Fanfic: À CAÇA - AyA - Adaptada Finalizada | Tema: AyA
Alfonso inspecionou a residência dos Parker com o agente Jorgensen, enquanto outros dois policiais procuravam nos arredores
—Espaçoso —avisou.
Richard Parker tinha um aspecto fantasmagórico, com a cara gasta, quando Alfonso voltou a sair ao alpendre.
—Poderia ter matado Ryan. Poderia ter matado Delilah.
—Ryan está a salvo —recordou Alfonso—. Enviei um agente a casa do Bill Puente para cuidar dele. Todos outros saíram a procurar o Delilah e David.
—Ela não sabia. Não pode ter sabido.
Parker não parava de repetir aquela cantilena no carro até que a Alfonso deu vontade de lhe dar um murro.
—Agente Herrera!
Um dos agentes de Nick se aproximou correndo. —Estávamos investigando no campo do sul como você disse e escutamos disparos ao longe na quebrada.
—Onde?
—Resulta difícil sabê-lo pelo eco, mas o mais seguro é que seja lá em baixo, no fundo. Vê-se que várias pessoas desceram pela ladeira; nota-se na terra removida e na vegetação. —O agente secou a testa. A garoa aumentava sem parar, embora ainda não era uma chuva em toda regra.
Aproximaram-se algumas caminhonetes pelo caminho de entrada. Alfonso reconheceu o condutor do primeiro. Era Charlie. Não esperou que descesse, e foi reunir se com ele junto ao estábulo.
—Acabo de falar com Lance Booker — disse Charlie—. Encontraram à garota. E, o que te parece? Nick está com ela.
Alfonso deu um murro sobre o capô da caminhonete de Charlie. Como tinha ocorrido a Anahi descer sozinha essa quebrada? Dava-lhe igual se um agente a acompanhasse. Anahi não era nem policial nem agente federal. Por que tinha descido?
E, de repente, entendeu. Queria salvar a Ashley. Ele teria feito o mesmo.
—Vamos ao campo. Eu irei contigo. Necessitaremos o quatro por quatro se a chuva piorar.
—Piorará — avisou Charlie.
O trajeto foi breve mas acidentado. Assim que se detiveram, soou a rádio de Charlie.
—UBR, UBR, há alguém aí? — UBR eram as siglas de Unidade de Busca e Resgate, a unidade de Anahi.
Charlie respondeu.
—Recebido. Aqui, Charlie Daniels.
—Charlie, sou Lance Booker. Chamo para dar coordenadas. Pode anotá-las?
—Adiante — disse Charlie, com lápis e uma caderneta na mão. Booker transmitiu as coordenadas. Quando acabou, Alfonso agarrou o rádio.
—Booker, é o agente Herrera. Me ponha com a Anahi.
—Não posso, senhor.
—Por que diabos?
—Não havia suficiente lugar para nos esconder todos aqui e levou Ashley quebrada abaixo.
—Se explique.
Alfonso fechou os olhos quando acabou de falar por radio com Lance Booker. Maldita seja. Anahi não tinha outra alternativa. Tampouco havia onde escolher. Mas fugir com uma mulher ferida e assustada...
—Vamos. Booker diz que demoraremos uns quarenta e cinco minutos em chegar à quebrada.
—Cortaremos esse tempo pela metade. Alguma vez fez rapel?
Davy ficou olhando a porta aberta. Uma fúria vermelha explodiu em seu peito, enchendo até o último vaso sangüíneo de um ódio poderoso.
Essa puta tinha roubado sua garota.
Onde tinham ido?
Era uma puta esperta. Não subiria pela quebrada. O terreno ali se voltava mais escarpado e estreito. Era uma armadilha. Não tinha caído em suas armadilhas antes. Seguindo pela Ravina da Rocha para baixo chegariam perto de Big Sky. Era difícil caminhar pelas rochas, e teriam que cruzar vários arroios. Com as chuvas da semana anterior, estes desciam carregados. Pelo menos lhes chegaria à cintura. Isso as faria perder tempo.
Ela não poderia carregar a garota montanha acima. Era muito escarpado. Ele tinha escolhido esse lugar porque qualquer um que fosse para o oeste se veria apanhado. Queria encurralar essa garota. Olhá-la nos olhos quando visse que não havia escapatória. Correria para ele? Ou se encolheria de medo ante a montanha que nunca poderia escalar?
