Fanfics Brasil - CAPÍTULO - 49 À CAÇA - AyA - Adaptada Finalizada

Fanfic: À CAÇA - AyA - Adaptada Finalizada | Tema: AyA


Capítulo: CAPÍTULO - 49

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Ficaram sentados balançando-se na poltrona do alpendre, tomando uma taça de vinho, olhando as sombras e escutando os ruídos da noite. Era quase como antes. Antes que ela partisse ao Quântico e renunciasse a seu sonho.
Tinha sido realmente seu sonho? Ou é que fugia de algo?
Anahi estava convencida de que converter-se em agente ativa e trabalhar em trabalhos policiais (concretamente, tratava-se de converter-se em agente do FBI), daria-lhe a força que necessitava para vencer seus demônios. Acreditava que se tinha o distintivo, teria o valor. E que seus pesadelos se desvaneceriam.
Semanas depois do seqüestro, temia que o Açougueiro viesse procurá-la. Que a matasse enquanto dormia. Que voltasse a levá-la a esse lugar perdido e a persegui-la para caçá-la como uma besta. Estava acostumado a despertar com um grito afogado na garganta e dando patadas como se corresse.
Esse pesadelo se desvaneceu, mas outros o substituíram. Chamava mulheres que tinham desaparecido. Gritava até que não ficava voz e sentia os pés cansados. Caía em uma tumba sem fundo. Caía e caía... até que despertava banhada em um suor frio.
Não era sua segurança física o que a preocupava, e sim seu estado mental. Enquanto o Açougueiro seguisse acossando às mulheres, apropriaria-se de seus sonhos.
—O que acontecerá se o Açougueiro não for Palmer nem Larsen? —perguntou a Alfonso.
—Teremos que ampliar a busca. Caminhoneiros, viajantes de comércio, ou possivelmente passamos por cima de alguém da lista da universidade. Revisaremos cada interrogatório, cada nota, voltaremos a interrogar às pessoas. Olivia está trabalhando muito a fundo com essas provas, fixaram-no como prioridade. Se houver restos de DNA em uma pedra, ela os encontrará.
—Mas necessitamos o DNA de um suspeito para compará-lo.
—Compreendo o duro que será tudo isto para você.
—Sinto que agora mesmo deveria estar lá, no bosque. Procurando Ashley. E Nick.
Os olhos de Anahi ardiam e lhe doía a cabeça de tanto olhar mapas e registros de propriedade, tentando desentranhar o que tinha descoberto Nick e onde tinha ido.
—Escuta, não quero que tenha ilusões com a sorte de Nick —disse Alfonso, com voz tremula. Estava tão preocupado pelo desaparecimento do Nick como ela.
—Não posso deixar de pensar que está vivo. Se não, por que o Açougueiro deixaria abandonado o carro? Se Nick tivesse morrido, por que não deixar também o corpo?
—Não sei. Possivelmente temesse que recolhêssemos provas depois de uma análise do cadáver. Se houve luta, possivelmente ficassem no Nick restos da pele ou o sangue do agressor. Nesse caso, seria preferível abandonar o corpo onde ninguém pudesse encontrá-lo.
—E então, por que deixar o veículo abandonado junto ao caminho?
—Para nos distrair. Obriga-nos a dividir nossos recursos. Se nos centrarmos em procurar Nick, já não estamos procurando Ashley. E se encontrarmos Ashley, chegaremos ao Açougueiro —disse, e passou uma mão pelo cabelo—. Mas são só especulações. Embora o Açougueiro nunca pretendesse burlar da polícia, possivelmente seja sua maneira de nos dizer que é mais preparado que nós. «Note. Posso matar o xerife e não são capazes de me agarrar.»
Soou o celular de Alfonso e Anahi ficou tensa. As notícias a essa hora da noite nunca eram boas.
Apertou-lhe a mão e não a soltou. Ela fez o mesmo.
—Herrera.
Anahi estava o bastante perto para ouvir a voz de uma mulher.
—Sou Colleen. Toby e eu acabamos de visitar o Palmer. Diria que as probabilidades de que seja nosso homem são praticamente nulas. O tipo tem que comer mingau. Fica sem fôlego com apenas caminhar da poltrona até a geladeira.
—Merda.
—Tenho os dados do contato em seu emprego. Palmer diz que leva várias semanas sem ausentar-se nem um dia. Está bastante amargurado pelo que aconteceu a sua noiva e não gosta da polícia, mas acredito que é inofensivo.
—Confio em sua intuição. Onde está agora?
—Estamos a caminho de Denver. Ficam umas duas horas. Pela manhã falaremos com a chefe de departamento do Larsen. Chamou-me ela diretamente. Diz que Larsen saiu a fazer trabalho de campo, mas que pode mandar alguém para buscá-lo.
—Trabalho de campo? Que tipo de trabalho?
—O tipo é um especialista em... —disse, como procurando entre suas notas— né, em falcões, acredito. Segue-lhes a pista, faz seguimentos da reprodução, coisas assim. As instalações de investigação estão em Craig, mas Larsen trabalha perto do Monumento Nacional Dinosaur.
—Onde fica isso?
—Eu sei onde fica — disse Anahi.
—Espera um momento, Colleen. — Alfonso se voltou para Anahi.
—Está no noroeste de Colorado. A menos de oito horas de carro de Bozeman. E cai totalmente no mapa do professor Austin.


