Fanfics Brasil - CAPÍTULO - 22 MULHER DE GELO - AyA - Adaptada Finalizada

Fanfic: MULHER DE GELO - AyA - Adaptada Finalizada | Tema: AyA


Capítulo: CAPÍTULO - 22

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Alfonso percebera que Anahi não estava com disposição para conversas, pois não pronunciou uma só palavra durante o trajeto de volta da casa de Charlie. Que Anahi estava muito tensa, disso não havia dúvida.
Somente quando estacionou o Mercedes prateado diante do prédio onde ela morava Alfonso se manifestou.
— Não gostaria de oferecer-me uma xícara de café? — Havia um tom ríspido na voz dele, que a tornava ainda mais sensual.
— Não. — Apertou as mãos com força, evitando olhá-lo. — Não gostaria.
— Não estou pedindo para fazer amor. Apenas um café. — A expressão dele era de pura ironia.
O senso de humor de Alfonso abriu uma fenda nas defesas dela. Apesar de toda determinação de Anahi em não se deixar envolver, havia alguma coisa nele que a tocava, que a abalava. Além disso, depois de terem compartilhado da mesma cama, sem que nada acontecesse, não via mal algum em oferecer-lhe uma xícara de café.
— Bem... — hesitou por um instante. — Eu ia mesmo fazer café para mim!
— Posso estacionar o carro aqui?
— Não. O limite é de quinze minutos. Há um estacionamento para visitantes, nos fundos do prédio.
Depois de estacionar o carro, voltaram até a entrada principal do prédio. Enquanto abria a porta, Anahi perguntou:
— A propósito, como conseguiu subir até meu apartamento, no dia em que veio me visitar? Você não chamou pelo interfone.
— Não. Imaginei, com razão, que se chamasse não chegaria ao primeiro degrau. Conheço o zelador, Jeff Bretton. Ele já trabalhou no Clarion.
— Oh, claro Jeff! — Irritada, pensou que, na próxima vez que encontrasse o velho Jeff, lhe diria algumas verdades.
— Há quanto tempo mora aqui? — Alfonso segurou-a pelo cotovelo, assim que entraram no saguão do prédio.
— Em julho, completará três anos.
— E antes? — Enquanto esperavam pelo elevador, ele se apoiou na parede.
— Em Halifax.
— Sozinha?
— Com meus pais. Depois com Derek.
— Ah!
O elevador chegou ao térreo. Alfonso abriu a porta para Anahi, que, de relance, notou os lábios contraídos e um brilho estranho nos olhos dele. Um brilho que nunca vira antes. Se não conhecesse bem a situação de Alfonso, diria que o brilho continha uma sombra de... ciúme. Era simplesmente inconcebível Alfonso sentir ciúme de seu relacionamento com Derek. Principalmente pelo fato de Alfonso Herrera ter uma mulher em sua vida.
Porém, depois de saírem do elevador, caminhando pelo corredor, a expressão de Alfonso. já voltara ao normal. No apartamento, Anahi acendeu as luzes do hall e da sala de estar. Com um gesto, indicou o sofá.
— Sente-se. Fique à vontade. Voltarei num minuto. Pendurando o spencer em uma das cadeiras da pequena sala de jantar, Anahi foi para a cozinha.
— Ligue a televisão, se quiser — ela sugeriu. — Ou, se preferir... Oh! — Anahi não pôde evitar a exclamação, ao vê-lo parado na porta da cozinha. Não percebi que estava aí.
Alfonso a abraçou com força e, sem lhe dar tempo para reagir, beijou-a. Um beijo intenso, possessivo, apaixonado. Um beijo longo, que a cada minuto se tornava mais e mais sensual, mais atrevido, mais devastador. Quando, por fim, as bocas se separaram, ele sussurrou, num tom de profunda satisfação:
— Oh, querida Ani, durante toda a noite desejei ardentemente beijá-la.
Com as pernas trêmulas, Anahi apoiou-se na pia.
— Não posso negar que você tem autocontrole!
— E muito difícil um homem manter o autocontrole, quando sabe o que a mulher está querendo. — Os lábios dele, que alguns minutos antes pareciam mágicos sobre os dela, se inclinavam num sorriso sensual. Um sorriso que queimava o coração de Anahi como setas de fogo.
— Durante toda a noite, não disse nada que o encorajasse a beijar-me.
— Não, não disse. Do contrário, não teria se mostrado tão relutante ao meu lado.
— Então, por que...
— Repetindo as palavras de Shakespeare, "pareceu-me que a dama não protestou muito".
Anahi não contestou. Alfonso estava certo. Ela correspondera plenamente.
— Por que, Ani? — Colocou as mãos nos bolsos. Fitou-a, franzindo a testa. — Para que lutar? O que está acontecendo entre nós...
— Não está acontecendo nada entre nós, Alfonso. — Anahi tirou a cafeteira do armário, enchendo o pote de vidro com água fria. — Talvez eu tenha fraquejado um pouco na ilha, mas devemos levar em consideração o calor, o sol, a vista magnífica...
