Fanfics Brasil - CAPÍTULO - 17 MULHER DE GELO - AyA - Adaptada Finalizada

Fanfic: MULHER DE GELO - AyA - Adaptada Finalizada | Tema: AyA


Capítulo: CAPÍTULO - 17

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Decidiu assumir sua responsabilidade. Encarou-o. — Você é um homem muito sensual. Duvido que alguma mulher com sangue nas veias consiga resistir aos seus beijos, mas...
— Corrija-me, se estiver errado, Ani... mas não foi você quem me beijou?
Perplexa, Anahi não conteve a exclamação.
— Oh! Mas você é muito esperto, não? Melhor não falarmos sobre o assunto. Aconteceu e... ponto final! Para mim, foi apenas um beijo, sem o menor significado.
—- Por que mente para mim, Ani? — Sua expressão era séria e surpresa. — Sim, você está mentindo, Ani. Talvez até para você mesma.
— Por que acha que estou mentindo? — Ergueu o queixo, num gesto de desafio.
— É um dom que possuo. — O sorriso de Alfonso deixou-a perturbada. —Um dom que me transformou no jornalista bem-sucedido que sou.
— Olhe, por que não vamos logo procurar suas famosas conchas, e depois voltamos para a villa?
— As conchas! — Alfonso colocou a mão na testa, como se tivesse esquecido completamente o motivo do passeio. — Oh, as conchas! O lugar contém um verdadeiro tesouro.
Alfonso não se enganara. Conchas de todos os tipos cobriam a areia branca. Fascinado, Alfonso parecia ter esquecido da presença de Anahi. Andava de um lado para outro, examinando concha por concha. Movimentava a cabeça, em sinal de incredulidade.
— Que maravilha! — Inclinando-se, segurou uma concha grande. — Uma verdadeira jóia!
Aproximando-se, Anahi viu que a concha era meio acinzentada, muito bonita. Alfonso a observava minuciosamente, com os olhos brilhando de satisfação.
— O que ela tem de diferente?
— Hum? — Virou-se distraidamente para Anahi. — Oh! Strombus gigas.
— Strombus gigas? — repetiu.
— Uma concha-rainha.
— Você já tem alguma em sua coleção?
— Sim. Mas esta é uma beleza. — Ofereceu a concha para Anahi. — E sua. Leve-a como lembrança.
— Não! — Apesar do calor forte, sentiu um calafrio na espinha. — Não... Eu... — Mordeu o lábio. — Não gosto de conchas.
Alfonso olhou-a com expressão grave.
— Ontem à noite, você comentou que são vazias. Agora, diz que não gosta delas, Oh, Ani! Olhe para isto. Preste atenção no colorido, nas formas perfeitas. Veja quanta delicadeza! — Introduziu a ponta do dedo na abertura da concha. — Olhe a riqueza...
— Está vazia! — Não conseguiu evitar que sua voz soasse tão fria e vazia quanto a concha.
Ele segurou a concha próxima ao ouvido.
— Ela não está vazia, Anahi, meu amor. — Antes que ela se afastasse, encostou a concha no ouvido de Anahi. — Ouça... ouça a música do mar. Feche os olhos.
Apressou-se em fechar os olhos, para que ele não notasse seu olhar de dor. Também tapou os ouvidos, negando-se a ouvir. Não queria ouvir! Alheio aos conflitos interiores de Anahi, Alfonso prosseguiu:
— Está ouvindo a música do mar, Ani? Se ouvir com atenção, notará que é muito mais do que música. A concha não está vazia. Ela tem alma, sonhos, vida, uma beleza que a sensibilizará, Ani.
Anahi soltou um suspiro de frustração. Apesar do esforço, não conseguiu ouvir música na concha, tampouco descobrir nela alma ou sonhos.
Alfonso afastou a concha do ouvido dela.
Nesse momento, o ruído de um motor anunciava que o helicóptero se aproximava da villa.
— Nosso transporte está chegando, Ani. — Um sombra de mágoa anuviou os olhos de Alfonso. — Hora de voltarmos. — Largando a concha na areia, segurou o cotovelo de Anahi. Após um momento de hesitação, inclinou-se, beijando-a no rosto.
— Sim — ela concordou. — É hora de voltarmos para casa. Caminharam em silêncio. De repente, Anahi foi invadida por um sentimento de desolação tão intenso que não pôde evitar que lágrimas lhe escapassem pelos cantos dos olhos.
Ela dissera "é hora de voltarmos para casa."
Entretanto, sabia que, devido às circunstâncias, e mesmo que Alfonso não soubesse, na verdade quisera dizer "e hora de nos darmos adeus".


