Fanfics Brasil - 44 Em Nome Da Verdade Portiñon (FINALIZADA)

Fanfic: Em Nome Da Verdade Portiñon (FINALIZADA) | Tema: RBD


Capítulo: 44

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Os policiais invadem o casebre, assustando todos.

- Eles fugiram policial Vargas! Só tem dois deles aqui! - Disse Rubens apontando para Alfonso desmaiado no chão. Ainda com o rosto coberto. E para o outro cara baleado no canto do casebre.
- Nós sabemos senhor, encontramos um ali fora. Vamos, tem uma ambulância a caminho.
- Vocês demoraram demais. Quase morremos todos.
- Difícil caminho senhor.

Enquanto os outros homens ajudavam com Duran, o capanga de King, Poncho, e Thiago, que estavam feridos, esperavam a ambulância chegar. No mais em 5 minutos, ela já estava lá, e foram levando os feridos, os dois bandidos com escolta policial. Porém, antes de entrarem na ambulância...

- Espera! Tirem a mascara dele. Quero saber quem é o responsável por tudo isso. - Disse a advogada loira, agora agasalhada por uma manta, já que fazia frio a noite em plena estrada no mato.
- É melhor não Any, deixa pra resolver isso depois. Na delegacia vai tudo ser esclarecido. - Disse Ucker utilizando o mesmo agasalho que Thiago.

Os paramédicos retiraram rapidamente e para a surpresa de Anahí, viu o rosto de seu marido, ex marido, Alfonso.

- Eu não posso acreditar! - Levava as mãos a cabeça... - Fui casada com um monstro!

Rubens a abraçou, dizendo:

- Calma doutora. Tudo vai ser esclarecido. E pode ter certeza, que esse homem não a merecia! Não chore!
- Estou chorando de raiva policial, de raiva! Como pude ser tão cega! Descobri a pouco que era bandido, mas a esse ponto?! Nem nos meus piores pesadelos.

Logo depois de tanto tumulto. O policial foi verificar qual havia sido o bandido capturado em fuga pela policia. Infelizmente não foi King.


Ucker e Thiago estavam no hospital recebendo os cuidados necessários. Como o detetive recebeu um tiro, teve que fazer uma cirurgia de remoção, felizmente a bala alojada não trouxe tantas sequelas.

Depois de todas as denúncias, Alfonso Herrera foi preso, ainda seria julgado, afinal era advogado diplomado e tinha privilégios, mas estava em cárcere privado.

Anahí nesse dia mesmo a noite, ligou para Marcos, contando tudo que havia acontecido, e com o depoimento de Ucker, pelo que ficou sabendo no caso da Dulce, e sabendo da ligação de Lara e King, a advogada iria atrás da verdade. Custe o que custar. Ela iria dar a liberdade a mulher que amava. Mulher que aprendeu a amar nas diferenças, nos erros, de mundos tão diferentes, de pensamentos tão opostos, mas unidas por um único sentimento: Amor.

A loira voltou pra casa depois de um dia como esses, nada mais justo do que um banho demoradíssimo. E dirigiu-se, mesmo altas horas da noite, á delegacia onde o seu amigo trabalhava, para conseguir mais provas, algo que pudesse ajudar no caso de Dulce. Ah, e claro, pra ela, Alfonso Herrera, havia morrido.

Chegando lá, mesmo madrugada, Any não teve problemas para ser `atendida`, sentado-se ainda cansada, mas segura, na cadeira a frente do delegado, após um comprimento quase fraternal.

- Então Dra. Já sabe pode onde começar?
- Terminar colega. Quero terminar com esse caso.
- Então, deixe que posso te ajudar. Consegui umas coisas. Soube que o bandido Jonhy King, cujo nome era citado no negócio os empréstimos de seu - tosse- ex marido, tinha uma ligação também com o falecido marido de Lara.
- Conte-me detalhes amigo.
- Se não fosse para você Anahí, nunca teria feito uma investigação como essa. Tantos advogados já me fizeram mexer neste caso, mas como nenhum era você, não podia deixar de fazer o meu melhor. Afinal, te conheço desde criança, sou amigo do seu pai de faculdade. Mas, vamos ao que interessa...


E as coisas foram se encaixando...Lara conhecia King, que conhecia Poncho, os dois forneciam dinheiro a ela, em forma de empréstimos, mas pra que tanto dinheiro? Aparentemente a família de Dulce não era rica, mas ocupava uma classe mediana. Normal.

