Fanfics Brasil - CAPÍTULO - 18 À CAÇA - AyA - Adaptada Finalizada

Fanfic: À CAÇA - AyA - Adaptada Finalizada | Tema: AyA


Capítulo: CAPÍTULO - 18

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Umas arranhadas recentes na madeira indicavam que até pouco tempo a porta se fechava com um cadeado. Alfonso tinha sua arma pronta. Ela também.
Jamais voltariam a surpreendê-la com a guarda baixa.
Alfonso empurrou a porta e esta se abriu. Sem chave. Empurrou-a para dentro com cuidado, lentamente, enquanto se tornava a um lado para o caso do assassino estar ali dentro.
Estava vazia. Anahi sentiu um alívio relativo. Tinha uma vontade desesperada para apanhar esse tipo, mas temia encontrar-se cara a cara com ele. Era alguém que conhecia? Alguém com quem tinha ido ao colégio? Um cliente habitual da hospedaria? Um habitante local? Um estranho?
Seria capaz de reconhecê-lo? Era alguém a quem via todos os dias?
Aquela idéia não parava de lhe rondar a cabeça. Possivelmente o Açougueiro fosse alguém que ela via como um amigo.
— Anahi?
—O que? —disse, sobressaltando-se. Em seguida se arrependeu de seu tom de voz. Não tinha por que comunicar sua agitação a Alfonso. Esses demônios que ela combatia eram estritamente pessoais.
Ele ia dizer algo, mas calou. Começou a examinar minuciosamente o interior.
No barraco, de um só cômodo de dois metros e meio por quatro, só havia um colchão manchado e imundo no meio do chão de madeira enegrecida. Sangue seco mesclado com terra. O teto era de madeira e zinco, inclinado para impedir que a neve o destruísse. A roupa de Rebecca estava em um canto. Os jeans, o pulôver amarelo e o agasalho impermeável azul com que a tinham visto pela última vez.
Não estavam nem o sutien nem as calcinhas.
Anahi se fixou no aroma. Era o aroma do medo grudado às paredes, como se o terror da Rebecca tivesse ficado impresso para sempre na madeira escura e musgosa.
Não, o medo não cheirava. Era o suor seco, o aroma vago e metálico do sangue, o que empapava seu olfato ao respirar, deslocando-se até sua língua, lhe fazendo sentir o sabor acobreado do terror, antes que seus pulmões e seu coração se enchessem de penosas lembranças.
O sexo. O sexo brutal e doloroso.
Tenho muito frio, Ani.
Anahi olhou a seu redor, segura de ter ouvido a Sharon que lhe falava.
Não era Sharon, e sim seu fantasma.
A habitação sem janelas se encolheu. Era como se as paredes pulsassem, como se respirassem. Como se arrastando para ela, cada vez mais perto... e o medo sim cheirava. O aroma enjoativo de seu próprio terror, sua mortalidade, puxavam ela para baixo, estrangulavam-na.
Ani, tenho frio. Vamos morrer.
Não vamos morrer. Não se dê por vencida. Encontraremos uma maneira de escapar.
Nos matará.
Basta! Deixa de falar dessa maneira.
Rebecca esteve sozinha. Sem alguém que a apoiasse. Ninguém com quem falar, com quem chorar, a quem fazer promessas. Sozinha. Sem saber quando ele voltaria, quando voltaria a montá-la. Quando agarraria as tenazes frias como o gelo para lhe apertar os mamilos até que ela gritasse.
Aaaayy!
Os gritos da Sharon lhe ressonavam nos ouvidos, golpeavam-lhe como um martelo na cabeça.
Ela seria a seguinte.
As paredes respiravam e se curvavam. Aproximavam-se, pouco a pouco, cada vez mais...
Começou a tremer descontroladamente quando ouviu os gritos e soluços da Sharon. Ele guardava silêncio. Um silêncio doentio. Mas Anahi sabia que voltava a violar a Sharon, ouvia o tamborilar asqueroso de sua carne contra a dela, chas, chas, chas, sobre sua pele. O grito quando lhe retorcia os mamilos com as tenazes...
Sim, ela seria a seguinte.
As paredes lhe caíram em cima, como se quisessem lhe chupar a vida. Anahi levou a mão à boca e saiu correndo da choça, tropeçou entre os ramos, até que encontrou uma árvore. Apoiou-se no tronco, tentando reprimir o terror que ameaçava deixando-a louca.
Alfonso tinha razão. Vai se afundar.
Não. Não. Não!
Respirar fundo. Respirar para limpar-se. Os aromas do suor, da violação infame e do sangue foram desvanecendo, substituídos pela fragrância fresca dos pinheiros, a terra úmida e as folhas podres. A seiva pegajosa.
Inspirar. Exalar.
O coração acalmou e os batimentos do coração no pescoço perderam sua frenética pulsação. Abriu os olhos e ficou olhando a árvore em que se apoiou.
Abraçadora de árvores, pensou, e se deu conta de que reprimia um sorriso.
Separou-se da árvore, secou as mãos nos jeans e reuniu sua coragem, recuperando a compostura.
Respira, Anahi. Respira.
Levantou-se e voltou para a choça, disposta a tentar uma vez mais. Lutaria contra a claustrofobia que se converteu em seu obstáculo desde aquela semana no inferno, fazia doze anos.
Alfonso ficou olhando e ela agüentou a respiração.



