Fanfics Brasil - CAPÍTULO - 22 À CAÇA - AyA - Adaptada Finalizada

Fanfic: À CAÇA - AyA - Adaptada Finalizada | Tema: AyA


Capítulo: CAPÍTULO - 22

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Quando Alfonso se deteve junto ao jipe de Anahi na hospedaria, era quase meia-noite e estava esgotado. Entretanto, sua mente ia por outros roteiros e baralhava todo tipo de idéias.
As luzes do restaurante estavam acesas, e viu o pai de Anahi com seu amigo de toda a vida, Ben Grayhawk, sentados no balcão. Bill o convidou a aproximar-se com um gesto e Alfonso se sentou no tamborete a seu lado.
—Bill. Gray. Alegro-me de voltar a vê-los.
Gray levantou o copo com o líquido âmbar e elevou uma sobrancelha, como perguntando.
—É do bom — disse.
—Obrigado —disse Alfonso. Um uísque duplo possivelmente lhe acalmaria bastante a cabeça para dormir um par de horas.
Bill se inclinou por cima do balcão, tirou um copo e serviu Alfonso um gole comprido de uma garrafa meio vazia de Glenlivet.
—Saint —disse Bill.
Alfonso elevou seu copo e tomou um gole. O uísque deslizou por sua garganta como vidro líquido e ele fez um gesto de aprovação.
Ficaram sentados em silêncio vários minutos.
—Não disse a Anahi que estou aqui —disse Alfonso.
Bill sacudiu a cabeça.
—Não queria que discutíssemos. Ani pode ser muito teimosa.
—Não quero me intrometer em sua relação — disse Alfonso.
—Não se preocupe.
—Agradeço a hospitalidade.
Bill acabou seu uísque e se serviu outro.
—Ani me disse que encontraram o barraco onde esteve seqüestrada a pobre Rebecca Douglas.
—Sim, é muito boa seguindo pistas. —Mais que boa, pensou Alfonso.
—Isso está claro. É uma garota esperta —disse Gray.
Alfonso recordou sua entrevista com Ryan Parker e seus amigos.
—Gray, queria te perguntar. Você falou a Ryan Parker a respeito de um velho cemitério índio que fica ao norte do monte? A alguns quilômetros ao leste do rio?
Gray o olhou sorrindo e mostrando seus dentes brancos e torcidos.
—Sim, contei. Os meninos às vezes vêm a cavalo até aqui. Temos bons atalhos para explorar. Eles já tinham ouvido falar, certamente. Os meninos da escola dizem que está enfeitiçado e que só se pode encontrar de noite e com lua cheia. —Riu com uma espécie de grasnido e ficou a tossir.
—Esteve ali?
—Não. Nem sequer sei se existe de verdade —disse ele, sacudindo a cabeça—. Suspeito que sim existe. Ouvi falar desse lugar desde que era menino. Mas minha mãe nunca me disse onde estava. Isso sim, sempre estávamos procurando. Assim não nos metíamos em outros problemas. Tem algo que ver com o assassinato? —perguntou, depois de uma pausa.
—Duvido. Só queria comprovar a história do menino —disse Alfonso, sacudindo a cabeça.
—Ryan é um bom menino —disse Gray.
—Conhece bem os Parker?
—Na realidade, não. Mas dou um curso de segurança sobre o uso de armas de fogo. O ano passado Ryan se inscreveu com o mais velho dos meninos McClain. E, como digo, já que andam por nossos caminhos, quero estar seguro de que conheçam bem as regras.
Bill se levantou.
—Pode ficar o tempo que quiser, ou levar a garrafa a seu quarto. Eu tenho que me levantar cedo, assim será melhor que vá dormir.
Alfonso acabou seu copo e disse que não com a cabeça.
— Obrigado pela conversa. —Deu-lhes boa noite e subiu a seu quarto.
Uma hora mais tarde, ainda estava acordado. Não podia deixar de pensar nos motivos que teria o Açougueiro para não procurar Anahi. Acreditava que, por alguma razão, era importante sabê-lo, mas não conseguia imaginar por que.
Acendeu as luzes e se sentou à mesa. Apontou umas notas criptografadas que só ele podia decifrar.
Vigo. Hans Vigo era o perito do departamento em perfis de assassinos, e um bom amigo. Possivelmente tivesse alguma informação relevante.
Antigos casos. Tinha que voltar a olhar as pastas das vítimas. Possivelmente havia algo em comum, mais à frente do sexo e a idade, que concernia a todas as vítimas. Ou possivelmente Anahi era única. Por quê? Por que a tinha deixado viver? Sim, tinha escapado, mas para o Açougueiro ela seria um estorvo.
Penny Thompson.
O primeiro que faria pela manhã era ir à universidade e usar todas as influências que tivesse para conseguir os velhos arquivos.
Olivia.
Eram duas da manhã na Virginia, muito tarde para chamar Olivia, embora ele soubesse que não lhe importaria. Chamaria-a pela manhã e lhe perguntaria se dispunha de um pouco de tempo para colaborar com as provas no laboratório estatal em Helena. Deveria atuar com muita diplomacia se queria conseguir que um técnico criminologista do FBI entrasse no laboratório do estado, mas confiava em sua habilidade para negociar e na capacidade que tinha Olivia para cercar relações cordiais.
Ao final, entendeu por que não podia conciliar o sono. Tinha fome. Com Nick, tinham parado a comer algo rápido e ele deixou meio hambúrguer sem acabar no escritório.
Sabendo que a Bill não importaria que olhasse na cozinha, desceu a fazer um sanduíche.


