Fanfic: Em Nome Da Verdade Portiñon (FINALIZADA) | Tema: RBD

Seguindo pelo estreito caminho de terra, a viatura 043 da polícia federal, estava indo devagar, todos observando se havia algum desvio na estrada, algum local próximo que pudesse servir de cativeiro.

Nada estava na vista de nenhum dos quatro á bordo do carro. Até que Duran aponta um suposto lugar abandonado.

Encostando o carro devagar.

Any e Thiago permanecem parados, e os dois policiais saem apenas pra uma vistoria, armados e cuidadosos, principalmente, silenciosos.

No cativeiro...

King interrompe o dialogo de Alfonso e Ucker dizendo:

- Psiu. Vocês ouviram isso?
- Não ouvi nada, e você cara?
- Nada.

Alfonso permanecia calado, encarando Ucker.

- Vai lá fora ver o que é. Rápido.

E os dois capangas de King foram ver se havia alguém ali.

Sem demorar muito...

Eles voltaram..

- Não nada chefe, tá limpo!

King apenas acenou, mandando que se calassem.

E Poncho voltou a sua `conversa` com Christopher:

- Escuta bem o que eu vou te dizer, por que não vou repetir: A minha mulher, NÃO É SAPATÃO!
- Eu não tenho nada com isso. Me tira daqui!
- Você tem sim, por que ela não pode ganhar esse caso. E vai ser você que vai ajudar.
- Mas ela é sua mulher. Por que não quer que ela ganhe?
- Não te interessa. Ela vai perder, e você vai nos ajudar.

Mais uma vez, King interrompe:

- Doutor. Qual o nome mesmo dessa mulher?
- A réu?
- Isso.
- Dulce. Dulce Maria.


Nessa hora, King gelou, lembrou imediatamente desse nome, dessa mulher, e sim era a mesma por quem ele namorou, quem ele amou durante quase 6 meses da sua vida. E ligando tudo, realmente fazia sentido, mas como ele depois de ter feito o que fez com ela, a tinha esquecido, ou feito o possível pra esquecer, afinal ela estava presa, e condenada.

Duran dando cobertura a Rubens, e o mesmo cuidadoso, deu um chute forte, arrombando a única porta do local, entrou seguido de Duran, passando revista em tudo, e nenhum sinal de ninguém, nem se quer que tenha passado por ali a anos.


Voltaram para a viatura apenas esbravejando um "nada", para Any e Thiago.

Seguindo a diante, viram que um carro estava parado em outro lugar parecido, e este continha uma pequena luz ligada, já que a noite estava presente. As suspeitas de ser aquele o lugar só aumentaram, quando alguém saiu de lá e olhando desconfiado para os lados, fez xixi num pequeno toco de arvore morta.

Graças a escuridão, ele não foi capaz de ver o carro da polícia, que trabalhava com os sinais desligados, justamente para ser menos notado. E claro, sirenes completamente sem som.

Vagarosamente, Rubens, sem fazer movimentos bruscos, pegou o rádio comunicador entre as viaturas, e deu o sinal:

- Câmbio. Viatura 043 informa: após a última coordenada, aproximadamente, 20 km, local suspeito. Aguardando apoio urgente.

E repetiu a informação.

Any e Thiago, estavam apreensivo, queriam logo descobrir o fim de todo esse mistério. Achar Ucker, prender Alfonso, descobrir sua ligação com King, e, como isso ajudaria Dulce, no seu processo.

Tanta coisa, uma confusão na cabeça da advogada loira. Com certeza, esse era o maior desafio pessoal e profissional de sua vida.

Thiago, mesmo mal conhecendo Ucker, estava preocupado, nem ele mesmo sabia o motivo, mas o jovem detetive sentia medo de que algo de ruim acontecesse.

Duran, agora mexia em sua arma, e pegando munição no porta-luvas, a frente de Any.

- A gente espera eles chegarem chefe?
- É melhor, não quero, nem posso arriscar a vida da vítima.
- Mas e se não forem eles aí? Seria melhor se fossemos averiguar?
- Perigoso demais.



Enquanto isso...

