Fanfics Brasil - CAPÍTULO - 30 À CAÇA - AyA - Adaptada Finalizada

Fanfic: À CAÇA - AyA - Adaptada Finalizada | Tema: AyA


Capítulo: CAPÍTULO - 30

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Nesse momento, Anahi não se perguntou por que o Açougueiro teria deixado atrás a JoBeth. Mas agora não podia tirar isso da cabeça.
Por que não a tinha levado com Ashley?
Por que o Açougueiro tinha tentado matá-la para em seguida deixá-la jogada a beira do caminho?
E por que agia tão rapidamente depois do assassinato de Rebecca Douglas? O interlúdio mais breve que tinham era de duas semanas. Tinha levado Ashley só três dias depois.
Tinha que falar com Alfonso e desentranhar o significado daquilo. Estavam aproximando-se dele? Havia qualquer coisa na investigação que lhe indicasse algo? Ou possivelmente fosse obra de um imitador? Entretanto, Nick e Alfonso não estavam para que lhes pudesse perguntar. Estavam interrogando possíveis testemunhas no Cruzamento, onde JoBeth e Ashley tinham parado para comer.
Pela enfermeira de volta, Anahi se inteirou de que JoBeth tinha recebido um golpe na nuca que podia ser mortal. Tinha-na golpeado três vezes o bastante forte para lhe romper o crânio. Os médicos procuravam lhe salvar a vida mas embora isso acontecesse era provável que tivesse a coluna quebrada. As feridas eram graves. Os golpes dados foram destinados a matar.
É uma sobrevivente. Igual a mim.
JoBeth não o merecia. Agora jazia quase inerte na mesa de operações enquanto os médicos lutavam por parar a hemorragia do cérebro.
Dentro desse cérebro possivelmente houvesse algo que os conduzisse até o assassino. Possivelmente JoBeth tivesse visto o Açougueiro, possivelmente o conhecesse, algo que lhes ajudasse! Tinham que encontrar uma pista. Necessitavam que o assassino cometesse um engano.
Anahi rogava que JoBeth sobrevivesse. Que recuperasse a consciência. Que dissesse: «Sim, vi-o, é...»
Por favor, JoBeth, você pode conseguir.
Anahi seguia sentada na cadeira do hospital. Quando apareceu a alvorada, fechou os olhos para descansar um momento.
JoBeth seguia na sala de operações quando Alfonso chegou uma hora depois.
Não o surpreendeu ver Anahi na sala de espera de urgências. Mas não esperava encontrá-la estirada sobre uma poltrona, dormindo, com a mochila de travesseiro. Uma manta de lã cobria seu corpo miúdo. Tinha os braços cruzados sobre o peito, com a manta agarrada muito perto do rosto. Como uma menina. Inocente.
Sua pele pálida estava relaxada pelo sono, ao contrário da tensão que se adivinhava em todo seu corpo. Alfonso se aproximou sem fazer ruído, deixando que a imagem lhe chegasse ao coração. Bela, forte, vibrante, esperta
Apaixonada. Inteligente. Embora às vezes fosse como um chute na entre perna de teimosa que ficava.
Umedeceu os lábios. Nunca voltaria a comer bolo de nozes sem lembrar-se de Anahi. De seus lábios doces, açucarados, ao fundir-se com os seus. Sentindo como se amoldavam seus corpos, como encaixavam à perfeição.
Não pôde resistir a tentação de inclinar-se para lhe afastar uma mecha de cabelo solto atrás da orelha.
Anahi abriu os olhos e levantou de um salto. A manta caiu ao chão e, no instante antes de reconhecê-lo, seu rosto ficou paralisado pelo medo. Ele se sentiu mal por havê-la assustado. Sentou-se junto a ela e lhe tocou a face. Tinha uma pele muito suave.
Ela não se afastou, mas tampouco se inclinou para ele para receber sua carícia. A essa altura, ele se contentava com o que lhe desse. Certamente, não queria pôr em perigo o pouco que tinha avançado para conseguir que voltasse a confiar nele.
Como se não fosse um engano tê-la beijado. Embora naquele momento não houvesse dito que se tratava de um engano.
—Sinto muito, Anahi, não queria acordá-la.
—Senti que alguém me observava —disse, com a voz ainda rouca do sono, ou pela falta de sono. Anahi esclareceu a garganta, e ocultou o medo em seu olhar atrás de suas espessas pestanas. Respirou fundo e o olhou —. O que aconteceu? JoBeth? —levantou-se e, ao sentar-se, cambaleou levemente. Ele a agarrou pelo cotovelo para estabilizá-la e não lhe afastou a mão.
Outro pequeno passo.
—Acabo de chegar — disse ele.
Ela olhou para a sala de enfermeiras.
—Prometeram me despertar se houvesse alguma novidade. —virou-se para a enfermeira que estava sozinha atrás do balcão.
-- Sabe algo? —perguntou —. JoBeth Anderson, estava em...
-- Sei —assentiu com a cabeça a enfermeira—. Já saiu da cirurgia e a transferiram a UTI faz trinta minutos.
-- Como está?
-- Sinto muito, senhorita Puente, não posso dizer se não for da família da paciente.