A advogada precisava falar com Dulce, e tinha que ser o mais rápido possível, após a conversa com seu amigo, voltou para casa, tentou dormir esperando que o dia clarear, mas o tempo não passava, e o sono não chegava. Seu corpo queria descansar, mas a sua mente queria, precisava desvendar tudo isso. Precisava ter Dulce com você. E logo.

Nada mais que ás sete da manhã, Anahí ligou para Pedro, o diretor do presídio feminino. Na tentativa de encontrá-lo já trabalhando.

- É a advogada Anahí Portillo, por favor, o diretor.
- Infelizmente ele ainda não chegou,Dra. Quer deixar recado?
- Olha querida, eu preciso de uma visita de caso extraordinário, e preciso da autorização dele para fazer isso agora. Já estou a caminho.
- Mas Dra. está cedo ainda, não pode esperar? Quem sabe se eu...
- Minha filha, quero a detenta Dulce Maria Saviñón numa sala para visitas em 10 minutos. Quando o diretor chegar, vai te agradecer.
- Está bem, mas se a detenda não estiver acordada, afinal ainda é cedo...
- Traga-a até dormindo. Por favor.
- Está bem, se me complicar com o diretor, culparei a Dra.

E assim foi feito, Any estacionou, e em passos largos já estava nos corredores do presídio feminino mais conhecido do país.


Entrou na sala rapidamente, tinha pressa pela verdade, tinha sede de justiça. Sentou-se na cadeira a espera de Dulce. A sala era como a vez em que foi com Marcos visitá-la, especifica para conversas entre os advogados e os réus. Não demorou muito para a imagem ainda sonolenta da ruiva aparecer na porta da sala.

Any pediu que fosse deixada á sós com a detenta.

No instante em que as duas guardas saíram da sala, um abraço forte e cheio de sentimentos acontecia...

- Por que demorou tanto para vir me ver? - Dizia Dulce.
- Eu estive aqui ontem. Mas estava com tanta saudade. - Ainda abraçadas... Any beijava o rosto de Dul, levemente...
- Desculpa ter vindo tão cedo, mas eu preciso muito conversar com você....
- Não importa! Eu queria te ver, estava contando os minutos, mesmo sem relógio - sorriram as duas.

Elas sentaram em suas respectivas cadeiras, e Any segurando nas mãos de Dul, disse:

- Eu preciso da verdade amor! Por favor...

Dulce respirou fundo...

- Eu também preciso te contar, quero sair daqui, quero viver com você! Eu sei... Eu sei que é casada, e pode nem querer.... - Any a interrompeu.
- Eu quero! Quero muito! E não estou mais casada, já dei até entrada no divórcio! Mas preciso da verdade, o que realmente aconteceu.
- É sério?!
- É sim, mas preciso... Me conte. Em nome da verdade...
- Eu te contarei, mas será em nome do amor!


Any sorria enquanto apertava as mãos de Dul, e para a ruiva era como reviver todo o seu passado...

- Eu conheci um cara, no noivado da minha irmã, a Lara, era um pouco mais velho, mas tão educado, simpático, não teve como não se apaixonar, se envolver... Ele se chamava Jonhy, era amigo da minha irmã, nós acabamos namorando... Mas ele sempre muito misterioso, e isso me intrigava, ele sabia tudo da minha vida, e eu quase nada da dele, até que um dia ouvi uma conversa estranha, segui ele, e a partir daí comecei a juntar umas provas, descobri que ele era traficante, corrupto, bandido mesmo, de primeira categoria, com direito a capangas e tudo... Nossa foi um choque pra mim... Eu nunca fui de me apaixonar, mas eu gostava dele...

Uma pausa, e Any falou...

- Eu sei quem ele é... Um bandido, asqueroso! Meu amor, continue...


- Eu reuni provas o bastante para por ele na cadeia por um bom tempo, criei praticamente um dossiê... A Lara, amor, Ela e o marido, Valmir, estavam envolvidos, deviam a ele, rios de dinheiro, foi isso que me fez não entregar tudo a polícia, tentar proteger Maurício, meu sobrinho, tão novinho, como ia ficar sem os pais presos? Mas tudo se complicou, quando o próprio Jonhy descobriu o que eu havia feito. E como isso ia prejudicar a vida dele, mandou um de seus homens até a minha casa. No dia do crime. Foi tudo tão horrível...

- E as lágrimas caíram...


A ruiva passava uma das mãos no rosto, afim de cessar as lágrimas, que eram insistentes e caiam depressa, com a outra mão, não soltava as mãos de Any, com força, a segurava.

