém, que ele não conseguiu saber quem, frequentemente.
- Como assim "sinistros" ? - Perguntou Any.
- É, do tipo, afastados da cidade, em lugares sem ocupação, galpões abandonados, salas alugadas, vários lugares do tipo....
- Interessante, e será que eu poderia falar com esse detetive Mai?
- Claro, eu posso trazê-lo pessoalmente, ou então te dar o telefone. Como prefere?
- Quero uma reunião. Com vocês dois e ele. O que acham?
- Por mim está ótimo, estou super motivado com o romance policial! - Falou Ucker na intenção de animar Any.
- Por mim também... Mas romance? Não entendi! - Disse Mai tentando compreender o assunto.
- Brincadeiras desse sem juízo Maite, nem liga!

- Sei Dona Anahí! - Disse Mai piscando para Ucker.
- Ah não complô não! - Sorriu Any.

Não demorou muito para Maite entrar em contato com o tal detetive, pediu sua presença logo após o almoço no escritório de Anahí.

Eles, os três, almoçaram em um restaurante simples do centro, e voltaram para esperar o detetive na sala de reuniões.

Marcos estava observando o esforço de Any, no caso, mas mal sabia ele que haviam meios pessoais influenciando em tanto empenho.

Já Poncho em casa, estava pensando em como "recuperar" a esposa. Foi aí que lembrou da conversa de Ucker no celular com Anahí, lembrou-se do nome Sara. E se Any queria saber quem era essa mulher... Ele saberia primeiro, e usaria algo a seu favor. Nem que destruísse a carreira da esposa. Poncho mostraria que as coisas não eram brincadeira com ele. Estava furioso pelas respostas de Any, ela sempre havia abaixado a cabeça sobre suas opiniões. Este caso havia mudado a cabeça de sua esposa. E isto Alfonso Herrera não permitiria.

Anahí lia mais uma vez o processo, enquanto Ucker e Mai conversavam sobre o "atentado" a vida de Dulce.

- Cara, se fosse eu não tinha aguentado... - Falava Ucker
- Eu ouvi dizer que o socorro demorou, porque as presas ficaram em cima, nossa parece que foi um sufoco! Deus me livre - Mai se benzia
- É eu também soube, um policial me contou quando fui no hospital.


Any apenas ouvia o que os amigos conversavam. Estava concentrada demais, tentava ver onde a participação da irmã entrava em todo o crime, e porque, os motivos.

Pouco mais de meia hora se passou e o detetive apresentou-se, entrando na sala.

- Olá! Eu sou Thiago!
- Sente-se Thiago, temos muito o que conversar. - Disse Anahí apontando onde o rapaz deveria sentar-se.

Ele era um rapaz bem aparentado, jovem até pra sua profissão, tinha cabelos negros e olhos castanhos escuros, um tanto quanto forte. Any não deixou de reparar, mas sorriu de canto ao lembrar que nenhum músculo a faria esquecer o doce saber de Dulce.

- Então detetive, conte-nos o que sabe....
- Bom, como vocês devem saber, eu estou no pé da irmã e do futuro cunhado de Dulce, e posso garantir que algum envolvimento com algo ilegal ou pelo menos "sinistro" eles têm.
- Mas como vamos saber se tem haver com Dulce? - Perguntou Any curiosa.
- Bom, eu acho que devemos ter um bom plano, isso pode ser uma peça no quebra cabeça. - Disse Ucker, tentando ajudar.
- Então Thiago, continue seguindo eles. Mas em qualquer sinal de encontros suspeitos, me ligue, quero estar informada de cada passo desses dois, ok?!
- Ok, Dra.

Maite esteve o tempo todo calada, mexia um pouco no seu celular, mas ele descarregou, e ela pediu o de Any emprestado.


- Está dentro da minha bolsa Mai, pega lá na minha sala.
- Ok, volto já gente!

Maite saiu em direção a sala da amiga, entrou, avistou a bolsa, procurando o celular. Quando o achou algo saiu junto e caiu no chão.

- Ué, o que é isso?

- Uma? Uma medalha?! - Mai ficou intrigada com aquilo, não queria ser indiscreta, mas a medalha caiu aberta, com duas fotos dentro. Uma pareceu familiar, a outra completamente estranha.

Abaixou-se pra apanhar a medalhinha, reparou bem na foto, a primeira era sim quem ela imaginava. Dulce.

Resolveu levar aquilo até a sala de reunião, estava confusa e ao mesmo tempo curiosa.

- Any! - Disse entrando na sala.
- O que foi Mai? Não achou o celular?
- Não, quer dizer sim. Mas pode me dizer o que é isso? - Sentando-se entregou a medalha a Any.

A mesma apenas olhou a medalha, abrindo-a ficou completamente intrigada. Uma foto de Dulce tudo bem, mas quem era a pessoa ao lado?

De repente um estalo alavancou Anahí.

" É isso, ela quis me ajudar. Ah, Dulce! Eu sabia que você ia se ajudar!"

Deu apenas um sorrisinho de canto de boca, tímido.

Ucker e Thiago conversavam, enquanto Maite falava ao celular. Todos se voltaram para a loira, com tamanha força ela falou:

- Thiago, investigue essa foto, quero saber quem é este homem, e o mais rápido possível!
- Mas Any, eu estava apenas como vigia da Lara... Eu....
- Não se preocupe com gastos, ok?! Faça o que for, mas me consiga tudo sobre a vida deste homem! - Falou Any agora motivada.

- Tudo bem Dona Anahí, farei tudo como deseja.
- Tome, este são os meus telefones, me ligue em qualquer horário, e o mais rápido possivel. E fique com a foto do homem para investigar, o medalha e a outra foto fica comigo.
- Certo, farei o que for preciso.

Cumprimentaram e Ucker levou Thiago até a saída. Aproveitaram para ir se conhecendo um pouco. Thiago havia passado uma boa impressão e isto era ótimo para o caso.

Maite estava ainda ao celular, provavelmente conversando com alguém importante.
Any mirava o nada, tinha tantas dúvidas. Olhou novamente a medalha que estava em suas mãos. Lembrou-se de quando Dulce a deu, por um momento ela havia pensado mal da ruiva, que queria apenas ajudar, da sua maneira, mas ajudar.

Na saída do escritório....

Thiago apertou a mão de Ucker e foi andando até seu carro que estava estacionado do outro lado da rua. Enquanto Ucker ia entrando, voltou o rosto para fora, parecia ter visto alguém o olhar, mas havia sido impressão, pensava ele.

Já ao lado de fora, alguém observava a movimentação no escritório da empresa. E esse alguém seguiu Thiago.