Sharon dormia e Anahi pensava em um plano.
Tinha que haver uma maneira de escapar. Alguma maneira. Como fosse.
Embora tivesse os olhos vendados, sabia que era de dia. Não pela luz mas sim pela diferença de temperatura.
Pensava que nunca voltaria a recuperar o calor. De noite, pensava que morreria de frio. Mas nunca fazia tão frio, só o necessário para que ela não deixasse de tiritar. Só o suficiente para que ela não pudesse sentir os dedos dos pés e mãos.
Já tinha deixado de desejar ter à mão seu edredom de penugem ou um café quente. A essas alturas, o calor era um luxo. A sobrevivência era quão único ocupava seu pensamento.
Duas coisas a mortificavam.
Teria-as ali para sempre? As alimentando a pão e água e as obrigando a revolver-se em sua própria sujeira?
Ou acaso as mataria assim que se cansasse de lhes fazer mal?
A liberdade não era uma das opções. Intuía, sem que ele houvesse dito nada, que nunca as deixaria livres. Durante os três primeiros dias, tinha-lhe suplicado. Mas agora sabia com certeza. Sua muda resposta lhe dizia que não tinha intenção alguma de as deixar em liberdade.
Tinha que haver dormido, porque o ruído do metal contra o metal a sobressaltou.
Clique. Clique.
O homem estava abrindo a porta do quarto onde as tinha encerradas. Anahi se retorceu, com todos os instintos postos na idéia de escapar, mas estava acorrentada à madeira bastante fria.
Deus queira que não volte a começar.
O ruído das correntes despertou Sharon.
—Não! —exclamou esta, com um grito rouco que escapou de sua garganta ferida—. Não, não, por favor —balbuciou entre soluços. Anahi guardou silêncio.
Já não ficavam lágrimas, nem ficavam súplicas. Tinha vindo às violar ou às matar.Iriam morrer.
Papai, te amo. Te amo e sinto muito. Espero que nunca saiba o que me ocorreu, porque o destroçaria.
Tinha saudades de seu pai, tinha saudades vê-lo e deixar que lhe acariciasse o cabelo, como fazia quando era uma menina e sua mãe tinha morrido.
— Está no céu, carinho — costumava dizer, e depois murmurava palavras doces a respeito do maravilhoso e belo que era o céu, onde a dor não existia.
Anahi ignorava o que a esperava. Veria a mãe que mal recordava? Era um paraíso como o que lhe descrevia seu pai?
Ou acaso era um nada? Um nada seria preferível ao vivido durante esses últimos cinco dias. Cinco? Ou eram seis dias? Tentava levar a conta, mas não sabia. Possivelmente tinha passado mais tempo.
Era um quarto pequeno. Um passo. Dois passos. Sharon gritou.
—Não me toque! Não me toque!
Para ouvir o ruído das correntes, Anahi teve que reprimir seu próprio terror. Ouvir que faziam mal a Sharon realçava seu próprio espanto, porque o que fizesse a Sharon o faria mais tarde a ela.
—O que? —Sharon parecia confundida.
E então Anahi sentiu que lhe levantava os braços. Depois do som metálico, de repente se viu livre.
Um leve indício de esperança lhe inchou o coração.
Tinha-as tido com os olhos vendados, não? Não podiam identificá-lo. Acaso as soltaria?
Estavam livres?
Agora tocava os pés.
—De pé.
Uma ordem de só duas palavras. Anahi tentou levantar-se, mas tropeçou e caiu.
—Não... não posso.
Tinha procurado manter os músculos em forma com exercícios, mas levava tanto tempo estendida de costas que suas extremidades já não estavam conectadas com seu corpo. Tinha toda a coluna machucada. Os cortes tinham sangrado e agora estavam secos.
— Uma hora. Aproveitem bem.
Um passo, e a porta se fechou. Com chave. Quatro palavras, o máximo que lhes tinha falado de um puxão. Entretanto, a voz soava sempre tão estranha, um tom neutro e seco. Oco.
—Soltou-nos! —exclamou Sharon.
Anahi cheirou algo por cima de sua própria sujeira corporal. Arrastou-se até a porta, apalpou a seu redor.
Pão. Água.
—Sharon —disse—. É comida.
Sharon topou com ela e as duas comeram no chão, aconchegadas em torno de sua solitária fatia de pão, bebendo de um pequeno copo de água.
Anahi levantou uma mão e tocou a venda. Quase tinha esquecido que o tinha posto, já quase formava parte dela.
O nó estava apertado e ela se sentia débil, mas o soltou. Sharon fez o mesmo.
Estava cega.
Não, estava castanho.
Anahi demorou vários minutos em distinguir as débeis estrias de luz que penetravam pelos nós da madeira do barraco sem janelas onde tinham permanecido atadas durante dias. Sharon agarrou uma camisa abandonada em um canto. Não era dela. Tampouco era de Anahi.
Meu Deus, acaso alguém tinha passado por aí antes que elas?
Sharon a pôs.
—Sinto muito, Ani. Sinto muito, tenho tanto frio.
—Está bem —disse ela.
Anahi se esticou tudo o que pôde e, como um bebê que aprende a caminhar, levantou-se se apoiando na parede.
Lentamente, foi recuperando a sensibilidade. A princípio, um comichão, depois, uma dor aguda.
—Move os músculos, Sharon.
—Mas vai nos soltar.
—Isso não sabemos. Temos que estar preparadas.
—Não posso.
Sharon se aconchegou em um canto, com os braços ao redor das pernas, balançando-se.
— Levante-se! —ordenou Anahi. Não queria gritar a sua amiga mas não demorou para dar-se conta de que ela teria que ser a mais firme e assumir o controle da situação. Era sua oportunidade para escapar. Ignorava por que seu seqüestrador as tinha desatado, mas lutaria até a morte antes de ver-se acorrentada ao chão uma vez mais.
Sharon a olhou zangada, mas se levantou e caminhou pela habitação, que não media mais de três metros por três. Anahi provou a porta e a sacudiu com a pouca força que tinha.
Fechada por fora.
Aproveitaram bem a hora para esticar-se. Caminhando. E, lentamente, embora fosse difícil de acreditar, recuperando parte de sua força.
Clink, clink.
A porta se abriu e entrou luz a torrentes.
Venham aqui.
Elas obedeceram e saíram a rastros do barraco. Anahi tropeçou e caiu ao chão.
A liberdade.