- Ele entrou com tudo lá em casa, procurava o dossiê, pelo menos eu acho, até hoje, ele revirava tudo, e eu gritava, foi quando Valmir ouviu, e apareceu na sala... E partiu pra cima do homem, quando nós vimos ele estava armado, com duas pistolas, que estavam escondidas no seu casaco, Valmir deu um soco nele, uma das armas caiu, e eu peguei na tentativa de me defender, e foi quando o cara atirou em Valmir, e saiu correndo com o cd-rom com todos os dados, e eu caí sobre o corpo. Com uma arma idêntica a do homem. Que eu nunca vi o rosto, pois estava mascarado. Foi quando Lara entrou na sala, e viu toda a cena, com Maurício nos braços. Os vizinhos chamaram a polícia, por causa do barulho do tiro, e eu estava lá, chorando, com minhas digitais na arma, e coberta do sangue de Valmir.

- E porque não falou isso? Como pode levar a culpa por algo que não fez? - Dizia Any tentando entender...

- E deixaria Maurício sem a mãe? Ele chorava Any! Chorava! Perdeu o pai, se eu dissesse o que o homem procurava, iria denunciar minha própria irmã! Eu não podia deixar ele sem mãe! Eu sei que deveria ter dito isso desde o começo... Mas eu recebi ameaças, várias vezes, as presas novas me davam recados, que se eu abrisse a boca iriam matar Lara e Maurício. Eu não pude, não iria fazer nada.


Any levantou-se da cadeira, abraçando Dul rapidamente, quase a fazendo cair da cadeira.

- Eu sempre soube que não tinha sido você! Eu... Eu não sei como... Mas eu sentia! - Falava agarrada ao pescoço da ruiva.
- Eu sei disso. De todos, você foi a única que acreditava na minha inocência, mesmo eu tendo inventado toda aquela versão, sobre ter um caso com Valmir. Vai ver por isso me apaixonei...
- Eu... Ai... Eu estou tão feliz que você vai sair daqui!
- Eu.. vou?
- Vai amor! Claro que vai... Mas preciso que continue me contando... Preciso saber direito o que fazer.
- Com você no meu colo?!
- Ain, desculpa... - Ia se levantando, quando Dulce a sentou novamente.
- Prefiro você aqui...

E continuando...

- Eu decidi que ia levar a culpa, tinha que ser forte, aguentar tudo. Não tinha motivo pra voltar pra liberdade, minha vida estava vazia, completamente decepcionada pelo Jonhy, meu trabalho não era o que me fazia completa...
- Espera! Seu trabalho... No processo, diz que desmarcou aulas aquele dia, porque?
- Porque eu tinha um teste, justamente pra mudar isso. Eu queria mudar de vida, e soube que tinha sido aceita num teste de canto. E... eu nem ia fazer, mas quando soube que havia passado, ia procurar a produtora, mas tive que voltar pra casa a tarde, já que tinha esquecido uma letra de música que compus, queria mostrar a eles... Eu só queria mudar de vida...
- Nossa...Meu Deus! Esses três anos presa aqui... Sofrendo... Tudo para proteger o sobrinho... - Any a apertava, abraçando...


- Até que você apareceu... A única dos advogados que não quis me fazer mentir, em nenhum momento você me obrigou a nada, já eles queriam que eu forjasse algo. Mas você não.. - Tocando a face de Any, já molhada por algumas lágrimas teimosas.
- Se eu não tivesse encontrado você, nunca teria descoberto o monstro que tinha me casado. Você acredita que ele tinha negócios com o Jonhy King?
- Nossa! Meu deus! Como foi isso? Eu nunca poderia imaginar.
- E eu menos! Um canalha! Ele matou um homem que devia pra ele e o tal King... Nós, eu e outros advogados, amigos, fomos na casa do cara, falamos com a senhora, mãe dele, e as características deram todos com as de Poncho, mas eu não quis acreditar...
- Em pensar que você foi casada com ele.. - Colando a testa na da loira.
- Agora só pensar mesmo. Com ele preso, não poderá se negar a assinar o divórcio.
- Preso???
- É. Nossa que cabeça a minha! Ele e o King sequestraram o Ucker...
- Então foram eles?! Mas porque?! Ucker, é aquele cara que estava no hospital com você, certo? Naquele dia em que eu fui esfaqueada.
- Ele mesmo! Um grande amigo. Eu não sei bem amor, mas sei que é tudo tão macabro. Não quero nem voltar pra casa. Não consegui dormir, sabendo que ele tinha dormido ali, na noite anterior.


