Fanfic: Belo Desastre - Laliter | Tema: Quase Anjos

Peter era o pior tipo de cara confiante. Não era apenas descaradamente ciente de seu poder de atração, mas estava acostumado com o fato de as mulheres se jogarem pra cima dele de modo que via meu comportamento frio como um alívio em vez de um insulto. Eu teria que mudar minha estratégia.

Eugênia: Tem um filme bom passando hoje na TV. Alguém quer descobrir o que aconteceu a Baby Jane? – Eugênia disse apontando o controle remoto para a televisão ligando-a.

Peter: Eu já estava saindo para jantar. – levantou-se. – Está com fome, Flor? – eu neguei com a cabeça no mesmo instante em que Eugênia assentiu.

Eugênia: Qual é Lali? Você nem comeu. – disse antes de se dar conta de seu erro. – Ah... Hum... Esqueci que você comeu antes de sairmos. Você pediu pizza não foi?

Peter: Vamos. Você deve estar com fome. – fiz uma careta para Eugênia pela tentativa frustrada de consertar a gafe e então esperei para ver a reação de Peter. Ele cruzou a sala e abriu a porta. – Podemos ir a uma pizzaria.

Lali: Eu não estou vestida para isso. – olhei para minhas roupas e depois para ele que me analisou por um instante e então abriu um sorriso.

Peter: Você está ótima e eu estou morrendo de fome. – levantei e me despedi de Eugênia passando por Peter para descer as escadas. Parei na garagem olhando horrorizada enquanto ele subia em uma moto preta fosca. – Sobe. Eu vou devagar. – olhou com impaciência na minha direção.

Lali: Que moto é essa? – perguntei lendo tarde demais o que estava escrito no tanque de gasolina. Peter ficou me encarando como se eu fosse de outro mundo.

Peter: É uma Harley Night Rod, o amor da minha vida, então vê se não arranha a pintura quando subir. – sorriu divertido. – Sobe aí.

Ele colocou os óculos de sol e o motor da sua moto rugiu ao ser ligado. Subi na moto e estiquei a mão para trás buscando algo em que me segurar, mas meus dedos deslizaram do couro para a cobertura de plástico da lanterna traseira. Peter agarrou meus pulsos e envolveu sua cintura com eles.

Peter: Não tem nada em que se segurar além de mim, Flor. Não solte. – disse empurrando a moto para trás com os pés.

Lali: Estou de chinelos. – ele me encarou enquanto ria, era como se eu estivesse falando outra língua.

Peter: E eu estou de botas, mas você não me ouve reclamar disso, não é? – sorriu de canto e seus músculos ficaram tensos.

Com um leve momento de pulso, já estávamos na rua disparando feito um foguete. As mechas soltas do meu cabelo batiam no meu rosto e eu me escondia atrás de Peter sabendo que acabaria com entranhas de insetos nos óculos se olhasse por cima do ombro dele. Ele acelerou quando chegamos à frente do restaurante e, assim que diminuiu a velocidade para parar, não perdi tempo e fui correndo para a segurança do concreto.

Peter: Fui ao limite de velocidade. – Peter deu uma risadinha apoiando a moto do estribo lateral antes de descer. – Eu não deixaria nada acontecer a você, Beija-Flor. – me olhou tirando o cabelo do meu rosto e abrindo a porta pra mim.

Passei por ele pisando duro e entrei no restaurante. Minha cabeça não estava em sincronia com meus pés. Um cheiro de gordura e ervas enchia o ar enquanto eu o seguia pelo carpete vermelho sujo de migalhas de pão. Ele escolheu uma mesa no canto longe dos grupos de alunos e das famílias e então pediu duas cervejas.

Peter: Então, qual é a sua história, Flor? Você odeia os homens em geral ou é só comigo? – Peter apoiou os cotovelos na mesa e fixou seus olhos verdes em mim.

Lali: Acho que é só com você. – resmunguei. Ele riu divertindo-se com meu estado de humor. Prendi os cabelos bagunçados pelo vento atrás das orelhas, repentinamente envergonhada pela minha aparência.

Peter: Não consigo sacar qual é a sua. Você é a primeira garota que sentiu desprezo por mim antes do sexo. Você não fica toda desorientada quando conversa comigo e não tenta chamar a minha atenção.

Lali: Não é uma manobra tática. Eu só não gosto de você. – soltei um suspiro. – Eu não quero dizer que você é uma má pessoa, só não gosto de ser tratada de determinada forma pelo simples fato de ter um brinquedo feminino no meio das pernas.

Peter: Ah meu Deus, assim você me mata. É isso aí, a gente tem que ser amigos. Não aceito não como resposta. – os olhos dele estavam arregalados e ele tremia de tanto rir.

Lali: Não me incomodo em sermos amigos, mas isso não quer dizer que você tenha que tentar transar comigo a cada cinco segundos. – disse me concentrando nos grãos de sal na mesa.

Peter: Você não vai pra cama comigo, eu já entendi. – tentei não sorrir, mas falhei. Os olhos dele ficaram brilhantes. – Eu dou a minha palavra. Não vou pensar em transar com você... A menos que você queira.

Lali: Como isso não vai acontecer, podemos ser amigos. – descansei os cotovelos na mesa para me apoiar.

Peter: Nunca diga nunca, Flor. – um sorriso travesso ressaltou ainda mais suas feições quando ele se inclinou mais perto de mim. – Nunca diga nunca. – repetiu.

Gente, eu já disse que eu amo vocês ?? Rsrsrs 22 leitores, minha nossa !!! LaliterIsLove: Também amo essa coisa toda de espontaneidade. Eles são uns fofos *---*. JucinairaEspozani: Obrigada minha linda por comentar. Espero que continue gostando, vou fazer o melhor para merecer mais elogios como esses! Beijos :*. Beijos e boa noite meus amores :*

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