Anahi ficou tensa junto a Alfonso e mordeu o lábio. Ele a entendia. Entendeu que Anahi se sentisse mal por Ashley e preocupada com JoBeth.
Alfonso tirou a carteira e mostrou a insígnia
—Agente Especial Alfonso Herrera, do FBI. Se fosse tão amável de procurar o médico da senhorita Anderson, tenho que falar com ele.
—Sim, senhor. —A enfermeira agarrou o telefone e Alfonso voltou com Anahi à sala de espera, acompanhando-a com a mão no cotovelo.
Ela suspirou e levou uma mão à cabeça, ocultando seus olhos injetados em sangue.
—Maldito seja, Alfonso. Por que?
Não precisava que perguntasse a que se referia.
—Levamos o carro ao escritório do xerife e o estão revisando com lupa. Procuram impressões digitais, cabelos, qualquer coisa. Os técnicos de criminologia seguem ali, tomando amostras de tudo o que há nas imediações, até a última pedra, a terra e as folhas. Se houver algum resíduo a beira do caminho, enviarão imediatamente a Helena. Se tiver cometido um só engano, Anahi, encontraremos.
Agarrou-lhe o queixo para obrigá-la a olhá-lo de frente. O coração se encolheu da pena de ver a dor em seus grandes olhos azuis.
—Prometo. Não penso ir até que obtenhamos respostas concretas.
Ela assentiu com um gesto quase imperceptível e depois se afundou em uma cadeira de plástico com a cabeça entre as mãos. Ele se sentou a seu lado e lhe tocou o ombro. Era tão agradável poder tocar de novo a Anahi sem que ela fizesse caretas. Alfonso esfregou os músculos.
—Temos alguma possibilidade de encontrá-lo antes que Ashley morra?
O que ele podia dizer a isso?
—Sempre há uma possibilidade.
Ela se voltou para olhá-lo. Irradiava tensão em ondas invisíveis, com todos os tendões do pescoço estirados. Devia ter uma enxaqueca horrível e, conhecendo a Anahi, limitaria-se a sofrê-la em silêncio. Em uma ocasião tinha contado que a dor lhe recordava que estava viva. Ele pensou que era um castigo que ela mesma se infligia pela culpa de ter sobrevivido, enquanto que Sharon morria.
—É como se pudesse vê-la, Alfonso —murmurou Anahi, com voz tremula—. Ashley. Na escuridão. Com frio, nua e assustada. Aterrada. Pior do que eu estava.
—Anahi, não faça isso...
Ela sacudiu a cabeça e se inclinou para ele, como lhe rogando que compreendesse. Alfonso lhe rodeou o ombro com um braço e a apertou com ternura.
—Não, não, tenho que me centrar nela. Tenho que recordar. Não vê que para ela é pior? Ela sabe. Ela sabe que foi o Açougueiro. Mataram Rebecca faz poucos dias. Ashley estará pensando que ela será a próxima. —Sua voz se quebrou, em um soluço, mas não brotaram as lágrimas.
Ele a estreitou em seus braços e a abraçou brandamente. Tremia-lhe todo o corpo apesar do esforço para conter a emoção. Era um grande passo que deixasse que a consolasse, um passo que lhe dava esperanças.
E saber que havia esperança o impulsionava a abrir ainda mais o coração.
Ela respirou fundo e murmurou contra seu peito:
—Chamei Charlie e à equipe de busca —seguiu ela—. Começamos às oito.
—Tem que dormir — disse ele, lhe esfregando as costas.
Ela se tornou para trás e sacudiu a cabeça.
—Não posso dormir. Pensando que Ashley está lá, perdida. Mas... maldito seja, não sei o que fazer. Percorremos hectares e mais hectares e nunca encontramos às mulheres vivas. Mas não sei que outra coisa fazer. Não posso fazer nada.
Anahi nunca tinha sido das que se desentendiam do trabalho para deixar a outros. Do começo, lançava-se de cabeça à tarefa.
Antes que ele pudesse dizer alguma banalidade para tentar distraí-la, viu que se aproximava um médico alto e magro, de cabelo grisalho.
—Agente Herrera? —disse, estendendo a mão e cravando nela seus olhos negros. Depois olhou novamente a ele —. Doutor Sean O`Neal.
—Obrigado por vir —disse Alfonso, lhe estreitando a mão—, Como se encontra a senhorita Anderson?
-- Ficará bem? —perguntou Anahi.
O doutor O`Neal suspirou, tirou os óculos e esfregou os olhos. Voltou a colocar os óculos.
—Não sei. Tinha tudo contra quando a trouxeram, mas agüentou. Agora que sobreviveu à operação, tem cinqüenta por cento de probabilidades. O xerife Thomas se pôs em contato com seus pais, que vivem em outro estado, e eu acabo de falar com eles. Os golpes na cabeça foram fortes. Por sorte, não lhe afetou a coluna. Temíamos que tivesse o nervo seccionado, mas está em bom estado. Por outro lado, embora desperte, não se pode dizer se o dano cerebral será permanente... Em poucas palavras —disse o médico—, está em coma.
Em coma. Sua melhor testemunha, sua única testemunha, estava em coma. A sorte era uma merda.


