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Capítulo: 6? Capítulo

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E assim que seu irmão se deu conta de quão assustada estava Dulce, o que fez foi atá-la à cadeira de montar e lhe dar uma palmada na garupa ao cavalo para que se lançasse em um desenfreado galope através dos campos.
O terror de Dulce tinha excitado a seu irmão. Quando ela finalmente aprendeu a ocultar seu medo, Guilhermo cessou por fim seu sádico jogo.
Até ali onde chegava sua memória, Dulce sempre soube que não lhes caía nada bem nem a seu pai nem a seu irmão, e tinha provado todas as maneiras que conhecia para fazer que a quisessem embora só fosse um pouquinho. Quando Dulce fez oito anos a enviaram com o pai Berton, o irmão pequeno de sua mãe, para o que ao princípio tão só ia ser uma curta visita e que logo se converteu em longos anos cheios de paz. O pai Berton era o único parente vivo do lado materno da família. O sacerdote fez quanto pôde para criá-la e lhe repetia constantemente, até que finalmente Dulce quase chegou a acreditá-lo, que eram seu pai e seu irmão quem era uns estúpidos, e não ela.
OH, sim, seu tio era um homem muito bom e carinhoso cujas amáveis maneiras terminaram passando a formar parte do caráter do Dulce. O pai Berton lhe ensinou muitas coisas, nenhuma das quais era tangível, e a queria tanto como qualquer pai de verdade tivesse podido querer a sua filha. Explicou-lhe que Guilhermo desprezava a todas as mulheres, mas nisso Dulce não acreditou. A seu irmão só importavam suas irmãs maiores. Tanto Fernanda como Sara tinham sido enviadas a magníficas mansões para que fossem adquirindo a educação apropriada, e as duas irmãs contavam com uma dote impressionante que contribuir ao matrimônio, embora só Fernanda tinha chegado a casar-se.

O pai Berton também lhe havia dito que se o pai de Dulce não queria ter nada que ver com ela isso era porque se parecia muito a sua mãe, uma mulher delicada e carinhosa com a que ele contraiu matrimônio para logo passar a converter-se em seu inimigo quase logo que se intercambiaram os votos nupciais. Seu tio não sabia qual era a razão pela que o pai de Dulce tinha trocado de atitude, mas mesmo assim atribuía a culpa a sua alma.
Dulce quase não guardava nenhuma lembrança dos primeiros anos, embora uma agradável calidez se apropriava de todo seu ser cada vez que lhe ocorria pensar em sua mãe. Naquela época Guilhermo não tinha estado ali muito freqüentemente para poder zombar-se dela, e Dulce se encontrava adequadamente protegida pelo amor de sua mãe.
Guilhermo era o único que dispunha das respostas às perguntas que se fazia Dulce. Seu irmão possivelmente o explicaria todo algum dia, e então ela o entenderia. E com a compreensão chegaria a cura, verdade?
Deus, decidiu Dulce, tenho que se separar de minha cabeça todos estes pensamentos tão sombrios. Deixou-se escorregar do alto do penhasco e foi dar um passeio pelo acampamento, bem afastada dos homens.
Quando deu meia volta e entrou no denso bosque, ninguém a seguiu e isso permitiu que Dulce pudesse ocupar-se de dar satisfação às exigências de seu corpo. Já estava retornando por onde tinha vindo quando viu um pequeno arroio. A superfície das águas se havia gelado, mas Dulce utilizou um ramo para quebrar o gelo. Ajoelhando-se junto ao arroio, lavou-se as mãos e a face. As águas do arroio estavam o bastante geladas para lhe enrugar as pontas dos dedos, mas aquele líquido cristalino era maravilhoso.

