Fanfic: Belo Desastre - Laliter | Tema: Quase Anjos

Fiquei esperando debaixo da água com os braços bem apertados em volta do peito, enquanto Peter ainda escovava os dentes. Ele cuspiu, bochechou, cuspiu de novo e depois a porta se fechou. Eu me enxagüei, me sequei o mais rápido possível, vesti a camiseta e o short e penteei o cabelo. Vi o hidratante de uso noturno que Peter tinha levado até o banheiro e não consegui conter o sorriso. Ele era atencioso e quase gentil quando queria.

Peter: Anda logo, Flor. Vou apodrecer de tanto esperar aqui! – abriu a porta de novo. Joguei meu pente nele, mas ele conseguiu desviar, fechando a porta e rindo sozinho até chegar ao quarto.

Eugênia: Boa noite Lali. – disse quando, no caminho, passei pelo quarto de Nicolas. Desejei boa noite e hesitei antes de bater duas vezes, suavemente, na porta em frente, o quarto do Peter.

Peter: Entra, Flor. Não precisa bater. – ele abriu a porta e eu entrei. Vi a cama disposta paralelamente às janelas do outro lado do quarto. Eu esperava um quarto repleto de pôsteres de mulheres peladas, mas não havia nem propaganda de cerveja. – Gostei do pijama. – sentou na cama e deu umas batidinhas no travesseiro a seu lado. – Bem, pode vir. Não vou te morder.

Lali: Não tenho medo de você. – falei, indo até a cama e largando o livro de biologia ao lado dele. – Você tem uma caneta? – ele apontou com a cabeça para a mesa de cabeceira.

Peter: Na gaveta de cima. – eu me estendi até o outro lado da cama, abri a gaveta e achei três canetas diferentes, um lápis, um tubo de KY e um pote de vidro do qual transbordava diferentes marcas de camisinha. – Que foi?

Lali: Você assaltou um posto de saúde? – disse após, revoltada, pegar a caneta e fechar a gaveta com força, sem conseguir esconder a expressão indignada. – Por causa do seu suprimento de camisinhas para uma vida inteira.

Peter: É melhor prevenir do que remediar, certo? – revirei os olhos e um sorriso zombeteiro surgiu em seus lábios. Ele leu umas anotações para mim, ressaltando pontos principais.

Lali: Estou acabada. – depois de uma hora, tirei os óculos e esfreguei os olhos. – Não consigo memorizar nem mais uma macromolécula.

Peter: Tudo bem. – Peter sorriu e fechou o livro.

Parei um pouco, sem saber como dormiríamos. Peter saiu do quarto, cruzou o corredor e falou algo ininteligível para Nicolas no quarto dele antes de ligar o chuveiro. Virei às cobertas e puxei-as até o pescoço, ouvindo o chiado agudo da água no encanamento. Dez minutos depois, ele entrou no quarto com uma toalha enrolada nos quadris.

Tinha tatuagens nos dois lados do peito e tribais em preto cobriam ambos os ombros salientes. No braço direito, linhas negras e símbolos estendiam do ombro até o pulso. No esquerdo, as tatuagens terminavam no cotovelo, com uma única linha manuscrita na parte de baixo do antebraço. Fiquei de costas para Peter enquanto ele deixava a toalha cair na frente da cômoda e vestia a cueca. Depois desligou a luz e deitou na cama, ao meu lado.

Lali: Você vai dormir aqui também? – perguntei me virando para olhar para ele. A lua cheia refletia através da janela e lançava sombras no rosto dele. – Eu sei que é sua cama, mas... – parei de falar por um instante.

Peter: Não confia em mim ainda? Juro que vou me comportar muito bem. – abriu um sorriso e balançou a cabeça. Eu me virei e descansei a cabeça no travesseiro. – Boa noite, Beija-Flor. – ele sussurrou em meu ouvido.

Eu podia sentir seu hálito de menta na minha face, o que fez cada centímetro do meu corpo arrepiar. Ainda bem que estava muito escuro e ele não podia ver minha reação embaraçosa ou o rubor que tomou conta do meu rosto logo em seguida.

Parecia que eu tinha acabado de fechar os olhos quando ouvi o despertador. Estiquei-me para desligá-lo, mas puxei a mão de volta, horrorizada, ao sentir uma pele morna sob os dedos. Tentei lembrar onde estava. Quando dei por mim, fiquei mortificada de que Peter pudesse pensar que eu tinha feito isso de propósito.

Lali: Peter? O despertador. – sussurrei. Como ele não se mexia, estiquei a mão por cima dele e tateei o despertador. Não sabendo como desligá-lo, bati no relógio e Peter deu uma risadinha. – Estava acordado?

Peter: Prometi que ia me comportar. Não falei nada sobre deixar você se deitar em cima de mim. – ele estendeu a mão e apertou um botão. – Quer tomar café?

Lali: Eu não me deitei em cima de você. – protestei. – Eu não consegui alcançar o relógio. Esse deve ser o alarme mais irritante que já ouvi em toda a minha vida, parece um animal morrendo. E eu não estou com fome.

Peter: Bom, eu estou. Por que você não vai comigo de moto até a cafeteria? – girei os pés até a lateral da cama e os enfiei nos chinelos, arrastando-me até a porta. – Aonde você vai? – ele quis saber.

Lali: Vou me vestir e ir pra aula. Você precisa de um itinerário meu enquanto eu estiver aqui? – Peter se espreguiçou e então veio andando na minha direção, ainda de cueca.

Peter: Você é sempre tão temperamental assim ou isso vai parar quando você acreditar que eu não estou arquitetando nenhum plano para transar com você? – ele se inclinou mais próximo de mim e sussurrou em meu ouvido: – Não quero transar com você, Flor. Gosto demais de você para isso. – então foi caminhando até o banheiro.

Fiquei parada, perplexa. As palavras de Carla ficavam se repetindo na minha cabeça. Peter transava com qualquer uma e eu não conseguia evitar a sensação de inferioridade ao saber que ele não tinha vontade nem de tentar transar comigo.

Antes de mais nada, muito obrigada a todos que favoritam a web, sejam bem-vindos. May_Hana: Pode chegando hehe Seja bem-vinda flor, espero que goste. Então... Tenho muito pouco tempo Rsrs, por isso posto um dia sim e um dia não, entendeu ?! AmoLanzani: Que bom *---* Peter ainda vai enlouquecer a Lali com essas cenas kkkkkkkkk LaliterIsLove: Fico feliz que esteja gostando cada vez mais :D. SofiaLanzani: Claaaaaaaaaaro que começa tudo hahaha. Beijos e boa noite meus amores *-*

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