Fanfic: Esperanças

As luz voltaram a se acender, mas não eram velas. Todas as lâmpadas do segundo andar brilharam levando luz até onde Maria e Roberta estavam caidas. Pequena Maria havia se encolhido e recusava abrir seus olhos para o que quer que fosse, seus cachos loiros cobriam-lhe o rosto, mas podia-se ouvir o baixo choramingar. Roberta virou sua cabeça para a porta verde, que estava novamente fochada. Sua longa trança castanha estava rolando pelo chão, junta a cera de vela que havia derramado.
- O que vocês estão fazendo? - A cansada e familiar voz vinha dos primeiros degraus da escada. Ambas as meninas se levantaram timidamente do chão, olhando para a mulher que as chamava. Dulce, com os olhos quase se fechando estava ali. Vestia um robe vermelho sobre a longa camisola de seda, os cabelos, também vermelhos, haviam sido totalmente soltos para dormir.
- Mamãe ! - Gritou Maria, abrançando-se a mãe. Roberta ainda observada tudo sem reação. Os olhos eram atraidos pela porta.
- Roberta? - A mesma virou sua cabça de volta a sua pequena familia, um leve susto passou pelo sou rosto quando viu que ambas já estavam muito mais proximas, e Dulce tocava-lhe o ombro. Ela lhe sorriu. - Vamos voltar para o quarto, sim?
As três desceram até o segundo andar, em silencio...Maria dormia no colo da mãe, e foi facilmente posta na sua cama. Dulce depositou um leve beijo na bochecha rosada da filha, enquanto sozinha Roberta se deitavada na outra cama, do lado oposto do quarto. Já estava coberta e de olhos fechados quando Dulce se aproximou:
- Roberta? - Ela sussurrou, a mesma abriu os olhos. - O que faziam andando pela casa? - Sua voz era suave e baixa, mas até mesmo para a sua filha de 11 anos, era percepitivil a agonia e lastima.
- Porque, mamãe? Porque não podemos saber o que lá escondes? - Roberta dizia, um pouco mais alto do que um sussurro sentando de frente para a mãe. Dulce baixou seus olhos e um segundo depois voltou a olhos os castanhos olhos da filha.
- Porque você insiste tanto nisto, niña? Eu já lhes contei a historia...
- Somente a parte que é fantasia. Quero saber qual é o final, o que aconteceu e o que acontece que você não quer que descobrirmos. - Roberta a interrompera, ela falava com energia, cuidando o volume da voz para não acordar a inocente irmã de 5 anos. Dulce respirou fundo, empurrou a menina, levemente para deitar e a cobriu.
- Um dia, Roberta. Algum dia, você sabera de tudo. - Dulce deu um beijo na sua bochecha e caminhou até a porta.
- Quando, mamãe? - Ela sussurrou para as costas de Dulce. A mesma apagou todas as luzes que acendera e se recolia no seu quarto do outro lado do corredor.