Anahi não podia dormir. Levava horas dando voltas e voltas.
—Isto é ridículo —balbuciou, para si. Jogou a um lado o edredom e se calçou as botas.
Alfonso tinha saído a meia-noite depois de receber uma chamada de Olivia avisando que a terra encontrada na caminhonete do Nick coincidia com a terra do barraco onde esteve Rebecca. Além disso, tinham um rastro de pé inteira, número quarenta e três, no chão do veículo. Nick calçava quarenta e quatro.
Alfonso havia dito que dormisse um pouco. Ela precisava, e o desejava, mas tinha a cabeça feito um torvelinho. Cada vez que fechava os olhos, vinha-lhe a lembrança da pequena foto de Larsen em seu histórico universitário.
A sensação era de irrealidade. Pôr rosto ao Açougueiro. Seria Larsen? Não sabia. Agora tinha lhe visto o rosto, mas não podia dizer com certeza que era ele.
Quase tinha pedido a Alfonso que ficasse para passar a noite. Perguntou-se se acaso ele esperava que ela o propusesse. Agora desejava havê-lo feito.
A raiva que cultivou durante tanto tempo parecia haver-se dissipado nos últimos dias. Ao ver Alfonso a primeira vez, sentiu-se muito irritada, assombrada e preocupada de que ele visse o que ocultava ela atrás de sua fachada de mulher dura. Temia que fosse questionar cada uma de suas decisões, ou a censurar tudo o que dissesse ou fizesse.
Entretanto, ao despertar essa manhã, não temia o que ele pudesse dizer ao vê-la debater-se sob a tensão da investigação. Ao contrário, tinha vontade de vê-lo.
Vestiu o agasalho impermeável grosso, embainhou a pistola e abandonou o calor de sua cabana. Deteve-se no alpendre, respirando o ar frio. Apesar de estar bem abrigada, pôs-se a tremer. Essa noite faria uns sete graus. Não bastava para que a pobre Ashley se congelasse, mas seguro que desejaria estar morta.
Anahi o tinha desejado.
Chegou a meio trote até a entrada dos empregados da hospedaria. Não se permitiu duvidar de sua decisão. Subiu diretamente pelas escadas até seu quarto e bateu na porta.
Alfonso abriu. Usava umas calças de moletom cinza e nada mais. Anahi ficou sem fôlego ao ver seu peito nu. Acreditava ter esquecido quão bonito era, mas não. Recordava cada um dos músculos bem definidos de seu corpo. Nem um grama de gordura.
Era tão perfeito agora como o tinha sido aos trinta anos.
—Não podia dormir —disse, com a respiração um pouco acelerada. O coração martelava, espectador. Ao vir, ela sabia o que aconteceria. O que esperava que acontecesse.
Necessitava-o. Alfonso espantaria seus demônios e a faria sentir-se protegida. Desejável. Mais como mulher e menos como vítima.
—Anahi...
Ela entrou e fechou a porta. Alfonso lhe agarrou a mão e a puxou.
—Não tinha me dado conta do muito que tinha saudades —disse Anahi, com uma voz rouca que não parecia a sua.
—Meu Deus, como senti saudades, Anahi —disse ele. E a beijou.
Esta vez, não havia nada de acanhamento no beijo. Alfonso lhe agarrou o rosto e se entregou a ela. Ela se sentiu como se tivesse voltado para casa.
Nunca tinha deixado de amá-lo. Alfonso tinha tido uma paciência exemplar com ela, e lhe tinha prestado um apoio incrível. Ajudou-lhe em tudo, incluindo a recomendação para a Academia ainda que pensasse que não estava preparada.
Os sentimentos de traição e medo que experimentava Anahi foram varridos por esse quente beijo. Estalou o calor. Ela não ficaria satisfeita com um só beijo. Queria mais. Queria tudo.
Queria que ele voltasse.
Alfonso se afastou, olhou-a e franziu o cenho.
—O que aconteceu? —perguntou.
—O que aconteceu? Nada.
—E isto? —disse, e lhe secou as lágrimas da face. Ela não se deu conta. Alfonso beijou os dedos úmidos, e depois a beijou na face.
—Anahi, levo tanto tempo desejando que volte para mim.
Agarrou-lhe a mão, beijou-lhe a palma e a guardou perto de sua boca.
