Fanfics Brasil - CAPÍTULO - 5 MULHER DE GELO - AyA - Adaptada Finalizada

Fanfic: MULHER DE GELO - AyA - Adaptada Finalizada | Tema: AyA


Capítulo: CAPÍTULO - 5

1734 visualizações Denunciar


A casa dele, surpreendentemente, era um antigo mas agradável chalé, rodeado por árvores e azaléias, com um relvado que terminava na calçada. Com os flocos de neve, parecia uma paisagem saída de um conto de fadas.
— Que casa mais charmosa! — Anahi exclamou com sinceridade.
Alfonso desligou o motor do carro.
— Aceita um café? Fica pronto num minuto, enquanto arrumo minha mala.
— Sua esposa não ficará aborrecida se trouxer uma visita a esta hora da manhã? — De imediato, arrependeu-se da pergunta tão inconveniente.
— Não tenho esposa. A casa está vazia.
Anahi recusou-se a analisar seus sentimentos ao tomar conhecimento dessa informação. O bom senso a aconselhava a manter o relacionamento com aquele homem em nível absolutamente impessoal e profissional.
— Obrigada. Prefiro esperar aqui.
— Como queira. Não demorarei mais do que alguns minutos. Alfonso entrou em casa, fechando a porta.
Com um suspiro de frustração, Anahi desceu do Chevelle. Quase não nevava mais. Apenas alguns flocos caíam do céu acinzentado. Colocou as mãos nos bolsos da jaqueta, atravessou o jardim. A rua estava deserta. A paz e o silêncio reinavam absolutos.
Caminhava lentamente pela calçada, observando as casas. De repente, uma das portas se abriu, e surgiram três crianças, correndo em direção a um ônibus escolar que parará no meio-fio.
— Tchau, mamãe! — As crianças gritaram em uníssono.
— Tchau, queridos! Comportem-se! — Acenando, a mulher esperou o ônibus afastar-se. Depois, entrou, fechando a porta de casa.
Anahi parou, observando-a a certa distância. Uma tristeza a invadiu. Nunca faria parte de uma família como aquela. Diante da porta fechada, perguntou-se se aquela mulher conscientizava-se da felicidade que tinha nas mãos. Imaginou-a lendo para as crianças, na hora de dormir, penteando os cabelos louros da garota, preparando as refeições...
Encolhendo os ombros num gesto de desalento, retomou o caminho para a casa de Alfonso, imaginando por quanto tempo mais aquela sensação de vazio tomaria conta de sua alma. Talvez essa dor a acompanhasse até o final de sua vida. Precisaria ser forte para não sucumbir...
— Vamos, Ani! — A voz de Alfonso interrompeu seus pensamentos.
Parado ao lado do Chevelle, segurava a porta para ela entrar.
Seguiram era silêncio para o aeroporto. Com o canto dos olhos, observou Alfonso. O rosto sério, as mãos segurando com firmeza o volante, os cabelos longos terminando em caracóis sobre o colarinho. Estremecendo, Anahi virou o rosto para a janela. Não entendia o que aquele homem possuía de especial para provocar-lhe reações tão estranhas. Antes de Alfonso, nunca um homem a perturbara tanto e tão profundamente. Nem mesmo Derek, de quem fora noiva e com quem quase se casara.
Não sabia por que sentia-se em pânico e assustada ao lado de Alfonso Herrera, a ponto de ver ameaçada a concha na qual se fechara. Sabia apenas que corria perigo, que Alfonso poderia quebrar sua concha... e descobrir que não havia nada dentro.
Recostando-se no banco, fechou os olhos.
Não conseguia entender por que, mas tinha o pressentimento de que aquele fim de semana, tão ansiosamente esperado, seria um absoluto desastre.