- Ahh meu deus! Se eu tivesse na minha casa pediria pra você ficar comigo! - Acariciando o rosto da loira com o polegar... - Aliás! Porque não fica lá?

Any sorriu, era incrível como com toda essa tragédia, Dul conseguia fazê-la esquecer de tudo facilmente.

- Na sua casa?! Claro que não amor. Imagina. O que a sua família vai dizer? Acho que vou pra casa dos meus pais. Como o Poncho foi preso ontem a noite, eles nem devem estar sabendo ainda..Vai ser uma decepção pra eles...
- Minha casa sim! Ah vai! Por favor, você pode pegar as chaves com a mamãe...
- Mas o que vou dizer Dulce! Que ideia, imagine: "Oi sogrinha, vim pegar a chave da casa da minha namorada, é tô indo morar lá, pode ser ou tá difícil?" - Any falava fazendo uma cara engraçada, que não deixou de arrancar uma gargalhada contagiante da ruiva.
- Promete que pensa ao menos. Mas espera, você disse, Namorada?
- Futura namorada... Se ela aceitar meu pedido quando estiver finalmente livre daqui. Daqui a exatamente - olhou no relógio - Mais ou menos 2 dias e 3 horas.
- Te garanto que ela aceita.

E um beijo lento e calmo acalentou o coração das duas mulheres, agora de amor mais que declarado. Quem sabe essa história ainda possa ter um final feliz?!

- Mas amor, me fala, se você não sabe quem matou realmente o Valmir, como vai me inocentar?
- Interrogando o capanga do King que foi preso ontem. Se ele estava metido com isso, vai ter que contar. Poderia até falar com o Alfonso, mas não tenho estômago pra olhar na cara daquele safado.
- Nem eu ia deixar! - Disse Dul mordendo o lábio inferior de Any, e falando ainda com o mesmo na boca - Mulher minha não dá bandeira por aí !
- Uí ! "Minha mulher", você está me saindo muito autoritária Dona Dulce Maria.


- Estou nada. Sei que você gosta!
- Amor, me fala, não tem nada que você tenha visto nesse homem, o que atirou realmente. Nada que possa identificá-lo?

Dulce pensou um pouco, alguns segundos em silêncio e respondeu:

- O casaco dele, parecia daqueles importados sei lá. De frio sabe, preto, de couro eu acho. O rosto, nem do corpo eu pude ver nada.
- Nossa, mas um casaco tanta gente pode ter. - Fazia uma expressão decepcionada a advogada.
- Ah claro! Como ia esquecendo. Ele usava uma pulseirinha de ouro. Era a única coisa que não era preta nele.
- No braço esquerdo? - Any deu um salto do colo de Dulce.
- Bom, eu acho que sim amor, mas o que tem haver. - Não entendendo nada da reação da loira.
- Eu tenho que ir! - E deu um selinho demorado na boca da ruiva, apanhando sua bolsa, que estava na mesa, e disse já quase saindo:

- Você sai daqui antes do julgamento. E ele, vai pagar caro por tudo!



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Autor(a): Miaagron

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 23



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  • tryciarg89 Postado em 11/08/2024 - 09:12:07

    Ameiii essa fic,muito linda

  • raphaportiñon Postado em 03/04/2021 - 09:23:52

    Uau... Que perfeição de web. Curtinha e tão bem escrita... Sensacional ver meu Portiñon ser conduzido assim numa história tão envolvente. Tô apaixonada aqui a cada capítulo. Por favor, escreva mais Portiñon pq vc tem o dom. Maravilhoso!!

  • maralopes Postado em 05/06/2014 - 15:28:26

    amei a web e sim perfeição define tudo bjaum

  • vverg Postado em 15/01/2014 - 23:28:49

    Meus parabéns!!!!!! Li e adorei a fic... =)

  • Valesca Postado em 14/11/2013 - 18:00:54

    fic perfeita parabéns

  • maanualves Postado em 14/11/2013 - 00:02:24

    Eu sou Vondy, mas comecei a ler a web sem prestar atenção que era Portiñon e gostei muito da história, muito bem escrita, a escritora está de parabéns! Adorei :D

  • angelr Postado em 12/11/2013 - 16:20:47

    Ai perfeita continue postando estou ansiosa para os proximos acontecimentos

  • Valesca Postado em 12/11/2013 - 15:26:13

    posta mais curiosa

  • maanualves Postado em 12/11/2013 - 11:29:29

    Posta mais, amando, muito bem bolada essa web *-*

  • Valesca Postado em 08/11/2013 - 00:47:55

    Posta sua web é a melhor que já li posta mais


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