—Dei-me conta de uma coisa estes últimos dias. Você tinha razão. Eu queria ingressar no FBI por motivos errados. Acreditava que o distintivo me daria o valor necessário. Que seria um escudo contra o medo com que vivia cada dia.
—Anahi, é a pessoa mais valente que conheci. Nunca necessitou um distintivo para confirmá-lo.
—Entendo isso agora. Mas não sei se amanhã terei o valor se você não estiver comigo. Se Larsen for de verdade o Açougueiro, não sei como vou enfrentá-lo.
—Não tem que fazê-lo.
Ela assentiu.
—Sim tenho que fazê-lo. Ia dizer que não sei como vou enfrentá-lo, mas o farei. Demonstrarei a mim mesma que posso fazê-lo. Mas será mais fácil se tiver a meu lado.
Alfonso a atraiu o mais perto possível, envolta como estava em suas capas de roupa.
—Anahi, estarei ali todo o tempo.
—Posso tirar o agasalho impermeável?
Alfonso sorriu e a beijou na testa enquanto a ajudava a tirar a jaqueta. E o pulôver. E a blusa, até que ficou de camiseta e jeans. Era evidente que Alfonso queria devorá-la. Ela se sentiu arder sob seu olhar.
Apoiou-se na ponta dos pés e o beijou.
Sustentou-lhe o rosto com as mãos e a beijou uma e outra vez, como querendo compensar todos os beijos que perderam ao longo dos anos. Como era possível que ela tivesse renunciado a todo esse afeto? Com cada beijo, voltava a sentir essa cálida intimidade que tinham compartilhado, além da paciência de Alfonso, seu apoio. E a primeira vez que fizeram amor.
De seus lábios escapou um gemido e ele a levou brandamente até a cama.
—É muito bela, Ani —murmurou, e seus lábios lhe deixaram um fio de beijos no pescoço, para baixo e depois para cima. Ela estremeceu, sacudida por ligeiras descargas elétricas que lhe percorriam a coluna.
Anahi o atraiu, puxando-o, para beijá-lo com toda sua vontade, mas ele se atrasou com ligeiras carícias, passeando os dedos lentamente por seus braços, por cima de seus seios, e logo depois de volta. Uma sensação tão sedutora que teve vontade de lhe tirar a calça de moletom.
Mas estava desfrutando de cada delicioso instante. Tinha passado muito tempo, muito tempo.
Ela se estirou e lhe acariciou as costas. Ele a olhou com seus olhos Claros, e lhe tremeu a mandíbula, tal era seu desejo contido.
—Anahi, está segura?
Ela assentiu, ergueu-se pela metade e o beijou.
Alfonso queria fazer amor. Agora.
Tinham passado mais de dez anos desde a primeira vez e, naquela ocasião, ele sabia que ela não tinha desfrutado. Anahi queria acabar o mais rápido possível, como se quisesse demonstrar algo a si mesma. Que lhe confiasse seu corpo e alma converteu aquilo em uma experiência vibrante, e ele nunca a pressionou. Mas à medida que evoluía a relação e Anahi se encontrava mais cômoda com ele na cama, suas sessões de amor se voltaram apaixonadas e quentes.
Agora, o contato de seus dedos despertava nele o mesmo fogoso desejo. E, a julgar por como ela se acoplava a ele, estava-a tocando justo onde mais gostava.
Alfonso lhe tirou os jeans e a fina camiseta.
A primeira vez que viu as cicatrizes que o Açougueiro lhe tinha deixado nos seios, não pôde dissimular uma raiva animal. Anahi o interpretou como um sinal de rechaço, e ele demorou dias em fazê-la entender que não era isso.
Anahi era bela, com suas cicatrizes e tudo. Ele a tinha convencido de sua sinceridade e seu amor, mas cada vez que deixava ver seus seios, ficava tensa.
Ele os beijou. Brandamente. Amorosamente. Não se deteve muito em seu torso, sabendo que ela não se sentia do todo cômoda. Recordava tudo de Anahi. Estava mais magra e se notavam as costelas. Oxalá tivesse estado a seu lado para assegurar que comesse o devido e se mantivesse sã. Entretanto, seus músculos eram duros e fibrosos. Tinha melhor forma física agora que quando quis ingressar na Academia, mas isso não o surpreendeu.
Alfonso estava orgulhoso dela. De que tivesse trabalhado tanto para chegar onde estava. E ela acreditava que lhe faltava coragem? Anahi era a encarnação mesma da coragem.
