Fanfics Brasil - CAPÍTULO - 10 À CAÇA - AyA - Adaptada Finalizada

Fanfic: À CAÇA - AyA - Adaptada Finalizada | Tema: AyA


Capítulo: CAPÍTULO - 10

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A emoção de Anahi ia aumentando à medida que tudo se esclarecia em sua cabeça.
—Não correu muito momento. Não podia. Ele não teria se arriscado a isso, porque estava obscurecendo e a chuva aumentava. O que significa que o barraco está perto. Tem que estar perto!
Alfonso ficou olhando um momento comprido. Acaso se mostraria contrário a sua hipótese? Anahi não podia acreditar. Conhecia essas terras como a palma de sua mão; sabia como pensava o Açougueiro. Sabia que vivia para a caça mais que para a violação. Entretanto, a nenhuma delas tinha dado uma grande vantagem. Dois minutos. Havia dito a Sharon e a ela. Dois minutos, e se converteram em presas para abater.
Estava a ponto de exigir a Alfonso que demonstrasse que seu plano era melhor. Confiava em sua própria experiência e formação para fundamentar seu ponto de vista. E ele disse:
—De acordo.
Antes que trocasse de parecer, ela sorriu.
— Me siga —disse. Separou-se do estreito atalho e cortou através de árvores e matas.
Por experiência, Alfonso sabia que era provável que Anahi tivesse razão. Era um raciocínio válido e confirmava que, ao menos no que se referia à busca, ela seria mais uma ajuda que um estorvo.
O ar estava mais frio, úmido e castanho no meio do bosque. O cheiro de umidade que emanava da terra depois da tormenta fez Alfonso pensar na vida e na morte, como se o bosque tivesse renascido, lavado pela chuva.
Se encontrassem a cabana onde o Açougueiro tinha encerrado Rebecca, podia ser que encontrassem pistas que os conduzissem até ele. Durante anos tinha sido muito escorregadio; não se podia deduzir que seguisse um padrão em seus seqüestros, mas sim que atuava na primavera. Abril, maio e junho.
Doze anos antes não tinham detectado um padrão de comportamento. Quando Anahi e Sharon foram raptadas, o mês do ano não teve uma relevância especial. Entretanto, em sua investigação do seqüestro das irmãs Denver, a companheira de Alfonso, Colleen Thorne, deu-se conta de que o dado de que atuava na primavera era evidente. Todas as vítimas do Açougueiro tinham desaparecido na primavera.
Tinham consultado com o Hans Vigo, o principal perito do FBI em perfis psicológicos, e este declarou que a estação tinha uma importância especial para o assassino, ou que algo em seu trabalho ou vida pessoal lhe impedia de matar o resto do ano.
Possivelmente fosse simplesmente uma questão de conveniência. A temporada de caça em Montana se abria sobre tudo nos meses de outono. Na primavera seria menos provável um encontro acidental com alguém porque os caçadores autorizados não saíam em busca de presas. Entretanto, a chave da psicologia deste assassino em concreto, disse Vigo, era que precisava exercer um controle total. Quando Alfonso perguntou por que renunciava a esse controle dando às vítimas tempo para escapar, Vigo lhe recordou que as mulheres não controlavam absolutamente sua situação. Estavam nuas, feridas, debilitadas por uma dieta a base de pão e água, e a vantagem de dois minutos não era mais que uma mutreta. Podia as alcançar com facilidade, guardando uma distância suficiente para que a vítima pensasse que podia escapar e, quando se cansava da caçada, entrava em matar.
—É o único aspecto da vida que pode controlar —sentenciou Vigo—. Recordem. Quando o encontrarem, verão que não controla absolutamente sua vida nem seu trabalho.
Isso queria dizer que de pequeno o assassino teria estado submetido a um pai ou mãe dominante e má. Os maus tratos eram de uma vez físicos e mentais, e se ele resistia, o castigo por sua desobediência era severo. Era provável que em algum momento da infância o tivessem encerrado, possivelmente em um quarto pequeno, ou que o tivessem de mãos atadas.
Teria um emprego onde não manteria muito contato com as pessoas. Levianamente, funcionaria com normalidade e não haveria sinais do severo transtorno que sofria, mas não iria bem em situações em que tivesse que estar em contato constante com pessoas.
O Açougueiro não controlaria muito a orientação de sua profissão, mas isso seria sobre tudo culpa dela. Veria-se relegado a trabalhos de menor categoria devido a sua incapacidade para relacionar-se com as pessoas em um contexto cotidiano. Possivelmente tivesse uma tarefa repetitiva, em uma fábrica, onde se repetiam as tarefas, o que lhe provocaria uma grande frustração, posto que aquele homem possuía uma inteligência superior à média. Era possível que trabalhasse ao ar livre, por exemplo, na construção, movendo-se de obra em obra sem estabelecer vínculos estreitos com os colegas de trabalho.
Nunca tinham encontrado um suspeito. Cada vez que desaparecia uma estudante da Universidade de Montana State, interrogavam seus noivos, ex-noivos e professores de faculdade, para em seguida descartá-los como suspeitos. O assassino era um homem dotado de uma força física superior a normal, uma grande paciência e um conhecimento exaustivo do território entre Bozeman e a fronteira norte do Parque Nacional do Yellowstone. Sabia onde se encontrava cada cabana no bosque, cada barraco abandonado, todos os lugares onde poderia ter cativas a uma ou duas mulheres durante uma semana para torturá-las e as violar quando lhe desse vontade.
Nenhum dos homens que tinham interrogado mostravam esse perfil.
Alfonso admirava a Anahi por sua maneira de processar mentalmente a informação. E, certamente, nunca tinha duvidado de sua inteligência. O era uma combinação de bom senso conhecimentos e intuição que, a maioria das vezes, orientava-a na direção correta.
Mordeu a língua. Não queria reconhecer que ainda sentia algo por Anahi. Foda, só pensava nela sem parar. Em seus momentos mais frouxos, entre a meia-noite e o amanhecer, era quando sua decisão de não pensar nela fraquejava e então a recordava como era, seu sabor, como lhe sorria quando ele a estreitava.
Não sabia quando se apaixonou por ela. Quando a visitou aquele primeiro sábado depois de que a investigação sobre o Açougueiro se suspendesse por falta de provas, sabia que voltaria para Montana cada vez que tivesse um momento livre. Passava com ela ao menos um fim de semana no mês. Não a pressionava, não podia fazê-lo, mas juntos teceram um vínculo que ele jamais tinha sonhado encontrar.
Inclusive agora, dez anos mais tarde, dava-se conta de que nunca tinha cortado o que os unia. Ainda se sentia atraído por Anahi. Por que a tinha recomendado à Academia, de saída? Se a tivesse aconselhado que esperasse, que se desse um tempo para definir suas opções profissionais, que pensasse no que queria de verdade, tudo o que veio depois poderia ser evitado.
E possivelmente ainda estariam juntos.
Tinha acreditado durante muito tempo que ela voltaria para ele. Seu amor, pensava, era indestrutível.
Equivocava-se. Ela nunca o procurou, nem quis escutar seus motivos e, em troca, tinha acudido a Nick.
Alfonso decidiu não pensar em suas frustrações. Não tinha sentido pensar no «que-teria-acontecido-se...» Tinha tomado a decisão mais difícil de sua vida, fazia dez anos e agora tinha que viver com as conseqüências.
Deixou que Anahi abrisse a marcha. Embora lhe custasse reconhecê-lo, sentia-se um pouco incômodo com o fato de não ver o céu. Estavam rodeados por sombras e resultava difícil saber em que direção iam. Ele estava quase seguro de que avançavam em direção nordeste. Mas esse «quase» podia fazer que se perdessem.
Tinha que confiar que Anahi saberia como tirá-lo daquele labirinto.



