Fanfics Brasil - CAPÍTULO - 35 À CAÇA - AyA - Adaptada Finalizada

Fanfic: À CAÇA - AyA - Adaptada Finalizada | Tema: AyA


Capítulo: CAPÍTULO - 35

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Sentado em um canto do Escritório de Administração e Registro da Propriedade, uma planta por cima dos despachos do tribunal, Nick estava concentrado na revisão de milhares de mapas dos lotes da região do condado onde caçava o Açougueiro.
Havia dito a Alfonso que tinha uma idéia, que na realidade só era uma intuição. Nick suspeitava que, por algum motivo concreto, o Açougueiro tinha escolhido essa região do território para caçar. Possivelmente encontraria alguma pista revisando as transações de propriedades dos últimos quinze anos.
Poderia ter atribuído aquela tediosa tarefa a um agente, mas depois do artigo do Banks onde se questionava sua competência e depois do desastre da conferência de imprensa, era preferível não fazer-se notar muito.
Não podia acreditar que Alfonso houvesse dito que o escritório do xerife era «incompetente». Entretanto, Nick havia se sentido ferido em seu amor próprio ao inteirar-se de que toda a cidade estava informada da incapacidade do xerife do condado de Gallatin em sua busca do Açougueiro. Seu mandato terminava no ano seguinte e, a esta altura, já não queria voltar a candidatar-se. Sentia como o vigiava Sam Harris, criticando cada uma de suas decisões, e com Eli Banks na cidade, lhe seguindo cada passo, a pressão começava a afetá-lo.
Nick se mostrava muito crítico com todas as decisões que tinha tomado nos últimos três anos. Aquilo não lhe servia de nada. Entretanto, a noite anterior, tinha elaborado um inventário dos grandes giros da investigação sobre o Açougueiro desde que ele era xerife. Não teria modificado nenhuma de suas atuações. Todas as pistas investigadas eram lógicas e seguiam o rastro dos poucos indícios que tinham. Entretanto, todas as pistas conduziam a um beco sem saída e, nesse momento, ele não via mudanças.
Alegrava-se de ter chamado Alfonso. Embora alguns de seus agentes se mostrassem resistentes a aceitar a presença dos federais em sua jurisdição, Nick estava decidido a usar todos os recursos possíveis para dar com o Açougueiro. E Alfonso era um homem discretamente seguro de si mesmo, exercia uma liderança natural e representava a autoridade.
Nick não podia evitar sentir-se como um policial de províncias, como um bronco, junto ao elegante agente da grande cidade.
E logo estava Anahi.
Tinha ido à hospedaria a noite anterior só para confirmar o que já suspeitava. Que Alfonso reclamava o coração de Anahi. Que não havia esperança de que ele recuperasse um lugar em sua vida. Além do que dissesse Anahi, Nick a conhecia bem. Seu coração sempre tinha pertencido a Alfonso, e o tempo que Anahi tinha passado com ele tinha uma importância menor.
Doía-lhe porque a amava, mas o superaria. Quão único de verdade queria era sua felicidade e sua tranqüilidade. Se Alfonso podia lhe dar isso, ele estava disposto a aceitá-lo.
Tinha que concentrar-se em algo útil, algo que marcasse um ponto de inflexão na investigação. Estava farto de aparecer na imprensa como um parvo. De questionar suas próprias decisões, não só tomadas desde que o tinham elegido xerife mas também desde que era policial.
Sabia que era um bom policial. Entretanto, os crimes horripilantes do Açougueiro superavam todos os limites de sua experiência.
Tinha olhado os registros das propriedades no passado, mas só para averiguar quem eram os atuais donos. As sete vítimas, incluída Rebecca, tinham sido encontradas em terras que pertenciam a diferentes pessoas. Três foram localizadas em terras de propriedade federal. Qual seria a situação dez anos antes? Vinte anos antes? Havia algum denominador comum nos territórios de caça do Açougueiro?
Nick levava consigo o mapa que ele mesmo tinha configurado e agora se propôs desenhar uma trama dos registros de propriedade. Procurou pessoalmente o histórico de cada lote porque não confiava que os funcionários do escritório do Registro guardassem o segredo de suas pesquisas.
E se aquilo não arrojava resultados, não queria voltar a ver manchetes redigidas por Eli Banks aludindo a mais um de seus fracassos.



