Fanfics Brasil - CAPÍTULO - 25 À CAÇA - AyA - Adaptada Finalizada

Fanfic: À CAÇA - AyA - Adaptada Finalizada | Tema: AyA


Capítulo: CAPÍTULO - 25

292 visualizações Denunciar


Como acontece com certos sonhos, ele não parava de pulsar em sua imaginação a tecla de «Rebobinar». Queria ver Theron sulcando o céu, voando a mais de trezentos quilômetros por hora, batendo poderosamente as asas, seguro no veloz lance final até chegar ao vencilho e deixá-lo aturdido no ar com um certeiro golpe de suas garras.
Repetia o mesmo sonho uma e outra vez, a vontade. Em alguma parte de seu subconsciente lhe preocupava o lugar onde se encontrava, e a quem esperava, mas por agora se entretinha em rebobinar o vôo de seu depredador em um exercício de caça.
Não despertou até que o frio metal das algemas girou em seu pulso.
Ela havia retornado.
Revolveu-se entre os lençóis empapados de suor e ela riu. A risada em surdina que ele conhecia muito bem.
— O que? —perguntou ele, com a voz espessa pelo sono. Theron desapareceu e recordou onde estava.
De volta em Montana.
—Desejo-te.
—Não, estou cansado.
Silêncio. Despertou de tudo.
Nunca me diga que não.
A lua em quarto crescente brilhava com força através das grandes janelas, projetando sombras cinzas no loft. Destacava sua cama, uma cômoda solitária e seu rifle de caça.
E ela.
Ia vestida de negro, com o cabelo loiro recolhido atrás em um coque compacto. Seu queixo delicado e sua pele pálida eram só uma ilusão, porque não havia nada suave naquela mulher.
Ela franziu o cenho ante seu rechaço.
—Venho aqui no meio da noite a te dar prazer, e você me diz que não?
Prazer? Possivelmente para ela. Sempre para ela. Dava-lhe raiva reagir assim. Tentava uma e outra vez que seu corpo não o delatasse. Mas ela sabia o que fazer.
Por que havia retornado? Porque o impulso era muito forte, e ele não podia resistir. O castigo por ceder ao impulso de caçar era ter que ver a Puta.
Tirou-lhe o lençol de cima e voltou a franzir o cenho.
— Está vestido!
Deixou-se cair sobre seu ventre e lhe tirou a cueca. Deu-lhe uma forte palmada nas nádegas. Chac!
Chac! Chac!
—Sinto muito —disse, com uma voz que parecia sincera—. Sabe que detesto fazer isso —disse, e beijou o lugar em questão, onde lhe tinha pego.
Fascina-lhe. Fez uma careta quando ela procurou entre suas pernas e lhe agarrou o penis. Já estava quase duro. Maldito fosse seu corpo. Oxalá apodrecesse no inferno. Por que reagia ante ela? Sempre. Um dia o cortaria por despeito. O enviaria por correio em um bonito pacote. Já que tanto gostava, podia ficar com ele.
Agora ia se endurecendo em suas mãos, e gemia, tentando sepultar o ruído sob o travesseiro. Mas ela ouvia tudo, e ele sentia seu sorriso frio a suas costas.
—Venha, venha, carinho —murmurou ela, soltando-o e subindo sobre suas costas. Girou-lhe levemente o corpo para poder beijá-lo— passou muito tempo.
Não o bastante.
—Sim —disse.
—Sentiu falta de mim?
Porra, não.
—Claro que sim.
—Já pensava isso. Custou-me muito escapar.
Já, espera que acredite nisso?
Durante anos, seu marido tinha suspeitado que ela tinha um amante. Entretanto, o muito imbecil jamais imaginou que fosse ele.
—Tenho algo especial para você.
Não, não.
Virou-se e a viu tirar um consolador comprido do bolso de sua jaqueta. Um extremo era grosso, o outro magro. Não o tinha visto em muito tempo.
Não.
Obrigou-o a deitar-se de costas e começou a despir-se. Tinha o corpo em plena forma. A ponto de cumprir os quarenta anos, conservava uma figura magra, firme e elegante. O corpo de uma bailarina, o rosto de um anjo e a alma de um demônio.
