Fanfics Brasil - CAPÍTULO - 42 À CAÇA - AyA - Adaptada Finalizada

Fanfic: À CAÇA - AyA - Adaptada Finalizada | Tema: AyA


Capítulo: CAPÍTULO - 42

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Anahi bateu na porta do escritório do professor Austin no porão das instalações do Traphagen Hall, na Universidade de Montana. Nada tinha mudado em quinze anos, da época em que ela estava matriculada em sua disciplina. As rochas eram os objetos de decoração mais importantes naquele escritório abarrotado de objetos. Uns mapas topográficos do oeste dos Estados Unidos cobriam as paredes, junto com gráficos desbotados com comparações de pedras e tipos de terra. Toda a sala cheirava a sujeira e papéis.
O professor Austin já era um homem velho quando Anahi ia a suas aulas, e não tinha mudado. Tinha o mesmo cabelo grisalho arrepiado, e precisava cortar um pouco a barba. Entretanto, em seus olhos de cor esmeralda apareceu um brilho de reconhecimento quando ela pigarreou para chamar sua atenção.
—Mas se não é Anahi Puente! —ficou parado, sem dar-se conta, ou sem lhe importar que um monte de papéis caísse ao chão e que alguns deslizassem sob a mesa. Não era nada de estranho que tivesse perdido os trabalhos de metade de curso nos tempos em que ela era aluna, quinze anos antes.
—Olá, professor —disse Anahi, enquanto ele a saudava com uma forte palmada nas costas e um amável sorriso.
— Tanto tempo passou que não se lembra de me chamar Glen?
—Sinto muito. —Desde o primeiro dia de aula, o professor Austin insistia em que todos o chamassem por seu nome de batismo. O problema era que realmente sua aparência era o de um professor, e Anahi sempre se sentiu incômoda chamando o de maneira tão informal. Possivelmente se seu nome fosse Archibald...
—O que a traz por aqui tão cedo?
—O assassinato de Rebecca Douglas.
—Pobre garota —disse o professor, com o semblante escurecido.
—A investigação tem descoberto algo estranho, e pensei que possivelmente pudesse nos ajudar.
—Eu? —O professor se sentou a sua mesa e mais papéis caíram ao chão. Com um gesto, convidou Anahi a sentar-se em uma cadeira.
Ela tirou uma caixa grande de livros da cadeira antes de fazê-lo.
—Enviaram uma amostra de terra ao laboratório do FBI em Quântico para que a examinem. É vermelha. Como o tijolo. A técnica do laboratório acredita que se trata de argila. A mim não me ocorreu nenhum lugar nesta área onde haja terra ou argila vermelha. Pensei que possivelmente você conhecesse algum lugar.
—Hmmm. —O professor Austin olhou mais à frente do ombro de Anahi, para a parede, perdido em suas reflexões —. Há um lugar em Three Forks ao largo do Missouri, embora eu não diria que é de cor tijolo. Terra vermelha. Hmm. —Voltou a pensar e, de repente, deu um salto que fez Anahi sobressaltar-se.
Dirigiu-se a estante repleta de livros, tirou um volume grosso e voltou para sua mesa. Assentindo e murmurando para si, folheou o livro e se deteve.
—A terra vermelha, especialmente a argila, é um produto da erosão muito comum nas formações de arenito do paleozóico médio.
Anahi voltou a sentir-se como uma aluna universitária.
—O que são formações do paleozóico médio?
—Você foi aprovada em minha disciplina, não? —perguntou, olhando-a com o cenho franzido.
—Sim, senhor. —Mas sua cabeça já não armazenava essa informação.
Ele sacudiu a cabeça e suspirou.
—As formações do paleozóico foram criadas pelos mares pouco profundos que cobriam a maior parte do oeste dos Estados Unidos, faz entre quinhentos e duzentos e cinqüenta milhões de anos, sobre tudo nos estados dos Quatro cantos, quer dizer, Colorado, Utah, Arizona e Novo o México, assim como uma boa parte de Nevada.
—E o que há do sudoeste de Montana?
—E bem, como eu disse, há argilas e terras finas ao longo de todo o rio Missouri. As cores e texturas variam, mas nada que pudesse considerar-se vermelho. Ainda assim — disse, e franziu o cenho—. Se vir a amostra, possivelmente possa lhes dizer algo mais.
—Obrigado, professor. Glen. —Anahi se levantou de seu assento—. Verei se posso lhe enviar a alguém com uma amostra, mas se trata de uma prova, e não sei quanto terão conservado no laboratório.
—Espero que você e o xerife Thomas agarrem esse homem. Faz muito tempo que têm aterrorizado às mulheres de Bozeman.
—Obrigado. —Anahi saiu com o coração acelerado. Tirou o celular e chamou Alfonso.
—Herrera.
—Alfonso, é Anahi. Acabo de falar com o professor Austin sobre a amostra de terra. Ele me disse que há uma pequena região no oeste de Montana onde poderia haver algo parecido. Também se encontra em Utah, Colorado, Arizona e Novo o México. Quer saber se pode dar uma olhada na amostra. Pode ser que nos dê mais informação.