Anahi agüentou a respiração enquanto Alfonso lhe passava a língua, atrasando-se no ventre, e sentiu as ondas maravilhosas que lhe percorriam o corpo, esquentando-a do interior. Alfonso lhe mordeu o zíper com os dentes e o puxou para baixo, de modo que sua língua podia jogar com ela e provocá-la, aproximando-se cada vez mais, sem tocá-la, a aquele canto onde ela desejava senti-lo explorar. Com mãos firmes, Alfonso a despiu, acariciando-a com o olhar.
—É muito bela —repetiu, e voltou a inclinar-se para lhe beijar a coxa.
—Me faça amor —disse ela, com tom premente. Queria-o agora.
Mais que ouvi-lo, sentiu um estalo de sua boca no interior da coxa, e a boca do Alfonso baixou até seu joelho, sua panturrilha, deixando um rastro de beijos e calor.
Beijou-lhe os pés e ela tremeu. Sentiu línguas de fogo que começavam a arder em seu centro. Em mais de um sentido, a paciência de Alfonso era admirável, mas nesse momento ela o queria dentro. Fazendo-lhe amor.
—Alfonso! —disse, em um sussurro abafado.
Ele seguiu lhe beijando as pernas, deixando fios de fogo. Anahi jamais tinha frio nos braços de Alfonso. Estava quente, convertia-se em material combustível.
Alargou uma mão para baixo, tentando atraí-lo até sua boca, onde pudesse afundar-se nele, converter-se em um tudo com ele. Mas Alfonso lhe separou as pernas e com os polegares desenhou pequenos círculos por toda parte, exceto ali, no lugar preciso onde ela o desejava.
—Alfonso, estou preparada —disse, gemendo e arqueando as costas.
—Sei —murmurou ele, mas não fez nada para acelerar suas primeiras carícias.
Era como se quisesse voltar a reconhecê-la por inteiro. Tinha passado tanto tempo no passado tocando, acariciando e beijando cada centímetro de sua pele. Ela sentia falta dessa atenção, seu terno afeto e sua fogosa paixão. Enquanto Alfonso explorava seu corpo, voltou-lhe uma avalanche de lembranças de tudo de bom que tinham compartilhado. Ele aceitou seu corpo maltratado e a ajudou a voltar a querer-se. A fazia sentir-se cômoda consigo mesma.
Alfonso se aproximava, mais... e mais... até que ela se arqueou, espectadora. Ele não a decepcionou. Assim que aproximou a boca de seu sexo, ela se deixou ir em um orgasmo. Uma purgação quente e rápida que a deixou ofegando como se lhe faltasse o ar. Acariciou-lhe as coxas, as costas, fazendo-a subir, depois descer.
Beijou-lhe o interior das coxas, o umbigo, o ventre, os seios, até chegar ao pescoço.
Ela se deslizou por cima dele até ficar escarranchada.
—O que? —perguntou ele. Seu sorriso malicioso ficou iluminado pelo fulgor do abajur na mesa. Entretanto, sua atitude relaxada contradizia a de seu corpo, rígido, tremendo sob ela. Alfonso a desejava tanto como ela a ele.
Necessito-o.
Anahi deixou de lado suas necessidades. Não sabia o que aconteceria essa noite. Não queria pensar no amanhecer e na dura realidade que traria consigo. Não queria pensar em Alfonso voltando a partir, nem nela voltando a ficar sozinha. Longe dele.
Teria que aproveitar o tempo que tinham agora. Voltar a descobrir uma pequena fração do compartilhado no passado. Fingir que nada tinha acontecido nos últimos dez anos que pudesse separá-los.
Anahi o beijou, e suas mãos o acariciaram como ele a havia tocado. Alfonso a estreitou com força, até que os corpos se acoplaram um ao outro. Ela se afastou um momento e lhe tirou as calças. Isto era o que ela queria. Uma união completa.
A paciência de Alfonso começava a esgotar-se. Desejava desesperadamente lhe fazer amor. Ali onde o sexo e o amor se fundem em um todo. Olhou-a sob a luz tênue do abajur, com seu cabelo comprido e castanho caindo pelo rosto. Parecia uma mulher selvagem de olhos grandes e luminosos. Sua satisfação depois de lhe dar prazer se converteu rapidamente em urgência, e agora gemeu quando lhe acariciou o membro e apertou com suavidade.