Montou-o escarranchada sobre ele. Não sobre seu pênis e sim sobre sua cara. Esfregou-lhe sua maldita vagina na boca.
— Me faz gozar, carinho.
Ele não podia se negar. Sabia o que acontecia quando protestava. De modo que lhe comeu a vagina como gostava. Possivelmente, se conseguisse satisfazê-la, não usaria esse maldito aparelho.
Ela empurrava com tanta força contra sua cara que não podia respirar. E ela sabia perfeitamente. Mas se ele a rechaçava, lhe faria muito dano.
Levantou-se apenas para que ele pudesse respirar, e em seguida se agitou sobre sua cara ao gozar, agarrando-se a cabeceira e gemendo.
—Ah, sim —disse, enquanto deslizava por seu corpo e lambia seus próprios sucos da cara dele —. Foi muito agradável. Merece uma recompensa.
Não.
Abriu-lhe as pernas e sorriu ante sua ereção palpitante. A lua lhe iluminou o corpo com suas sombras azuis, dando a seu prazer uma cor sinistra. Perversa.
Ela era pura perversão.
Acariciou-lhe o pênis com gesto quase amoroso. Agarrou o consolador da mesinha de noite e meteu o lado grosso na vagina umedecida, gemendo de prazer. Tinha um cinturão, e o ajustou.
—Não —chiou ele. Odiava aquilo, e ela sabia.
—Hã disse não?
Merda, ele não queria dizer que não. Tinha-lhe escapado.
—Não disse nada.
—Não minta. —Deu-lhe uma bofetada e ele mordeu a língua.
Maldita puta.
Ele não podia fazer nada. Se protestasse... ela conhecia seus segredos. Cada um de seus Claros segredos. Sabia das garotas. Sabia e burlava dele. Desfrutava de sua raiva, de seu aquecimento.
Alimentava-se disso.
Tocou-lhe brandamente o rosto, ofegando de prazer. O prazer que sentia lhe fazendo dano.
—Sinto muito, carinho, mas deveria saber que a mim não diz não.
Levava quinze anos brincando com ele e se não fazia exatamente o que ela queria, quando queria, ela o ameaçava lhe arrancar o que mais valorizava.
Sua liberdade.
Te odeio.
Odiava-a de verdade? Sim! Mas houve um tempo... recordava um tempo em que a buscava e a tocava e ela o consolava. Lambia-lhe as feridas. Abraçava-o e lhe murmurava palavras suaves. Tocava-o com carinho.
Isso tinha ocorrido fazia muito tempo, mas o passado o tinha preso em um punho de ferro, indestrutível. Como ela.
Assim que ficou estendido e não se moveu. Ele era seu puto e nada podia fazer para remediá-lo. Doía-lhe, mas tinha o penis duro como uma pedra. O prazer e a dor, tão entrelaçados. Não podia ter um sem o outro.
Ela gemia e se retorcia, a ponto de voltar a gozar. Se gozar pararia, e ele não teria seu alívio. Ele nunca importava. Tudo era para ela. Sempre para ela.
Imaginou que lançava à puta ao chão e depois lhe colocava o consolo no trazeiro. Imaginou golpeando-a até deixá-la sem sentido ou até que lhe suplicasse que parasse. Não lhe custava imaginá-la com dois parafusos nas tetas, as tetas que nunca o deixava tocar.
A imagem o levou ao orgasmo e gemeu com o alívio.
Ela empurrou com tanta força que seu gemido de prazer se converteu em grito de dor. Quando lhe fez mal, ela gozou, toda ela quente e úmida. Deixou ir contra ele e lhe beijou as lágrimas.
—Isso, carinho, foi por dizer não.
Te odeio.
Saiu bruscamente e tirou o consolo. Vestiu-se, deu-lhe um beijo, um beijo quase terno, e lhe abriu as algemas.
—Voltarei —disse, com um grande sorriso.
Sob essa falsa ternura, era uma puta malvada. Ele a seguiu com o olhar até que saiu.
Odiava-a. Mas estava preso por toda a vida. Se tentasse matá-la, fracassaria. Queria desesperadamente caçá-la e lhe cortar o pescoço. Ver como seu falso sorriso se convertia em um gesto grotesco de dor. Vê-la dar-se conta de que sua criação era sua perda.
Se ele ia, ela o encontraria. Se não podia encontrá-lo, contaria seus segredos. Ele sabia o que ocorreria se ela ia ver o xerife. Toda lágrimas e ternura. Toda uma mentira.