Ouviu o som distintivo de um carregador acoplado a um rifle.
—Corram.
Anahi olhou por cima do ombro. O homem permanecia na sombra, encapuzado, e a luz do final da tarde se refletia no canhão de seu rifle.
Quando Anahi compreendeu o que estava acontecendo, sentiu como um golpe no baixo ventre. O homem queria caçá-las.
—Corram. Têm dois minutos —disse, e calou—. Corra!
E Anahi correu.



Anahi despertou com um sobressalto.
Corram.


 


 



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Autor(a): ayaremember

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 28



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  • lyu Postado em 05/11/2013 - 14:50:19

    uhuhul vai mata ele!

  • steph_maria Postado em 28/10/2013 - 23:09:39

    Surteiii com esses capitulos, tão perfeito, o açougueiro quase sendo encurralado, Anahi e Alfonso enfim juntos de novo quase morri aki *-------* posta maisssss

  • lyu Postado em 27/10/2013 - 02:34:57

    acho q é esse: David Larsen

  • steph_maria Postado em 26/10/2013 - 22:17:04

    SURTANDOOOO COM ESSES CAPITULOS GENTE!!! *__* a Caça tah perfeita finalmente sabemos quem é o açougueiro e a Puta kkkkkkkk só estou me preparando pq imagino o pobre Nick deve sofrer na mão do açougueiro =/~ mas apesar disso tudo o que são AyA? estao ficando proximos e Anahi aceitando ser consolada por ele me mataaaaa

  • lyu Postado em 22/10/2013 - 01:41:46

    a puta é mulher do juiz. mais

  • ponnynobre Postado em 18/10/2013 - 21:59:02

    Que lindo Anahi e Alfonso se acertando aos pouco. que merda esse homem pegou outra garota :(

  • isajuje Postado em 18/10/2013 - 20:14:12

    A Puta KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK é pra rir mesmo. Esse O Açougueiro é um cara muito retardado. Tudo se tornaria mais fácil se ele matasse A Puta. Não vi nenhum impedimento nisso. A Puta deve ser mesmo a mulher do juiz com o seu irmão. É o que eu acho. Credo. Muito nojento. E AyA juntos *u* quero mais. Ps.: desculpe comentar pouco preciso comentar em um moooooonte aqui

  • isajuje Postado em 15/10/2013 - 19:43:01

    Menina, como você pode postar dois capítulos e nos deixar assim? KKKKKK nossa curiosidade, ansiedade, e nosso trauma precisa de mais capítulos. Foi muito romântico esse beijo, cheio de ternura bleh. Não acredito que falei nisso mas ok. Pode continuar.

  • ponnynobre Postado em 14/10/2013 - 22:30:29

    Alfonso é sempre tão lindo com ela ♥ demorou mais o beijo foi lindo

  • ponnynobre Postado em 14/10/2013 - 22:29:25

    QUE LINDOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOS. POSTA MAIS POR FAVOR!!!!!!!!!!!!!


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