—Espera —disse ele. Não queria perder o controle em seguida. Queria fazer amor, sustentá-la. Tomar-lhe com parcimônia. Mas se ela o agarrava assim, não seria capaz de controlar-se.
— Acredito que não —disse ela, com um sorriso levemente provocador.
Ele cometeu o engano de olhar e a viu inclinando-se entre suas pernas para agarrá-lo em sua boca em toda sua plenitude. Seus lábios carnudos o rodearam e a combinação de vê-la e sentir sua boca quente e sua língua úmida chupando-o fez tremer o penis e o excitou até o ponto de não retorno.
—Anahi.
Levantou-a lentamente até que pôde beijá-la na boca.
—Quero fazer amor contigo —sussurrou.
—Sei —respondeu ela, respirando junto a sua orelha.
Alfonso levava dez anos sonhando com isto. Estreitar Anahi em seus braços, fazer amor. Quase parecia um sonho. Jamais tinha pensado que poderiam recuperar o perdido.
Não queria deixá-la nunca. Não queria seguir perdendo tempo.
Deixou que ela levasse o ritmo. Igual à primeira vez, deixou que ela decidisse quando e até onde e com que cadência.
Teriam tempo para mais no futuro.
Que incrivelmente sexy era Anahi quando abriu as pernas e lenta, quase dolorosamente, deixou-o afundar-se nela. Tinha o cabelo convertido em uma juba de cachos selvagens, as pálpebras semi caídas e a boca entreaberta. Era uma maravilha. Alfonso resistiu a vontade de aumentar o ritmo que se moviam e acabar imediatamente, embora também quisesse seguir para sempre.
Anahi respirava entre ofegos, deixando que Alfonso a penetrasse até o fundo. Tinha passado muito tempo da última vez que fez amor, mas seu primeiro orgasmo já tinha aplainado o caminho.
—Está bem? —murmurou.
Ela o olhou de cima, deleitando-se com o afeto profundo que via em sua expressão. Ele esticou a mão e lhe acariciou os braços.
—Sim —disse ela—. Levo muito tempo te esperando.
Sem pressa, ela se moveu em cima dele. Acima e abaixo, desfrutando de cada sensação, ascendendo juntos para o orgasmo final. Ela o sentiu esticar-se por baixo, enquanto seguiam movendo-se, cada vez mais excitados. O puro gozo de fundir-se novamente com Alfonso a levou ao clímax.
—Meu Deus, como te amo —disse Alfonso, com a voz rouca, tinta pela emoção e a luxúria—. Goza comigo.
Aquelas duas palavras a excitaram tanto e lhe provocaram um orgasmo tão intenso como o contato de seus corpos. A ele endureceram os músculos, puxou-a para baixo e se converteram em um só, unidos em um vínculo que o tempo havia tornado tão frágil. Entretanto, igual a uma borracha elástica, recuperaram sua elasticidade assim que voltaram a encontrar-se.
Ela não queria que Alfonso partisse de novo.
Deixou-se cair contra seu peito, sentindo-se mais relaxada que depois de uma hora de banho quente. Suas extremidades se tornaram líquidas, e se aconchegou no oco de seu ombro. Ele a envolveu em seus braços, acariciou-a e ela se abandonou a sua calidez e sua força.
—Te amo, Anahi.
Pregada contra ele, apoiando a cabeça sobre seu ombro, Anahi suspirou. Ela também o amava. Tinha vontade de dizer-lhe. Queria recuperar tudo o que tinham antes de Quântico. Oxalá não tivesse viajado nunca à Academia. Se tivesse ficado em Montana, as coisas teriam sido muito diferentes. Anahi teria vivido os últimos dez anos sentindo-se amada e protegida, como se sentia nesse momento.
Possivelmente fosse sem sentido pensar assim. Mas talvez pudessem reconstruir o sonho. Quando apanhassem e condenassem David Larsen, talvez pudesse voltar a compartilhar algo com Alfonso.
Desejava tentá-lo. Mas agora... estava tão cansada... Escapou-lhe um bocejo.
Alfonso se deu conta de que Anahi dormiu ao sentir que todo seu corpo se fundia inteiramente com ele.
Puxou o edredom para abrigar-se e ficou olhando enquanto dormia. Parecia estar em paz, e ele se alegrou de poder lhe dar uma noite de sonhos serenos.
Apenas lhe tocou o cabelo, acariciou-lhe a face. Ah, como amava essa mulher.


