Fanfics Brasil - CAPÍTULO - 25 MULHER DE GELO - AyA - Adaptada Finalizada

Fanfic: MULHER DE GELO - AyA - Adaptada Finalizada | Tema: AyA


Capítulo: CAPÍTULO - 25

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Não entendia por que Alfonso a convidara para uma festa de crianças, apenas um dia depois de ter-lhe confessado seu segredo. Pensou conhecê-lo melhor. Acreditara que Alfonso tivesse mais sensibilidade. Ele vira seu desespero, quando afirmara que jamais poderia gerar um bebê. Mesmo assim, não hesitara em trazê-la a uma festa de crianças, sem levar em consideração a angústia que isso lhe causaria. Amava crianças, sim, mas, muitas vezes, tornava-se doloroso conviver com elas.
Andava pela sala, ruminando suas dúvidas e tristezas. De repente, parou diante da lareira. No tampo de mármore, havia algumas fotos. Deteve-se em uma.
Uma fotografia de duas pessoas. Uma delas era Alfonso. Alto, moreno, irresistivelmente charmoso. A outra era uma mulher. O coração de Anahi se contraiu, ao notar a intimidade que a pose sugeria. Estavam sentados numa macieira. O sorriso que trocavam, era o sorriso de duas pessoas em perfeita harmonia. A mulher aparentava fragilidade, com feições de fada e cabelos pretos curtos.
Anahi sentiu uma pontada de ciúme.
— Voltei! — A voz de Laura despertou-a das divagações. — Creme ou açúcar?
Apoiou-se na poltrona mais próxima.
— Café preto, puro, por favor.
— E uma foto muito bonita, não? — Laura esperou até que Anahi se sentasse, para entregar-lhe a xícara de café. — A mais bonita que tinha de Bronwyn e Alfonso. — Sorriu. — Desde a época da escola, Bronwyn sempre foi muito fotogênica. Era a garota mais bonita da classe.
— Bronwyn? — Anahi não escondia a curiosidade.
— A esposa de Alfonso! Ele nunca comentou sobre ela?
— Alfonso é casado? — A voz de Anahi soou trêmula. — Ele me disse que não tinha esposa!
Laura hesitou apenas por um segundo. Depois, colocando a xícara de porcelana chinesa sobre a mesa, explicou:
— Ele não tem esposa, Anahi. Bronwyn morreu. Antes que Anahi se refizesse da surpresa, ouviu-se o choro de uma criança.
— É Jéssica. — Laura levantou-se. — Ontem, ela ficou acordada até mais tarde. Por isso, dormiu à tarde. Anahi... Sinto muito. Realmente, pensei que soubesse.
Laura a olhou, com sincera preocupação. Anahi pensou em algo para dizer, a fim de tranqüilizá-la. Mas seu cérebro parecia vazio.
Laura hesitou novamente, mas, como Jéssica continuasse chorando, ela se desculpou.
— Preciso ver Jéssica. Desculpe, Ani.
Anahi remexeu-se na poltrona. Cometera um grande erro ao aceitar o convite de Alfonso. Sem dúvida, Laura imaginava que ela e Alfonso mantinham um relacionamento amoroso. E, na verdade, Anahi não sabia absolutamente nada sobre aquele homem.
Dormira com ele, entregara-se, abrira sua alma, contando-Ihe seu doloroso segredo. Alfonso sempre zombara dela, dizendo que era fechada, reservada. Porém, fora ele quem escondera um fato importante de sua vida.
Colocou a xícara sobre a mesa e levantou-se. Precisava ir embora imediatamente. Assim que Laura voltasse, se despediria com uma desculpa qualquer. Talvez a famosa dor de cabeça...
Ouviu o ruído de passos. Mentalmente, ensaiava as palavras que diria a Laura. Virou-se em direção à porta, deparando com Alfonso.
— Olá! Desculpe-me pelo atraso. — Aproximava-se dela. — Enfrentamos um tráfego terrível. Pretendia estar aqui para recebê-la e...
— Tudo bem. — Anahi estremeceu. Ele nunca estivera tão atraente. Usava jeans e blusa de cashmere cinza. Ao vê-lo, não pôde evitar de pensar em Bronwyn. — Gostaria de avisar Laura que vou embora. Não estou me sentindo muito bem. Não deveria ter saído hoje, mas...
— Laura me contou, assim que cheguei. Sinto muito. — A expressão de pesar que anuviava os olhos dele demonstrava que sabia que Anahi procurara uma desculpa qualquer para ir embora. — Sinto por ela ter contado sobre Bronwyn. Eu ia...
— Isso não tem nada a ver com o fato de eu estar de saída.
— Pretendia contar-lhe esta tarde, depois da festa.
— Por que não me preveniu que era a festa de aniversário de sua sobrinha? Por que armou esta cilada?
Oh, céus! — Passou a mão pelos cabelos, num gesto impaciente. — Fiz tudo errado, não? Acredite-me, Ani, a última coisa que desejava no mundo era magoá-la. Laura entrou na sala.