— Não havia sol, quando estivemos na piscina, Ani. Nem vista magnífica, exceto a escuridão, antes do dia amanhecer. Porém, tudo começou antes. Bem antes. Começou quando a beijei na sua festa, em janeiro.
Anahi ameaçou protestar, quando Alfonso tirou o pote de vidro de suas mãos, colocando-o na cafeteira, ligando-a.
— Ani, preciso confessar-lhe algo. Até aquele beijo, pensei que fosse uma mulher fria e distante, mas recusava-me a admitir que me sentia atraído por você. Sempre procurei encontrar calor numa mulher...
Com olhos lacrimejantes, ela esbravejou:
— Obrigada pelas palavras tão elogiosas...
— Ouça-me, por favor. — A rispidez dele a assustou. — Naquele dia. quanto entrei na sala de Ken e vi sua aparência intocável, como se estivesse encasulada numa pedra de gelo, senti-me atingido por alguma coisa indefinida. De repente, fui dominado por um desejo incontrolável de tomá-la em meus braços e beijá-la até derreter o último pedaço de gelo, até ver suas pernas dobradas de fraqueza. — Soltou uma gargalhada auto depreciativa. — Acontece que provei do próprio veneno.
Foram as minhas pernas que tremeram, minhas resistências que enfraqueceram. Entretanto, você desapareceu antes que tivéssemos tempo para conversar. No dia seguinte, como sabe, viajei para o Oriente Médio, onde permaneci durante dois meses. — Acariciou os cabelos brilhantes de Anahi, presos no coque. — Durante esses dois meses, você não saiu do meu pensamento. Não pensava em mais nada, exceto nos seus lábios tocando os meus.
Anahi viu-se arrastada no turbilhão do próprio desejo, que despertava com uma força descomunal.
— Aquela mulher... — hesitou, temendo a verdade. Mas aquele era o momento para esclarecer tudo. Para lançar os dados. — Aquela... com quem foi jantar no Teahouse... Você não pensava nela?
— Laura? — As mãos fortes tocavam a pele macia do rosto de Anahi, num gesto de ternura. — Sim, também pensava muito nela. Afinal, ela é minha...
— Sua mulher. — Anahi inclinou a cabeça. Não suportaria o olhar furtivo, cínico de Alfonso.
Com firmeza, ele a segurou pelo queixo, obrigando-a a encará-lo. Percebeu que nos olhos castanhos havia somente um brilho de honestidade, de sinceridade.
— Ela é minha irmã, um ano mais velha do que eu. Muito bem- casada com uma dos maiores corretores de imóveis de Vancouver. Ela e Bob têm três filhos maravilhosos. Laura é proprietária de uma loja de antigüidades em South Granville. E uma mulher muito ocupada. Ocupada demais e, quando estou na cidade, costumo convidá-la para jantar, praticamente obrigando-a a dar uma parada. Devo-lhe muito, sabe? — Ele tossiu levemente. — Se, naquela noite, você não tivesse fugido como uma maluca, arriscando-se a ser atropelada por um táxi, eu as teria apresentado. Agora, já que esclarecemos tudo...
Alfonso a beijou. Os lábios dele eram doces e sedutores. Com um suspiro profundo, Anahi o enlaçou pelo pescoço, enterrando os dedos nos cabelos pretos. Não protestou, quando Alfonso a ergueu, e, como num sonho, levou-a para o quarto.
Colocando-a na cama, sentou-se ao lado dela.
— Antes de... fazermos amor, quero fazer-lhe uma pergunta. — A voz soara rouca e sensual.
Como se lesse na mente e no coração dele, Anahi adivinhou qual seria a pergunta. Alfonso lhe perguntaria se aceitava casar-se com ele.
Porém, em vez de felicidade, tudo o que ela sentiu foi uma tristeza profunda, um vazio e uma escuridão assustadores. Não poderia casar-se com Alfonso. Um homem louco por crianças. Um homem que sonhava com uma família.
Não deveria sequer permitir que lhe propusesse casamento.
Ele não era como Derek. Alfonso era um homem de caráter, de honra. Jamais lhe viraria as costas pelo fato de não ser uma mulher completa. Todavia, jamais deveria aceitar seu sacrifício. Não suportaria ver o brilho dos olhos dele se apagando, por ter sido privado daquilo que mais desejava na vida — seus próprios filhos.
Entretanto, tampouco Anahi se negaria o direito daquela única chance de ser feliz. Contaria a verdade antes que ele lhe propusesse casamento, para livrá-lo da mágoa de nunca ver seu sonho realizado.
Acariciando-o, ela murmurou:
— Eu também quero lhe contar algo. Mas não agora. Nesta noite, não haverá lugar para conversas, para perguntas ou confissões. Esta noite é nossa.