 



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Autor(a): ayaremember

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 28



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  • lyu Postado em 05/11/2013 - 14:50:19

    uhuhul vai mata ele!

  • steph_maria Postado em 28/10/2013 - 23:09:39

    Surteiii com esses capitulos, tão perfeito, o açougueiro quase sendo encurralado, Anahi e Alfonso enfim juntos de novo quase morri aki *-------* posta maisssss

  • lyu Postado em 27/10/2013 - 02:34:57

    acho q é esse: David Larsen

  • steph_maria Postado em 26/10/2013 - 22:17:04

    SURTANDOOOO COM ESSES CAPITULOS GENTE!!! *__* a Caça tah perfeita finalmente sabemos quem é o açougueiro e a Puta kkkkkkkk só estou me preparando pq imagino o pobre Nick deve sofrer na mão do açougueiro =/~ mas apesar disso tudo o que são AyA? estao ficando proximos e Anahi aceitando ser consolada por ele me mataaaaa

  • lyu Postado em 22/10/2013 - 01:41:46

    a puta é mulher do juiz. mais

  • ponnynobre Postado em 18/10/2013 - 21:59:02

    Que lindo Anahi e Alfonso se acertando aos pouco. que merda esse homem pegou outra garota :(

  • isajuje Postado em 18/10/2013 - 20:14:12

    A Puta KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK é pra rir mesmo. Esse O Açougueiro é um cara muito retardado. Tudo se tornaria mais fácil se ele matasse A Puta. Não vi nenhum impedimento nisso. A Puta deve ser mesmo a mulher do juiz com o seu irmão. É o que eu acho. Credo. Muito nojento. E AyA juntos *u* quero mais. Ps.: desculpe comentar pouco preciso comentar em um moooooonte aqui

  • isajuje Postado em 15/10/2013 - 19:43:01

    Menina, como você pode postar dois capítulos e nos deixar assim? KKKKKK nossa curiosidade, ansiedade, e nosso trauma precisa de mais capítulos. Foi muito romântico esse beijo, cheio de ternura bleh. Não acredito que falei nisso mas ok. Pode continuar.

  • ponnynobre Postado em 14/10/2013 - 22:30:29

    Alfonso é sempre tão lindo com ela ♥ demorou mais o beijo foi lindo

  • ponnynobre Postado em 14/10/2013 - 22:29:25

    QUE LINDOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOS. POSTA MAIS POR FAVOR!!!!!!!!!!!!!


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