— Com licença. — Dirigiu-se ao irmão. — Bob ficará na sala de jogos com as crianças, enquanto preparo os hambúrgueres. — Sorriu, num pedido mudo de desculpas. — Ainda terão uns quinze minutos de privacidade, antes de começar o terremoto, OK?
— Obrigado, Laura. — Abraçou a irmã, com carinho. Laura afagou-o no rosto, antes de sair da sala, fechando a porta.
— Alfonso, quero ir para casa. Ele a segurou pelo braço.
— Ontem, quando insistiu em contar-me sobre Derek, eu ouvi Ani.
Ela concordou com um movimento de cabeça. Alfonso tinha o direito de explicar-se.
— OK. — Evitou olhá-lo.
— Sente-se, por favor.
Conduziu-a até o sofá. Anahi ajeitou-se entre as almofadas, Alfonso começou a caminhar pela sala, com as mãos nos bolsos.
— Bronwyn Sellars e eu fomos colegas de classe, desde o primeiro grau até o colegial. Nunca fomos namorados. Apenas amigos. Amigos e confidentes. Tínhamos uma espécie de relação platônica garota-rapaz duradoura e estável. — Parou junto à janela, onde permaneceu por um longo tempo, em silêncio.
— Quando concluímos o colégio, tomamos rumos diferentes. Bronwyn abriu seu próprio ateliê de confecção de lingerie aqui em Vancouver. Eu fui trabalhar num jornal em Nova York. Mantínhamos contato através de cartas e telefonemas. Devido ao nosso ritmo de trabalho, não nos encontramos durante anos.
Alfonso voltou a caminhar pela sala.
— Até que Bronwyn viajou para Nova York, a negócios. Foi •maravilhoso estarmos juntos novamente. De repente, descobrimos que queríamos muito mais do nosso relacionamento.
Fitou Anahi diretamente nos olhos.
— Decidimos incluir sexo.
— Alfonso, prefiro não ouvir. — Anahi ameaçou levantar-se.
— Esse assunto não me diz respeito.
— Sente-se, Ani. — A voz de Alfonso soou imperativa. Sem discutir, Anahi sentou-se. — Ainda não terminei.
— Tudo bem. Continue.
— Dormimos juntos. Deveria ter sido maravilhoso. Ambos queríamos que fosse maravilhoso. Mas não deu certo. — Ergueu a sobrancelha, como se ainda tentasse explicar a si mesmo o que acontecera. — Apenas não deu certo. Talvez tenhamos esperado demais. Ou, talvez, por sermos tão bons amigos, foi meio embaraçoso nos tornarmos íntimos fisicamente.
— Vocês se casaram... — As palavras escaparam, sem que Anahi percebesse.
— Sim, nos casamos. Veja...
Alfonso foi interrompido pela chegada de uma menina loura, de cabelos compridos. Anahi imediatamente a identificou como a filha mais nova de Laura.
— Ei, Jess. — Alfonso a cumprimentou.
A garota murmurou algo ininteligível, enquanto sentava-se entre os brinquedos espalhados pelo chão.
— Ela é linda! — Anahi não conteve o comentário. Sentiu o rosto enrubescer e as pulsações aceleradas.
Não pretendia fraquejar, nem revelar sua vulnerabilidade. Precisava manter o autocontrole, para não revelar o orgulho ferido, o amor-próprio abalado.
Mas não podia ignorar a onda de ternura que a invadiu, vendo a menina entretida com os brinquedos. Aquela garotinha, com seu jeito de anjo, a emocionava profundamente, derrubando suas defesas, destruindo toda a barreira que erguera ao seu redor.
Isolara-se numa concha durante tantos anos e, de repente, bastava a presença de uma menina, que nem sequer a notara, para revelar-lhe uma nova visão do mundo.
Lutando contra os soluços que apertavam sua garganta, levantou-se num salto. Não queria olhar para Alfonso. Não suportaria a expressão de piedade, com certeza, estampada nos olhos dele. Um dia, ele teria seus próprios filhos. Nesse ínterim, conviveria com a irmã e os três sobrinhos. Alfonso jamais entenderia a dor que a massacrava.
— Preciso ir — falou, tentando conter as lágrimas. — Por favor, não tente me impedir.
Novamente, Alfonso a interceptou, segurando-a com força pelos ombros.
— Você está apaixonada por mim, não está, Ani?
Fora mais uma afirmação do que uma pergunta. A convicção de Alfonso não dava margem a mentiras.
— Sim. — Ela fechou os olhos. — Sim, droga, estou apaixonada por você!
Completara sua quota de humilhação.
As mãos que apertavam os ombros de Anahi tremeram. Alfonso soltou um longo suspiro.
— Oh, minha querida Ani, você não imagina o quanto temi estar enganado.
As palavras de Alfonso não faziam o menor sentido para Anahi.