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Autor(a): ayaremember

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Passaram quarenta minutos, e Alfonso estava a ponto de voltar sobre seus passos quando, de repente, chegaram a um claro alagado pela luz do sol, o qual era alentador.Até onde chegava a vista, cresciam os pinheiros pesados, de dez a quinze metros de altura, a intervalos regulares. A excitação de Anahi era evidente.—Me siga —disse, com gesto de ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 28



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  • lyu Postado em 05/11/2013 - 14:50:19

    uhuhul vai mata ele!

  • steph_maria Postado em 28/10/2013 - 23:09:39

    Surteiii com esses capitulos, tão perfeito, o açougueiro quase sendo encurralado, Anahi e Alfonso enfim juntos de novo quase morri aki *-------* posta maisssss

  • lyu Postado em 27/10/2013 - 02:34:57

    acho q é esse: David Larsen

  • steph_maria Postado em 26/10/2013 - 22:17:04

    SURTANDOOOO COM ESSES CAPITULOS GENTE!!! *__* a Caça tah perfeita finalmente sabemos quem é o açougueiro e a Puta kkkkkkkk só estou me preparando pq imagino o pobre Nick deve sofrer na mão do açougueiro =/~ mas apesar disso tudo o que são AyA? estao ficando proximos e Anahi aceitando ser consolada por ele me mataaaaa

  • lyu Postado em 22/10/2013 - 01:41:46

    a puta é mulher do juiz. mais

  • ponnynobre Postado em 18/10/2013 - 21:59:02

    Que lindo Anahi e Alfonso se acertando aos pouco. que merda esse homem pegou outra garota :(

  • isajuje Postado em 18/10/2013 - 20:14:12

    A Puta KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK é pra rir mesmo. Esse O Açougueiro é um cara muito retardado. Tudo se tornaria mais fácil se ele matasse A Puta. Não vi nenhum impedimento nisso. A Puta deve ser mesmo a mulher do juiz com o seu irmão. É o que eu acho. Credo. Muito nojento. E AyA juntos *u* quero mais. Ps.: desculpe comentar pouco preciso comentar em um moooooonte aqui

  • isajuje Postado em 15/10/2013 - 19:43:01

    Menina, como você pode postar dois capítulos e nos deixar assim? KKKKKK nossa curiosidade, ansiedade, e nosso trauma precisa de mais capítulos. Foi muito romântico esse beijo, cheio de ternura bleh. Não acredito que falei nisso mas ok. Pode continuar.

  • ponnynobre Postado em 14/10/2013 - 22:30:29

    Alfonso é sempre tão lindo com ela ♥ demorou mais o beijo foi lindo

  • ponnynobre Postado em 14/10/2013 - 22:29:25

    QUE LINDOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOS. POSTA MAIS POR FAVOR!!!!!!!!!!!!!


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