— Esta noite é para o amor.


 



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Autor(a): ayaremember

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Alfonso hesitou apenas por um instante. Quando Anahi o abraçou, trazendo-o para seu lado, com os lábios procurando freneticamente pelos dele, ela percebeu que o convencera.Conseguira adiar a agonia que deveria enfrentar, ao menos até a manhã seguinte...Recolhendo os copos de papel vazios do banco onde haviam sentado, Alfonso sugeriu:— Agora, ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 27



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  • lyu Postado em 19/10/2013 - 23:33:38

    mais ja acabou? pq essa foi tao pequena! Ain q triste!

  • isajuje Postado em 18/10/2013 - 20:20:20

    Como assim, acabou? Você tinha que ter me preparado psicologicamente para isso menina. SOCORRO. Por que fizeste isto comigo? O que te fiz? Ok, sem crise u.u KKK amei o final. Amei tudo. E fiquei surpresa pelo o Alfonso já ter sido casado e ser viúvo e ter uma filha! Coitado. Bom, que ótimo que eles tiveram um final feliz. É bom saber que ao menos na ficção eles ficam juntos #CriseDeTraumadaPonny

  • steph_maria Postado em 17/10/2013 - 22:59:55

    Acabouuuu =/ ameiii essa web foi perfeita *-----*

  • ligia Postado em 17/10/2013 - 21:27:31

    Amei a web pena que já acabou :(, foi linda!!!

  • luisa_ Postado em 17/10/2013 - 14:22:15

    OMG Alfonso apaixonado Pela Ani <333 Ani apaixonada pelo Alfonso <333 Amo, amo, amo essa web

  • juhlanzani Postado em 16/10/2013 - 02:00:14

    Nova leitora!! Como assim Poncho?? O.o Eu aqui crente que tu ia a pedir em casamento, e no final a convida pra uma festa? PQP KKKK' Posta mais, quero ver o que vai acontecer agora.

  • isajuje Postado em 15/10/2013 - 19:40:17

    O Poncho tá apaixonado por ela a muito tempo colega. Desde o primeiro beijo não parou de pensar nela. Acho que não só é apaixonado como também a ama e não, não estou exagerando KKKKK que momento difícil para ela contar a verdade. Ela auto se rejeita achando que nenhum homem poderia querer ela não podendo ter filhos. Coitada. Poncho, representa ae cara KK mostre o seu amor.

  • ligia Postado em 14/10/2013 - 14:11:39

    A web esta linda!!! Acho que o Poncho já esta apaixonado pela Any.

  • lyu Postado em 14/10/2013 - 00:33:52

    AIN PONCHO DIZ ALGO LINDO VAI

  • luisa_ Postado em 12/10/2013 - 21:14:12

    Eu acho melhor o Alfonso não estar brincando com a a Ani se não eu dou uns tapa na cara dele u.u Amo sua web é maravilhosa <33 Posta logo que eu não me aguento de curiosidade.


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