Fanfics Brasil - CAPÍTULO - 24 À CAÇA - AyA - Adaptada Finalizada

Fanfic: À CAÇA - AyA - Adaptada Finalizada | Tema: AyA


Capítulo: CAPÍTULO - 24

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Ela tragou ar. De verdade tinha sentido falta dela? Durante dez anos ela tinha tido que encerrar Alfonso em um canto de seu coração e de sua mente. Não queria pensar nele porque não queria sentir saudades.
Mas agora a represa se rompia e seus sentimentos reprimidos se derramavam pelas comportas. Durante dez anos tinha sido muito mais fácil fingir que Alfonso não chegou a ser uma pessoa importante em sua vida no pouco tempo que o conheceu. Agora era como se o tempo transcorrido não existisse. Ainda o amava, desejava-o, mas a dor brutal que se fez forte em sua vida da declaração de Alfonso em Quântico era como um espinho cravado no coração.
Anahi deu um passo atrás e topou com o aparador da cozinha.
- Alfonso... Não sei o que se supõe que devo dizer.
_ Por que me esquivava nessa época? —Alfonso lhe apertou os ombros, com os olhos igualmente acesos de desejo que ela.
Anahi sacudiu a cabeça. Não podia ter essa conversa nesse momento, quando sentia as emoções tão a flor da pele. O afeto de Alfonso a confundia. Era muito mais fácil recordar a rígida postura que tinha tido ao opor-se a sua graduação, suas enfáticas declarações a respeito de suas habilidades quando se viram justo depois da morte da Rebecca.
—Tenho que ir.
—Anahi, não vá outra vez. Temos que falar.
Ela sacudiu a cabeça e se liberou de seu abraço. Tinha que pensar, e isso era impossível se estava junto a Alfonso. Tinha a impressão de que o sangue lhe fervia e borbulhava por debaixo da pele, que lhe revolvia o estômago de tanta confusão. Sentia seu coração quebrado, mas tudo misturado com amor. Nada tinha sentido. Era muito mais fácil existir e controlar suas emoções antes que Alfonso voltasse a entrar em sua vida.
Ficou olhando um momento e viu que uma expressão de frustração lhe cruzava fugazmente o rosto. Virou-se e pôs-se a correr para sua cabana, sentindo-se como uma covarde mas sem saber o que outra coisa fazer.
Alfonso viu como se afastava e sentiu que algo lhe encolhia no peito. Ao voltar-se para a pia se deu conta de que o grifo seguia aberto. Tinha estado aberto todo o momento? Fechou-o com um tapa.
O que acabava de acontecer?
Acreditava que Anahi começava a abrir-se com ele. Tinha matizado seus sentimentos para ele. Pensou que possivelmente houvesse uma esperança...
E esse beijo. O tempo ou a distância o fazia ainda mais doce. E ele queria mais.
No que estava pensando? Acaso acreditava que poderiam retomar sua relação onde a tinham deixado? O que lhe podia dizer que ainda a amava e que em seguida ficariam a falar de matrimônio?
Alfonso nunca tinha deixado de amar Anahi. Ela o irritava, contrariava-o, enfurecia-o, mas a tinha amado quase desde o começo. Estava orgulhoso dela, admirava sua inteligência, sua força e sua perseverança. Era uma mulher muito bela. Vê-la ali sentada frente a ele comendo bolo de nozes lhe trazia lembranças de fazia dez anos, daquela vez que passou duas semanas de férias na hospedaria. Na cabana dela. Quando se metiam às escondidas na cozinha para comer bolo de nozes e mal esperavam para voltar a cabana com vontade que tinham de fazer amor.
Alfonso não tinha tempo para relações duradouras. Tinha tido relações com algumas mulheres ao longo dos anos, mas eram episódios breves. Nenhuma podia comparar-se com Anahi. Algumas eram mais bonitas, outras mais inteligentes, mas nenhuma era Anahi. Sua faísca. Sua força. Ela.
O que teria pensado ela? Por que não podia responder a sua pergunta? Ele tinha esperado a que Anahi lhe saltasse à garganta que lhe gritasse por ter tomado essa decisão no Quântico. Não esperava ver uma emoção tão aberta e cheia de desejo em seus olhos insondáveis.
Maldita seja! Queria segui-la, queria lhe explicar uma vez mais as razões de havê-la afastado da Academia. Ela queria centrar-se na opinião do psiquiatra, em sua obsessão com o Açougueiro, mas isso era só uma parte de seu raciocínio. Se tivesse sido só pelo psiquiatra, Alfonso nunca teria se mostrado de acordo para que a separassem do programa.
O que Anahi nunca tinha entendido, e era evidente que ele tampouco conseguia lhe fazer entender, era que os motivos pelos que aspirava a ser agente do FBI estavam mal expostos. Trabalhar para o FBI não lhe daria o que ela esperava, e Alfonso temia que então Anahi se sentisse fatal.
Possivelmente tivesse sido preferível deixar que se sentisse assim. Mas a amava muito, e Anahi era uma pessoa muito leal; não podia abandoná-la quando se desse conta de que idealizava a profissão de agente do FBI.
Para dizer alto e claro, Anahi queria ser agente do FBI para ter a autoridade de perseguir o Açougueiro. Não haveria se sentido satisfeita trabalhando na Florida, por exemplo, ou em Maine ou na Califórnia, a menos que o Açougueiro começasse a caçar em um desses estados. E era muito provável que a tivessem atribuído ao esquadrão de roubos ou ao de corrupção política, experiências que não lhe ajudariam o mínimo a enfrentar-se com seus demônios.
Alfonso albergava a esperança de que, ao cabo de um ano, Anahi teria se dado conta de que não desejava absolutamente converter-se em agente, ou que teria superado a obsessão com o Açougueiro e aceitaria qualquer tarefa que lhe atribuísse o escritório.
Fechou os olhos, sem saber bem como pensar na dor e a raiva de Anahi para ele. Durante uns minutos, quase tinham chegado a esse ponto de confiança em que poderia haver dito algo, e ela teria se aberto. Mas não tinham chegado aí, e ele não sabia se algum dia o conseguiriam. Assim que ele se aproximava muito, ela levantava uma barreira invisível.
Às vezes lhe dava vontade de sacudi-la para que escutasse o que tinha que dizer, para obrigá-la a não questionar todos seus motivos. Mas essa noite só tinha desejado levá-la para cama e estreitá-la em seus braços.
Se não se abria e falava com ele, se ela não escutava o que tinha que dizer, ficavam poucas esperanças de restaurar essa relação rota com a única mulher que tinha amado em toda sua vida.