Alfonso queria saber o que pensava Anahi.
Encontraram-se no escritório central da Unidade de Busca depois da hora do jantar. Não tinham jantado e Alfonso sugeriu que fossem comer alguma coisa juntos. Ela esteve a ponto de dizer que sim. Ele percebeu em seu olhar.
Mas lhe disse que seu pai esperava com alguma coisa que lhe teria preparado. Os dois pensavam ir à universidade a primeira hora da manhã, e Alfonso lhe perguntou se queria voltar para a hospedaria com ele. Teve uma surpresa quando ela disse que sim e subiu no carro.
Tentou falar com Nick, mas não o encontrou nem em seu telefone celular nem no pager. Não estranhou aquilo. Ao falar com ele a tarde, Nick parecia seco e irritado. Embora a pressão dos meios de comunicação fosse intensa, Alfonso confiava que soubesse ignorá-la. Nestas situações era o melhor remédio.
A prioridade era encontrar Ashley van Auden.
Alfonso conseguiu reduzir a quarenta e três indivíduos a lista dos homens da época universitária de Penny. Os agentes Booker e Janssen trabalhavam em comprovações preliminares dos antecedentes de todos e cada um deles. Confiava que pela manhã reduziriam ainda mais a lista, a menos de trinta nomes. Em qualquer caso, repartiriam a lista entre ele, Nick e seus principais investigadores para o laborioso processo de interrogar cada homem.
Aquilo não levava a nenhuma parte. Mas na atual conjuntura, a menos que Olivia encontrasse algo nas provas que mostrasse outra alternativa, carecia de idéias.
Não podia contar que JoBeth Anderson saísse do coma. E se recuperar, possivelmente não fosse capaz de descrever seu agressor. Alfonso albergava a esperança de que sim poderia, mas sabia que as testemunhas que despertam de um coma no momento preciso para assinalar o assassino só existiam no cinema barato.
Ainda assim, esperava que se recuperasse de tudo e pudesse lhes dar informação útil para localizar um suspeito. Antes que morresse Ashley van Auden.
Lançou um olhar a Anahi ao girar e seguir pelo comprido caminho pavimentado que levava a hospedaria.
-- Está bem?
-- Passaram vinte e quatro horas desde que agarrou Ashley. Sinto-me como se estivéssemos em uma contagem regressiva. O tempo corre contra nós. Não podemos cobrir todos os pontos do mapa.
Não gostava de ouvir esse tom de derrota em sua voz.
—Anahi, não fale assim. Não comece a imaginar o pior.
—Custa não imaginar, Alfonso —murmurou ela—. Quando estou com a equipe de busca, com Nick... e contigo... consigo segurar a barra, mas cada vez que fecho os olhos, imagino Ashley acorrentada e passando frio.
Alfonso se deteve no estacionamento reservado para os empregados atrás da hospedaria e desligou o motor. Uma luz de segurança na entrada da cozinha iluminava a área circundante, mas tinham um pouco de intimidade.
Ele a tocou. Anahi estava rígida.
—Anahi, queria que pudesse se liberar dessas imagens e sentimentos. Faria algo por apagar a dor de seu coração. Sabe, não?
Ela o olhou. A luz artificial se refletiu em seus olhos, lhes dando um ar insondável. Alfonso queria beijá-la, estreitá-la, lhe dizer que tudo se arrumaria, queria levá-la para cama e protegê-la de seus pesadelos.
Abriu a mão e lhe tocou a face.
—Nunca deixei de te amar.
Anahi ficou com os olhos cravados nele, sentindo que lhe acelerava o coração. Suas palavras pareciam sinceras. Ela não sabia o que pensar. Seu lado racional lhe dizia que o perdoasse, que em muitos sentidos tinha razão ao ter agido como fez. Por outro lado, no fundo de seu coração, sentia que ele nunca tinha acreditado de verdade nela, que sua fé nela era frágil.
— Alfonso, não creio que possamos voltar ao passado.
Ele piscou, e uma expressão de dor lhe transformou o semblante. Ela não queria feri-lo, mas tampouco sabia o que fazer.
Alfonso lhe afastou uma mecha de cabelo do rosto e o recolheu atrás da orelha. O gesto era tão íntimo que ela baixou o olhar. Era exatamente o mesmo gesto que Alfonso estava acostumado a fazer quando eram um casal. Com esse simples contato, sentiu-se embargada pela lembrança do muito que o tinha amado, e logo cheia de um sentimento de calidez e, ao final, de apreensão.
Agora não podiam voltar atrás. Ela era uma pessoa diferente do que tinha sido dez anos antes, quando era uma jovem e ingênua aspirante ao FBI.
Sua leve carícia a sacudiu com um estremecimento elétrico que não tinha experimentado em muito, muito tempo. Era como se Alfonso pudesse ler em sua mente, como se soubesse que sofria interiormente e não pudesse expressá-lo com palavras. Que tinha saudades que ele voltasse a abraçá-la, que simplesmente a estreitasse sem falar, sem explicações, sem sentir-se incômoda.
Ficou olhando, desejando com toda a alma compartilhar seus sentimentos, que a abraçasse, que fizessem amor. Lenta e meigamente, como a primeira vez.
Voltou seus lábios para as mãos de Alfonso e as beijou. Era o único que podia fazer para não entregar-se a seus braços.
Tinha que pensar nesses sentimentos. Pensar nas repercussões. Podia confiar nele? Confiava ele nela?
Doía-lhe não ter uma resposta a essas perguntas.
—Boa noite —murmurou, e saiu rapidamente do carro antes de que mudasse de opinião.
Ouviu que a porta do Alfonso se abria e fechava.
—Acompanharei-a até sua cabana — disse.
Ela sacudiu a cabeça.
— Papai está me esperando — disse, assinalando as luzes da hospedaria com um gesto da cabeça.
Seguiu caminhando no ar fresco da noite e cruzaram os poucos metros que a separavam da porta traseira. Sentiu o olhar de Alfonso cravado em suas costas e se perguntou o que aconteceria se virasse e lhe dissesse que viesse com ela. Desejava-o. Meu Deus, quanto o desejava.



