Fanfic: Esperanças

A noite havia oficialmente chegado. Dulce se poupara das suas tarefas pelo menos por hoje. Desde que o primo havia saido de volta a cidade se trancara no quarto, sentada da sua cadeira de balanço de frente para a janela. Como no céu só as nuvens mudavam de possisão ela não notava o passar das horas, ou o leve escurerer do dia. Ela ouvia o cuchichar das meninas, no quarto em frente ao dela. Elas estavam tão empolgadas, Dulce pensou com um sorriso morto nos labios. Sua pequena mão acariciu o braço da cadeira. Era ali onde ela havia amamentado Maria, onde havia cantado canções de ninar a suas filhas, onde havia escrito cartas ao seu tio, onde havia deixado todas as suas lembranças extravassarem por suas lagrimas. 

- Dulce não vira jantar? - Perguntou Jonas, sentado como sempre na ponta da mesa. 
- Ela não esta com fome. - Disse Clara, sorrindo para a cara de duvida das meninas. Ela levantou e retirou os pratos deixando o assunto para trás. - Ora de escovas os dentes, meninas. - Disse ela, levando ambas para o segundo andar. As meninas pararam diante a porta, com os olhos fixos no quarto de Dulce. 

Diego e Jonas haviam ficado sentados a mesa. Jonas em silencio se levantou e no mesmo silencio andou até a arca de bebibas, servindo dois copos de uisque. Ele não voltou mais a mesa, fazendo Diego ir se sentar no sofá atrás de si. Jonas olhava pára as lenhas que queimavam na lareira, atento e ao mesmo tempo perdido. 
- Você sabe o que vai acontecer amanhã, não sabe Diego? - Ele disse, sua voz era cansada, mas não era tão bruta ou zangada de como era quando as garotas estavam presentes. Agora Diego também olhava para o fogo, suas mãos começaram a suar, seus pés tremiam e sua boca chegou a gaguegar quando ele disse:
- É realmente necessario, pai? - Ele perguntou. Jonas não modou sua expressão, ou se firar para o filho. Ele fechou os olhos e respirou. Sentou com seu copo de uisque ao lado do filho, sem mirado nenhuma vez. 
- Deixe-me contar-lhe uma coisa, Diego. A muitos anos, na verdade nem tantos assim um cavalheiro sem armadura, sem sela no cavalo... Na verdade um grande idiota carregando uma espada - Jonas sorriu com as proprias lembranças - chegou a este vilareijo, ele vinha da cidade. 
- Do tempo que os portões não eram fechados, e que havia luz e não só sombras. - Disse Diego, compenetrado na historia. Aquilo não era uma pergunta. Jonas continuou.
- O nome dele era Christopher, ele não carregava dinheiro, suas unicas roupas eram aquelas que vestia. Mas você podia ver paxão nos olhos deles, sabiamos que ele faria ainda grandes coisas. Nós o acolhemos - Jonas hesitou por um segundo, então disse: Por um ano.

08 de julho de 1839 ~ 12 anos atrás ~ 
Estavam todos reunidos na mesa do jantar, todos os cinco filhos pequenos e adolescentes de Jonas e ao lado oposto da mesa, sentada estava Demitria, sua mulher. A pesar do anoitecer ainda havia um pouco da luz do sol no horizonte, o qual era sucifiente para ilumidar todo o comodo.
- Eu vou embora. - Disse Chistopher sentado no centro da mesa, com a cabeça baixa. No meio das conversas suas palavras foram ouvidas, deixando todos silenciados. Ele se levantou e subiu as escadas, seus passos foram ouvidos até chegar no terceiro andar.
no tempo atual 

- O que este tal hospide tem haver com Roberta e Maria, papai? - Impaciente Diego se levantara do sofá, e se ajoelhava diante do pai que estava com o olhar perdido no tapete. Ele levantou sua cabeça. Olhando bem nos olhos de Diego.
- Porque ele é o pai delas. - Ele disse. O Choque se passou por todo o rosto de Diego, sua boca abria e fechava sem coragem de dizer alguma coisa. Jonas deixou sua cabeça cair e os olhos voltarem para o ponto fixo no tapete. Baixo ele sussurrou: E ele ira voltar, por elas.