— As nove horas da manhã da segunda-feira, Trish entrou na sala de Anahi.
— E então? Como foi o fim de semana?
Anahi guardava algumas pastas no arquivo. Ao ouvir a voz da secretária, fechou ruidosamente a gaveta de aço.
Virando-se, viu Trish parada, com a mão na maçaneta da porta entreaberta. Os olhos curiosos não escondiam a doentia avidez por novidades. Qualquer coisa que Trish descobrisse naquele momento chegaria aos ouvidos do escritório inteiro, antes mesmo da hora do café.
Anahi a recebeu com sorriso simpático.
— Flame Cantrell é muito mais bonita pessoalmente do que nos filmes ou em fotos.
Sabia que não era aquele tipo de novidade que Trish desejava ouvir. Esperava por novidades mais picantes, que dessem margem a mexericos, dignos de jornais sensacionalistas.
— Oh, Flame Cantrell! Quem está interessado nela? — Trish encolheu os ombros, denotando irritação. — O que eu quero mesmo saber é como você se entendeu com a nossa pantera favorita.
— Entendeu? — Anahi franziu as sobrancelhas. — O que você está querendo dizer?
Com um gesto de impaciência, Trish respondeu:
— Ora, você sabe. Não viajaram juntos? Quando soubemos que Charlie estava doente e que Alfonso fora com você para o Caribe... bem, todos ficamos muito curiosos para saber o que aconteceu.
Anahi não conseguiu evitar um bocejo. O vôo de Guadalupe para Vancouver, via Montreal, fora tranqüilo. Desembarcaram por volta da uma da madrugada e, quando Alfonso a deixou na porta do prédio, passava das duas. Apesar do cansaço, demorou a adormecer. Quando o relógio despertou, levantara-se com dificuldade, e ainda estava meio sonolenta. — E então?
Foi sacudida pela voz insistente de Trish.
— Você quer saber o que aconteceu? — Caminhou até a porta, abrindo-a completamente. Com voz fria e ríspida, sugeriu: — Se quer mesmo uma resposta, por que não vai diretamente à boca do cavalo?
Trish corrigiu-a:
— Para a boca da pantera, você quer dizer, não? Bem, eu apenas... Oh! — Exclamou, ofegante, quando viu o homem alto parado na porta. — Alfonso! Bom dia! Não sabia que estava aqui.
Anahi sentiu um nó na garganta ao olhar para ele. Instintivamente, colocou a mão no coque, para certificar-se de que não havia um só fio de cabelo fora de lugar.
Ele fitava Trish com ar de curiosidade.
— Ir à boca da pantera? Para quê? — indagou, com um sorriso irresistível.
— Oh... eu estava...
— Tenho a impressão de tê-la ouvido perguntar a Anahi o que aconteceu entre nós, durante o fim de semana no Caribe. — Olhou de relance para Anahi.
Os músculos do rosto de Trish se contraíram, diante do olhar frio de Alfonso, que prosseguiu:
— Acho que nem Anahi nem eu pretendemos comentar sobre o que aconteceu entre nós. Na maioria das vezes os comentários, mesmo que inocentes, conseguem fazer com que as coisas mais simples tomem proporções exageradas. E, antes que se perceba, os rumores vão correndo e as reputações se arruinando. Tenho certeza, Trish, que você é a última pessoa a desejar que isso aconteça com Kato ou comigo. Diremos apenas que passamos um fim de semana muito agradável e não se toca mais no assunto, OK?
Apesar do tom amistoso, não havia dúvidas quanto à advertência contida naquelas palavras. Alfonso deixara bem claro que, se surgisse algum comentário malicioso, Trish seria responsabilizada pelo boato.
Com o rosto ainda pálido, Trish jogou a cabeça para trás. Os longos cabelos castanhos caíram sobre os ombros.
— Não se preocupe. — Ela sorriu com ironia, preparando-se para sair da sala. — Tenho coisas mais importantes para fazer do que inventar boatos sobre Anahi Portilla. Além do mais, todos sabem que ela não passa de um peixe frio...
Agarrando-a pelo braço, Alfonso a impediu de sair.
— Atrevida! — esbravejou. — Saiba que um dedo de Ani Portilla tem muito mais calor do que seu corpo inteiro...
— Alfonso... — Anahi o interrompeu. — Deixe-a. Não me importo com o que ela, ou qualquer outra pessoa, pense a meu respeito.
— Não? — Alfonso não controlava o acesso de raiva. — Pois a mim importa, e muito. Não permitirei que seja caluniada, principalmente por uma fofoqueira...
— Oh, perdoem-me — Trish desvencilhou-se dos dedos fortes de Alfonso. — Você não é um perfeito cavaleiro galante? Com certeza, pode ter derretido a Mulher de Gelo com seus modos nova-iorquinos e seu charme de cidade grande. Porém, saiba que não nos fará de bobos. — Ergueu o queixo desafiadora-mente, quando voltou-se para Anahi. — Vou lhe dar um conselho, Srta. Grande-Poderosa Portilla. Se eu fosse você, ficaria bem longe de Alfonso Herrera. Dizem que os cavalheiros preferem as louras, mas a mulher loura com quem esse... cavalheiro tem sido visto pela cidade é uma senhora casada! — Com essa bomba, antes que Alfonso tivesse tempo de responder, Trish correu pelo corredor.
Com um suspiro, Anahi voltou para sua mesa. Alfonso não deveria ter interferido na conversa. Teria sido perfeitamente capaz de lidar com Trish, sozinha. Até então, conseguira manter um relacionamento superficial e civilizado com a secretária. Entretanto, depois desse episódio extremamente desagradável, a guerra fora declarada entre ambas.
Pelo menos, houvera um ponto positivo naquela discussão. Trish confirmara a existência de uma mulher na vida de Alfonso. Loura e casada. Surpreendia-a o fato de ele se envolver com uma mulher casada. Mas esse era um assunto que não lhe dizia respeito.
— Ani... — Alfonso murmurou, aproximando-se da mesa. — Precisamos conversar. Vamos tomar um café na lanchonete da esquina?
Ele a abraçava com naturalidade. Como se fossem marido e mulher.
— Senti sua falta, esta noite — ele murmurou ao ouvido dela. — Quem poderia imaginar que algumas noites ao seu lado já se tornariam um hábito agradável?
— Uma noite, apenas — corrigiu-o.
— Esqueceu-se de nossa noite no avião, Anahi? — Mordiscava o lóbulo da orelha de Anahi. — Você dormiu durante o vôo, mas eu não.