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Autor(a): ayaremember

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E o que aconteceria se ele se aproveitasse de sua vulnerabilidade emocional? Se a relevava da busca, ou do caso? Enquanto pensava, deu-se conta de que Alfonso a tinha apoiado firmemente desde sua chegada. Se tinha dúvidas a respeito dela, as reservava muito bem.Ela sim tinha dúvidas. Levava dez anos convencida de que Alfonso lhe tinha arrebatado todo o comparti ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 28



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  • lyu Postado em 05/11/2013 - 14:50:19

    uhuhul vai mata ele!

  • steph_maria Postado em 28/10/2013 - 23:09:39

    Surteiii com esses capitulos, tão perfeito, o açougueiro quase sendo encurralado, Anahi e Alfonso enfim juntos de novo quase morri aki *-------* posta maisssss

  • lyu Postado em 27/10/2013 - 02:34:57

    acho q é esse: David Larsen

  • steph_maria Postado em 26/10/2013 - 22:17:04

    SURTANDOOOO COM ESSES CAPITULOS GENTE!!! *__* a Caça tah perfeita finalmente sabemos quem é o açougueiro e a Puta kkkkkkkk só estou me preparando pq imagino o pobre Nick deve sofrer na mão do açougueiro =/~ mas apesar disso tudo o que são AyA? estao ficando proximos e Anahi aceitando ser consolada por ele me mataaaaa

  • lyu Postado em 22/10/2013 - 01:41:46

    a puta é mulher do juiz. mais

  • ponnynobre Postado em 18/10/2013 - 21:59:02

    Que lindo Anahi e Alfonso se acertando aos pouco. que merda esse homem pegou outra garota :(

  • isajuje Postado em 18/10/2013 - 20:14:12

    A Puta KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK é pra rir mesmo. Esse O Açougueiro é um cara muito retardado. Tudo se tornaria mais fácil se ele matasse A Puta. Não vi nenhum impedimento nisso. A Puta deve ser mesmo a mulher do juiz com o seu irmão. É o que eu acho. Credo. Muito nojento. E AyA juntos *u* quero mais. Ps.: desculpe comentar pouco preciso comentar em um moooooonte aqui

  • isajuje Postado em 15/10/2013 - 19:43:01

    Menina, como você pode postar dois capítulos e nos deixar assim? KKKKKK nossa curiosidade, ansiedade, e nosso trauma precisa de mais capítulos. Foi muito romântico esse beijo, cheio de ternura bleh. Não acredito que falei nisso mas ok. Pode continuar.

  • ponnynobre Postado em 14/10/2013 - 22:30:29

    Alfonso é sempre tão lindo com ela ♥ demorou mais o beijo foi lindo

  • ponnynobre Postado em 14/10/2013 - 22:29:25

    QUE LINDOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOS. POSTA MAIS POR FAVOR!!!!!!!!!!!!!


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