Fanfics Brasil - CAPÍTULO - 17 À CAÇA - AyA - Adaptada Finalizada

Fanfic: À CAÇA - AyA - Adaptada Finalizada | Tema: AyA


Capítulo: CAPÍTULO - 17

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Tinha razão. Havia uma árvore pequena pisada e quebrada na direção que assinalava Anahi. O limite do claro acabava bruscamente uns quinze metros mais à frente. Alfonso deteve Anahi quando chegaram ao perímetro.
Doze anos antes tinham caminhado juntos por uma inclinação similar para chegar à cabana onde Anahi e Sharon tinham estado encerradas. Alfonso nunca esqueceria a coragem de Anahi aquele dia.
—Está preparada para o que possamos encontrar? —perguntou com voz fraca.
—Certamente que sim — disse ela. Mas quando Alfonso a olhou não era raiva o que brilhava em seus olhos Claros e sim as lembranças.
Também ela pensava nesse dia?
Ele esticou a mão, querendo conectar com ela, mas Anahi o rechaçou com um movimento quase imperceptível de cabeça. Ele deixou cair o braço, molesto consigo mesmo por havê-lo tentado, mas desejando que Anahi não insistisse em levar sozinha sobre seus ombros todo o peso da dor de Rebecca.
Caminharam seguindo o limite do claro e se detiveram ao cabo de um momento. A Alfonso chamou a atenção algo que parecia desconjurado.
—Aqui — disse, e se agachou para examinar os rastros de pegadas no chão.
—Vamos.
Alfonso desencapou sua pistola e assentiu quando ela o imitou com uma Beretta de nove milímetros um pouco menor. Nunca esqueceria que Anahi tinha obtido o terceiro posto na competição da Academia. Era um bom resultado se tinha em conta que tinham participado cem pessoas mais.
Mas ela se zangou consigo mesma por não obter o primeiro posto. A competência na Academia era coisa séria, mas ninguém a submetia a tanta pressão como ela mesma.
Anahi respirou fundo e reuniu toda a coragem possível à medida que se internavam no bosque. A vegetação se voltou mais espessa quando abandonaram o claro alagado de luz, e o ar, frio e úmido. O frio mantinha alto o nível de adrenalina enquanto varria o monte silenciosamente com o olhar em busca de qualquer indício de movimento.
Em busca do Açougueiro.
À medida que se internavam na espessura, os animais que escapuliam, o grasnido das aves e as botas que esmagavam o chão coberto de folhas eram os únicos ruídos. O ar estava fresco e limpo depois da chuva, a terra renovada. Entretanto, ao mesmo tempo, a Anahi chegou o aroma penetrante e desagradável da podridão. Recordou-lhe sua própria queda, quando estava suja e tinha frio e lhe doía tudo.
Alfonso se deteve para olhar o atalho. A ladeira do monte era mais suave, muito diferente do terreno rochoso de mais acima por onde tinha escapado Anahi. A Rebecca tinham tido mais perto da civilização, a só uns dez quilômetros a vôo de pássaro.
Anahi fechou os olhos e respirou fundo para serenar-se. Quando voltou a abri-los ao cabo de um minuto, tudo parecia mais vivo e brilhante. O verde era mais verde, o marrom mais marrom. Uns potentes raios cortavam a sombra entre as árvores e alagavam o chão com manchas de luz. A Anahi fascinava os dias como esse, depois da chuva da primavera que deixava o ar limpo, quando tudo ficava fresco e novo e a culpa que ela sentia por estar viva se desvanecia.
De repente, um brilho chamou sua atenção.
Um leve reflexo em um teto de zinco meio oxidado. Ficou olhando, tão concentrada em seu descobrimento que os ruídos do bosque passaram a um segundo plano. Não ouvia mais que os batimentos de seu coração. A madeira curvada e velha que sustentava o frágil teto não teria podido agüentar a recente tormenta, mas as aparências enganam. Aquela cabana tinha suportado os duros invernos de Montana, golpeada pela chuva e sepultada pela metade pela neve.
—Anahi.
—Lá —disse ela, saindo de seu ensimesmamento.
Ele olhou com expressão inescrutável. Tirou o walkie-talkie e apertou a tecla para falar.
—Xerife, encontramos uma choça. A uns... —disse, e olhou para o alto do monte íngreme—, seiscentos metros da borda do claro. Há uma bandeira laranja que marca o ponto onde nos afastamos do campo.
Soou a estática.
—Entendido. —A voz de Nick, distorcida pela comunicação, rompeu o silêncio—. Enviarei uma equipe.
—Entendido. Cambio e desligo. — Alfonso meteu o aparelho no bolso e se voltou para Anahi.
Ela elevou o queixo, sabendo que podia enfrentar o que fosse.
—Vamos.
Anahi seguiu Alfonso, o bastante perto para não passar nada por alto. Os dois colocaram as luvas de látex para preservar o que provavelmente seria a cena do crime.
Onde Rebecca tinha sido violada e torturada.
Anahi fechou brevemente os olhos e depois pestanejou, surpreendida. Tinha lágrimas nos olhos. Agora, não, recriminou a si mesmo, com sua severa voz interior.
Alfonso lhe fez um gesto para que se afastasse enquanto ele inspecionava o perímetro do barraco. Ela obedeceu sem resmungar.
Aquele barraco desmantelado provavelmente levava décadas aí. A madeira estava desgastada, quase negra. De fato, deveria estar convertida em um monte de troncos, apodrecendo-se sob capas de folhas em decomposição e coberta de musgo. Mas embora não parecesse muito sólida, estava bem construída. Um velho barraco abandonado, como tantos outros.
Até que o Açougueiro o encontrou.
Com uma mão, Anahi tirou o mapa topográfico e localizou sua posição aproximada assim como o caminho que tinha seguido Rebecca.
Sentiu que lhe revolviam as tripas ao imaginar a pobre garota fugindo pelo bosque. Não porque sua fuga acabasse em uma execução, mas sim porque se Rebecca tivesse escapado uns seis quilômetros na direção oposta teria chegado a um caminho de terra que conduzia a uma pequena represa. Possivelmente teria morrido de qualquer maneira, mas ao chegar ao caminho teria tido mais possibilidades.
Corre! Tem dois minutos. Corre!
A voz vinha de um nada, e Anahi apertou a culatra de sua arma enquanto olhava a seu redor, lutando contra o pânico com o corpo alagado de adrenalina.
Ninguém. Não havia ninguém. Sua maldita voz, rouca, sádica, perseguia-a. Maldito fosse.
Rebecca não tinha tido a possibilidade de escolher por onde fugir, como aconteceu a Sharon e a ela. Elas corriam para afastar-se em direção contrária a seu seqüestrador. Se ele estivesse ali, justo do outro lado dessa porta estreita, lhe apontando ao coração com um rifle, Rebecca teria deslocada colina acima. Afastando-se.
— Anahi?
A voz de Alfonso era suave mas firme, e ela voltou a recordar que ele tinha sido seu apoio mais firme durante os piores dias depois do ataque. Recordou o jovem e promissor agente do FBI por quem se apaixonou, um homem entusiasmado com a vida e com seu trabalho, combatendo os maus. E durante todo esse tempo, lhe ajudou a recuperar o equilíbrio, deu-lhe a força que tanto necessitava.
Anahi se obrigou a olhar com rosto inexpressivo (tinha muita experiência fingindo um interesse neutro), e se virou para ele.
Alfonso tinha amadurecido. Tinha quase quarenta anos. Já não se movia de um lado a outro compulsivamente, como se estivesse obrigado a controlar esse cacoete, quão única reconhecia como tal.
Mantinha-se alto e erguido, ainda seguro de si mesmo, inteligente, mas mais sábio. Mais curtido.
Já não era o homem por quem se apaixonou. Ela tampouco era a mulher que ele havia dito amar. Ele tinha amadurecido até converter-se no homem que ela tinha imaginado.
Entretanto, seguia sendo o homem que a tinha traído.
—Estou pronta —avisou, com voz suave.
Ele abriu a boca para falar, mas não disse nada. Em troca, assentiu com a cabeça e se aproximou do barraco. Aliviada, ela reprimiu um suspiro e o seguiu.


