Fanfic: Belo Desastre - Laliter | Tema: Quase Anjos

- Vou deixar o número do meu telefone na bancada da cozinha. – ele negou a cabeça, bem casual. – O quê? – ela perguntou, reclinando-se para olhar nos olhos dele.

Eugênia: Toda vez é a mesma coisa! Como você pode ficar surpresa com isso? Ele é a droga do Peter Maddox! O cara é famoso exatamente por isso e todas às vezes vocês ficam surpresas. – disse ela.

Eugênia respirou fundo e se voltou para Nicolas que a abraçou fazendo um gesto para que ela se acalmasse. A garota franziu os olhos para Peter, pegou a bolsa e saiu batendo a porta com força. Ele entrou na cozinha e abriu a geladeira, como se nada tivesse acontecido.

Eugênia balançou a cabeça e seguiu pelo corredor. Nicolas foi atrás dela fazendo um ângulo com o corpo para compensar o peso da mala. Eu me joguei na cadeira reclinável e suspirei, me perguntando se era maluca por concordar em vir. Não tinha me tocado que o apartamento tinha alta rotatividade de piriguetes sem noção.

Peter: Qual o problema, Flor? Dia ruim? – Peter estava sorrindo, parado atrás da bancada da cozinha, com os braços cruzados sobre o peito. – Está indignada comigo?

Lali: É, com você. – ele sorria. Eu devia saber que ele estava esperando por essa conversa. Isso me atiçou a falar. – Como você pode usar alguém assim e tratá-la desse jeito?

Peter: Como foi que eu a tratei? Ela quis me dar o número do telefone, eu não aceitei. – meu queixo caiu com a ausência de remorso dele. – Por que eu ia querer o número dela se não vou ligar?

Lali: Por que você foi pra cama se não vai ligar? Você pode transar com a garota, mas não pode pegar o número do telefone dela? – Peter apoiou os cotovelos na bancada.

Peter: Não prometo nada pra ninguém, Flor. Ela não exigiu relacionamento sério antes de abrir as pernas no meu sofá. – olhei com nojo para o sofá.

Lali: Ela é filha de alguém, Peter. E se, no futuro, alguém tratar a sua filha desse mesmo jeito?

Peter: É melhor a minha filha não sair por aí tirando a roupa pra qualquer idiota que ela acabou de conhecer. – cruzei os braços com raiva por que o que ele tinha dito fazia sentido.

Lali: Então, além de admitir que você é um idiota, está dizendo que, por ela ter dormido com você, merece ser enxotada como um gato de rua?

Peter: Estou dizendo que fui honesto com ela. Ela é adulta, foi consensual... E ela não hesitou nem por um segundo, se você quer saber. Você está agindo como se eu tivesse cometido um crime.

Lali: Ela não parecia saber das suas intenções.

Peter: As mulheres em geral justificam seus atos com coisas da cabeça delas. Ela não me disse logo de cara que esperava um relacionamento, assim como eu não disse a ela que esperava sexo casual.

Lali: Você é um canalha!

Peter: Já fui chamado de coisa pior. – deu de ombros.

Fiquei encarando o sofá, com as almofadas ainda fora de lugar e amontoadas por causa do uso recente. Eu me contorci só de pensar em quantas mulheres haviam se entregado a ele ali, sobre o tecido que pinicava, além de tudo.

Lali: Acho que vou dormir aqui na cadeira reclinável mesmo. – murmurei e fulminei Peter com o olhar, furiosa com sua expressão confusa. – Não vou dormir naquela coisa! Só Deus sabe em cima do que eu estaria dormindo.

Peter: Você não vai dormir aí na cadeira nem no sofá. Vai dormir na minha cama. – ergueu minha bagagem do chão. – E não se preocupe, ela é mais higiênica. Nunca levei ninguém para a minha cama.

Lali: Dá um tempo! – revirei os olhos. Ele me olhou como se estivesse mesmo falando sério e eu suspirei. – Então por que eu posso ficar na sua cama?

Peter: Está planejando transar comigo esta noite? – ergueu um canto da boca em um sorriso malicioso. Neguei com a cabeça. – Eis o porque. Agora levanta o bumbum mal-humorado daí e vá tomar um banho quente e depois vamos estudar um pouco de biologia.

Olhei irritada para ele por um instante e então, relutante, fiz o que ele mandou. Fiquei embaixo do chuveiro por bastante tempo, deixando que a água levasse embora minha raiva. Massageando o xampu no cabelo, soltei um suspiro pela sensação maravilhosa de estar em um banheiro não comunitário novamente.

Peter: Flor? Sou eu. – disse Peter. Automaticamente envolvi com os braços as partes do corpo que não queria que ele visse. – Você se esqueceu de pegar a toalha e eu peguei uma roupa sua.

Lali: Mexeu nas minhas coisas? – perguntei com um gritinho meio agudo. Ele não respondeu. Em vez disso, ele abriu a torneira e começou a escovar os dentes. – Vai embora, Peter.

Peter: Não posso dormir sem escovar os dentes. – ele ergueu o olhar para mim, com os lábios cobertos de espuma da pasta de dentes. – Não vou espiar, Flor. – disse ele dando uma risadinha.

JucinairaEspozani: Siiiiiim, agora tudo começa haha 3:). SofiaLanzani: Obrigada linda *-*. Obrigada a todos que estão favoritando a web, sejam bem-vindos. Beijos lindos :*

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