 


 Obrigada pelos comentários meninas <333  



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Autor(a): ayaremember

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 27



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  • lyu Postado em 19/10/2013 - 23:33:38

    mais ja acabou? pq essa foi tao pequena! Ain q triste!

  • isajuje Postado em 18/10/2013 - 20:20:20

    Como assim, acabou? Você tinha que ter me preparado psicologicamente para isso menina. SOCORRO. Por que fizeste isto comigo? O que te fiz? Ok, sem crise u.u KKK amei o final. Amei tudo. E fiquei surpresa pelo o Alfonso já ter sido casado e ser viúvo e ter uma filha! Coitado. Bom, que ótimo que eles tiveram um final feliz. É bom saber que ao menos na ficção eles ficam juntos #CriseDeTraumadaPonny

  • steph_maria Postado em 17/10/2013 - 22:59:55

    Acabouuuu =/ ameiii essa web foi perfeita *-----*

  • ligia Postado em 17/10/2013 - 21:27:31

    Amei a web pena que já acabou :(, foi linda!!!

  • luisa_ Postado em 17/10/2013 - 14:22:15

    OMG Alfonso apaixonado Pela Ani <333 Ani apaixonada pelo Alfonso <333 Amo, amo, amo essa web

  • juhlanzani Postado em 16/10/2013 - 02:00:14

    Nova leitora!! Como assim Poncho?? O.o Eu aqui crente que tu ia a pedir em casamento, e no final a convida pra uma festa? PQP KKKK' Posta mais, quero ver o que vai acontecer agora.

  • isajuje Postado em 15/10/2013 - 19:40:17

    O Poncho tá apaixonado por ela a muito tempo colega. Desde o primeiro beijo não parou de pensar nela. Acho que não só é apaixonado como também a ama e não, não estou exagerando KKKKK que momento difícil para ela contar a verdade. Ela auto se rejeita achando que nenhum homem poderia querer ela não podendo ter filhos. Coitada. Poncho, representa ae cara KK mostre o seu amor.

  • ligia Postado em 14/10/2013 - 14:11:39

    A web esta linda!!! Acho que o Poncho já esta apaixonado pela Any.

  • lyu Postado em 14/10/2013 - 00:33:52

    AIN PONCHO DIZ ALGO LINDO VAI

  • luisa_ Postado em 12/10/2013 - 21:14:12

    Eu acho melhor o Alfonso não estar brincando com a a Ani se não eu dou uns tapa na cara dele u.u Amo sua web é maravilhosa <33 Posta logo que eu não me aguento de curiosidade.


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