— Não fuja de mim, Ani. — Com a ponta do dedo, enxugava as lágrimas que escorriam pelo rosto dela. — Por favor.
Como que hipnotizada pela voz aveludada de Alfonso, lentamente ergueu a cabeça, fitando-o. Apesar das lágrimas que embaçavam sua visão, percebeu o amor brilhando nos olhos dele. Um brilho tão intenso que parecia queimar seu coração, como ferro em brasa.
Cambaleando, Anahi não acreditava que aquele momento de alegria estivesse acontecendo com ela. Talvez não merecesse tanta felicidade. Enlaçando-a pelos ombros, Alfonso atravessou a sala, até onde a garota brincava.
— Jess — chamou-a com imensa ternura. — Quero que conheça uma pessoa.
A menina olhou para Alfonso, com um sorriso inocente e encantador. Soltando Anahi, ele se abaixou, pegando a garota nos braços. As mãozinhas dela desapareceram ao redor do pescoço de Alfonso. O rosto rosado apoiou-se no cashmere da blusa.
— Diga alô para Ani, Jess.
— Alô, Ani ela murmurou. Os olhos azuis eram sonhadores e receptivos.
Alfonso enlaçou Anahi novamente. Estavam tão próximos que ele podia ouvir as batidas do coração dele.
— Ani, querida — começou num tom de afeição, orgulho, felicidade. — Gostaria que você conhecesse Jéssica, uma mulher muito especial em minha vida.
Beijou a fronte de Anahi. Seus olhares se encontraram. O dela, intrigado. O dele, orgulhoso.
— Jéssica é minha filha.
Nesse momento, Bob entrou na sala, anunciando o início da festa. Há anos Anahi não comparecia a uma festa de crianças.
Enquanto caminhavam para a sala de jantar, Alfonso murmurou ao ouvido dela:
— Sei que tenho ainda muitas coisas para explicar. Mas, Anahi querida, promete que se casará comigo?
Não houve necessidade de pronunciar uma só palavra. A resposta estava expressa nos olhos dela, brilhando de amor por ele.
Finalmente, a festa terminou. Os convidados mirins se retiraram e as crianças foram para a cama, inclusive Jéssica. Como em todos os domingos, ela dormia na casa de tia Laura.
— Eu a levo para a escola na segunda-feira de manhã, quando vou para o trabalho — Laura explicou. — Já nos acostumamos com essa rotina e a cumprimos mesmo quando Alfonso está em casa.
— Pode me dar uma carona, Srta. Portilla? — Alfonso brincou. — Não vim de carro.
Claro!
Despediram-se de Laura e Bob. Pela expressão de Laura, Anahi percebeu que ele aprovava a escolha do irmão.
— Bem-vinda à família — disse com um sorriso afetuoso. — Volte sempre que quiser.
Parará de chover e a noite não estava tão fria. Entraram no carro. Antes que Anahi ligasse o motor, Alfonso a abraçou.
— Você ainda não respondeu à minha pergunta.
— Que pergunta? — Anahi teve a impressão de que morreria de amor.
— Bem, leve-me para casa. Quero lhe oferecer o último drinque da noite. Então, farei novamente a pergunta.
Anahi atravessou em silêncio a curta distância entre a casa de Alfonso e a de Laura. Estacionou o carro em frente à casa dele.
— Obrigada pelo convite. Porém, você sabe que não bebo quando preciso dirigir.
— Alguém comentou algo a respeito de dirigir? Inclinando a cabeça, fitou-o.
— O que está sugerindo, Sr. Herrera?
Ele tirou a chave da ignição, guardando-a no bolso.
— Você é minha prisioneira.
Beijou-a ternamente, demoradamente, como se não suportasse separar seus lábios dos dela. Beijou-a, enquanto caminhavam até a casa. Beijou-a antes e depois de abrir a porta. Assim que entraram, ele fechou a porta, abraçando-a com força.
Anahi apoiou-se na parede, enquanto Alfonso a beijava loucamente, na escuridão da sala.
Ele gemeu e, depois de mais um beijo apaixonado, afastou-se. Acendeu as luzes.
— Vamos para a cozinha, fazer café — convidou-a com voz enrouquecida. — Pretendo não pregar o olho esta noite.
De mãos dadas, seguiram até a cozinha.
— Espero que goste desta casa. — Olhou-a de relance, enquanto preparava a cafeteira. — Mas, se preferir, poderemos procurar outra. Comprei esta casa, para estar perto de Laura. Nem sei como me arranjaria sem ela, para cuidar de Jess. Em Nova York, contratei uma babá, mas foi um verdadeiro caos.
Lentamente, Anahi saía do sonho e entrava na realidade.
— Alfonso... — Encostou-se no armário. — Acho que você está se precipitando.
Por um longo momento, ele a olhou fixamente, sem piscar.
— Ani, desculpe-me. — Abriu os braços, num gesto desolado. — E que... nunca estive apaixonado antes.