Ao contrário, a puta tinha que havê-la levado ravina abaixo, o que tirava seu atrativo esportivo. Que mérito tinha lhes disparar em campo aberto? Já o tinha feito antes.
Agora queria algo novo.
Aquela puta pagaria pelo que tinha feito. Deveria ter matado Anahi Puente fazia doze anos.
Obrigaria-a suplicar misericórdia antes que lhe arrancasse o coração.
Anahi fez uma careta ao escutar o rádio. Tinha baixado o volume, mas ouviu igual.
—Aqui, Puente — disse, esperando que o aparelho não emitisse eco. A chuva caía com força e ajudava a amortecer o ruído, embora se o Açougueiro lhe seguia os passos teria que tomar todas as precauções. Avançavam coladas à ladeira direita para não mostrar-se em terreno aberto, mas a chuva convertia a terra em um lodaçal. Anahi levava botas de escalar e, ainda assim, caiu uma vez. Teve que recolher Ashley mais vezes das que podia contar. Em sua opinião, não avançavam bastante rápido.
—É Booker. O Açougueiro veio e se foi, faz uns noventa segundos, a passo rápido. Não o via contente.
A voz de Booker chegava distorcida.
—Recebido.
—Ia disparar, mas não encontrei ângulo.
—É preferível manter-se escondido. Se tivesse errado o primeiro disparo, teria sabido onde estavam. Como está Nick?
—Passa momentos consciente e depois desmaia. Estava falando com ele para mantê-lo acordado, até que vi o Larsen e tive que guardar silêncio. Depois desmaiou.
Porra. Nick necessitava atenção médica, já.
—Falei com Herrera —seguiu Booker—. Agora estão descendo.
Bem. Ao menos tinha reforços.
—Vou apagar meu rádio — disse ela—. Não quero ruídos. Cambio e desligo.
Olhou Ashley. Aquela garota não sabia o significado da palavra silencio. Cada vez que tropeçava, começava a gritar e depois começava a chorar como se fosse morrer.
Anahi não podia culpá-la. Ashley estava morta de medo. Sabia que sorte tinha corrido as demais vítimas do Açougueiro. Ela mesma tinha sofrido suas perversões na própria carne os dois últimos dias.
Entretanto, tinha que explicar as coisas da vida —e a morte— a Ashley van Auden.
Apagou o rádio e o meteu no bolso. Ashley parou sobre uma rocha cortante e caiu de joelhos.
—Auch! —exclamou, soluçando com a cara apoiada no chão.
Anahi levantou Ashley, com todos os músculos esticados ao máximo. Embora Ashley fosse vários centímetros menor e alguns quilogramas mais leve que ela, estava empapada. Com o peso da mochila e a água, Anahi se sentia torpe e lenta.
A chuva tinha lavado o corpo de Ashley, eliminando assim o sangue e o aroma corporal, deixando só o aroma do pulôver de lã molhada e do medo. Porque o medo que despedia era evidente.
Ou acaso era seu próprio terror?
Anahi levou a garota até um grosso pinheiro ponderosa e a firmou contra o tronco.
—Me escute, Ashley —disse, com sua voz mais severa.
— Nos matará —a interrompeu Ashley—. Você sabe. Sabe que nos perseguirá. Ouvi-o. Ouvi-o em seu rádio. Disse-o esse policial. Vem nos matar. Vamos mo... morrer.
Anahi agarrou Ashley pelos braços e a sacudiu com firmeza.
—Cale-se. —Não queria perder a paciência, mas o coração lhe pulsava descontrolado. Não tinham tempo. Larsen estaria cobrindo o terreno que os separava três ou quatro vezes mais rápido que elas. Embora contassem com essa vantagem inicial de vinte minutos, já não ficariam mais de dez. E só se seguiam avançando.
Se corriam.
Não. Nada de seguir correndo. Acabaria aqui e agora.
A chuva aumentava. Anahi deu um olhar a seu redor. Podiam aproveitar do terreno.
Encontravam-se em uma parte larga da quebrada. As rochas estavam como amontoadas no centro, e um arroio esquálido corria pelo lado norte e sul das rochas. Embora a ladeira sul era mais escarpada, havia mais árvores caídas. Melhores lugares onde esconder-se.