 


Vocês estão indo muito bem em relação ao açougueiro ;) 
Continuem comentando bjos <33



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Autor(a): ayaremember

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Umas arranhadas recentes na madeira indicavam que até pouco tempo a porta se fechava com um cadeado. Alfonso tinha sua arma pronta. Ela também.Jamais voltariam a surpreendê-la com a guarda baixa.Alfonso empurrou a porta e esta se abriu. Sem chave. Empurrou-a para dentro com cuidado, lentamente, enquanto se tornava a um lado para o caso do assassino estar ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 28



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  • lyu Postado em 05/11/2013 - 14:50:19

    uhuhul vai mata ele!

  • steph_maria Postado em 28/10/2013 - 23:09:39

    Surteiii com esses capitulos, tão perfeito, o açougueiro quase sendo encurralado, Anahi e Alfonso enfim juntos de novo quase morri aki *-------* posta maisssss

  • lyu Postado em 27/10/2013 - 02:34:57

    acho q é esse: David Larsen

  • steph_maria Postado em 26/10/2013 - 22:17:04

    SURTANDOOOO COM ESSES CAPITULOS GENTE!!! *__* a Caça tah perfeita finalmente sabemos quem é o açougueiro e a Puta kkkkkkkk só estou me preparando pq imagino o pobre Nick deve sofrer na mão do açougueiro =/~ mas apesar disso tudo o que são AyA? estao ficando proximos e Anahi aceitando ser consolada por ele me mataaaaa

  • lyu Postado em 22/10/2013 - 01:41:46

    a puta é mulher do juiz. mais

  • ponnynobre Postado em 18/10/2013 - 21:59:02

    Que lindo Anahi e Alfonso se acertando aos pouco. que merda esse homem pegou outra garota :(

  • isajuje Postado em 18/10/2013 - 20:14:12

    A Puta KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK é pra rir mesmo. Esse O Açougueiro é um cara muito retardado. Tudo se tornaria mais fácil se ele matasse A Puta. Não vi nenhum impedimento nisso. A Puta deve ser mesmo a mulher do juiz com o seu irmão. É o que eu acho. Credo. Muito nojento. E AyA juntos *u* quero mais. Ps.: desculpe comentar pouco preciso comentar em um moooooonte aqui

  • isajuje Postado em 15/10/2013 - 19:43:01

    Menina, como você pode postar dois capítulos e nos deixar assim? KKKKKK nossa curiosidade, ansiedade, e nosso trauma precisa de mais capítulos. Foi muito romântico esse beijo, cheio de ternura bleh. Não acredito que falei nisso mas ok. Pode continuar.

  • ponnynobre Postado em 14/10/2013 - 22:30:29

    Alfonso é sempre tão lindo com ela &#9829; demorou mais o beijo foi lindo

  • ponnynobre Postado em 14/10/2013 - 22:29:25

    QUE LINDOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOS. POSTA MAIS POR FAVOR!!!!!!!!!!!!!


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