Fanfics Brasil - CAPÍTULO - 25 À CAÇA - AyA - Adaptada Finalizada

Fanfic: À CAÇA - AyA - Adaptada Finalizada | Tema: AyA


Capítulo: CAPÍTULO - 25

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Como acontece com certos sonhos, ele não parava de pulsar em sua imaginação a tecla de «Rebobinar». Queria ver Theron sulcando o céu, voando a mais de trezentos quilômetros por hora, batendo poderosamente as asas, seguro no veloz lance final até chegar ao vencilho e deixá-lo aturdido no ar com um certeiro golpe de suas garras.
Repetia o mesmo sonho uma e outra vez, a vontade. Em alguma parte de seu subconsciente lhe preocupava o lugar onde se encontrava, e a quem esperava, mas por agora se entretinha em rebobinar o vôo de seu depredador em um exercício de caça.
Não despertou até que o frio metal das algemas girou em seu pulso.
Ela havia retornado.
Revolveu-se entre os lençóis empapados de suor e ela riu. A risada em surdina que ele conhecia muito bem.
— O que? —perguntou ele, com a voz espessa pelo sono. Theron desapareceu e recordou onde estava.
De volta em Montana.
—Desejo-te.
—Não, estou cansado.
Silêncio. Despertou de tudo.
Nunca me diga que não.
A lua em quarto crescente brilhava com força através das grandes janelas, projetando sombras cinzas no loft. Destacava sua cama, uma cômoda solitária e seu rifle de caça.
E ela.
Ia vestida de negro, com o cabelo loiro recolhido atrás em um coque compacto. Seu queixo delicado e sua pele pálida eram só uma ilusão, porque não havia nada suave naquela mulher.
Ela franziu o cenho ante seu rechaço.
—Venho aqui no meio da noite a te dar prazer, e você me diz que não?
Prazer? Possivelmente para ela. Sempre para ela. Dava-lhe raiva reagir assim. Tentava uma e outra vez que seu corpo não o delatasse. Mas ela sabia o que fazer.
Por que havia retornado? Porque o impulso era muito forte, e ele não podia resistir. O castigo por ceder ao impulso de caçar era ter que ver a Puta.
Tirou-lhe o lençol de cima e voltou a franzir o cenho.
— Está vestido!
Deixou-se cair sobre seu ventre e lhe tirou a cueca. Deu-lhe uma forte palmada nas nádegas. Chac!
Chac! Chac!
—Sinto muito —disse, com uma voz que parecia sincera—. Sabe que detesto fazer isso —disse, e beijou o lugar em questão, onde lhe tinha pego.
Fascina-lhe. Fez uma careta quando ela procurou entre suas pernas e lhe agarrou o penis. Já estava quase duro. Maldito fosse seu corpo. Oxalá apodrecesse no inferno. Por que reagia ante ela? Sempre. Um dia o cortaria por despeito. O enviaria por correio em um bonito pacote. Já que tanto gostava, podia ficar com ele.
Agora ia se endurecendo em suas mãos, e gemia, tentando sepultar o ruído sob o travesseiro. Mas ela ouvia tudo, e ele sentia seu sorriso frio a suas costas.
—Venha, venha, carinho —murmurou ela, soltando-o e subindo sobre suas costas. Girou-lhe levemente o corpo para poder beijá-lo— passou muito tempo.
Não o bastante.
—Sim —disse.
—Sentiu falta de mim?
Porra, não.
—Claro que sim.
—Já pensava isso. Custou-me muito escapar.
Já, espera que acredite nisso?
Durante anos, seu marido tinha suspeitado que ela tinha um amante. Entretanto, o muito imbecil jamais imaginou que fosse ele.
—Tenho algo especial para você.
Não, não.
Virou-se e a viu tirar um consolador comprido do bolso de sua jaqueta. Um extremo era grosso, o outro magro. Não o tinha visto em muito tempo.
Não.
Obrigou-o a deitar-se de costas e começou a despir-se. Tinha o corpo em plena forma. A ponto de cumprir os quarenta anos, conservava uma figura magra, firme e elegante. O corpo de uma bailarina, o rosto de um anjo e a alma de um demônio.
Montou-o escarranchada sobre ele. Não sobre seu pênis e sim sobre sua cara. Esfregou-lhe sua maldita vagina na boca.
— Me faz gozar, carinho.
Ele não podia se negar. Sabia o que acontecia quando protestava. De modo que lhe comeu a vagina como gostava. Possivelmente, se conseguisse satisfazê-la, não usaria esse maldito aparelho.
Ela empurrava com tanta força contra sua cara que não podia respirar. E ela sabia perfeitamente. Mas se ele a rechaçava, lhe faria muito dano.
Levantou-se apenas para que ele pudesse respirar, e em seguida se agitou sobre sua cara ao gozar, agarrando-se a cabeceira e gemendo.
—Ah, sim —disse, enquanto deslizava por seu corpo e lambia seus próprios sucos da cara dele —. Foi muito agradável. Merece uma recompensa.
Não.
Abriu-lhe as pernas e sorriu ante sua ereção palpitante. A lua lhe iluminou o corpo com suas sombras azuis, dando a seu prazer uma cor sinistra. Perversa.
Ela era pura perversão.
Acariciou-lhe o pênis com gesto quase amoroso. Agarrou o consolador da mesinha de noite e meteu o lado grosso na vagina umedecida, gemendo de prazer. Tinha um cinturão, e o ajustou.
—Não —chiou ele. Odiava aquilo, e ela sabia.
—Hã disse não?
Merda, ele não queria dizer que não. Tinha-lhe escapado.
—Não disse nada.
—Não minta. —Deu-lhe uma bofetada e ele mordeu a língua.
Maldita puta.
Ele não podia fazer nada. Se protestasse... ela conhecia seus segredos. Cada um de seus Claros segredos. Sabia das garotas. Sabia e burlava dele. Desfrutava de sua raiva, de seu aquecimento.
Alimentava-se disso.
Tocou-lhe brandamente o rosto, ofegando de prazer. O prazer que sentia lhe fazendo dano.
—Sinto muito, carinho, mas deveria saber que a mim não diz não.
Levava quinze anos brincando com ele e se não fazia exatamente o que ela queria, quando queria, ela o ameaçava lhe arrancar o que mais valorizava.
Sua liberdade.