Então Dulce sentiu que alguém acabava de deter-se detrás dela. voltou-se com tal rapidez que esteve a ponto de perder o equilíbrio. Era Christopher, elevando-se sobre ela.
- Vêem, Dulce - disse-lhe - . É hora de descansar.
Não lhe deu tempo a que respondesse a sua ordem, mas sim se inclinou sobre ela e a colocou em pé. Sua calosa mão era tão grande que rodeou as suas. A presa do Christopher era firme, mas seu contato era suave e não a soltou até que tiveram chegado à abertura de sua lona, uma estrutura de estranho aspecto consistente em peles de animais selvagens que formavam uma cúpula graças às grosas e rígidos ramos que as sustentavam. As peles manteriam a raia o vento que já estava começando a aumentar. Outra pele cinza tinha sido estendida em cima do chão dentro da lona, com a óbvia intenção de que fora utilizada como cama de armar. O resplendor da fogueira mais próxima projetava sombras que dançavam sobre as peles, fazendo que a lona parecesse cálida e confortavel.
Christopher lhe indicou com um gesto que entrasse. Dulce se apressou a lhe obedecer, mas uma vez dentro da lona descobriu que não conseguia estar quieta. As peles de animal tinham absorvido uma grande parte da umidade do chão, e Dulce se sentiu como se a tivessem deitado em cima de um enorme bloco de gelo.
Christopher tinha ficado imóvel com os braços cruzados diante de seu enorme peito e a contemplava enquanto ela tratava de ficar cômoda. Dulce manteve o rosto impassível, jurando que morreria antes que lhe oferecer uma sozinha palavra de queixa a Christopher.
De repente ele voltou a procurá-la com um brusco puxão, faltando muito pouco para que derrubasse a lona em sua pressa. Lhe tirando a capa dos ombros, Christopher fincou um joelho no chão e estendeu o objeto em cima das peles de animal.
Dulce não entendia qual podia ser sua intenção. Tinha pensado que a lona era unicamente para ela, mas ato seguido Christopher se acomodou no interior e, estirando-se quão longo era, ocupou a maior parte do espaço. Dulce começou a voltar-se, enfurecida ante a maneira em que ele tinha reclamado sua capa para sua própria comodidade. Por que não se limitou a deixá-la na fortaleza de Guilhermo se tinha intenção de fazê-la morrer de frio, em vez de arrastá-la consigo através de meio mundo?
Nem sequer teve tempo de soltar uma exclamação abafada, porque Christopher a prendeu com a velocidade de um raio. Dulce caiu em cima dele e deixou escapar um gemido de protesto. Quase não tinha conseguido meter-se dentro do peito um pouco de ar fresco e uma nova ofensa antes de que Christopher se voltasse sobre seu flanco, levando-lhe com ele. Logo estendeu sua capa por cima dos dois, deixando presa Dulce dentro de seu abraço. Sua face tinha ficado para cima junto à base do pescoço de Christopher, e seu alto da cabeça se encontrava justo debaixo do queixo dele.
Dulce, horrorizada ante uma posição tão íntima, tratou de se separar-se. Empregou até o último grama de energia que possuía, mas a pressão de Christopher era muito forte para que pudesse quebrá-la.
- Não posso respirar - murmurou junto ao pescoço do Christopher.
- Claro que pode - respondeu ele.
Dulce acreditou ouvir diversão em sua voz. Isso a enfureceu quase tanto como o arrogante de sua atitude. Como se atrevia a decidir se ela podia respirar ou não?
Dulce estava muito irritada para que fosse possível ter medo. De repente se deu conta de que suas mãos seguiam livres de ataduras, e começou a dar tapas nos ombros de Christopher até que lhe arderam as palmas. Christopher tinha tirado a cota antes de entrar na lona, por isso agora seu peito só se achava coberto por uma camisa de algodão. O fina tecido ficava tensamente estirada sobre seus largos ombros, perfilando os grossos músculos. Dulce podia sentir a fortaleza que irradiava seu corpo através da suavidade do algodão. Deus, não havia nem um só grama de gordura que agarrar e beliscar! A pele de Christopher era tão inflexível como sua teimosa natureza.
E entretanto, havia uma diferença muito clara. O peito do Christopher em contato com sua bochecha era uma presença cálida, quase quente, e terrivelmente tentadora no referente a aconchegar-se junto a ele. Além disso cheirava muito bem, a couro e masculinidade, e Dulce não pôde evitar reagir. Estava esgotada. Sim, essa era a razão pela que a proximidade de Christopher estava tendo um efeito tão inquietante sobre ela. Mas se o coração lhe batia a toda velocidade!
O fôlego do Christopher lhe esquentava o pescoço, reconfortando-a. Como podia ser que estivesse sentindo aquilo? Dulce estava tão confusa que já nada parecia ter sentido para ela. Sacudiu a cabeça, decidida a tirar-se de cima aquela sensação de sonolência que estava invadindo suas boas intenções, e logo fechou as mãos sobre a camisa do Christopher e começou a atirar dela.
Christopher já devia ter se fartado de que não parasse de debater-se. Dulce o ouviu suspirar uns instantes antes de que terminasse lhe agarrando as mãos e as colocasse debaixo da camisa, fazendo que as palmas destas ficassem plantadas em cima do peito. A grosa capa de pêlo que cobria a cálida pele de Christopher fez que Dulce sentisse um suave comichão nas pontas dos dedos.
Dulce se perguntou como era possível que estivesse sentindo tanto calor quando fora fazia tão frio. A proximidade de Christopher era como um puxão erótico e sensual que pesasse sobre seus sentidos, alagando-a com umas sensações que Dulce nunca soube que pudesse chegar a possuir. Sim, aquilo era erótico, o qual sem lugar a dúvidas o voltava também pecaminoso e obsceno, porque a pélvis de Christopher se achava comprimida contra a união das pernas do Dulce. Agora Dulce podia sentir a dureza de Christopher precisamente ali, intimamente aninhada junto a ela. A camisola que tinha colocado estava demonstrando ser um amparo totalmente inadequado contra a virilidade de Christopher, e a falta de experiência de Dulce no referente a aquelas questões não proporcionava nenhum amparo contra as estranhas sensações, capazes de deixá-la totalmente perplexa, que lhe estava provocando aquela situação. Por que não se sentia enojada pelo contato de Christopher? O certo era que Dulce não se sentia enojada, a não ser unicamente falta de fôlego.
  
