Fanfic: Belo Desastre - Laliter | Tema: Quase Anjos

Rostos familiares preenchiam nossa mesa. Eu me sentei entre Eugênia e Felipe. Os outros lugares foram ocupados por Nicolas e seus amigos. Era difícil ouvir alguma coisa com o barulho que fazia no refeitório. Todo mundo parecia mais elétrico que de costume.

Nicolas: Olá Bruno. – cumprimentando o cara que sentava à minha frente. A pele bronzeada e os olhos cor de chocolate contrastavam com o boné branco do time de futebol enterrado na testa.

Bruno: Senti sua falta depois do jogo no sábado, Nico. Bebi uma cerveja ou seis por você. – disse ele com um sorriso amplo e branco.

Nicolas: Valeu. Levei a minha loira para jantar. – respondeu inclinando-se para beijar o topo dos longos cabelos dela.

Peter: Você está sentado na minha cadeira, Bruno. – Bruno se virou e viu Peter parado atrás dele, depois olhou surpreso para mim.

Bruno: Ah, ela é uma de suas minas, Peter? – olhou pra mim e eu balancei negativamente a cabeça. Bruno olhou para Peter, deu de ombros e levou sua bandeja até a ponta da mesa.

Lali: O que é isso? – perguntei sem conseguir desviar o olhar da bandeja dele. Aquela comida misteriosa parecia um pedaço de cera. – Esquece. Não vou criticar as habilidades culinárias da moça do refeitório.

Eugênia: Aí... A prova de biologia é depois do almoço. Mas eu não estudei. Passei a noite jurando para o meu namorado que você não vai dormir com o Peter. – resmungou Eugênia.

Os jogadores de futebol sentados na ponta da nossa mesa interromperam suas risadas idiotas para nos ouvir com mais atenção, fazendo com que outros alunos percebessem. Olhei furiosa para Eugênia, mas ela estava distraída, cutucando Nico. Não deixei de notar o olhar inquisitivo dos que estavam sentados à mesa. O comportamento de Peter estimulava a curiosidade deles e contive um sorriso por ser a única garota que eles já tinham visto Peter insistir em sentar perto.

Peter: Meu Deus, Nico. Você está mal, hein? – Peter exclamou jogando um sache de ketchup no primo. Nicolas não respondeu e eu sorri agradecida por Peter ter conseguido desviar a atenção.

Eugênia: Ele vai ficar bem. Só vai levar um tempinho pra ele acreditar que a Lali consegue resistir ao seu poder de sedução. – disse esfregando as costas dele.

Peter: Eu não tentei seduzir a Lali. – Peter torceu o nariz, parecendo ofendido. – Ela é minha amiga. – olhei para Nicolas como se dissesse que ele não tinha com que se preocupar. – E você, estudou? – me perguntou.

Lali: Eu? – franzi a testa. – Não importa quanto eu estude. Biologia simplesmente não entra na minha cabeça.

Peter: Vem comigo. Vamos pegar o seu caderno e eu vou te ajudar a estudar. – eu o encarei e continuei sentada. – Levanta o bumbum daí, Flor. Você vai gabaritar essa prova.

Lali: Ok. – puxei de leve uma das longas tranças loiras de Eugênia quando passei por ela que sorriu. – Vejo você na aula, loira. Guardo um lugar pra você, tenho certeza de que vai precisar de toda ajuda possível.

Peter foi comigo até o meu quarto e peguei o livro de biologia, enquanto ele abria meu caderno. Ele me fazia perguntas sobre a matéria e depois esclarecias os pontos que eu não tinha entendido. Do jeito que ele explicava, os conceitos partiam do confuso para o óbvio.

Peter: Você entendeu. Agora, conhece esse livro de biologia de trás para frente e de frente para trás. – soltei um suspiro. – Vou andando com você até a classe e vou ficar lhe fazendo perguntas pelo caminho.

Lali: Você não vai ficar bravo se eu for um fracasso total nessa prova, vai? – perguntei receosa.

Peter: Você não vai fracassar, Flor. Mas precisamos começar mais cedo da próxima vez. – disse. – Posso ser seu tutor, eu tenho tempo. Não treino para as lutas. O André me liga, me diz onde vai ser e eu vou. Agora, manda a ver.

Pablo: Ei, Peter. – vi o garoto alto, meio magricelo, sorrir para Peter a caminho da classe. Peter o cumprimentou com um aceno de cabeça. Os olhos de Pablo se iluminaram um pouco quando ele me olhou. – Oi Lali.

Lali: Oi. – falei surpresa por ele saber meu nome. Eu já tinha o visto na sala de aula, mas não tínhamos sido apresentados em momento nenhum. Pablo sentou, fazendo piadas com quem estava ao lado. – Quem é esse?

Peter: Pablo Martínez, ele é um dos meus companheiros de fraternidade. – deu de ombros. E riu quando viu minha expressão surpresa. – Achei que você sabia que eu era da mesma fraternidade que o Nicolas.

Lali: Bom... Você não parece o tipo de cara que participa de fraternidades. – comentei olhando para as tatuagens nos antebraços dele. Peter voltou a atenção para mim e abriu um sorriso.

Peter: Meu pai se formou aqui e meus irmãos foram da mesma fraternidade. É um lance de família. – respondeu dando um peteleco nos meus papéis. – É melhor você entrar na sala.

Lali: Obrigada pela ajuda. – eu disse o cutucando com o cotovelo. Eugênia passou por nós e eu fui atrás dela. – Ele é um bom tutor... É um bom amigo também. – vi que ela ficou desapontada com o meu comentário.

Seu sonho era que namorássemos amigos ou primos que dividissem o mesmo apartamento. Assim ela procurou um amigo do Nicolas para me apresentar. O interesse saudável do Peter em mim tinha ido além das expectativas dela.

Gente, ontem tentei postar pelo celular. Sendo que não funcionou. Além de escrever o capítulo errado, ele só queria carregar de pedaço em pedaço. Enfim, não consegui postar. Agora eu editei esse capítulo e coloquei o texto certo. Espero que todos leiam e gostem. Beijos e até mais :*

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