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Autor(a): ayaremember

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 28



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  • lyu Postado em 05/11/2013 - 14:50:19

    uhuhul vai mata ele!

  • steph_maria Postado em 28/10/2013 - 23:09:39

    Surteiii com esses capitulos, tão perfeito, o açougueiro quase sendo encurralado, Anahi e Alfonso enfim juntos de novo quase morri aki *-------* posta maisssss

  • lyu Postado em 27/10/2013 - 02:34:57

    acho q é esse: David Larsen

  • steph_maria Postado em 26/10/2013 - 22:17:04

    SURTANDOOOO COM ESSES CAPITULOS GENTE!!! *__* a Caça tah perfeita finalmente sabemos quem é o açougueiro e a Puta kkkkkkkk só estou me preparando pq imagino o pobre Nick deve sofrer na mão do açougueiro =/~ mas apesar disso tudo o que são AyA? estao ficando proximos e Anahi aceitando ser consolada por ele me mataaaaa

  • lyu Postado em 22/10/2013 - 01:41:46

    a puta é mulher do juiz. mais

  • ponnynobre Postado em 18/10/2013 - 21:59:02

    Que lindo Anahi e Alfonso se acertando aos pouco. que merda esse homem pegou outra garota :(

  • isajuje Postado em 18/10/2013 - 20:14:12

    A Puta KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK é pra rir mesmo. Esse O Açougueiro é um cara muito retardado. Tudo se tornaria mais fácil se ele matasse A Puta. Não vi nenhum impedimento nisso. A Puta deve ser mesmo a mulher do juiz com o seu irmão. É o que eu acho. Credo. Muito nojento. E AyA juntos *u* quero mais. Ps.: desculpe comentar pouco preciso comentar em um moooooonte aqui

  • isajuje Postado em 15/10/2013 - 19:43:01

    Menina, como você pode postar dois capítulos e nos deixar assim? KKKKKK nossa curiosidade, ansiedade, e nosso trauma precisa de mais capítulos. Foi muito romântico esse beijo, cheio de ternura bleh. Não acredito que falei nisso mas ok. Pode continuar.

  • ponnynobre Postado em 14/10/2013 - 22:30:29

    Alfonso é sempre tão lindo com ela ♥ demorou mais o beijo foi lindo

  • ponnynobre Postado em 14/10/2013 - 22:29:25

    QUE LINDOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOS. POSTA MAIS POR FAVOR!!!!!!!!!!!!!


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