Então um pensamento espantoso se infiltrou na mente de Dulce e fez que exalasse um ofego de horror. Não era precisamente aquela a postura que adotava um homem quando se acoplava com uma mulher? Dulce esteve dando voltas a aquele pensamento durante uns momentos intermináveis e logo se apressou a descartar esse temor. Recordava que a mulher tinha que estar deitada sobre as costas, e embora não estava muito segura de qual era a maneira exata em que se fazia aquilo, não acreditava que estivesse correndo um autêntico perigo. Em uma ocasião tinha ouvido a Marta enquanto falava com as outras faxineiras durante uma visita, e recordava que aquela mulher tão tosca sempre dava começo a cada uma das luxuriosos aventura que relatava com a observação de que ela tinha estado deitada sobre as costas. Sim, recordou Dulce com um intenso alívio, Marta tinha sido muito precisa. «Tombada sobre as costas estava eu», começava sempre. Agora Dulce lamentava não haver ficado a escutar o resto das atrevidas histórias daquela mulher.
Deus, essas era outras das áreas de sua educação que tinham sido infelizmente descuidadas! Então Dulce se zangou muitíssimo, porque uma dama decente não teria que ver-se obrigada a carregar com semelhante preocupação.
Tudo era culpa de Christopher, naturalmente. Estaria-a abraçando de uma maneira tão íntima única e exclusivamente para zombar dela? Dulce se encontrava o bastante perto dele para que pudesse sentir a força de seus robustos músculos. Se quisesse, Christopher podia chegar a esmagá-la. Dulce se estremeceu ante semelhante imagem e cessou imediatamente em seus esforços. Não queria provocar ao bárbaro. Ao menos agora, a nova posição de suas mãos lhe protegia os seios, e Dulce agradeceu que assim fora. Sua gratidão teve uma vida muito curta, entretanto, porque logo que acabava de pensar que no fundo devia agradecer essa pequena mercê, Christopher trocou de postura e então os seios do Dulce ficaram pegos a ele. Seus mamilos se endureceram, envergonhando-a ainda mais.
De repente Christopher voltou a se mover.
- Que diabos...? - disse, rugindo a pergunta inacabada junto à orelha do Dulce. Ela não soube o que era o que tinha provocado aquele estalo por parte dele, só que ia estar surda durante o resto de sua vida.
Quando Christopher deu um salto, resmungando um juramento que ela não pôde evitar ouvir, Dulce se apressou a se separar. Olhou Christopher pela extremidade do olho. Seu captor se incorporou sobre um cotovelo e estava procurando algo debaixo dele.
Então, e precisamente no mesmo instante em que a mão do Christopher levantava a arma, Dulce se lembrou da adaga pertencente ao escudeiro que ela tinha escondido antes no forro de sua capa. Não pôde evitar franzir o cenho.
Christopher não pôde evitar sorrir.
Dulce ficou tão surpreendida por aquele sorriso tão cheia de espontaneidade que pouco faltou para que chegasse a devolver-lhe. Então se deu conta de que o sorriso de Christopher não terminava de estender-se por completo até seus olhos, e decidiu que seria melhor não devolver-lhe o sorriso.
- Para ser uma criatura tão tímida está demonstrando ter muitos recursos, Dulce - disse-lhe Christopher.
Sua voz não tinha podido ser mais doce e suave. Acabava de elogiá-la ou estava zombando dela? Dulce não sabia o que pensar, por isso decidiu não lhe contar que se esqueceu da existência da arma. Se chegava a admitir aquela verdade ante Christopher, então não cabia dúvida de que ele tomaria por uma estúpida.
- Foi você quem me capturou - recordou-lhe - Se tiver demonstrado ter recursos, é unicamente porque a honra me obriga a escapar. Tal é o dever de uma prisioneira.
Christopher franziu o cenho.
- Ofende-te minha honestidade, milord? - Perguntou-lhe Dulce - . Então possivelmente seria melhor que não te dirigisse a palavra. Agora eu gostaria de dormir - acrescentou. - E vou tratar de esquecer inclusive o fato de que esteja aqui.
Para demonstrar que tinha falado a sério, Dulce fechou os olhos.
- Vêem aqui, Dulce.
Aquela ordem pronunciada em um tom tão suave fez que um calafrio de medo descesse rapidamente pelas costas de Dulce, e um nó de tensão tomou forma dentro de seu estômago. Christopher o estava voltando a fazer, decidiu, porque conseguia assustá-la até tal ponto que não podia nem respirar. E Dulce já se estava se fartando de tudo aquilo. Não acreditava que pudesse ficar muito com medo. Abriu os olhos para olhar Christopher, e quando viu que agora a adaga estava apontando em sua direção, deu-se conta de que pensando-o bem ainda ficava uma reserva de medo depois de todo.
Que covarde sou, pensou enquanto se ia aproximando lentamente a ele. Finalmente se estendeu sobre o flanco, volta de face para ele e a só uns centímetros de distância.
- Já está. Satisfeito? - perguntou.
Um instante depois supôs que ele não se sentia nada satisfeito quando se encontrou jazendo sobre as costas, com o Christopher elevando-se em cima dela. Dulce o tinha tão perto que podia ver os pontinhos prateados que reluziam dentro do cinza de seus olhos.
  
