Fanfic: Belo Desastre - Laliter | Tema: Quase Anjos

No dia seguinte, fui almoçar com Eugênia e Nicolas. Conforme os alunos foram entrando no refeitório, as cadeiras à minha volta encheram de amigos da fraternidade de Nicolas e de membros do time de futebol. Logo depois, tanto eu quanto Eugênia, viramos e vimos Peter sentando em um lugar na ponta da mesa. Duas loiras tingidas com a blusa de uma fraternidade o acompanhavam. Uma delas sentou no colo dele e a outra lhe acariciava a camisa.

Eugênia: Acho que acabei de vomitar um pouquinho. – murmurou Eugênia observando as mulheres.

- Eu ouvi o que você disse vaca. – a loira que estava no colo de Peter falou. Eugênia pegou um pãozinho e jogou nela errando por muito pouco o rosto da garota.

Peter: Eugênia é minha amiga. – antes que a loira pudesse dizer mais alguma coisa, Peter abriu as pernas e ela caiu no chão. – Você precisa encontrar outro colo para se sentar, Letícia.

Letícia: Peter! – ela reclamou, se esforçando para ficar em pé. Ele voltou à atenção para o prato, ignorando a loira que bufou de raiva e saiu sendo seguida pela irmã.

Peter deu uma piscadela para Eugênia e enfiou mais uma garfada na boca, como se nada tivesse ocorrido. Então notei um pequeno corte na sobrancelha dele. Ele e Nicolas trocaram olhares de relance e depois iniciaram uma conversa com o time de futebol. A maioria das pessoas estava saindo da mesa, mas nós quatro permanecíamos lá discutindo como seria nosso fim de semana. Peter se levantou como se fosse embora, mas parou na nossa ponta da mesa.

Nicolas: Que foi? – perguntou em voz alta, colocando a mão perto do ouvido. Tentei ignorá-lo quanto pude, mas, quando ergui o olhar, Peter estava me encarando. – Você a conhece, ela estava com a gente. Melhor amiga da Euge.

Peter: Desde quando Eugênia tem uma melhor amiga? – sorriu para mim com sua expressão mais charmosa. Ele transbordava sexo e rebeldia com aqueles antebraços tatuados e os cabelos cortados rente à cabeça.

Eugênia: Desde o penúltimo ano da escola. – ela respondeu pressionando os lábios enquanto sorria em minha direção. – Você não lembra Peter? Você destruiu o suéter dela.

Peter: Eu destruo muitos suéteres. – ele sorriu e eu rolei os olhos na sua tentativa de me seduzir. Peter se sentou na cadeira vazia ao meu lado. – Então você é a Beija-Flor, não é?

Lali: Não, eu tenho nome. – respondi com raiva. Ele parecia se divertir com a forma como eu o encarava, e isso só servia para me deixar mais irritada.

Peter: E qual é o seu nome? – perguntou. Dei uma mordida no que tinha sobrado da maçã no meu prato, ignorando-o. – Então vai ser Beija-Flor. – deu de ombros. – O meu é Peter. Peter Maddox Lanzani. – rolei os olhos de novo.

Lali: Estou tentando comer. – ergui o olhar de relance para Eugênia, depois me virei para Peter. – E eu sei quem você é. É difícil não perceber quando cinqüenta bêbados entoam seu nome.

Peter: Isso acontece muito comigo. – revirei os olhos mais outra vez e ele deu uma risada abafada. – Você tem um tique? Seus olhos ficam revirando. Mas são olhos incríveis. De que cor eles são? – indagou se aproximando de mim.

Baixei o olhar para o prato criando uma espécie de cortina entre a gente com as longas mechas do meu cabelo cor de caramelo. Eu não gostava da forma como ele me fazia sentir quando estava tão perto. Não queria ser como as outras garotas que ficavam ruborizadas na presença dele. Não queria que ele mexesse comigo daquele jeito. De jeito nenhum.

Eugênia: Nem pense nisso Peter, ela é como uma irmã para mim. – Eugênia avisou. – Você não faz o tipo dela. – ela disse mudando de estratégia.

Nicolas: Baby. – Nicolas disse a ela. – Você acabou de dizer não, agora é que ele não vai parar mesmo.

Peter: E só para constar, eu faço o tipo de todas. – lancei um olhar para ele e sorri. – Ah! Um sorriso. Não sou um canalha completo no fim das contas. Foi um prazer conhecer você, Flor. – ele disse e piscou.

Nicolas: Tira a boca da orelha da minha garota. – disse jogando batata frita no primo após o mesmo dar a volta na mesa e se inclinar para dizer algo no ouvido de Eugênia.

Peter: Conexões! Estou criando conexões. – foi andando de costas com as mãos para cima em um gesto inocente. Algumas garotas o seguiram tentando chamar sua atenção. Ele abriu a porta para elas e as mesmas gritaram de prazer.

Eugênia: Ah não! Você está numa enrascada. – eu a encarei, temerosa. – Ele quer que eu leve a Lali até o apartamento em que ele mora. – Nicolas negou com a cabeça.

Nicolas: Lali, você é uma garota inteligente. Estou te avisando: se cair no papo dele e depois acabar ficando brava, não venha descontar em mim e na Eugênia, certo?

Lali: Não vou cair na dele. Você acha que eu pareço uma daquelas bonecas gêmeas? – sorri lhe dizendo.

Nicolas: Vocês não sabem quantas vezes ele ferrou as coisas pra mim por causa de uma das relações amorosas de uma noite com a melhor amiga da minha namorada. Estou te falando. – ele olhou para mim. – Não venha me dizer depois que a minha loira não pode ir ao meu apartamento nem ser minha garota por que você caiu no papo do Peter. Considere-se avisada.

Lali: Desnecessário, mas obrigada. – respondi. Tentei o tranqüilizar com um sorriso, mas o pessimismo dele era resultado de muitos anos de prejuízos causados pelo Peter.

Obrigada MatheusRr por ter comentado o 1° capítulo, está postado! Quero muito mais comentários gente. Será possível que apenas o Matheus está gostando da fic ?? :/ Beijos e até mais :**

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