Maite e os outros policiais, terminavam o `trabalho` na casa de Anahí, já era certo a prisão de Alfonso, vários esquemas foram descobertos. E algo que intrigara Mai, afinal ela foi uma das advogadas de Dulce, e sabia de todo o conteúdo do processo, e era bastante suspeito que o nome de sua irmã estar metido em tráfico, empréstimos suspeitos. A morena foi informada que o mandato de busca e prisão de Alfonso Herrera já havia sido emitido, e estava sendo levado para Anahí.

Como não podia fazer nada, a advogada continuou a pensar em como ajudar Any neste caso, afinal ela também sabia que se a loira perdesse esta causa, era como perder a carreira. Assim como a sua foi quase arruinada.

Dentro do cativeiro...

King continua a relembrar os momentos que teve com Dulce, foram os mais felizes de sua vida, talvez os únicos verdadeiros. Até que ela descobriu que ele era traficante, e terminou tudo na mesma hora. Lembranças passavam na mente dele, o dia em que eles terminaram e ele agrediu Dulce, a ameaçou, e, claro, sabendo do vício de sua irmã, se aproveitou da situação. Mas isso são coisas pra se saber depois.

Seus pensamentos foram interrompidos novamente, pela voz de Poncho, enfurecida:

- Seu idiota! Será que não vê que ela me ama?!
- Então resolva-se com ela. Eu não tenho nada com isso cara.
- Claro que tem meu bom amigo. - Três tapas fortes nas costas de Christopher - Você vai acabar com ela.
- Com quem?
- Com a Dulce. É, é isso, você vai incriminar ela mais ainda. Não vai ser difícil. - Os olhos de Alfonso estavam vermelhos, seria ódio? loucura? raiva? Provavelmente nem ele sabia.
- Você está maluco! Eu não vou fazer nada! Quero que me solte!
- Vai sim, você tem família não tem? Então quer perder eles?
- LOUCO! Isso que você está!

Poncho soltou uma gargalhada digna daquelas de cinema.

- Louco eu vou estar, se você não ficar do meu lado!

King estava notando o descontrole emocional do advogado, queria interromper, mas como havia sido pago pra dar `escolta` ao doutor, não podia abandonar o barco. Mas que ele estava sentindo a barra pesar, ele estava.

- Cara, me deixa sair, a gente pode conversar. Não sei. Mas me deixa sair.
- Fica aí almofadinha. Você vai ouvir. Essa tal Dulce é dura na queda, já mandaram matá-la , mas ela sobreviveu. Só quero que ela mofe na cadeia, que quando sair esteja maluca das ideias de tanto tempo que passou presa.
- A queima de arquivo. Do dossiê dos empréstimos, era ela Alfonso? - Perguntou King agora interrompendo, com tamanha surpresa.
- Era ela sim. Mas eu nem sabia que era a mesma do processo da Any, só fiquei sabendo depois. Por que? Você a conhecia não é?

Ucker apenas olhava a tudo. Como assim dossiê? Empréstimos? Seu organismo não funcionava direito, estava com fome, sede, calor, medo. Nada ajudava a pensar.

- Eu a amava.
- Era ela? A tal menina que você tinha deixado de fazer os serviços pra mim? Não posso acreditar.
- Era. Mas deixa isso pra lá. Resolve logo isso, por que não podemos demorar mais, daqui a pouco os canas tão atrás dele.


Aproximando mais de Ucker, e voltando sua atenção para o mesmo.

- Então.... Vai colaborar? Ou eu terei que ser mais explicito com meus pedidos?
- Não vou fazer isso. Mas farei outra coisa.
- O que?
- Gritar! SOCOOOOOOOOOOORROOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!

Nesse momento, com o total silencio da estrada, já que ninguém passava por ali, de tão velha que era, e a descrição de todos dentro da viatura. O grito pode ser ouvido. E para desespero de todos. Não houve outra alternativa, já não podiam esperar os reforços, a vida de alguém estava em perigo, e algo tinha que ser feito imediatamente. Rubens recarregou as duas armas, e Duran apenas abriu a porta do carro, pediram para que qualquer coisa Any e Thiago se comunicassem pelo rádio.