Fanfic: Belo Desastre - Laliter | Tema: Quase Anjos

Fiquei olhando enquanto Pablo ia embora. Ele era alto, de barba feita, vestia uma camisa risca de giz, bem passada, e calça jeans. Os cabelos loiros escuros e ondulados balançavam enquanto ele caminhava. Mordi o lábio, lisonjeada com a sua companhia.

Felipe: Ah, ele sim é mais a sua cara. – disse Felipe no meu ouvido. Olhei para ele sem conseguir parar de sorrir. – Ele é uma gracinha... Naquela posição básica de papai e mamãe, isso sim!

Lali: Felipe! – gritei dando uma tapa no ombro dele. Tirei uns papeis da minha bolsa enquanto ele acendia um cigarro o segurando entre os lábios. – Peguei as anotações.

Felipe: Impressionante! – exclamou dando uma olhada nas páginas. Depois as dobrou, enfiou no bolso e deu mais uma tragada no cigarro. – Que bom que as caldeiras da faculdade não estão funcionando. Você vai precisar mesmo de um banho frio depois do olhar provocante daquele pedaço de mau caminho.

Lali: O dormitório está sem água quente? – reclamei. Felipe assentiu, enquanto se despedia de mim dizendo que ia para a aula de álgebra. – Está bem, eu te vejo depois.

Carla: Não temos água quente. – murmurou minha colega de quarto, após eu subir até o quarto pisando duro e deixando a bolsa cair no chão assim que cheguei ao cômodo.

Lali: Já me disseram. – meu celular vibrou e o abri em um toque. Era uma mensagem de texto da Eugênia amaldiçoando as caldeiras. Alguns instantes depois, alguém batia à porta. – Entra!

Eugênia: Dá pra acreditar nessa merda? Pagamos uma fortuna e não podemos nem tomar um banho quente. – entrou se jogando na minha cama, de braços cruzados.

Carla: Pare de choramingar. Por que você não vai ficar com o seu namorado? Não é o que você tem feito mesmo? – disse Carla soltando um suspiro.

Eugênia: Boa idéia, Carla. O fato de você ser uma vaca vem a calhar às vezes. – Eugênia pegou o celular e digitou uma mensagem de texto com velocidade. O celular vibrou e ela sorriu pra mim. – Vamos ficar no apartamento do Nico.

Lali: O que? Eu não vou! – gritei. – E eu também nem fui convidada. – dei de ombros inventando uma desculpa.

Eugênia: Ah, vai sim! Não tem por que você ficar presa aqui, congelando no chuveiro, quando o Peter e o Nico têm dois banheiros no apê deles. – pausou. – E eu estou convidando você. O Nico já falou que tudo bem. Você pode dormir no sofá... Se o Peter não for usar. Se ele for usar, você pode dormir na cama dele. – deu de ombros.

Lali: De jeito nenhum! – ela revirou os olhos.

Eugênia: Não seja infantil. Vocês são amigos, sim? Se ele não tentou nada até agora, acho que não vai tentar mais. – falou entediada.

Suas palavras me fizeram calar a boca na hora. Peter tinha ficado perto de mim, de uma forma ou de outra, todas as noites, durante semanas. Estive tão ocupada me certificando de que todo mundo soubesse que éramos apenas amigos que não me ocorreu que ele realmente estava interessado somente em nossa amizade. Eu não sabia ao certo o motivo, mas eu me senti insultada.

Carla: Peter Maddox Lanzani não tentou levar você pra cama? – me olhou com descrença. Eu dei de ombros. – Mas ele nem tentou mesmo? Ele já dormiu com todo mundo...

Lali: Menos com a gente. – me referi a mim e Eugênia. – Nem com você. – Carla deu de ombros. – Bom, você não conhece o Peter, só ouviu o que os outros falam dele.

Eugênia: Então... – voltou a falar quando Carla passou a olhar para o monitor, ignorando nossa presença. Soltei um suspiro, vencida. – Coloque coisas para alguns dias. Vai saber quanto tempo vão levar para consertar as caldeiras.

Lali: Ai... Tudo bem. – o medo tomou conta de mim, como se eu estivesse prestes a entrar sorrateiramente em território inimigo.

Eugênia: Isso vai ser tão divertido. – Eugênia deu pulinhos e me abraçou, completamente animada.

Meia hora depois, colocamos nossas malas no Honda dela e nos dirigimos para o apartamento dos meninos. Eugênia mal respirava entre suas divagações enquanto dirigia. Tocou a buzina quando diminuiu a velocidade e parou no estacionamento, na vaga de sempre.

Nicolas: Oi amor. – disse após descer, apressado, os degraus. Ele pegou nossas malas e foi atrás de nós, enquanto subíamos as escadas. – A porta está aberta. Baby, sua mala pesa uns dez quilos a mais que a da Lali!

- Oi. – disse ela, surpresa. Eugênia e eu ficamos paralisadas quando essa mulher saiu do banheiro abotoando a blusa. Os olhos manchados de rímel nos examinaram antes de pousarem na nossa bagagem. Eu a reconheci: era a morena de pernas longas que Peter tinha seguido no refeitório.

Nicolas: Ela está com Peter. – disse erguendo as mãos após Eugênia lhe lançar um olhar fulminante.

Peter: Minhas amigas chegaram. – surgiu de cueca e bocejou. Ele olhou para sua convidada e lhe deu uma tapinha no bumbum. – É melhor você ir embora...

Gente, agora, com Lali no apartamento do Peter, as coisas vão começar a ficar boas... SofiaLanzani: Obrigada pelos elogios fofa, espero que a web continue agradando você. LaliterIsLove: Deixe de ser ansiosa mulher kkkkkkk Já já a aposta chega. Obrigada pelo elogio *--* Beijos e até mais :*

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