Dulce tinha ouvido dizer que se supunha que os olhos refletiam os pensamentos que passavam pela mente, mas nem mesmo assim pôde saber o que era o que estava pensando Christopher. Isso a preocupou.
Christopher observou Dulce. A confusão de emoções que lhe estava mostrando sem querer o divertia ao mesmo tempo que o irritava. Sabia que Dulce lhe tinha muito medo, e entretanto não chorava nem lhe suplicava. E que formosa era, santo Deus! Uma respingo de sardas cobria a ponte de seu nariz. Christopher encontrou mais atrativo aquele pequeno defeito. Sua boca também era atraente. Christopher se perguntou a que saberia aquela boca, e em seguida pôde sentir como começava a avivar-se só de pensá-lo.
- Vais passar-te toda a noite me olhando? - perguntou-lhe Dulce.
- Possivelmente o faça - respondeu Christopher - . Se desejo fazê-lo - acrescentou, sorrindo ante a maneira em que ela tentou não franzir o cenho ante sua resposta.
- Então eu terei que estar te olhando durante toda a noite - respondeu Dulce.
- E a que se deve isso, Dulce? - perguntou-lhe ele com doçura.
- Se pensar que vais poder te aproveitar de mim enquanto durmo, barão, está muito equivocado. - A via muito indignada.
- E como vou aproveitar me de você, Dulce?
Agora lhe estava sorrindo e nesta ocasião sim que se tratava de um autêntico sorriso, porque se refletia nas profundidades de seus olhos.
Dulce desejou ter guardado silêncio. Deus, mas se agora era ela mesma a que lhe estava colocando idéias obscenas na cabeça!
- Preferiria não falar dessa questão - conseguiu balbuciar finalmente - . Sim, esquece o que hei dito, rogo-lhe isso.
- Mas é que não quero esquecê-lo - respondeu Christopher - Pensa que esta noite vou satisfazer minha luxúria e que tomarei enquanto descansa?


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Autor(a): candyroxd

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 5



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  • marques Postado em 10/07/2008 - 20:26:19

    Não para eu to lendo sua WN,
    e tó adorando, continua tá maravilhosa

  • marques Postado em 10/07/2008 - 20:25:39

    Continua, tá d+, adorei
    Tá perfeita, amei
    Posta+++
    Bjs

  • marques Postado em 10/07/2008 - 20:25:08

    Tá muito bom, não abandona

  • marques Postado em 10/07/2008 - 20:24:26

    Posta +++++++++
    Bjs

  • deborah Postado em 09/12/2007 - 13:04:07

    posta mias tá muito lega!!!


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