—Não sabia, xerife, até que encontrei a carteira de motorista...
Uma mentira. Sempre mentiras. Mas eles acreditariam na Puta. Com suas lágrimas de crocodilo e seus olhos enormes.
Ninguém acreditaria nele. Sempre acreditavam nela.
Era muito cedo, mas tinha muita raiva acumulada. O medo o enfurecia ainda mais.
Muito cedo, mas o que podia fazer? A Puta tinha começado. Sempre tinha esse ar como se estivesse no comando. Como se ele tivesse que escutar e fazer tudo o que ela ordenasse. Quando ela pôs Penny a voar de seu ninho de amor, tinha-o obrigado a caçar. A matar.
Não era sua intenção matar Penny. Só a prendeu na cabana para fazê-la entender que a amava, que o tipo com que estava saindo a ia trair. Queria saber por que lhe tinha mentido
Nunca quis matá-la. Mas às vezes a única maneira de chegar à verdade era machucando às pessoas. Assim fazia sua mãe, e ele sempre dizia a verdade.
Esteve a ponto de convencer Penny. Tudo o que ele tinha aprendido funcionava. Ela dizia o que ele queria que dissesse. Deixava que a tocasse sem gritar. Teriam sido felizes juntos para sempre, se ele tivesse tido um pouco mais de tempo para fazê-la achar a razão.
Mas A Puta não queria que ele fosse feliz. Uma noite o seguiu e lhe arrebatou a única mulher que amava. E soltou Penny.
Penny pôs-se a correr. Correu para afastar-se dele quando lhe rogava que ficasse. Ele não quis matar Penny. Só queria que ficasse com ele.
Quando a alcançou, soube que tudo o que lhe havia dito era mentira. Ela não o amava, nem queria ficar com ele. Mentiras e mais mentiras!
Morreu da maneira mais indolor possível. Ele nunca tinha querido lhe fazer mal. Entretanto, não pôde evitá-lo; o impulso foi mais forte que ele. E lhe tinha mentido. Era um justo castigo. Mas não queria que sofresse.
A Puta o obrigou a matar essa primeira vez. Mas quando viu o corpo inerte de Penny, sentiu-se encorajado. Poderoso. Havia algo divino nele: a capacidade de tirar uma vida, ou de dá-la.
Com a mulher pequena de cabelo negro (não sabia que se chamava Dora até que o leu nos jornais), picou-lhe a vontade. Só a fodia quando ele queria, não quando ela queria. Alimentava-a quando ele queria, não quando ela tinha fome. Soltou-a quando ele quis, e ela pôs-se a correr.
A emoção da caça ficava em segundo plano frente à faculdade de poder dispor de uma vida.
Ele sempre ganhava, com a exceção daquela que tinha escapado...
Levantou-se da cama agarrando o lençol e enrolando-o pelo corpo. Foi até seu escritório e abriu uma gaveta de um puxão tão violento que o conteúdo se esparramou pelo chão. Furioso consigo mesmo, mas sobre tudo com a Puta, acendeu o abajur e ficou de joelhos no chão para recolher seus tesouros.
Fez um monte com as carteiras de motoristas de sua coleção (vinte e um no total) e as deixou a um lado, com a da Rebecca em cima de tudo. Tocou a foto e ficou a pensar, não no ritual da morte e sim na vida, na vida que lhe dava ao correr. A vida que dava quando lhe suplicava piedade. Por algo. Ele mandava. Ele tomava todas as decisões e ela não tinha nada que dizer.
Raras vezes falava com as mulheres. Elas não eram nada.
Agarrou a caderneta de capa de couro desgastado que continha sua vida. Respirou sobre a capa deteriorada, e se sentiu estranhamente em paz. Quando começava a planejar algo, ocorria-lhe isso. A preparação requeria tempo, concentração, inteligência.
E ele tinha as três coisas. Tinha chegado o momento de planejar a próxima caçada. Quanto antes, melhor.
Os ovos do Theron estariam a ponto de romper-se. E, claro, não queria perder.