Te odeio.
Odiava-a de verdade? Sim! Mas houve um tempo... recordava um tempo em que a buscava e a tocava e ela o consolava. Lambia-lhe as feridas. Abraçava-o e lhe murmurava palavras suaves. Tocava-o com carinho.
Isso tinha ocorrido fazia muito tempo, mas o passado o tinha preso em um punho de ferro, indestrutível. Como ela.
Assim que ficou estendido e não se moveu. Ele era seu puto e nada podia fazer para remediá-lo. Doía-lhe, mas tinha o penis duro como uma pedra. O prazer e a dor, tão entrelaçados. Não podia ter um sem o outro.
Ela gemia e se retorcia, a ponto de voltar a gozar. Se gozar pararia, e ele não teria seu alívio. Ele nunca importava. Tudo era para ela. Sempre para ela.
Imaginou que lançava à puta ao chão e depois lhe colocava o consolo no trazeiro. Imaginou golpeando-a até deixá-la sem sentido ou até que lhe suplicasse que parasse. Não lhe custava imaginá-la com dois parafusos nas tetas, as tetas que nunca o deixava tocar.
A imagem o levou ao orgasmo e gemeu com o alívio.
Ela empurrou com tanta força que seu gemido de prazer se converteu em grito de dor. Quando lhe fez mal, ela gozou, toda ela quente e úmida. Deixou ir contra ele e lhe beijou as lágrimas.
—Isso, carinho, foi por dizer não.
Te odeio.
Saiu bruscamente e tirou o consolo. Vestiu-se, deu-lhe um beijo, um beijo quase terno, e lhe abriu as algemas.
—Voltarei —disse, com um grande sorriso.
Sob essa falsa ternura, era uma puta malvada. Ele a seguiu com o olhar até que saiu.
Odiava-a. Mas estava preso por toda a vida. Se tentasse matá-la, fracassaria. Queria desesperadamente caçá-la e lhe cortar o pescoço. Ver como seu falso sorriso se convertia em um gesto grotesco de dor. Vê-la dar-se conta de que sua criação era sua perda.
Se ele ia, ela o encontraria. Se não podia encontrá-lo, contaria seus segredos. Ele sabia o que ocorreria se ela ia ver o xerife. Toda lágrimas e ternura. Toda uma mentira.
—Não sabia, xerife, até que encontrei a carteira de motorista...
Uma mentira. Sempre mentiras. Mas eles acreditariam na Puta. Com suas lágrimas de crocodilo e seus olhos enormes.
Ninguém acreditaria nele. Sempre acreditavam nela.
Era muito cedo, mas tinha muita raiva acumulada. O medo o enfurecia ainda mais.
Muito cedo, mas o que podia fazer? A Puta tinha começado. Sempre tinha esse ar como se estivesse no comando. Como se ele tivesse que escutar e fazer tudo o que ela ordenasse. Quando ela pôs Penny a voar de seu ninho de amor, tinha-o obrigado a caçar. A matar.
Não era sua intenção matar Penny. Só a prendeu na cabana para fazê-la entender que a amava, que o tipo com que estava saindo a ia trair. Queria saber por que lhe tinha mentido
Nunca quis matá-la. Mas às vezes a única maneira de chegar à verdade era machucando às pessoas. Assim fazia sua mãe, e ele sempre dizia a verdade.
Esteve a ponto de convencer Penny. Tudo o que ele tinha aprendido funcionava. Ela dizia o que ele queria que dissesse. Deixava que a tocasse sem gritar. Teriam sido felizes juntos para sempre, se ele tivesse tido um pouco mais de tempo para fazê-la achar a razão.
Mas A Puta não queria que ele fosse feliz. Uma noite o seguiu e lhe arrebatou a única mulher que amava. E soltou Penny.
Penny pôs-se a correr. Correu para afastar-se dele quando lhe rogava que ficasse. Ele não quis matar Penny. Só queria que ficasse com ele.
Quando a alcançou, soube que tudo o que lhe havia dito era mentira. Ela não o amava, nem queria ficar com ele. Mentiras e mais mentiras!
Morreu da maneira mais indolor possível. Ele nunca tinha querido lhe fazer mal. Entretanto, não pôde evitá-lo; o impulso foi mais forte que ele. E lhe tinha mentido. Era um justo castigo. Mas não queria que sofresse.
A Puta o obrigou a matar essa primeira vez. Mas quando viu o corpo inerte de Penny, sentiu-se encorajado. Poderoso. Havia algo divino nele: a capacidade de tirar uma vida, ou de dá-la.
Com a mulher pequena de cabelo negro (não sabia que se chamava Dora até que o leu nos jornais), picou-lhe a vontade. Só a fodia quando ele queria, não quando ela queria. Alimentava-a quando ele queria, não quando ela tinha fome. Soltou-a quando ele quis, e ela pôs-se a correr.
A emoção da caça ficava em segundo plano frente à faculdade de poder dispor de uma vida.
Ele sempre ganhava, com a exceção daquela que tinha escapado...
Levantou-se da cama agarrando o lençol e enrolando-o pelo corpo. Foi até seu escritório e abriu uma gaveta de um puxão tão violento que o conteúdo se esparramou pelo chão. Furioso consigo mesmo, mas sobre tudo com a Puta, acendeu o abajur e ficou de joelhos no chão para recolher seus tesouros.
Fez um monte com as carteiras de motoristas de sua coleção (vinte e um no total) e as deixou a um lado, com a da Rebecca em cima de tudo. Tocou a foto e ficou a pensar, não no ritual da morte e sim na vida, na vida que lhe dava ao correr. A vida que dava quando lhe suplicava piedade. Por algo. Ele mandava. Ele tomava todas as decisões e ela não tinha nada que dizer.
Raras vezes falava com as mulheres. Elas não eram nada.
Agarrou a caderneta de capa de couro desgastado que continha sua vida. Respirou sobre a capa deteriorada, e se sentiu estranhamente em paz. Quando começava a planejar algo, ocorria-lhe isso. A preparação requeria tempo, concentração, inteligência.
E ele tinha as três coisas. Tinha chegado o momento de planejar a próxima caçada. Quanto antes, melhor.
Os ovos do Theron estariam a ponto de romper-se. E, claro, não queria perder.