CAPÍTULO II


— Você já esteve no Caribe antes? — Alfonso perguntou.
— Não. — Anahi olhou de relance para Alfonso, sentado ao seu lado no helicóptero particular de Flame Cantrell, que os esperava no Guadeloupe International Airport. — Quase. Era para estas ilhas que planejávamos vir.
Era onde planejavam passar a lua-de-mel. Derek e ela. Repreendeu-se intimamente por ter sido tão descuidada. Não pretendia fazer confidencias diante daquele homem.
— Nós? — ele indagou, quase com indolência.
Antes de responder, Anahi deteve-se na paisagem maravilhosa que avistava pela janela do helicóptero. O mar cor de turquesa brilhava, entre a quantidade de ilhas espalhadas desordenadamente, como jóias verdes de um colar quebrado.
— Um amigo e eu. — O tom de voz não deixava dúvidas de que não estava interessada em discutir sobre o amigo.
— Um homem. — Alfonso ajeitou-se no banco. Com o movimento, Anahi sentiu a pressão do braço dele contra o seu. Afastar-se era impossível, pois sentara-se no banco ao lado da janela. O vôo para Guadeloupe demorara mais do que o previsto. A suspeita da existência de uma bomba no Montrears Dorval Airport atrasara a partida em várias horas. Cansada, Anahi adormeceu no avião, acordando somente ao amanhecer. Surpresa e embaraçada, descobriu que usara o ombro de Alfonso como travesseiro. Apressou-se em pedir desculpas. O tom cerimonioso de Anahi provocou risos em Alfonso.
— Não se preocupe. Foi um prazer passar a noite com você. Ela o fulminou com o olhar. Porém, a despeito da indignação que sentia, não pôde deixar de notar como Alfonso estava atraente com a barba por fazer. Virou o rosto rapidamente, para conter o impulso de segurar o queixo firme dele entre suas mãos macias.
— Quem era ele? — A voz de Alfonso trouxe-a de volta a realidade.
— Apenas um amigo. — Encarou-o com olhos frios. — Não significa mais nada em minha vida. OK?
— Ah! — Ele movimentou a cabeça, como se as palavras dela tivessem explicado algo importante. — Quer falar a respeito?
Anahi olhou-o, perplexa.
— Falar a respeito? Com você? Para quê? Alfonso encolheu os ombros.
— Ora, estou interessado. Há quanto tempo romperam?
— Há quatro anos, mas...
— Onde ele está agora? Ainda está... por perto?
— Não. Pelo que eu saiba, vive na Califórnia. Ele trabalha numa companhia cinematográfica.
— Ator?
— Cameraman. — Anahi soltou um suspiro profundo. — Olhe, prefiro não falar sobre o assunto...
— Então, foi ele quem rompeu. — A voz dele soou macia como veludo. — As feridas ainda doem, não, Anahi? Desculpe, não pretendia entristecê-la...
— Oh, já estamos pousando! — ela o interrompeu, apontando para a janela. — Aquela deve ser L’lle des Coquilles. — Esperava que ele entendesse, definitivamente, que dava o assunto por encerrado. Forçando-se à não lhe dar atenção, observava a ilha que começava a revelar-se diante de seus olhos. Tinha o formato de lua crescente. As ondas fortes do Atlântico batiam violentamente na costa leste da ilha, delineada por praias de areias alvíssimas, protegidas por palmeiras.
Alfonso inclinou-se para olhar pela janela, e seus cabelos escuros roçaram o rosto de Anahi.
— Aquela deve ser a mansão de Cantrell — disse.
Ela se retraiu, perturbada com a proximidade dele, mas Alfonso pareceu não notar seu movimento. Indicou um promontório, onde se via o telhado vermelho de uma villa que se estendia em direção a sudeste.
— Parece ser a única casa grande da ilha — acrescentou. — Obviamente, com a melhor localização.
O perfume que exalava do corpo dele penetrou as narinas de Anahi, abalando seus nervos.
— Se você me der licença, gostaria de pegar minhas coisas — pediu num fio de voz. Virando-se, quase tocou no rosto dele. Os olhos castanhos de Alfonso transmitiam calor... mas quando fitaram diretamente os seus, ela percebeu que o olhar se tornava ligeiramente vidrado.
— Meu Deus, Ani! — ele exclamou com admiração. — Você é uma mulher incrivelmente bonita! Posso...?
Antes que ela pudesse se mover, Alfonso a abraçou, roçando os lábios nos dela. Um beijo tão leve quanto a brisa de verão, e dolorosamente suave. Anahi sentiu algo até então desconhecido invadir seu corpo, fazendo seu sangue gelar nas veias. Subitamente, lembrou-se de que Alfonso Herrera era uma complicação inútil, totalmente dispensável em sua vida.
— Podem desembarcar.
Uma voz masculina quebrou a magia do momento, tirando-os de um mundo que, apenas por alguns segundos, fora somente deles. Erguendo a cabeça, ambos encontraram o olhar irônico do piloto.
— Bem-vindos a L`lle des Coquilles — ele disse, sorrindo. Anahi corou. O helicóptero pousara, enquanto ela estava em órbita. E, enquanto permanecera em órbita, um estranho a observara, invadindo sua privacidade.
A culpa era toda de Alfonso Herrera. A raiva começava a ferver dentro dela. Num movimento rápido, ergueu-se, pegando a mala e o equipamento fotográfico, antes de encará-lo novamente.
Quando se fitaram, irritou-se com o ar inocente dele. Alfonso apontou a jaqueta que Anahi pendurara no banco ao embarcarem.
— Você não precisará dela nos próximos dias — lembrou-a. O piloto ainda os observava, de modo que Anahi limitou-se a dizer, enquanto pegava a jaqueta: — Realmente, foi uma mudança maravilhosa, não? — Assim que o piloto aproximou-se da porta do helicóptero, para abri-la, ela murmurou entre dentes: — Nunca mais faça isso. Não se atreva a beijar-me de novo. Nem mesmo tente invadir meu espaço novamente. Não gosto disso. Aliás, não gosto de você! — Sim, foi uma mudança agradabilíssima, Anahi, meu amor — ele respondeu num tom alegre e alto, ignorando a repreensão. O sorriso encantador que iluminou seu rosto deixou-a nervosa, quase desarmando-a. — Espero que você e eu tenhamos algum tempo para nadarmos juntos.