-- Ashley!
-- Por que me trata tão mal? Não me entende —disse a jovem. —Em seus lábios feridos gravemente se desenhou um bico e as lágrimas rodaram pelas faces —. Você não sabe nada. Solte-me!
Anahi não a soltou.
—Sabe quem sou?
—Anahi —disse Ashley, com voz tremula.
—Sou Anahi Puente. Em uma ocasião, escapei desse canalha. Não deixarei que me mate. Nem a mim nem a você.
Anahi ficou surpreendida de quão contundente soava. Interiormente, parecia uma confusão. Não tinha idéia do que aconteceria quando visse Larsen. Não sabia se ficaria paralisada, se lhe entraria o pânico ou se chiaria enfurecida.
Mas sim sabia uma coisa: que não podiam ir mais rápido que ele. E que, esta vez, ela tinha uma arma e estava fisicamente em forma e, o mais importante, que tinha o fator surpresa a seu favor.
Não voltaria a ser a vítima.
Ashley piscou, insensível aos fios de chuva que lhe corriam pelo rosto. Tremia de frio, mas, aparentemente, não se dava conta.
—Promete? —perguntou, com uma vozinha infantil.
— Que Deus me ajude, mas terá que me matar antes que o deixe te tocar. Mas tem que fazer exatamente o que digo. Exatamente.
Ashley assentiu com a cabeça, lentamente.
—Ok.
Dez minutos. Tinha dez minutos para ver se seu plano funcionava.
Ou Alfonso a encontraria morta.
Autor(a): ayaremember
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Alfonso ajudou Charlie a tirar os equipamentos de montanhismo das caminhonetes no alto da montanha. Desceriam diretamente fazendo rapel, com o qual economizariam muito tempo em chegar ao fundo. Só tinham duas cordas bastante longas, assim Alfonso e Charlie desceriam primeiro, seguidos por outros agentes.—Dez minutos, no máximo —disse Charlie.Estavam ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 28
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lyu Postado em 05/11/2013 - 14:50:19
uhuhul vai mata ele!
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steph_maria Postado em 28/10/2013 - 23:09:39
Surteiii com esses capitulos, tão perfeito, o açougueiro quase sendo encurralado, Anahi e Alfonso enfim juntos de novo quase morri aki *-------* posta maisssss
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lyu Postado em 27/10/2013 - 02:34:57
acho q é esse: David Larsen
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steph_maria Postado em 26/10/2013 - 22:17:04
SURTANDOOOO COM ESSES CAPITULOS GENTE!!! *__* a Caça tah perfeita finalmente sabemos quem é o açougueiro e a Puta kkkkkkkk só estou me preparando pq imagino o pobre Nick deve sofrer na mão do açougueiro =/~ mas apesar disso tudo o que são AyA? estao ficando proximos e Anahi aceitando ser consolada por ele me mataaaaa
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lyu Postado em 22/10/2013 - 01:41:46
a puta é mulher do juiz. mais
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ponnynobre Postado em 18/10/2013 - 21:59:02
Que lindo Anahi e Alfonso se acertando aos pouco. que merda esse homem pegou outra garota :(
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isajuje Postado em 18/10/2013 - 20:14:12
A Puta KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK é pra rir mesmo. Esse O Açougueiro é um cara muito retardado. Tudo se tornaria mais fácil se ele matasse A Puta. Não vi nenhum impedimento nisso. A Puta deve ser mesmo a mulher do juiz com o seu irmão. É o que eu acho. Credo. Muito nojento. E AyA juntos *u* quero mais. Ps.: desculpe comentar pouco preciso comentar em um moooooonte aqui
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isajuje Postado em 15/10/2013 - 19:43:01
Menina, como você pode postar dois capítulos e nos deixar assim? KKKKKK nossa curiosidade, ansiedade, e nosso trauma precisa de mais capítulos. Foi muito romântico esse beijo, cheio de ternura bleh. Não acredito que falei nisso mas ok. Pode continuar.
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ponnynobre Postado em 14/10/2013 - 22:30:29
Alfonso é sempre tão lindo com ela ♥ demorou mais o beijo foi lindo
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ponnynobre Postado em 14/10/2013 - 22:29:25
QUE LINDOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOS. POSTA MAIS POR FAVOR!!!!!!!!!!!!!