—Chamarei Olivia e perguntarei se alguém pode levar uma amostra à universidade.
—Obrigado.
—Nick está contigo?
—Comigo? Não. Não o vi esta manhã.
—Tínhamos ficado de nos encontrar aqui faz meia hora, em seu escritório, e não está. Chamei em sua casa e também a seu celular, mas não responde.
—Nick não está acostumado a fazer isso —disse Anahi, franzindo o cenho.
—Espera um momento. —Anahi ouviu a voz apagada de Alfonso que, ao cabo de um momento, voltou a falar—. O agente Booker tentou encontrá-lo, mas ninguém soube dele desde ontem a tarde, quando chamou para consultar suas mensagens.
—Passarei por sua casa. Possivelmente esteja doente — disse Anahi. Sentiu um mal-estar no ventre. Algo tinha acontecido.
—Tome cuidado —disse Alfonso—. Booker e eu ligaremos a alguns lugares e averiguaremos quem falou com ele ontem a noite. Chame-me assim que o localize, ok?
— Farei isso. —Anahi desligou o celular e cruzou o campus para chegar a seu jipe.
Quinze minutos mais tarde se deteve frente a uma casa de estilo Vitoriano em uma rua tranqüila do centro de Bozeman. Sua caminhonete não estava na entrada.
Sentiu que lhe arrepiavam os cabelos da nuca. A casa se via vazia.
Desceu do jipe e se aproximou cautelosamente. Não sabia por que sentia tanta apreensão. Afinal, era amanhã em pleno centro de Bozeman. Rua abaixo, um velho regava a grama. Na esquina, ouviu um grupo de guris jogando a pega-pega; seus chiados e risadas enchiam o ar.
Mas Anahi tinha percebido a preocupação na voz do Alfonso. Nick não se apresentou no escritório pela manhã.
Subiu pelas largas escadas que conduziam à porta principal e se deteve no alpendre. Ficou olhando o banco onde ela e Nick estavam acostumados a sentar-se a conversar durante esses anos de amizade. Recordou-lhe o que tinha perdido depois da separação. Antes que fossem amantes, Anahi nunca pensava duas vezes e parava em sua casa a comer uma pizza e tomar uma cerveja, ou simplesmente para conversar um momento. Mas quando deixaram de ver-se como casal, nunca voltou a sentir-se cômoda com a idéia de visitá-lo.
Sempre tinha pensado em Nick como seu melhor amigo. Entretanto, durante o último ano sua relação era sobre tudo de trabalho. Entristecia-a pensar nisso.
Tocou a campanhia e depois bateu na porta.
—Nick! É Anahi. Silêncio.
Voltou a chamar e olhou pela estreita janela junto à porta. Não observou movimento.
Desceu do alpendre e seguiu pelo lado da garagem até a parte de atrás. Tudo parecia estar em seu lugar. Nem janelas quebradas nem portas abertas.
Deu uma volta ao redor da casa e não observou nada estranho. Nick guardava uma chave no abrigo da parte de atrás da casa. Anahi a encontrou e abriu a porta traseira. O interior estava muito frio, como se a noite anterior a calefação não tivesse estado acesa.
Anahi, presa de certo nervosismo, desencapou sua pistola. Era uma tolice, pensou, mas era preferível ser tola que acabar morta.
A cozinha estava impecável: só um copo de plástico grande de um restaurante de comida rápida da vizinhança. Estava na beira do móvel e ela o agarrou com cuidado. Estava meio cheio. Nick tinha o balde do lixo debaixo da pia da cozinha. Anahi abriu a porta do armário. Em cima de tudo havia uma bolsa do mesmo restaurante. Agarrou-o e olhou o ticket da compra. A hora registrada eram 20h04min do dia anterior.
Devolveu o lixo a seu lugar, olhou a seu redor mas não viu nada mais que lhe parecesse desconjurado. Subiu e se deteve ante o quarto de banho. Por natureza, Nick era uma pessoa organizada. Cada coisa tinha seu lugar. Em um armário tinha uma caixa de pílulas com sete compartimentos, um para cada dia da semana. Nick acreditava que uma dose diária de vitaminas o mantinha são, e Anahi não recordava que jamais se ausentou do trabalho por enfermidade. Sempre tomava as drágeas pela manhã, justo depois de levantar-se, para não esquecer-se.
Anahi abriu o compartimento da Sexta-feira.
As drágeas ainda estavam ali.
Abriu outros. Possivelmente Nick já não era tão meticuloso como antes.
Os compartimentos do domingo à quinta-feira estavam vazios. Nick não tinha mudado seu costume.
Voltou para jipe e chamou Alfonso.
—Nick não está em casa.
—Merda.
—Esteve em casa ontem à noite depois das oito, mas acredito que mais tarde voltou a sair. —Anahi explicou a Alfonso do ticket do restaurante.
—Sabe no que andava ontem?
—Não, pensava que você sabia.
—Nem idéia.
—Onde está?
—No escritório do Nick.
—Vou em seguida. Tudo isto me cheira mal.
—A mim também. —Alfonso parecia tão preocupado como a própria Anahi.