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): ayaremember

Este autor(a) escreve mais 14 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
- Links Patrocinados -
Prévia do próximo capítulo

Ela não respondeu, decidida a não dividir seu tempo livre com Alfonso. Com um sorriso de agradecimento ao piloto, desceu os degraus. O calor abrasador se refletia no asfalto da pista. Alfonso caminhava ao seu lado. Um homem alto, forte, vinha ao encontro deles. Os cabelos grisalhos esvoaçaram sob as hélices do helicóptero, assim que o apare ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 27



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • lyu Postado em 19/10/2013 - 23:33:38

    mais ja acabou? pq essa foi tao pequena! Ain q triste!

  • isajuje Postado em 18/10/2013 - 20:20:20

    Como assim, acabou? Você tinha que ter me preparado psicologicamente para isso menina. SOCORRO. Por que fizeste isto comigo? O que te fiz? Ok, sem crise u.u KKK amei o final. Amei tudo. E fiquei surpresa pelo o Alfonso já ter sido casado e ser viúvo e ter uma filha! Coitado. Bom, que ótimo que eles tiveram um final feliz. É bom saber que ao menos na ficção eles ficam juntos #CriseDeTraumadaPonny

  • steph_maria Postado em 17/10/2013 - 22:59:55

    Acabouuuu =/ ameiii essa web foi perfeita *-----*

  • ligia Postado em 17/10/2013 - 21:27:31

    Amei a web pena que já acabou :(, foi linda!!!

  • luisa_ Postado em 17/10/2013 - 14:22:15

    OMG Alfonso apaixonado Pela Ani <333 Ani apaixonada pelo Alfonso <333 Amo, amo, amo essa web

  • juhlanzani Postado em 16/10/2013 - 02:00:14

    Nova leitora!! Como assim Poncho?? O.o Eu aqui crente que tu ia a pedir em casamento, e no final a convida pra uma festa? PQP KKKK' Posta mais, quero ver o que vai acontecer agora.

  • isajuje Postado em 15/10/2013 - 19:40:17

    O Poncho tá apaixonado por ela a muito tempo colega. Desde o primeiro beijo não parou de pensar nela. Acho que não só é apaixonado como também a ama e não, não estou exagerando KKKKK que momento difícil para ela contar a verdade. Ela auto se rejeita achando que nenhum homem poderia querer ela não podendo ter filhos. Coitada. Poncho, representa ae cara KK mostre o seu amor.

  • ligia Postado em 14/10/2013 - 14:11:39

    A web esta linda!!! Acho que o Poncho já esta apaixonado pela Any.

  • lyu Postado em 14/10/2013 - 00:33:52

    AIN PONCHO DIZ ALGO LINDO VAI

  • luisa_ Postado em 12/10/2013 - 21:14:12

    Eu acho melhor o Alfonso não estar brincando com a a Ani se não eu dou uns tapa na cara dele u.u Amo sua web é maravilhosa <33 Posta logo que eu não me aguento de curiosidade.


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.




Nossas redes sociais