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Autor(a): ayaremember

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— Não, não foi isso que eu quis dizer. Acho que precisamos conversar. Esclarecer muitas coisas que não entendi.Depois de ligar a cafeteira, Alfonso segurou as mãos dela.— Sei que ficou confusa quando revelei que Jéssica era minha filha. Havia dito que Laura e Bob tinham três filhos.— Laura contou que o filho mais vel ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 27



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  • lyu Postado em 19/10/2013 - 23:33:38

    mais ja acabou? pq essa foi tao pequena! Ain q triste!

  • isajuje Postado em 18/10/2013 - 20:20:20

    Como assim, acabou? Você tinha que ter me preparado psicologicamente para isso menina. SOCORRO. Por que fizeste isto comigo? O que te fiz? Ok, sem crise u.u KKK amei o final. Amei tudo. E fiquei surpresa pelo o Alfonso já ter sido casado e ser viúvo e ter uma filha! Coitado. Bom, que ótimo que eles tiveram um final feliz. É bom saber que ao menos na ficção eles ficam juntos #CriseDeTraumadaPonny

  • steph_maria Postado em 17/10/2013 - 22:59:55

    Acabouuuu =/ ameiii essa web foi perfeita *-----*

  • ligia Postado em 17/10/2013 - 21:27:31

    Amei a web pena que já acabou :(, foi linda!!!

  • luisa_ Postado em 17/10/2013 - 14:22:15

    OMG Alfonso apaixonado Pela Ani <333 Ani apaixonada pelo Alfonso <333 Amo, amo, amo essa web

  • juhlanzani Postado em 16/10/2013 - 02:00:14

    Nova leitora!! Como assim Poncho?? O.o Eu aqui crente que tu ia a pedir em casamento, e no final a convida pra uma festa? PQP KKKK' Posta mais, quero ver o que vai acontecer agora.

  • isajuje Postado em 15/10/2013 - 19:40:17

    O Poncho tá apaixonado por ela a muito tempo colega. Desde o primeiro beijo não parou de pensar nela. Acho que não só é apaixonado como também a ama e não, não estou exagerando KKKKK que momento difícil para ela contar a verdade. Ela auto se rejeita achando que nenhum homem poderia querer ela não podendo ter filhos. Coitada. Poncho, representa ae cara KK mostre o seu amor.

  • ligia Postado em 14/10/2013 - 14:11:39

    A web esta linda!!! Acho que o Poncho já esta apaixonado pela Any.

  • lyu Postado em 14/10/2013 - 00:33:52

    AIN PONCHO DIZ ALGO LINDO VAI

  • luisa_ Postado em 12/10/2013 - 21:14:12

    Eu acho melhor o Alfonso não estar brincando com a a Ani se não eu dou uns tapa na cara dele u.u Amo sua web é maravilhosa <33 Posta logo que eu não me aguento de curiosidade.


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