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): ayaremember

Este autor(a) escreve mais 14 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
Prévia do próximo capítulo

ENCONTRADA A GUARIDA DO AÇOUGUEIROA jovem morta foi identificada como aaluna desaparecida da Universidade de Montana StateEnviado Especial, Elijah Banks Anahi tinha pego o jornal com tanta força que não podia nem ler as palavras. Mas as fotos eram inequívocas.Por debaixo do titulo, uma foto do barraco onde Rebecca tinha estado cativa. Ao lado, um ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 28



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • lyu Postado em 05/11/2013 - 14:50:19

    uhuhul vai mata ele!

  • steph_maria Postado em 28/10/2013 - 23:09:39

    Surteiii com esses capitulos, tão perfeito, o açougueiro quase sendo encurralado, Anahi e Alfonso enfim juntos de novo quase morri aki *-------* posta maisssss

  • lyu Postado em 27/10/2013 - 02:34:57

    acho q é esse: David Larsen

  • steph_maria Postado em 26/10/2013 - 22:17:04

    SURTANDOOOO COM ESSES CAPITULOS GENTE!!! *__* a Caça tah perfeita finalmente sabemos quem é o açougueiro e a Puta kkkkkkkk só estou me preparando pq imagino o pobre Nick deve sofrer na mão do açougueiro =/~ mas apesar disso tudo o que são AyA? estao ficando proximos e Anahi aceitando ser consolada por ele me mataaaaa

  • lyu Postado em 22/10/2013 - 01:41:46

    a puta é mulher do juiz. mais

  • ponnynobre Postado em 18/10/2013 - 21:59:02

    Que lindo Anahi e Alfonso se acertando aos pouco. que merda esse homem pegou outra garota :(

  • isajuje Postado em 18/10/2013 - 20:14:12

    A Puta KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK é pra rir mesmo. Esse O Açougueiro é um cara muito retardado. Tudo se tornaria mais fácil se ele matasse A Puta. Não vi nenhum impedimento nisso. A Puta deve ser mesmo a mulher do juiz com o seu irmão. É o que eu acho. Credo. Muito nojento. E AyA juntos *u* quero mais. Ps.: desculpe comentar pouco preciso comentar em um moooooonte aqui

  • isajuje Postado em 15/10/2013 - 19:43:01

    Menina, como você pode postar dois capítulos e nos deixar assim? KKKKKK nossa curiosidade, ansiedade, e nosso trauma precisa de mais capítulos. Foi muito romântico esse beijo, cheio de ternura bleh. Não acredito que falei nisso mas ok. Pode continuar.

  • ponnynobre Postado em 14/10/2013 - 22:30:29

    Alfonso é sempre tão lindo com ela ♥ demorou mais o beijo foi lindo

  • ponnynobre Postado em 14/10/2013 - 22:29:25

    QUE LINDOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOS. POSTA MAIS POR FAVOR!!!!!!!!!!!!!


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.




Nossas redes sociais