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Autor(a): ayaremember

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 28



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  • lyu Postado em 05/11/2013 - 14:50:19

    uhuhul vai mata ele!

  • steph_maria Postado em 28/10/2013 - 23:09:39

    Surteiii com esses capitulos, tão perfeito, o açougueiro quase sendo encurralado, Anahi e Alfonso enfim juntos de novo quase morri aki *-------* posta maisssss

  • lyu Postado em 27/10/2013 - 02:34:57

    acho q é esse: David Larsen

  • steph_maria Postado em 26/10/2013 - 22:17:04

    SURTANDOOOO COM ESSES CAPITULOS GENTE!!! *__* a Caça tah perfeita finalmente sabemos quem é o açougueiro e a Puta kkkkkkkk só estou me preparando pq imagino o pobre Nick deve sofrer na mão do açougueiro =/~ mas apesar disso tudo o que são AyA? estao ficando proximos e Anahi aceitando ser consolada por ele me mataaaaa

  • lyu Postado em 22/10/2013 - 01:41:46

    a puta é mulher do juiz. mais

  • ponnynobre Postado em 18/10/2013 - 21:59:02

    Que lindo Anahi e Alfonso se acertando aos pouco. que merda esse homem pegou outra garota :(

  • isajuje Postado em 18/10/2013 - 20:14:12

    A Puta KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK é pra rir mesmo. Esse O Açougueiro é um cara muito retardado. Tudo se tornaria mais fácil se ele matasse A Puta. Não vi nenhum impedimento nisso. A Puta deve ser mesmo a mulher do juiz com o seu irmão. É o que eu acho. Credo. Muito nojento. E AyA juntos *u* quero mais. Ps.: desculpe comentar pouco preciso comentar em um moooooonte aqui

  • isajuje Postado em 15/10/2013 - 19:43:01

    Menina, como você pode postar dois capítulos e nos deixar assim? KKKKKK nossa curiosidade, ansiedade, e nosso trauma precisa de mais capítulos. Foi muito romântico esse beijo, cheio de ternura bleh. Não acredito que falei nisso mas ok. Pode continuar.

  • ponnynobre Postado em 14/10/2013 - 22:30:29

    Alfonso é sempre tão lindo com ela ♥ demorou mais o beijo foi lindo

  • ponnynobre Postado em 14/10/2013 - 22:29:25

    QUE LINDOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOS. POSTA MAIS POR FAVOR!!!!!!!!!!!!!


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