 



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Autor(a): ayaremember

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 28



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  • lyu Postado em 05/11/2013 - 14:50:19

    uhuhul vai mata ele!

  • steph_maria Postado em 28/10/2013 - 23:09:39

    Surteiii com esses capitulos, tão perfeito, o açougueiro quase sendo encurralado, Anahi e Alfonso enfim juntos de novo quase morri aki *-------* posta maisssss

  • lyu Postado em 27/10/2013 - 02:34:57

    acho q é esse: David Larsen

  • steph_maria Postado em 26/10/2013 - 22:17:04

    SURTANDOOOO COM ESSES CAPITULOS GENTE!!! *__* a Caça tah perfeita finalmente sabemos quem é o açougueiro e a Puta kkkkkkkk só estou me preparando pq imagino o pobre Nick deve sofrer na mão do açougueiro =/~ mas apesar disso tudo o que são AyA? estao ficando proximos e Anahi aceitando ser consolada por ele me mataaaaa

  • lyu Postado em 22/10/2013 - 01:41:46

    a puta é mulher do juiz. mais

  • ponnynobre Postado em 18/10/2013 - 21:59:02

    Que lindo Anahi e Alfonso se acertando aos pouco. que merda esse homem pegou outra garota :(

  • isajuje Postado em 18/10/2013 - 20:14:12

    A Puta KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK é pra rir mesmo. Esse O Açougueiro é um cara muito retardado. Tudo se tornaria mais fácil se ele matasse A Puta. Não vi nenhum impedimento nisso. A Puta deve ser mesmo a mulher do juiz com o seu irmão. É o que eu acho. Credo. Muito nojento. E AyA juntos *u* quero mais. Ps.: desculpe comentar pouco preciso comentar em um moooooonte aqui

  • isajuje Postado em 15/10/2013 - 19:43:01

    Menina, como você pode postar dois capítulos e nos deixar assim? KKKKKK nossa curiosidade, ansiedade, e nosso trauma precisa de mais capítulos. Foi muito romântico esse beijo, cheio de ternura bleh. Não acredito que falei nisso mas ok. Pode continuar.

  • ponnynobre Postado em 14/10/2013 - 22:30:29

    Alfonso é sempre tão lindo com ela ♥ demorou mais o beijo foi lindo

  • ponnynobre Postado em 14/10/2013 - 22:29:25

    QUE LINDOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOS. POSTA MAIS POR FAVOR!!!!!!!!!!!!!


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