Capítulo 11


Alfonso observava Anahi da soleira da porta.
Estava vindo abaixo, pálida como um fantasma, e era evidente que estava tocada. Se a imprensa se inteirava de que um dos membros da equipe não tinha confiança em si mesmo, toda a investigação poderia vir abaixo.
Anahi se aferrava à árvore como se fosse um salva-vidas. Ele deu um passo adiante, pensando no que tinha que dizer. Anahi, vá para casa. Cuide-se. Não pode nos ajudar se tiver uma crise nervosa.
Enquanto ele observava, ela começou a recuperar a compostura. Anahi deixou de tremer e se separou da árvore. Acabaram os soluços mudos que a sacudiam. Inclinou-se, respirou fundo e voltou a erguer-se.
E o olhou diretamente nos olhos.
Medo. Via-lhe o medo pintado na cara, mas não era o terror do qual tinha escapado na choça. Era medo dele.
Em seu interior se debatiam a fúria e a empatia. Que tivesse medo dele era inquietante, mas ele o entendia. Depois de lhe advertir sem rodeios que estava a ponto de ter uma crise, não tinha nada de estranho que a relevasse da investigação.
Assim que ele entendeu seus medos, ela os dissimulou atrás de um rosto de pedra.



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Autor(a): ayaremember

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Alfonso se surpreendeu com a rapidez que Anahi voltava tão rapidamente a ser dona de si mesma. Tinha visto veteranos impressionados diante da cena de um crime especialmente brutal, que demoravam mais de cinco minutos em recompor-se. Outros demoravam vários dias.Entretanto, também era certo que Anahi tinha tido doze anos para ocultar seus medos.—Cla ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 28



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  • lyu Postado em 05/11/2013 - 14:50:19

    uhuhul vai mata ele!

  • steph_maria Postado em 28/10/2013 - 23:09:39

    Surteiii com esses capitulos, tão perfeito, o açougueiro quase sendo encurralado, Anahi e Alfonso enfim juntos de novo quase morri aki *-------* posta maisssss

  • lyu Postado em 27/10/2013 - 02:34:57

    acho q é esse: David Larsen

  • steph_maria Postado em 26/10/2013 - 22:17:04

    SURTANDOOOO COM ESSES CAPITULOS GENTE!!! *__* a Caça tah perfeita finalmente sabemos quem é o açougueiro e a Puta kkkkkkkk só estou me preparando pq imagino o pobre Nick deve sofrer na mão do açougueiro =/~ mas apesar disso tudo o que são AyA? estao ficando proximos e Anahi aceitando ser consolada por ele me mataaaaa

  • lyu Postado em 22/10/2013 - 01:41:46

    a puta é mulher do juiz. mais

  • ponnynobre Postado em 18/10/2013 - 21:59:02

    Que lindo Anahi e Alfonso se acertando aos pouco. que merda esse homem pegou outra garota :(

  • isajuje Postado em 18/10/2013 - 20:14:12

    A Puta KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK é pra rir mesmo. Esse O Açougueiro é um cara muito retardado. Tudo se tornaria mais fácil se ele matasse A Puta. Não vi nenhum impedimento nisso. A Puta deve ser mesmo a mulher do juiz com o seu irmão. É o que eu acho. Credo. Muito nojento. E AyA juntos *u* quero mais. Ps.: desculpe comentar pouco preciso comentar em um moooooonte aqui

  • isajuje Postado em 15/10/2013 - 19:43:01

    Menina, como você pode postar dois capítulos e nos deixar assim? KKKKKK nossa curiosidade, ansiedade, e nosso trauma precisa de mais capítulos. Foi muito romântico esse beijo, cheio de ternura bleh. Não acredito que falei nisso mas ok. Pode continuar.

  • ponnynobre Postado em 14/10/2013 - 22:30:29

    Alfonso é sempre tão lindo com ela ♥ demorou mais o beijo foi lindo

  • ponnynobre Postado em 14/10/2013 - 22:29:25

    QUE LINDOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOS. POSTA MAIS POR FAVOR!!!!!!!!!!!!!


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