 



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Autor(a): ayaremember

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Quando soou o celular ele se sentou de repente e, pela qualidade da luz, em seguida se deu conta de que adormeceu. Um rápido olhar ao relógio despertador o confirmou: 07h45min.A seu lado, Anahi se espreguiçou. Com o cabelo derramando-se sobre o travesseiro e seu comprido pescoço lhe incitando a beijá-la, Alfonso não queria outra cois ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 28



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  • lyu Postado em 05/11/2013 - 14:50:19

    uhuhul vai mata ele!

  • steph_maria Postado em 28/10/2013 - 23:09:39

    Surteiii com esses capitulos, tão perfeito, o açougueiro quase sendo encurralado, Anahi e Alfonso enfim juntos de novo quase morri aki *-------* posta maisssss

  • lyu Postado em 27/10/2013 - 02:34:57

    acho q é esse: David Larsen

  • steph_maria Postado em 26/10/2013 - 22:17:04

    SURTANDOOOO COM ESSES CAPITULOS GENTE!!! *__* a Caça tah perfeita finalmente sabemos quem é o açougueiro e a Puta kkkkkkkk só estou me preparando pq imagino o pobre Nick deve sofrer na mão do açougueiro =/~ mas apesar disso tudo o que são AyA? estao ficando proximos e Anahi aceitando ser consolada por ele me mataaaaa

  • lyu Postado em 22/10/2013 - 01:41:46

    a puta é mulher do juiz. mais

  • ponnynobre Postado em 18/10/2013 - 21:59:02

    Que lindo Anahi e Alfonso se acertando aos pouco. que merda esse homem pegou outra garota :(

  • isajuje Postado em 18/10/2013 - 20:14:12

    A Puta KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK é pra rir mesmo. Esse O Açougueiro é um cara muito retardado. Tudo se tornaria mais fácil se ele matasse A Puta. Não vi nenhum impedimento nisso. A Puta deve ser mesmo a mulher do juiz com o seu irmão. É o que eu acho. Credo. Muito nojento. E AyA juntos *u* quero mais. Ps.: desculpe comentar pouco preciso comentar em um moooooonte aqui

  • isajuje Postado em 15/10/2013 - 19:43:01

    Menina, como você pode postar dois capítulos e nos deixar assim? KKKKKK nossa curiosidade, ansiedade, e nosso trauma precisa de mais capítulos. Foi muito romântico esse beijo, cheio de ternura bleh. Não acredito que falei nisso mas ok. Pode continuar.

  • ponnynobre Postado em 14/10/2013 - 22:30:29

    Alfonso é sempre tão lindo com ela ♥ demorou mais o beijo foi lindo

  • ponnynobre Postado em 14/10/2013 - 22:29:25

    QUE LINDOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOS. POSTA MAIS POR FAVOR!!!!!!!!!!!!!


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