Fanfic: Belo Desastre - Laliter | Tema: Quase Anjos

Lali: Ah, meu Deus! As pessoas devem achar que estamos juntos e que você continua sem vergonha nenhuma com seu estilo de vida. Devo parecer patética. – continuei a falar. – Acho que eu não devia ficar mais no seu apartamento. Devíamos nos afastar por um tempo.

Peter: Ninguém acha que estamos juntos, Flor. Você não precisa parar de falar comigo para provar alguma coisa. – ele foi andando até o estacionamento, segurando meus pertences. – Vou dar um jeito nisso. Não quero ninguém pensando coisas ruins sobre você por minha causa... Deixe-me te compensar por isso. Por que não vamos ao Holandês hoje à noite?

Lali: Mas lá é um bar de motoqueiros. – falei com desdém, observando enquanto ele prendia minha sacola à moto.

Peter: Tudo bem, então nós vamos a uma casa noturna. Levo você para jantar e depois podemos ir á Porta Vermelha. Eu pago tudo. – ele subiu na moto.

Lali: Como sair pra jantar e depois ir a uma casa noturna vai resolver meus problemas? Quando as pessoas nos virem juntos, vai ser pior. – questionei.

Peter: Pensa bem. Eu, bêbado, numa sala cheia de mulheres com um mínino de roupa? Não vai demorar muito para as pessoas se darem conta de que não somos um casal. – explicou ele.

Lali: E o que eu devo fazer? Pegar um carinha no bar e levá-lo pra casa, para deixar as coisas bem claras? – falei irônica. – Uma garota qualquer do bar vai com a gente até em casa? É assim que você vai me compensar?

Peter: Eu não disse isso, não precisa se empolgar. – disse ele, referindo-se a segunda frase do meu comentário anterior. Depois, franziu a testa. – E você não está com ciúme, está, Beija-Flor?

Lali: Ciúme de quem? Da imbecil com DST que você vai irritar e mandar embora de manhã? – ele riu e deu partida na sua moto, voando até o apartamento. Depois de descer da moto, dei uma tapa no ombro dele. – Esqueceu que eu estava com você ou estava tentando me matar?

Peter: Fica difícil esquecer que você está atrás de mim quando suas coxas me apertam tanto que quase me matam. – com a próxima fala dele, veio um sorriso malicioso. – Pra falar a verdade, eu não consigo pensar em uma forma melhor de morrer.

Lali: Tem algo muito errado com você. – mal tínhamos entrado no apartamento, quando Eugênia saiu do quarto de Nicolas arrastando os pés. – Estávamos pensando em sair hoje à noite. Vocês topam?

Peter: Vamos dar uma passada naquele lugar de sushi e depois vamos a Porta Vermelha. – olhei para Peter e abri um sorriso. O sorriso de Eugênia foi de um lado ao outro.

Eugênia: Nico! – ela gritou, seguindo em disparada para o banheiro. – Vamos sair hoje à noite!

Fui à última a entrar no chuveiro. Nicolas, Eugênia e Peter já estavam impacientes, em pé ao lado da porta, quando saí do banheiro usando um vestido preto e sapatos de salto alto Pink. Eugênia assobiou e me elogiou, sorri em agradecimento e Peter estendeu a mão para mim.

Peter: Belas pernas. E eu não acho que seja obra do seu aparelho de depilação. – ele sorriu e me puxou porta fora.

Já estávamos falando muito alto no Sushi Bar e tínhamos bebido o suficiente para a noite toda antes mesmo de pôr os pés na Porta Vermelha. Nicolas entrou no estacionamento, demorando um tempo para achar um lugar para estacionar.

Nicolas: Até a noite acabar, a gente arruma uma vaga. – murmurou. – Tenho que achar uma vaga grande. Não quero que nenhum bêbado imbecil estrague a pintura do meu carro.

Peter: Eu queria perguntar sobre a identidade de vocês. – disse assim que estacionamos e saímos do carro. – Elas são perfeitas. Não se consegue dessas por aqui.

Eugênia: Já faz um tempinho que a gente tem. Era necessário... Em Wichita. – Peter franziu o cenho. – Que bom que a Lali conhecia as pessoas certas. – ela soluçou e cobriu a boca, dando uma risadinha.

Nicolas: Santo Deus, mulher! – disse Nicolas segurando o braço de Eugênia, enquanto ela andava desajeitada pelo caminho de cascalho. – Acho que você já bebeu o suficiente.

Peter: Do que você está falando, Eugênia? Que pessoas certas são essas? – fez uma careta.

Eugênia: A Lali tem uns antigos amigos que...

Lali: São identidades falsas, Pitt. – eu a interrompi, antes mesmo de ela falar algo errado. – É preciso conhecer as pessoas certas se quiser que sejam feitas do jeito certo... Certo? – Eugênia desviou o olhar de Peter e fiquei esperando.

Peter: Certo. – ele disse, estendendo a mão para pegar a minha. Peguei três dedos dele e sorri, sabendo por sua expressão que ele não estava satisfeito com a minha resposta.

Lali: Preciso de outro drinque! – eu disse, numa segunda tentativa de mudar de assunto.

Eugênia: Mais uma dose! – gritou Eugênia.

Nicolas: Ah, é. É disso que você precisa, mais uma dose. – revirou os olhos.

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